Francisco falou sobre a urgência de uma “diplomacia da cultura”, alimentada “pelo encontro e pela colaboração entre investigadores de todas as culturas e religiões e pelo diálogo entre a Igreja e o mundo, sempre respeitoso da verdade”.
Convidando-os a continuar o trabalho de pesquisa histórica para “abrir horizontes de diálogo”, o Papa alertou para a necessidade de uma escuta “livre de toda ideologia”.
“Porque as ideologias matam”, disse, e dirigindo-se aos membros do Comité de Ciências Históricas acrescentou: “Ao encontrar e colaborar com investigadores de todas as culturas e religiões, podem oferecer uma contribuição específica ao diálogo entre a Igreja e o mundo contemporâneo”.
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Francisco referiu que a Igreja “não pertence a nenhuma cultura particular, mas deseja vivificar o coração de cada cultura com o testemunho manso e corajoso do Evangelho, para construir juntos a civilização do encontro”.
Por fim, o Papa acrescentou que a Igreja se opõe “à incivilidade do confronto”, alimentada pelas “tentações da autorreferencialidade individualista” e pela “afirmação ideológica do próprio ponto de vista”.
A fragata “Hamburg” substituirá o navio “Hessen”, que deixou hoje a zona de intervenção, como previsto, no final de uma missão iniciada em 23 de fevereiro, declarou Boris Pistorius num comunicado citado pela agência francesa AFP.
O navio tinha sido enviado para a região no âmbito da missão “Aspides” (“escudo”, em grego antigo) da União Europeia para proteger a navegação comercial, com cerca de 240 militares a bordo.
A unidade da marinha alemã “escoltou 27 navios mercantes na zona de intervenção” e repeliu ‘drones’ e mísseis disparados pelos rebeldes houthis do Iémen em quatro ocasiões, segundo o Governo de Berlim.
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Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas em Gaza, em outubro de 2023, os houthis realizaram dezenas de ataques a navios mercantes no Mar Vermelho e no Golfo de Aden.
A atividade dos rebeldes iemenitas apoiados pelo Irão tem perturbado o comércio marítimo mundial na zona estratégica do Mar Vermelho.
Os houthis, que dizem agir em solidariedade com os palestinianos em Gaza, reivindicaram recentemente a responsabilidade pelo ataque a quase uma centena de navios desde que iniciaram as operações.
Os ataques fizeram aumentar os custos dos seguros dos navios que transitam pelo Mar Vermelho e levaram muitas companhias de navegação a preferir a passagem muito mais longa pelo extremo sul do continente africano.
Os Estados Unidos, o principal aliado de Israel, criaram em dezembro uma coligação multinacional para proteger o tráfego marítimo, mas sem conseguir impedir os ataques.
A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo extremista palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns.
Desde então, Israel lançou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza que provocou mais de 34.000 mortos e a destruição de grande parte das infraestruturas do pequeno enclave palestiniano.
A chuva regressa este sábado, 20, à maioria do território português. Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, os aguaceiros serão por vezes fortes e acompanhados de trovoada nas regiões Centro e Sul. O vento tornar-se-á forte nas terras altas.
Haverá períodos de céu muito nublado, tornando-se pouco nublado na região Norte partir do meio da tarde. Prevê-se ainda “aguaceiros, que poderão ser sob a forma de granizo”.
Os distritos de Portalegre, Évora e Beja estarão, segundo o IPMA, sob aviso laranja entre as 12h e as 21h deste sábado. Guarda, Leiria, Santarém e Lisboa vão estar sob aviso amarelo até às 18h, sendo que em Setúbal o aviso permanece até às 21h.
Na grande Lisboa, o cenário será de períodos de céu muito nublado, sendo que os aguaceiros poderão ser por vezes fortes e acompanhados de trovoada, e ocasionalmente sob a forma de granizo, mais prováveis a partir da tarde.
