Segundo uma investigação da plataforma jornalística de fact-checking espanhola Maldita, a ferramenta de inteligência artificial (IA) chinesa DeepSeek recusa-se responder a questões que podem ser críticas ao regime chinês, como o massacre que aconteceu na Praça Tiananmen em 1989. Também não pode falar, como refere o próprio ‘chatbot’, sobre atividades ilegais, diagnósticos médicos ou de saúde e aconselhamento fiscal ou jurídico, nem “gerar conteúdo impróprio ou ofensivo, aceder a informação privadas, confidenciais ou pessoas, fazer previsões e aceder dados pessoais ou conversas dos utilizadores”.
As ferramentas de IA da Google e da Microsoft também têm assuntos “tabu” como os processos eleitorais.
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Já o Grok, do X, respondeu às perguntas que os outros ‘chatbots’ evitaram. “O Grok não censurou nenhuma resposta e deu repostas detalhadas às perguntas mais sensíveis”, revela a Maldita, citada pela Lusa.
Segundo os especialistas ouvidos pela plataforma espanhola, “estas medidas permitem que as empresas cuidem da sua reputação e evitem problemas legais”, no entanto podem ter um grande impacto em matéria de liberdade de expressão e acesso à informação.
Os especialistas defendem que “praticamente todos os modelos têm algum nível de censura, especialmente aqueles que vêm de empresas privadas, cuja reputação depende do que os seus modelo podem dizer”, embora “os modelos ocidentais não tenham tantos tópicos censurados quanto alguns modelos chineses”.
Cultura e pedantismo andam, infelizmente, muitas vezes de mãos dadas. Há quem ache que por ler Dostoiévski e frequentar a Gulbenkian é superior aos meros mortais que não o fazem. A ideia de que ler grandes obras e estar a par da última trend ou meme da internet são polos opostos prevalece firme na nossa sociedade e ainda mais no meio intelectual português. Como se fosse impossível conhecer a obra da Clarice Lispector e seguir a loucura pelo chocolate do Dubai ao mesmo tempo. Não é.
Existem graves problemas no ensino em Portugal no que toca à disciplina de Português. Os programas, a meu ver, parecem estar desenhados especificamente para tratar a literatura como mero objeto de análise gramatical e técnica. Não se está a ensinar a paixão pela leitura nas nossas salas de aula. Qualquer autor, submetido a divisões por orações e identificado de recursos expressivos fica aborrecido. Assim perdemos leitores de Fernando Pessoa, Eça de Queiroz e Camões.
Felizmente, em anos recentes, através das redes sociais, os jovens voltaram a descobrir o amor pelos livros. Dados de 2023 citados e utilizados pela APEL – Associação Portuguesa de Editores e Livreiros mostram que o mercado editorial cresceu cerca de 7% nesse ano e isso muito se deveu aos jovens leitores entre os 25 e 34 anos, que são quem mais compram livros. Guess what? Utilizadores de TikTok e Instagram.
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Que bom que o BookTok existe e incentiva a leitura. Que bom que existe o Goodreads, onde toda a gente pode escrever sobre os livros que lê. Que bom que há milhares de canais de YouTube com escritores, leitores e críticos. Só ganham os livros, as livrarias, as editoras, os escritores e, acima de tudo, os leitores.
As redes sociais são um fenómeno do nosso tempo. Utiliza-as quem quer, como quer. O facto de um artista as usar bem para promover o seu trabalho não deve ser motivo para desvalorizar o seu sucesso. Saber fazer marketing no Instagram é uma qualidade perfeitamente conciliável com o talento para a escrita, pintura, escultura, o que for. A época do artista recluso e fechado em si, trancando numa casa a sofrer pela arte sem falar com ninguém já foi. Esse charme morreu. Não vivemos mais nesse imaginário depressivo. A mesma coisa se aplica ao leitor. Um ávido leitor não tem de ser alguém sem conta no TikTok, sem fotos partilhadas no Instagram ou opiniões publicadas no Twitter.
Pois num recente episódio do podcast da Livraria Martins foi veiculada uma opinião… diferente, à antiga. Com um cheiro a mofo capaz de ser sentido através de um qualquer ecrã a passar o dito podcast.
Um dos seus intervenientes, João Pedro George, ao tentar fazer crítica literária, perdeu-se pelo Instagram da escritora Madalena Sá Fernandes. De crítica literária passou a show de revista cor-de-rosa sem qualquer nexo. E muito, mas mesmo muito preconceito.
Este autor encarnou na perfeição a nova ala de influencers que está a fabricar jovens adolescentes homens frustados com a sua masculinidade. Em vez de se focar no livro que tinha à frente – Leme – e avaliá-lo literariamente, focou-se nas fotos que Madalena Sá Fernandes publica no Instagram para promover o seu livro. Segundo ele, fotos que não combinam com o tema do livro (violência doméstica). George não estava à espera de ver fotos “semi-nua” e “muito florida”, com corpo “muito exuberante” que mostram os “atributos”. Um mix muito feio de machismo e inveja pura.
