Há mais de dez anos que Gabe Newell começou a explorar ideias para uma nova interface entre o cérebro e os computadores. Em 2019, a Valve mostrava na GDC uma exposição pública sobre como estas interfaces podiam servir o ecossistema dos jogos. Nesse mesmo ano, Newell criou a Starfish Neuroscience, uma startup especializada para desenvolver estas soluções. A empresa anuncia agora a intenção de desenvolver o seu primeiro chip próprio ainda este ano.
Na sua publicação no blogue, a empresa assume que ainda não se trata de um implante completo, mas sim um chip desenhado para interpretar e gravar a atividade cerebral. “Antevemos que os nossos primeiros chips cheguem em 2025 e estamos interessados em explorar colaborações para quem este chip possa abrir novos e entusiasmantes caminhos”, lê-se na publicação assinada pelo neuroengenheiro Nate Cermak, o que sugere que a empresa está à procura de parcerias com outras empresas para alimentação elétrica sem fios ou mesmo para o implante final.
O objetivo da Starfish passa por desenvolver um implante mais pequeno e menos invasivo do que propõem os rivais e que possa “permitir acesso simultâneo a várias regiões do cérebro” e que não requeira uma bateria. Com uma necessidade de energia de apenas 1,1 miliwatts durante a monitorização, este chip vai poder receber alimentação elétrica sem fios e as dimensões de 2×4 mm são suficientes para albergar 32 elétrodos, com 16 canais de gravação simultânea a 18,75 kHz, noticia o The Verge.
Newsletter
Os dados da Neuralink recolhidos em 2019, em comparação, mostram um implante com 1024 elétrodos em 64 fiadas no cérebro, medindo 23×8 mm e requerendo 6 miliwatts e uma bateria que precisa de ser recarregada periodicamente, também sem fios.
A Revolução Francesa de 1789 foi o culminar de um conjunto de fatores, nomeadamente a desigualdade social e económica, a escassez de alimentos, a crise financeira e as novas ideias de Voltaire, Rosseau e Montesquieu que inspiraram a “liberté, egalité, fraternité”.
A Revolução Bolchevique de 1917 teve nas suas causas a desigualdade social e económica, nomeadamente condições extremamente precárias da classe operária, o fracasso da primeira guerra mundial e as novas ideias de Karl Marx e Friedrich Engels.
Já a Revolução dos Cravos em Portugal teve entre as suas principais causas uma reação ao regime em vigor que suprimia as liberdades civis e políticas, implantando a censura e a repressão, os conflitos armados e o isolamento internacional, a estagnação económica e desigualdade social crescente bem como uma maior divulgação das ideias democráticas e progressistas, especialmente entre os militares e os então estudantes.
Newsletter
Comum a todas – uma perceção de injustiça social por grandes margens da sociedade, em especial por aqueles que se consideram esquecidos ou estão zangados com o sistema e depois reagem.
A Justiça é um pilar fundamental do Estado de Direito. O seu bom funcionamento é essencial e exige meios adequados bem como leis claras, coerentes e conformes com a Constituição.
Atualmente, a visão que os cidadãos têm do sistema judiciário é toldado entre séries americanas num sistema legal diferente do nosso, as notícias que marcam os diversos meios de comunicação, programas que oferecem comentários de diversos “especialistas” e o que é disseminado nas redes sociais, por natureza assumindo múltiplas interpretações. Quando se tenta deslegitimar instituições, acusando-as de parcialidade, corrupção , minando a confiança pública e transmitindo que os tribunais não têm uma atuação técnica e imparcial, estamos perante um problema que exige um repensar dos motivos e causas que nos levaram ao presente momento.
A segurança e transparência de um processo judicial, em fase de inquérito, não se compadece com a necessidade de Procuradoria-Geral de República solicitar meios financeiros em casos concretos quando necessita de perícias ou outros elementos probatórios a realizar por entidades terceiras. Por isso, conceitos como autonomia financeira de quem investiga é essencial para a realização de Justiça.
Nos tempos mais próximos, espera-se que exista capacidade de diálogo, mantendo-se firmeza institucional para resolver problemas que têm sido diagnosticados ao longo dos tempos, evidenciando-se neste campo as conclusões do “Grupo Melhor Justiça” do Conselho Superior da Magistratura. Também a PGR tem um grupo de trabalho e oportunamente irá apresentar as suas conclusões.