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Já no grande Porto, o cenário é semelhante, com a possibilidade de ocorrência de aguaceiros até ao meio da tarde. O vento em geral será fraco, predominando de noroeste durante a tarde.
No seu canal do Telegram, citado pela agência Efe, Oleschuk destacou que as defesas antiaéreas destruíram dois mísseis X-59 e X-69, bem como três drones de reconhecimento, dois Orlan-10 e um Supercam.
Além disso, de acordo com o comandante, foram registados lançamentos de três mísseis balísticos Iskander-M, dois mísseis guiados S-300 e dois S-400 a partir da região fronteiriça russa de Belgorod.
O secretário-geral da NATO revelou, na sexta-feira, que os países do bloco político-militar identificaram sistemas de defesa antiaérea que podem ser disponibilizados à Ucrânia e disse esperar “anúncios em breve”.
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“O Presidente [Volodymyr] Zelensky atualizou-nos sobre os desenvolvimentos no conflito, incluindo as necessidades críticas de defesa antiaérea (…), a Organização do Tratado do Atlântico Norte [NATO] mapeou as capacidades existentes em diferentes países e há sistemas que podem ser disponibilizados”, disse Jens Stoltenberg, em conferência de imprensa, na sede da Aliança Atlântica, em Bruxelas.
O Presidente da Ucrânia reforçou nas últimas semanas o pedido por sistemas de defesa antiaérea por causa das sucessivas investidas de Moscovo com recurso a mísseis e ‘drones’ (aeronaves não tripuladas) contra infraestruturas civis e militares ucranianas.
Jens Stoltenberg também disse esperar “sem demoras” a aprovação do pacote de apoio por parte dos Estados Unidos, já que o Congresso norte-americano deu um sinal nesse sentido.
Está anunciada para hoje uma votação na Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso, de maioria republicana) que poderá ditar o desbloqueamento de um pacote de ajuda no valor de 60 mil milhões de dólares (mais de 56 mil milhões de euros).
O alerta foi dado às 08:32 para um atropelamento que causou uma morte.
À Lusa, quer o Comando Sub-regional da Área Metropolitana do Porto, quer fonte dos Bombeiros Voluntários de Espinho indicaram, cerca das 09:30, que a linha do Norte está cortada sem previsão sobre quando será reaberta.
A ocorrência aconteceu no apeadeiro de Paramos, no concelho de Espinho, no distrito de Aveiro.
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Não foi possível especificar o sexo e a idade da vítima.
Para o local foi chamada a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Vila Nova de Gaia, meios dos Bombeiros Voluntários de Espinho e a PSP.
A agência Lusa contactou a CP para solicitar informações e aguarda resposta.
PFT // EA
Uma unidade do exército tailandês estacionada perto da fronteira com Myanmar afirmou que os combates tinham recomeçado, mas que “não foram registadas quaisquer baixas”, segundo a agência francesa AFP.
Os confrontos eclodiram perto da cidade de Myawaddy, no lado birmanês, um local estratégico para o comércio com a Tailândia.
Os dois países do Sudeste Asiático partilham uma fronteira de 2.400 quilómetros.
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A antiga Birmânia é governada por uma junta militar desde o golpe de 2021, que reacendeu o conflito entre o exército e as minorias étnicas.
Em confrontos anteriores, a União Nacional Karen (KNU), que está a lutar contra a junta militar, informou que soldados birmaneses se tinham refugiado sob uma ponte que liga Myawaddy a Mae Sot, na Tailândia.
No início de abril, as tropas governamentais foram obrigadas a retirar-se de Myawaddy.
O porta-voz do KNU, Padoh Saw Taw Nee, confirmou à AFP o início de confrontos entre o exército birmanês e as forças do grupo em Myawaddy, sem fornecer mais pormenores.
Um camionista da cidade birmanesa, que pediu para não ser identificado, disse que os combates ocorreram no exterior da cidade.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros tailandês, Parnpree Bahiddha-Nukara, disse nas redes sociais que estava a acompanhar de perto a situação.