Se provas fossem necessárias para comprovar que ler muito e ter PHDs não faz de ninguém melhor pessoa, aqui estão para toda a gente ver. Que cena triste a que se passou naquele podcast.
Assim se vê que ler e passar um tempinho no Instagram se calhar faz bem. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, sempre ouvi dizer. Viva os jovens leitores que apreciam um bom calhamaço e uma dancinha de TikTok.
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.
Marina Magro chegou à Sky Portugal em 2021 para assumir a liderança da área de Estratégias e Operações, trazendo consigo a experiência adquirida em empresas como McKinsey, CTT e Fidelidade. Em 2023, foi promovida a diretora-geral da Sky Portugal e, desde então, tem estado à frente da tecnológica no País, que conta com cerca de 500 trabalhadores.
A Sky Portugal possui três polos tecnológicos localizados em Lisboa, Aveiro e Funchal. É através destas cidades que é desenvolvido o software para aplicações de streaming como o Peacock (nos Estados Unidos) e o SkyShowtime (na Europa). A empresa tem vindo a reforçar a equipa de engenheiros nos últimos anos e não pretende abrandar o ritmo de crescimento.
Nesta quinta-feira, a Sky Portugal realiza um dia aberto (open day), dando aos estudantes a oportunidade de conhecerem melhor o trabalho desenvolvido pela empresa, bem como as ofertas disponíveis para estágios de verão. Marina Magro, diretora-geral da Sky Portugal, explica em entrevista à Exame Informática o percurso pessoal, o trabalho que tem feito na liderança da tecnológica e os planos futuros da empresa.
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Qual o percurso da Marina até chegar a diretora geral da Sky Portugal?
Eu fiz uma licenciatura em Economia e um mestrado em Estratégia e Finanças, pelo que a minha carreira seguiu muito esta lógica, com uma vertente financeira também bastante acentuada. A parte da inovação surgiu mais tarde. Comecei a minha carreira na McKinsey & Company, na área do retalho, trabalhando com empresas como a Jerónimo Martins, e participei também num programa de voluntariado com as Nações Unidas. Depois do meu mestrado, decidi que o que queria mesmo era seguir consultoria estratégica, e foi então que trabalhei na McKinsey e na EY, sempre com foco na vertente estratégica.
Mais tarde, fui convidada a integrar uma equipa responsável por repensar a estratégia dos CTT, analisando a evolução do negócio e a atuação da empresa no mercado. Passei ainda pela Fidelidade, na área da transformação, que se dedica ao desenvolvimento de novas startups e ideias de negócio fora do setor dos seguros. Por fim, cheguei à Sky Portugal como diretora de Estratégia e Operações e, há um ano e meio, fui promovida a diretora-geral.
Sempre teve o objetivo pessoal de chegar a uma empresa tecnológica?
A indústria em si é muito sexy. No entanto, a parte da tecnologia sempre esteve muito ligada à minha carreira, que esteve sempre muito próxima da inovação, e a inovação está quase sempre atrelada à tecnologia. A tecnologia sempre foi um setor onde vi que era por aí que iria encaminhar a minha carreira. Acho que estar na Sky Portugal faz todo o sentido e não me vejo a sair desta área.
Como é liderar uma empresa desta dimensão?
Tem os seus desafios [risos]. A Sky Portugal é uma empresa com 500 engenheiros e três escritórios – Lisboa, Aveiro e Funchal –, sendo que a nossa sede, em Lisboa, conta com mais de 400 pessoas. A partir daqui, desenvolvemos software para milhões de clientes em todo o mundo, o que representa um grande desafio, tanto pela escala em que trabalhamos como pelo facto de sermos uma equipa de 500 pessoas.
Até há pouco tempo, tínhamos muito pouca visibilidade em Portugal. As pessoas conheciam, por exemplo, a Sky News e a Sky Sports, mas a marca em si não era amplamente reconhecida pelos portugueses. O lançamento da plataforma de streaming Sky Showtime, em outubro de 2022, ajudou-nos a reforçar a nossa presença no mercado e permitiu-nos atuar como um empregador de referência na área da tecnologia e engenharia. Isso colocou-nos num patamar diferente e ajudou a superar um desafio que, até então, era bastante significativo.
Lançámos o Peacock, nos EUA, em plena pandemia, em 2020. Tínhamos como objetivo integrá-lo nos Jogos Olímpicos de Tóquio, que acabaram por ser adiados, mas não parámos e conseguimos entregar o Peacock na mesma. Depois, entre 2022 e 2023, lançámos o Sky Showtime em mais de 20 países na Europa.
Este lançamento trouxe desafios acrescidos, não só porque estávamos a entrar em diferentes mercados, com línguas, moedas e formas de pagamento distintas, mas também porque, mais recentemente, expandimos para 44 países africanos. Aqui, os desafios foram completamente diferentes, desde a diversidade de dispositivos móveis – que são muito distintos dos nossos – até à disparidade no acesso à Internet. Isso exigiu uma adaptação profunda da nossa plataforma para garantir robustez e conectividade, permitindo que funcione em todos os dispositivos, independentemente das condições de acesso.