Em 1748, no seu livro “O Espírito das Leis”, Montesquieu defendia que a liberdade só seria possível se os poderes do Estado fossem separados e equilibrados.
A História não para e ajuda-nos a entender como o mundo chegou ao ponto que está hoje. Espera-se que quem tem responsabilidades faça alterações para uma justiça mais célere e eficaz, mantendo um princípio fundamental das democracias modernas, com origem na Revolução Francesa- a separação de poderes.
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.
Na iServices, o Dia das Crianças é levado a sério – esqueçam os brinquedos de sempre, nas lojas da marca vão encontrar gadgets para os mais novos cantarem, fotografarem, personalizarem e explorarem o mundo que os rodeia. A seleção é colorida e dá largas à imaginação, a tecnologia e a brincadeira dão as mãos para que o dia 1 de junho seja inesquecível. Descubram gadgets da iS para todas os gostos e idades.
Fones Bluetooth
Estes fones sem fios para criança são o gadget perfeito para os miúdos mais tech – permitem ouvir música, atender chamadas ou usar assistentes de voz. A capa é colorida, resistente e vem com uma corrente que permite pendurar ao pescoço para evitar perdas! Têm autonomia até 10 horas, um estojo com LED indicador do carregamento e controlo tátil.
Máquina Fotográfica
O gadget ideal para deixar a criatividade à solta! Esta câmara digital permite tirar fotos e imprimi-las em segundo (a preto e branco), gravar vídeos, ouvir música e até jogar. A Máquina Fotográfica para Crianças da iServices é compacta, leve, fácil de ser usada pelos mais novos e está disponível em azul e rosa – ideal para os grandes momentos serem captados pelas mãos dos mais pequenos. Ah, e se ficar sem rolo, a diversão vai continuar com o Kit recarga com papel de alta qualidade.
Headphones Wireless
Disponíveis em azul e rosa, estes auscultadores sem fios para criança foram feitos a pensar no conforto dos mais pequenos, permitindo que expressem o seu estilo pessoal ao mesmo tempo – com ímanes coloridos para personalização. Têm iluminação RGB, leitor de cartões TF, microfone e ligação Bluetooth para usar com smartphone, tablet, consola ou PC. Leves, resistentes são indicados para o dia a dia e para longas sessões de música, chamadas ou jogos.
Capa Infantil EVA para iPad
Feita em espuma EVA, esta capa iPad resistente protege contra as quedas e choques inevitáveis quando os donos têm as mãos pequeninas e gostam de correr de um lado para o outro. Têm uma pega rotativa para facilitar o transporte e apoiar o tablet em diferentes ângulos. O material antiderrapante e o slot para a caneta tornam-na a aliada ideal para explorar, desenhar, estudar ou ver vídeos. Estão disponíveis em azul, rosa e preto.
Sobre a iServices:
Fundada em 2011, a iServices é líder de mercado em reparação de smartphones, tablets, computadores e venda de equipamentos recondicionados, acessórios e gadgets. A marca distingue-se pelo foco no cliente, pela inovação dos seus serviços e por uma visão clara de economia circular, prolongando a vida útil dos equipamentos e contribuindo para um consumo tecnológico mais responsável e sustentável. Atualmente, conta com mais de 100 lojas em quatro geografias: Portugal, Espanha, França e Bélgica. Recebeu em 2019 a distinção como ‘empresa gazela’, em 2025 é considerada “Marca Recomendada”, “Prémio 5 Estrelas” e “Escolha do Consumidor” pelo terceiro ano consecutivo. A marca renova ainda, em 2025, o selo Escolha Sustentável e o prémio “A Melhor Loja”.
Portugal continua preso a uma contradição estrutural: trata as empresas como inimigas. O tecido empresarial é visto como uma fonte de receita a explorar, um risco a controlar ou, pior ainda, um mal necessário.
Basta olhar para o sistema fiscal. A carga não é apenas elevada — é sufocante. As empresas são penalizadas à medida que crescem, num sistema que castiga o sucesso em vez de o premiar. Junta-se a isso uma burocracia densa, incoerente e desmotivadora, que transforma qualquer passo numa maratona de papelada, pareceres e obstáculos.