Uma tomada total de Myawaddy seria uma derrota humilhante para os generais no poder em Myanmar, que sofreram uma série de reveses no campo de batalha nos últimos meses, particularmente no norte e oeste do país.
A Tailândia anunciou há uma semana que se estava a preparar para receber 100.000 birmaneses.
A antiga Birmânia tem estado mergulhada em conflitos desde o golpe de Estado, com a junta militar enfraquecida pelas derrotas do exército contra guerrilheiros pró-democracia e de minorias étnicas.
O golpe militar de 2021 pôs fim a 10 anos de transição democrática com o derrube do governo de Aung San Suu Kyi, prémio Nobel da Paz de 1991.
Suu Kyi, que foi alvo de críticas internacionais por não apoiar o fim da repressão da minoria muçulmana rohingya, foi entretanto condenada a 33 anos de prisão em vários processos.
A líder birmanesa, de 78 anos, já tinha estado sob prisão domiciliária entre 1989 e 2010.
Ancorada na Doca de Alcântara, em Lisboa, a caravela Vera Cruz vai estar aberta a visitas gratuitas, neste sábado, 20. Trata-se de uma réplica das caravelas portuguesas dos séculos XV e XVI, construída no ano 2000, no estaleiro naval de Vila do Conde, no âmbito das comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil. Doca de Alcântara, Lisboa > 20 abr, sáb 10h-13h, 14h- 18h > grátis
2. Ouvir passarinhos em Sintra
Dependendo da estação do ano, há cerca de 40 espécies de aves no Parque de Monserrate, em Sintra. Neste domingo, 21, pelas 9h30, com a atividade Sons da Paisagem – Iniciação à Identificação dos Sons das Aves, os participantes podem treinar, durante duas horas, a capacidade de escutar os sons das diferentes aves que por ali vivem ou passam, com a ajuda de Paulo Marques, biólogo e curador convidado do Arquivo de Sons Naturais do Museu Nacional de História Natural e da Ciência. Parque de Monserrate, Sintra > 21 abr, dom 9h30 > €10 (6-17 anos), €12 (adultos)
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3. Música antiga nas igrejas de Lisboa
Até dia 28 de abril, decorre o novo ciclo de concertos Lisboa Música Antiga, em várias igrejas da cidade. Promovido pela Divino Sospiro, orquestra barroca fundada em 2004, e com direção artística de Massimo Mazzeo, propõe seis concertos de música sacra setecentista, com artistas nacionais e internacionais. Neste sábado, 20, pelas 20h30, será a vez do Americantiga Ensemble e dos solistas da Orquestra Barroca de Mateus ocuparem a capela do Palácio da Bemposta, em Arroios. Paço da Rainha, 30 > 20 abr, sáb 20h30 > €15 e €25
4. Dia Mundial da Terra na Fundação Gulbenkian
Passeio guiado com Fernanda Botelho. Foto: Nuno Cardoso
Antecipando as comemorações do Dia Mundial da Terra, que se assinala a 22 de abril, a Fundação Calouste Gulbenkian desenhou um programa recheado de atividades gratuitas para toda a família. Neste sábado, 20, haverá oficinas, visitas, conversas, concertos, danças e um baile ao pôr do sol.
O dia começa com um passeio orientado por Fernanda Botelho (10h), autora de livros sobre plantas silvestres comestíveis e medicinais, que dará a conhecer as plantas que vivem neste jardim. Segue-se uma oficina de desenho (10h30), onde os participantes (devem levar o seu material) são desafiados a desenhar junto da obra de um artista com uma relação com o mundo natural. Já com a visita temática (11h) à pintura Quillebeuf, Foz do Sena, de William Turner, no Museu Calouste Gulbenkian, pretende-se mostrar como o artista pintava a Natureza.