Os desafios são muitos, mas o que nos diferencia no mercado é a nossa capacidade de inovação. O streaming veio transformar a forma como as pessoas consomem conteúdos, e agora entramos numa nova era com os óculos de realidade virtual. Caminhamos para um futuro onde os utilizadores querem experiências mais imersivas, já não queremos ser apenas espetadores passivos, mas sim participantes ativos, interagindo com o conteúdo. É por isso que gostamos de dizer que estamos a construir a televisão do futuro, e essa construção é feita em Portugal, pelas mãos de engenheiros portugueses, que são de excelência. E isso é, sem dúvida, um grande motivo de orgulho para nós.
Que tipo de pessoas mais procuram contratar na Sky Portugal?
A Sky Portugal está sempre a crescer, nós estamos sempre a contratar, independentemente da situação em que nos encontremos enquanto país. Nós contratamos os melhores, e estamos a falar de engenheiros informáticos e não só. Temos também a parte de testes e de garantia da qualidade da nossa entrega e dos produtos, mas é na área da engenharia informática que mais recrutamos.
Podemos dizer que o foco principal da Sky Portugal é o desenvolvimento de software?
Sim, exatamente. Desenvolvemos software para a área de streaming, abrangendo aplicações e plataformas. Esse desenvolvimento de software para streaming funciona, de uma forma geral, para todos os territórios onde estamos presentes. A Sky Portugal é vista, dentro do grupo Sky e da Comcast, por quem fomos adquiridos em 2018 , como o hub especializado em streaming. Esse foi o ponto de viragem em que começámos a trabalhar no Peacock. Somos reconhecidos no grupo como os especialistas nesta área, e há uma visão clara de que a excelência no desenvolvimento de software para streaming é impulsionada a partir de Portugal para todos os nossos territórios.
Temos um compromisso muito forte com a retenção de talento local. Num momento em que a emigração jovem está na ordem do dia, consideramos importante realçar que, na Sky Portugal, sentimos uma grande responsabilidade em criar oportunidades para portugueses que, de outra forma, poderiam ter saído do País. As pessoas aceitam os nossos desafios porque oferecemos um pacote salarial muito atrativo, permitindo-nos reter engenheiros altamente qualificados em Portugal.
Além disso, estabelecemos diversas parcerias com instituições de ensino, como o Instituto Superior Técnico, a Universidade da Madeira e a Universidade de Aveiro. Aliás, assinámos recentemente um novo protocolo com a Universidade de Aveiro, o que reforça o nosso compromisso contínuo com a educação e a formação de talento jovem. Pretendemos apoiar os profissionais no início das suas carreiras e, nesse sentido, promovemos programas de estágios de verão todos os anos. Esta é uma oportunidade única para ajudar os jovens a dar os primeiros passos no mundo profissional e reafirmar o nosso compromisso com a formação. Nos últimos anos, já integrámos 200 estagiários.
No próximo dia 3 de abril, realizaremos o nosso Open Day, onde abriremos as portas aos alunos para que possam conhecer melhor o nosso trabalho global e a nossa oferta de estágios de verão.
Podemos dizer que sem o trabalho que é desenvolvido na Sky Portugal, os serviços de streaming do grupo teriam dificuldades?
A Sky Portugal acaba por ser um ponto central de excelência. Nós somos vistos no grupo como os especialistas de desenvolvimento de software, e não há nada, mas absolutamente nada, na área do streaming que não passe pela mão dos engenheiros que cá estão [em Portugal], e isso é um motivo de muito orgulho para nós. Às vezes, temos a mentalidade em Portugal muito pequenina de que não fazemos bem, mas nós somos muito bons nesta área. Somos realmente dos melhores. Temos engenheiros de sonho na Sky Portugal, e esses engenheiros estão a tornar reais os sonhos dos nossos clientes em todo o mundo.
Neste momento pensam em abrir mais algum centro tecnológico em Portugal?
Para já, temos estes três: Lisboa, Aveiro e Funchal. Posso partilhar que, em breve, vamos abrir um novo escritório em Aveiro, uma necessidade resultante do nosso crescimento. Em relação à pergunta, neste momento não temos intenções claras, nem uma direção definida nesse sentido, mas, quem sabe, poderá vir a ser possível no futuro.
Porquê o arquipélago da Madeira como o local escolhido para um abrir um centro tecnológico da Sky Portugal?
É curioso porque na realidade antes da pandemia nós tínhamos algumas pessoas que trabalhavam connosco e eram da Madeira, e com esta situação toda que se gerou da pandemia as pessoas regressavam onde viviam e nós temos muitas pessoas altamente qualificadas a trabalhar na Madeira. Rapidamente percebemos que tínhamos muito talento regional interessante que teríamos de captar, e que se estivéssemos em Lisboa não iríamos conseguir, neste pós-pandemia, fazer com que as pessoas voltassem onde estavam antes e por isso o escritório da Madeira acabou por ser uma evolução muito orgânica disso. Não foi uma intenção de negócio inicial.