O programa inclui ainda uma oficina com a Lab in a Box (10h-13h), projeto educativo do Instituto Gulbenkian de Ciência dirigido a crianças e jovens. Temas como a resistência aos antibióticos, a diversidade de insetos e o funcionamento dos circuitos elétricos serão explorados através de atividades práticas e jogos criativos. De salientar ainda a oficina Ocupação Sonora, que propõe fazer composições sonoras originais com sons gravados no jardim; o workshop de fotografia com Fernando Guerra (15h-17h); a visita à obra Retrato de Filipe IV, de Diego Velázquez (16h), e, a fechar, o Baile do Zampadanças ao pôr do sol (17h). Av. de Berna, 45A, Lisboa > T. 21 782 3000 > 20 abr, sáb 10h-18h30 > grátis
5. Correr em Monsanto
Neste domingo, 21, acontece a Lisbon Eco Marathon no Parque Florestal de Monsanto. Nesta corrida, os participantes (estão inscritas cerca de 2 mil pessoas) podem escolher se querem correr 42, 21 ou 12 quilómetros. Também é possível participar fazendo uma caminhada de 8 quilómetros. Parque Florestal do Monsanto > informações em lisbonecomarathon.com
6. Coletiva na Lisnave, Almada
Foto: Luís Filipe Catarino
Obras originais de Ana Malta, Fidel Évora, Inês Teles, Márcio Carvalho, Pedro Gramaxo, Petra.Preta e Raquel Belli, criadas a partir de fotografias de Alfredo Cunha, mostram-se até 13 de julho, no antigo estaleiro da Lisnave, em Cacilhas. Com curadoria da plataforma Underdogs, a exposição Portais do Tempo oferece uma leitura nova e pessoal do trabalho do fotojornalista, apresentando as criações destes sete artistas em lonas de grande dimensão (7×12 metros) e ainda um programa que inclui uma visita encenada, workshops e uma maratona fotográfica com Vera Marmelo. Antigo Estaleiro da Lisnave, Cacilhas > até 13 de jul. qui-sex 15h-19h, sáb-dom e feriados 10h-19h > grátis
7. Antiprincesas: Catarina Eufémia na Mata de Alvalade
Catarina é a heroína desta história, ela que nasceu e morreu no Alentejo, enfrentou os poderosos e nunca deixou de cantar. O espetáculo Antiprincesas: Catarina Eufémia, de Cláudia Gaiolas, uma encomenta do Teatro São Luiz, será apresentado no Parque José Gomes Ferreira (Mata de Alvalade) neste sábado e domingo, dias 20 e 21. Com entrada é livre e para maiores de 6 anos. Parque José Gomes Ferreira, Lisboa > 20 abr, sáb 11h, 16h, 21 abr, dom 11h > maiores de 6 anos > grátis
8. Provas de vinho no Hotel Marriott
Dedicado ao mundos dos vinhos, o Enóphilo Wine Fest vai reunir 50 produtores nacionais neste sábado, 20, entre as 15h e as 20h, no Hotel Marriott. No total, os participantes podem ficar a conhecer cerca de 350 referências, incluindo vinhos especiais e raros, como o licoroso Czar de 2014, produzido na ilha do Pico, nos Açores. Os vinhos de talha também vão marcar presença, com o apoio da freguesia de Vila de Frades, com longa tradição na produção destes vinhos em talhas de barro. Já nas provas comentadas, destaca-se o momento dedicado aos espumantes, apresentados pela Brut Experience. Av. dos Combatentes, 45, Lisboa > 20 abr, sáb 15h-20h > €20 (entrada)
9. Workshop de poesia na Casa Fernando Pessoa
A Casa Fernando Pessoa associa-se às celebrações dos 50 anos do 25 de Abril com um programa especial a decorrer por estes dias. Neste sábado, 20, o Workshop da Palavra: poesia e revolução, conduzido pela atriz Mia Tomé, propõe exercícios de leitura e interpretação, a partir de poemas de várias autoras que também fizeram a revolução, como Maria Teresa Horta, Natália Correia, Maria Velho da Costa, Maria Isabel Barreno. No final, serão gravados os poemas trabalhados durante a sessão para a criação de um arquivo sonoro. R. Coelho da Rocha, 28, Lisboa > T. 21 391 3270> 20 abr, sáb 10h-17h > €14