Quais foram os maiores desafios em lançar uma plataforma de streaming?
São muitos. Começando pelos primórdios do Peacock, um dos nossos pilares é a inovação, trazendo novas funcionalidades e quebrando recordes. Posso dar alguns exemplos. Chamamos ao lançamento do Peacock um verdadeiro ‘foguete’ para nós, porque foi a entrada num mercado altamente exigente em termos de consumidores. O mercado norte-americano tem um nível de consumo muito elevado e, além disso, já era um mercado bastante maduro. O streaming nos EUA existe há quase duas décadas, enquanto, em Portugal e na Europa, tem menos de uma. A maturidade dos mercados é, por isso, muito diferente, tanto na forma como os utilizadores interagem com as plataformas como na própria exigência do serviço. Isso, por si só, já representou um grande desafio, pois tínhamos de entrar num mercado competitivo e diferenciar-nos.
Uma das formas de diferenciação foi o lançamento da plataforma com a opção gratuita. Inicialmente, algumas pessoas tinham acesso sem pagar nada, enquanto outras subscreviam planos pagos. Mais tarde, repensámos este modelo e introduzimos a opção ad-free e a vertente com anúncios [ads], tornando-nos pioneiros nesta abordagem. Nunca ninguém tinha feito isto antes. Agora, outros concorrentes de mercado já adotaram esta dinâmica, e nós expandimos essa estratégia também para o SkyShowtime. Esta abordagem irreverente faz com que sejamos vistos como inovadores, aqueles que trazem sempre algo novo ao mercado.
O desafio do Peacock foi precisamente esse: entrar num mercado maduro e trazer algo inovador, tanto pelos conteúdos como pela forma de entrada no mercado. Já o desafio do SkyShowtime é um desafio de escala, porque passámos de um único território para 22, e num curto período de tempo. Isto gerou desafios adicionais, como garantir que a nossa plataforma era suficientemente robusta para suportar todas as nuances desses mercados altamente complexos. Não falamos apenas da questão dos idiomas, mas também dos métodos de pagamento, da forma como os utilizadores navegam na plataforma e interagem com os conteúdos. Agora, no continente africano, o desafio é ainda maior, devido à enorme diversidade de dispositivos e à variabilidade da conectividade.
Outra inovação nossa foi o lançamento do Peacock nos óculos Apple Vision Pro, no ano passado. Fizemos uma parceria com a Apple e, no momento em que os óculos chegaram ao mercado, a nossa plataforma já estava disponível, o que foi um passo inédito. Além disso, no ano passado, adquirimos os direitos televisivos da NFL (Liga profissional de futebol americano) para dois jogos, que tiveram mais de 20 milhões de espectadores e 10 milhões de dispositivos ligados em simultâneo.
Marina Magro destaca a “inovação” como um fator chave para o sucesso da Sky Portugal
Não posso deixar de mencionar os Jogos Olímpicos, que representaram um enorme desafio para nós. Queríamos tornar o conteúdo mais personalizado e imersivo para os clientes. Os Jogos Olímpicos são, por natureza, eventos difíceis de acompanhar: são milhares de horas de transmissão, com até 60 eventos a acontecer em simultâneo e 300 ao longo de um dia. Para facilitar essa experiência, lançámos a Gold Zone, um ambiente dinâmico onde apresentávamos, em tempo real, os melhores momentos e as performances mais relevantes dos atletas. Pela primeira vez, também utilizámos a Inteligência Artificial, recriando resumos diários personalizados com a voz do icónico comentador desportivo Al Michaels. Esta personalização está a tornar-se uma grande tendência e será um fator-chave para muitas novas funcionalidades no futuro.
Outra funcionalidade inovadora que introduzimos foi o Multiview, que permite assistir a vários eventos em simultâneo (até quatro). Esta tecnologia não se limitou aos Jogos Olímpicos: agora é aplicada também à Premier League, permitindo ver até quatro jogos ao mesmo tempo. Nas últimas eleições dos EUA, utilizámos o Multiview para acompanhar diferentes localizações e transmitir informações variadas em tempo real.
Este ano, continuamos a apostar na inovação. Lançámos o formato de vídeo vertical, pensado para as gerações mais jovens, onde as redes sociais desempenham um papel central. Com a crescente massificação dos dispositivos móveis e a necessidade constante de conexão, queremos transformar-nos não apenas numa plataforma de streaming, mas num destino completo de entretenimento.
Ou seja, além de séries, reality shows, notícias e eventos desportivos ao vivo, os utilizadores podem interagir com conteúdos mais curtos e acessíveis no formato vertical. Outra novidade recente foram os mini-jogos, inspirados nos nossos conteúdos. Agora, os utilizadores podem jogar um jogo baseado num reality show ou fazer predicts [previsões, em tradução livre] sobre determinados eventos. Deixámos de ser uma plataforma onde o utilizador tem um papel passivo para passarmos a uma experiência muito mais interativa.