10. Visita ao pôr do sol no Castelo de São Jorge
À boleia do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios (celebrado na passada quinta, 18), o Castelo de São Jorge organiza neste sábado, 20, uma visita guiada ao pôr do sol (por volta das 18h). Durante cerca de uma hora, os participantes vão ficar a conhecer a história deste monumento nacional, com vista sobre a cidade. R. de Santa Cruz do Castelo > T. 21 880 0620 > 20 abr, sáb a partir 18h > grátis, mediante marcação
11. Despedida da Festa do Cinema Italiano
Foto. DR
Neste fim de semana chega ao fim mais uma edição da Festa do Cinema Italiano. Neste sábado, 20, no Cinema São Jorge, serão exibidos os filmes Superheróis, de Paolo Genevese (15h, sala 3); Kissing Gorbaciov, de Andrea Mariani, de Luigi D’Alife (17h, sala 3); Maria Montessori, de Léa Todorov (18h30, sala Manoel de Oliveira); Romeo è Giulietta, de Giovanni Veronesi (19h30, sala 3), e Misericórdia, de Emma Dante (21h45, sala 3).
No Cine-Teatro Turim, passa o filme Interdito a Cães Italianos, de Alain Ughetto (15h30), e Hermitage – O Poder da Arte, de Michele Mally (19h). Já no Auditório Fernando Lopes, exibe-se Feios, Porcos e Maus, de Ettore Scola (19h). A gala de encerramento faz-se no Palácio do Grilo, ao som dos DJ Venga Vena e A Costureira, com performance de Alejandro Beauty. O filme Confidenza de Daniele Luchetti encerra neste domingo, 21, pelas 19h, a Festa do Cinema Italiano, que segue depois para outras cidades do País. Cinema São Jorge, Cine-Teatro Turim e Auditório Fernando Lopes
“Dezassete aviões [de um total de 21] atravessaram a linha mediana” do Estreito de Taiwan, declarou o ministério em comunicado, referindo-se a uma demarcação não oficial entre a China e Taiwan que Pequim não reconhece.
As forças armadas taiwanesas estão “a observar estas atividades utilizando sistemas de vigilância e mobilizaram os meios adequados para reagir em conformidade”, acrescentou o ministério, citado pela agência francesa AFP.
Taiwan é uma ilha autónoma desde o fim da guerra civil chinesa, em 1949, que Pequim reivindica como parte da República Popular da China e que pretende conquistar um dia, se necessário pela força.
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O recrudescimento das incursões de aviões chineses faz parte daquilo a que os especialistas chamam a estratégia da “zona cinzenta”, ou seja, ações de intimidação que não chegam a ser atos de guerra.
Estas ações intensificaram-se desde a eleição, em 2016, da Presidente Tsai Ing-wen, que considera que Taiwan é de facto “já independente”, uma linha vermelha para Pequim.
Tsai deverá entregar o cargo em 20 de maio ao atual vice-presidente, Lai Ching-te, membro do Partido Democrático Progressista (PDP), tal como a atual Presidente.
Vencedor das eleições presidenciais de 13 de janeiro, Lai é também a favor de uma posição de firmeza em relação a Pequim.
A questão de Taiwan é um dos principais pontos de fricção entre a China e os Estados Unidos, que são o principal fornecedor de armas a Taipé e se comprometeram a defender a ilha em caso de conflito.
A Câmara dos Representantes do Congresso norte-americano, de maioria republicana, tem na agenda de hoje uma votação que poderá ditar o fim do bloqueio de fundos para Taiwan, Ucrânia e Israel.