Uma das coisas mais importantes para nós é a experimentação. Cada utilizador pode ter acesso à aplicação do Peacock, mas a experiência pode ser personalizada de forma única, com base em dados reais de consumo. É esta abordagem inovadora e centrada no utilizador que nos permite continuar a crescer e a diferenciar-nos no mercado.
Como é que estão a utilizar a Inteligência Artificial dentro da Sky Portugal?
Eu acho que há um grande buzz à volta disto e nós, obviamente, tomamos todo o partido para alavancarmos todas as funcionalidades da IA, mas temos de garantir a máxima segurança dos nossos dados e de que atuamos sempre de acordo com as legislações europeias. Acho que temos de ter cuidado com a utilização da IA, mas, por outro lado, esta é uma tecnologia que nos traz um avanço na forma de trabalhar. Estamos a utilizá-la em muitas áreas, mas que eu ainda não posso partilhar, porque esta indústria vive muito do suspense e da surpresa.
Mas posso partilhar que todas as novas funcionalidades que temos em vista para lançar neste e no próximo ano ‘bebem’ da IA. Obviamente, utilizamos IA todos os dias. Usamos ferramentas que nos ajudam na revisão de código, na avaliação do que estamos a fazer a nível de desenvolvimento das funcionalidades e na criação de apresentações. Portanto, a IA está a tornar-se um parceiro que trabalha connosco diariamente e será ela a permitir-nos entregar novas funcionalidades aos clientes.
Os clientes podem sentir diferenças com a aplicação da IA na plataforma de streaming?
A IA vai trazer, certamente, mais possibilidades de personalização e funcionalidades sem a necessidade de uma interação humana ou editorial, digamos assim. Quando entramos no SkyShowtime, encontramos aqueles mosaicos, mas a IA serve para recomendar o que será melhor para o consumidor, de uma forma cada vez mais inteligente e conectada com aquilo que será o próximo passo. Vamos tentar dar novo conteúdo ao cliente, baseado nas categorias que ele mais visualiza.
De certa forma, estes mecanismos já existem, mas vão tornar-se cada vez mais robustos e melhores. No entanto, acredito que a IA ainda vai desbravar caminho em muitas frentes que, por agora, não posso partilhar, e que irão muito além da recomendação e personalização.
Quantos subscritores tem a SkyShowtime em Portugal?
É uma informação confidencial, não partilhamos esse tipo de informação. Mas posso dizer que temos tido muito sucesso com a nossa plataforma, e a verdade é que acho que, no minuto em que os portugueses perceberem que a SkyShowtime é feita pela mão de engenheiros portugueses, em Portugal, ainda vamos ter mais sucesso. O grupo a que pertencemos é a Comcast, que em 2024 faturou 122 mil milhões de dólares, o que equivale, mais ou menos, à quantia que Portugal recebeu de fundos comunitários europeus desde a década de 80. O Peacock faturou, em 2024, 4,8 mil milhões de dólares, o que se traduz num crescimento de 46% em relação a 2023. E nós, obviamente, contribuímos para esses resultados, porque é a partir daqui que tudo se desenvolve.
Os portugueses conhecem provavelmente, melhor, outras três grandes plataformas de streaming, como a Netflix, a HBO e a Amazon, como é que a Sky se posiciona entre estes concorrentes?
A SkyShowtime acaba por diferenciar-se pela rapidez com que os conteúdos são colocados na nossa plataforma. Filmes como Top Gun e Oppenheimer rapidamente apareceram na nossa plataforma, assim que saem do cinema, vão para a nossa plataforma. É uma rapidez muito grande. Nós temos um leque de conteúdos que serve toda a família, como A Patrulha Pata e Gru Maldisposto.
E depois, o Peacock é a plataforma que oferece mais funcionalidades, e sabemos que essas funcionalidades não estão disponíveis no SkyShowtime, mas nada impede que, amanhã ou depois, essa inovação chegue aqui também. Desde o Multiview, o Gold Zone dos Jogos Olímpicos, os vídeos verticais, os mini-jogos, isso poderá também vir para Portugal e outros territórios. Mas importa referir que a maturidade do mercado em Portugal é completamente diferente dos EUA. A forma como atuamos no mercado certamente caminhará por aí, mas ainda não estamos nesse ponto.
E sobre conteúdos originais da Sky, têm muita oferta, tal como outras empresas de streaming?
Temos conteúdos muito interessantes nossos, que ‘bebem’ da nossa família de marcas. Acho que isto é importante também partilhar: o grupo ao qual a Sky pertence tem também a DreamWorks Animation, a NBCUniversal, e isso permite-nos ter muitos conteúdos originais no Peacock. E existem também algumas séries do Peacock que já estão na SkyShowtime.
O preço de subscrição da vossa plataforma de streaming é dos mais baixos em Portugal – €4,99. É uma estratégia vossa, ou consideram que a vossa oferta não é tão completa como a dos outros concorrentes?
Eu acho que isto é uma aposta na forma como nós entrámos no mercado. Obviamente, aqui na Sky Portugal, o que estamos a fazer é o desenvolvimento da tecnologia e não a comercialização. A forma como entrámos no mercado tem mais a ver com a necessidade de fazermos uma abordagem ao mercado de uma forma mais rápida. Não tem de todo a ver com a qualidade da nossa plataforma e dos nossos produtos, que é altíssima e é vista nos EUA dessa forma, assim como no resto dos territórios onde estamos. O preço nada tem a ver com a qualidade, mas sim com a forma de nós chegarmos mais rapidamente aos nossos clientes, o que tem acontecido.
Quais são os próximos grandes projetos que a Sky Portugal está a desenvolver e a trabalhar para lançar?
Este ano, toda a inovação à volta dos minijogos e dos vídeos verticais acaba por ser reveladora daquilo que vamos trazer para a frente. Estamos a testar e vamos trazer novas funcionalidades para o mercado, para que elas possam ser experimentadas através de inovação e também da IA.
Uma das coisas importantes que adquirimos foram os direitos de transmissão da NBA nos EUA, para o Peacock. Até agora, as bases tecnológicas das nossas plataformas não eram as mesmas, e neste momento estamos a migrar para uma única plataforma em todos os territórios. Tudo o que existe de funcionalidades nos EUA pode vir a estar disponível nas outras plataformas.
Estamos a caminhar para que esta seja não só uma plataforma de streaming, mas sim um destino único e muito completo de entretenimento. Os clientes tanto podem ver televisão, como ver uma série ou jogar um videojogo, tudo dentro da nossa plataforma.
Em plena era da inovação tecnológica, aE-goi, plataforma de marketing omnicanal, surpreendeu com o lançamento da tecnologiaPidgital, o primeiro sistema de mensagens inteligentes via pombos-correio do mundo. Uma proposta que combina nostalgia, tecnologia e sustentabilidade.
Entre as vantagens do serviço, a E-goi destaca:
Taxa de entrega de 100 % (exceto se o pombo se perder)
Impressão biodegradável
Frota exclusiva de pombos “alimentados com os melhores grãos”
Tracking 360º com registos de abertura e leitura
Envio otimizado por IA com o algoritmo “Sending Optimisation”
Geolocalização em tempo real das rotas dos pombos
Testes A/B com dois pombos para análise comparativa
Retargeting com um segundo pombo a reforçar a comunicação
Fiel à sua reputação de alta entregabilidade, a E-goi sublinhava que o serviço contava com as autenticações clássicas do email marketing: DKIM (para evitar adulterações), SPF (para identificar falsificações) e BIMI (para identificação imediata do remetente).
Pidgital, um produto real?
Apesar de todas estas funcionalidades “inovadoras”, o Pidgital não é real (pelo menos por agora). A campanha foi uma ação especial para assinalar o Dia das Mentiras.
Ainda assim, este serviço fictício serve para reforçar o compromisso da E-goi com a inovação e a tecnologia no marketing digital, lembrando que, em vez de pombos-correio, a plataforma oferece inteligência artificial, automação omnicanal e a melhor entregabilidade do mercado, garantindo que todas as comunicações cheguem sempre ao destino certo e no momento ideal.
“No final, foi uma ação para celebrar o Dia das Mentiras, mas com um toque de realidade”, conclui Marcelo Caruana, head de marketing da E-goi.
A minha mãe sempre levou o Dia das Mentiras muito a sério. Minha vítima preferida de enganos inocentes no dia a dia (como garantir-lhe que tínhamos deixado o carro no piso -3 do estacionamento de um centro comercial que só tinha dois pisos de garagem, por exemplo), tirava a desforra a 1 de abril. Num desses dias, em que eu tinha combinado uma sessão de bodyboard com o vizinho do rés-do-chão, acordou-me a dizer que o rapaz tinha torcido o pé e que, portanto, não podia ir. Tive uns segundos de desolação, até ela desabar a rir, vitoriosa. Ainda o dia mal tinha começado e já estava 1-0. Foi assim, imagino que não só assim, mas por agora chega, que fui aprendendo o que agora acredito que seja claro para a maioria dos adultos, pelo menos: que quanto mais simples, quantos mais pontos de contacto com a realidade tiver, mais uma mentira tem hipóteses de passar despercebida ao radar. (Nota: primeiro escrevi “todos os adultos” mas depois lembrei-me do príncipe da Nigéria…)
E é sobre isto esta newsletter. O Dia das Mentiras numa altura em que a mentira é a regra e não a exceção e se propaga das redes sociais, onde corre solta, para os meios de comunicação, vezes demais. Nem uma imagem, que era, à partida, um dado mais seguro, escapa. Nas primeiras horas a seguir a um terramoto não é incomum circularem imagens… de outro evento destrutivo qualquer, por exemplo.