A menos de 50 dias das eleições europeias, marcadas para 06 a 09 de junho próximo, fontes próximas da ‘Spitzenkandidat’ (cabeça de lista) do Partido Popular Europeu ao sufrágio dizem à Lusa estar “bem encaminhada” a escolha pelos líderes da UE (no Conselho Europeu) do nome de Ursula von der Leyen.
Apesar de o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, se ter vindo a manifestar contra a reeleição de Ursula von der Leyen pelos diferendos entre Bruxelas e Budapeste em torno da violação do Estado de direito e a consequente suspensão de verbas comunitárias, não é um eventual veto húngaro que preocupa as fontes próximas da candidata, mas sim a esperada fragmentação do PE pós-eleições.
É o PE que tem de aprovar, após proposta do Conselho Europeu, o novo presidente da Comissão por maioria absoluta (metade de todos os eurodeputados mais um), com Ursula von der Leyen a ter de obter ‘luz verde’ de pelo menos 361 parlamentares (num total de 720 lugares).
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Enquanto primeira mulher na presidência da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen foi aprovada pelo PE em julho de 2019 com 383 votos a favor, 327 contra e 22 abstenções, numa votação renhida.
Com aquela que se prevê ser uma maior fragmentação partidária, nomeadamente pela ascensão da extrema-direita, a responsável terá agora de ‘convencer’ os vários partidos de que é merecedora de um segundo mandato à frente do executivo comunitário, de acordo com as fontes ouvidas pela Lusa.
Para tal, segundo as mesmas fontes, Ursula von der Leyen pretende fazer uma campanha ativa e interagir com os partidos nacionais — para os quais os eleitores votam nas eleições europeias –, com vista a contar com o seu apoio.
Na próxima semana, decorre a última sessão plenária desta legislatura do PE, com os trabalhos a serem retomados a 16 de julho, quando a nova assembleia europeia toma posse e se realiza a primeira reunião do novo mandato.
Também para essa altura está prevista a escolha do novo presidente da Comissão Europeia, numa discussão política para os lugares de topo da UE que tem em conta o resultado das eleições e também o equilíbrio geográfico e de género.
No que toca aos lugares de topo na UE, a discussão no verão vai ainda assentar sobre a escolha do novo presidente do Conselho Europeu, cargo que se espera que seja ocupado por um socialista, com dois nomes a serem mais ouvidos em Bruxelas: o do ex-primeiro-ministro português, António Costa, e o do chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez.
Embora as fontes ouvidas pela Lusa considerem ser muito cedo no processo, consideram que Costa ainda tem chances na ‘corrida’, nomeadamente depois de, há dias, o Tribunal da Relação de Lisboa ter anunciado não ter encontrado indício de crimes na Operação Influencer e que as suspeitas que recaem sobre o ex-primeiro ministro se baseiam em especulações.
No início de março, o PPE elegeu Ursula von der Leyen, como sua cabeça de lista nestas eleições europeias. Ursula von der Leyen não foi ‘Spitzenkandidat’ do partido em 2019.
Atualmente, o PE é composto por sete grupos políticos, sendo o PPE o maior deles, seguido pela Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas, a bancada do Partido dos Socialistas Europeus (PES, na sigla inglesa).
Pelo PES, o atual comissário europeu luxemburguês do Emprego e Direitos Sociais, Nicolas Schmit, foi nomeado ‘Spitzenkandidat’ da família política socialista.
A figura dos candidatos principais — no termo alemão ‘Spitzenkandidat’ — surgiu nas eleições europeias de 2014, com os maiores partidos europeus a apresentarem as suas escolhas para futuro presidente da Comissão.
De seguida, em 2019, tentou-se aplicar novamente este modelo, mas, por desacordo entre os grupos políticos, estes candidatos principais não ocuparam os altos cargos europeus, razão pela qual se optou por Von der Leyen apesar de esta não ter sido cabeça de lista do PPE nesse ano.