1. O Tempo do Cão Ondjaki e António Jorge Gonçalves
Esta novela gráfica com bom uso da elipse narrativa e dos ensinamentos cinematográficos, traçada a branco e azul-Klein, assume um subtema familiar: a lealdade entre um homem e um cão, testemunhas da História. Ele é um guerrilheiro cubano chamado Guevara, fumador de charutos cujo aroma atrai esse cão “de olhos ensolabertos”, passeante solitário das margens do lago Tanganica – o lugar da guerrilha de Laurent-Désiré Kabila, antes de tomar o poder na República Democrática do Congo. Entre o medo e o riso, entre a ameaça dos helicópteros e as fantasias oníricas (que originam os desenhos mais espetaculares, mas não ensombram a subtileza restante), nasce uma ligação forte e comovente. Caminho, 136 págs., €14,90
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2. Mulheres Viajantes no País de Salazar Sónia Serrano
Depois do excelente Mulheres Viajantes (2014), o novo livro da investigadora tem uma reverberação particular, agora que velhas ideologias parecem ressurgir. O ponto de partida é simples e complexo, ao mesmo tempo: como era viajar em Portugal durante o Estado Novo e o que se escrevia sobre o País do ponto de vista da literatura de viagens? Há, desde logo, uma ironia sociológica: as oito narrativas analisadas são escritas entre 1934 e 1961 por autoras estrangeiras – francesas, inglesas e norte-americanas, livres. Algumas retrataram-nos com intenção política – como Christine Garnier, petite amie do ditador, no livro Férias com Salazar (1952). Outras, obedeceram à cartilha sightseeing como Duas Inglesas em Portugal (1949) de Ann Bridge e Susan Lowndes. E há quem tenha usado binóculos de lucidez, como a romancista Mary McCarthy em On the Contrary (1961). Uma leitura que é radiografia histórica, denunciadora do filtro da propaganda e do fascínio pelo País “melancólico”, “pobre” e “belíssimo”. Tinta da China, 160 págs., €14,90
3. As Viagens da Arte Jacques Rancière
Seis textos reunidos (incluindo a comunicação no CCB em 2022, Arte e Política: a Travessia das Fronteiras) que exploram o caminho da arte “para fora e além de si mesma”. Passam por Hegel e Kant, pela música e pela arquitetura (como a transformação desta de “poema de pedras empilhadas que se elevam em direção ao céu” a casa que suprime “a barreira das paredes para fazer do lugar para habitar o mesmo que um lugar para ver”, que integra a “arte inconsciente da natureza”), pelo peso dos artistas soviéticos na revolução, pelas formas contemporâneas de arte – hoje associadas a militâncias várias. Rancière desfaz as ideias feitas sobre estética, aponta a imperfeição como novo paradigma e sublinha a carga política da arte na contemporaneidade. Orfeu Negro, 184 págs., €18
4. Uma Poesia Extrema António Maria Lisboa
A Mário Cesariny deve-se a criação da mitologia e a edição da obra do poeta desaparecido de tuberculose aos 25 anos na miséria de um quarto alugado, depois de duas viagens à Paris dos surrealistas franceses. E Joana Matos Frias, responsável pela seleção de poemas que, revela, apresentam algum material há muito indisponível, diz não ser difícil ver em Cesariny e António Maria Lisboa um desses “couples étranges” – como Rimbaud e Verlaine. Cometa do surrealismo tardio, deixou um punhado de poemas, com forte pulsão imagética e até palavras novas (“aranha-termómetro”, “borracha-centopeia” em Ossóptico) e o célebre Erro Próprio: Conferência-Manifesto. Matérias inflamáveis de alguém que “não se suicidou, mas teve uma vida de suicida”. Penguin Clássicos, 168 págs., €9,95
Como prepara o seu café? Utiliza uma cafeteira ou uma máquina? A resposta a esta pergunta têm implicações na saúde. Uma nova investigação científica realizada por uma equipa de investigadores da Universidade de Uppsala, na Suécia, sugere que os diferentes modos de preparar um café têm influências distintas no aumento dos níveis de colesterol no sangue.
O estudo, publicado recentemente na revista científica Nutrition, Metabolism and Cardiovascular Diseases, centrou-se na análise dos compostos (diterpenos) – e as suas concentrações – que integram o café consoante as diferentes técnicas de preparação e concluíram que a bebida contém níveis elevados de substâncias que aumentam o LDL – também conhecido como “mau” colesterol – no sangue.
Os investigadores observaram que os diterpenos, produzidos por várias plantas, possuem moléculas – cafestol e kahweol – associadas ao aumento dos níveis de colesterol de lipoproteínas de baixa densidade. A forma como o café é extraído também influencia também a quantidade destas moléculas na bebida.
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De acordo com as suas análises, a equipa sueca concluiu que o café, quando fervido em casa através de uma cafeteira, é o mais perigoso por possuir uma maior concentração destas moléculas. “Estudámos 14 máquinas de café e verificámos que os níveis destas substâncias são muito mais elevados no café destas máquinas do que nas máquinas normais de café com filtro”, explicou David Iggman, um dos autores do estudo.
Imagem: Nutrition, Metabolism and Cardiovascular Diseases
No entanto, o risco diminui quando o café é filtrado. “O processo de filtragem é crucial no que toca à presença destas substâncias que aumentam o colesterol no café”, acrescentou. Os resultados sugerem ainda que as formas manuais de preparar café – com filtragem – ajudam a diminuir de forma significativa os níveis de diterpenos presentes no café comparativamente a qualquer máquina.
Segundo os cálculos dos investigadores, se uma pessoa que beba até três chávenas de café por dia escolher trocar o café de máquina por um café filtrado por um filtro de papel, vai conseguir reduzir (ao longo de 5 anos) o risco de doença cardiovascular aterosclerótica em 13 por cento. No caso de 40 anos, o risco baixa para 36 por cento. “A maioria das amostras de café continha níveis que poderiam afetar os níveis de colesterol LDL das pessoas que bebiam o café, bem como o seu risco de vir a desenvolver doenças cardiovasculares”, disse David Iggman, envolvido no estudo.
Os resultados da investigação revelaram ainda que as máquinas de café grandes – comumente encontradas em escritórios ou locais de trabalho – produzem café com elevados níveis de diterpenos.
A sondagem da Pitagórica para a TVI, CNN Portugal, TSF, JN e O Jogo mostra o fim do empate técnico, com a AD a subir 09,% nas intenções de voto e o PS a cair. Três semanas depois da queda do Governo, a distância da AD para o PS volta a aumentar e é já de 6,6 pontos percentuais.
Se as eleições fossem hoje, a AD poderia contar com 34,4% votos e o PS com 27,8 por cento.
Com as legislativas antecipadas marcadas para 18 de maio, a pré-campanha vai ser, como é habitual, marcada pelos debates televisivos. Vão ser 28 ao todo, com transmissão na TVI, RTP1, SIC, CNN Portugal, RTP3 e SIC Notícias. Cada um terá a duração de 25 minutos, a que acrescem cinco de tolerância, exceção feita para o debate entre os líderes da Aliança Democrática (que vai ter de mudar nome) e o Partido Socialista, que se prolongará por 75 minutos.
7 de abril,segunda-feira
AD – CDU: TVI 21h00
CH – PAN: RTP 3 22h00
8 de abril, terça-feira
PS – BE: SIC 21h00
CH – LIVRE: RTP 3 22h00
9 de abril, quarta-feira
CDU – LIVRE: SIC Notícias 18h00
10 de abril, quinta-feira
PS – IL: RTP 21h00
BE – PAN: CNN Portugal 22h00
11 de abril, sexta-feira
AD – LIVRE: TVI 21h00
IL – CDU: SIC Notícias 22h00
12 de abril, sábado
PS – PAN: TVI 21h00
BE – CDU: RTP 3 22h00
13 de fevereiro, domingo
AD – PAN: SIC 21h00
IL – LIVRE: CNN Portugal 22h00
14 de abril, segunda-feira
AD – IL: RTP 21h00
BE – LIVRE: SIC Notícias 22h00
15 de abril, terça-feira
PS – CH: TVI 21h00
IL – PAN: SIC Notícias 22h00
16 de abril, quarta-feira
AD – BE: RTP 21h00
CH – CDU: CNN Portugal 22h00
17 de abril, quinta-feira
PS – LIVRE: SIC 21h00
CH – IL: RTP 3 22h00
21 de abril, segunda-feira
PS – CDU: RTP 21h00
CH – BE: SIC Notícias 22h00
22 de abril, terça-feira
LIVRE – PAN: RTP 3 18h00
23 de abril, quarta-feira
CDU – PAN: CNN Portugal 18h00
24 de abril, quinta-feira
AD – CH: SIC 21h00
IL – BE: CNN Portugal 22h00
28 de abril, segunda-feira
AD – PS: simultâneo TVI, RTP e SIC
6 de maio, terça-feira
Debate entre partidos com assento parlamentar: RTP1/RTP3 21h00
6 de maio, terça-feira
Debate entre partidos sem assento parlamentar: RTP1/RTP3 21h00
Gosta de se ouvir. Muito. Sempre. Não escuta ninguém. Finge. Sorri. Mas não ouve. Só fala de si. É o maior. Segundo ele. Em tudo. Exagera. Inventa. Aumenta. O que fez. O que sabe. O que tem. Quer palco. Todos os dias. Precisa de aplauso. De admiração. Mesmo que falsa. Se não brilha, não presta. Não tem amigos. Tem plateia. Não tem equipa. Tem figurantes. Tudo gira à sua volta. Ou assim pensa. Olha-se ao espelho. Vê um génio. Erros? Não comete. Culpa? Nunca é dele. Ataca. Diminui. Ridiculariza. Faz-se de vítima. Depois de carrasco. Manipula. Torce. Mente. Quer atenção. Quer poder. Quer controlo. Acha que o mundo lhe deve tudo. Trabalha pouco. Aparece muito. Arrogância disfarçada de confiança. Vaidade sem talento. Insiste. Força. Impõe. Se o confrontam, explode. Se o ignoram, implora. Tudo nele é ruído. Ego. Palco. Por dentro? Um vazio. Um poço sem fundo. Precisa de elogio como de ar. Fala alto. Joga golfe. Não para. Só ele acha que lidera. Multidões. No fim, sobrará só ele. E o espelho.