Depois vêm os famosos incentivos e apoios, os chamados fundos europeus, praticamente inacessíveis às PME — ou seja, à esmagadora maioria das empresas portuguesas. São técnicos, lentos, complexos. E exigem estruturas que muitos negócios não têm para os entender, quanto mais para os receber. Esta é uma verdade pouco falada em Portugal.
Newsletter
Ainda mais preocupante é o ambiente cultural. O discurso político e mediático mantém uma visão hostil ao lucro, ao empresário e à ambição. O sucesso é visto com desconfiança. O empregador é tratado como suspeito por defeito. Esta mentalidade estatizante afasta investimento, trava crescimento e desmoraliza quem tenta inovar.
Enquanto isso, países de leste avançam. Crescem, superam Portugal em vários indicadores e demonstram uma verdade simples: quando o Estado aposta nas empresas, o País avança. Quando as bloqueia, tudo estagna.
Se queremos inovação, emprego e um país com futuro, temos de mudar. O Estado tem de deixar de ser obstáculo e tornar-se facilitador. Menos impostos punitivos. Menos burocracia. Mais confiança. Mais visão. Enquanto tratarmos as empresas como inimigas, Portugal continuará a perder. É necessária uma mudança disruptiva no papel e atitude do estado face às empresas.
Talento. Investimento. Oportunidades. Está nas nossas mãos mudar.
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.
Em Portugal, os “Loucos Anos 20” são anos de afirmação de liberdade que também se espelha no universo religioso através de uma curiosidade latente na sociedade, especialmente nos grandes centros urbanos, abertos ao cosmopolitismo. São os frutos do ambiente da I República que estilhaçou o medo da busca espiritual e religiosa.
Em 1925 teve lugar, em Lisboa, a primeira atividade das Testemunhas de Jeová, em Portugal. No início desse ano, um missionário canadiano, George Young, inicia o trabalho que conduzia a que, no dia 13 de maio, J. F. Rutherford se deslocasse a Lisboa, depois de ter passado por Barcelona e por Madrid, e proferisse uma conferencia no ginásio do Liceu Camões, com o título “Como Viver na Terra Para Sempre”.
A imprensa divulgou amplamente o evento e calcula-se que tenham assistido ao evento cerca de 2000 pessoas, muitas delas atraídas pela suposta distribuição de um elixir da longa vida. Ainda nesse ano, era publicada em português a revista A Torre de Vigia que, no ano seguinte, tinha já 450 assinantes, tendo os primeiros batismos tido lugar em 1927.
Newsletter
Primeiro número da revista A Torre de Vigia, de 1925
Mas em 1926 começava a mudança de regime político. O ambiente de liberdade desses “loucos anos 20” deu lugar à intolerância dos anos 30 e 40. O clima de perseguição social era comum a Maçons, a Judeus, a Testemunhas de Jeová e a Protestantes e Evangélicos. A vontade normativa, niveladora através de um rolo compressor religioso, cultural e mental foi de uma eficácia tremenda.
A perseguição social, o anátema da comunidade envolvente, a violência psicológica autorizada pelo clima de intolerância do Estado Novo, conduziram as comunidades religiosas minoritárias a uma vivência de medo constante.
As Testemunhas de Jeová sofreram uma clara, sistemática e institucionalizada perseguição durante o regime de Salazar. Com várias tentativas de legalização, no final da década de cinquenta, esta comunidade passa a ser regular alvo de vigias por parte da polícia política. O crescente isolacionismo do regime ditatorial, via nas confissões religiosas um potencial baluarte de potências estrangeiras e, sobretudo, críticas do regime.
A base da hostilidade encontra-se em dois aspetos: por um lado, recusam toda e qualquer forma de homenagem aos símbolos nacionais, e por serem objetores de consciência. Este clima leva a que em 1961 tenham lugar as primeiras prisões de Testemunhas de Jeová. Alguns dos objetores de consciência de início da década de sessenta foram enviados para a frente de combate para uma morte certa.
Em 1963 tinha lugar o primeiro julgamento de um grupo de membros desta religião, em Aveiro. O clima social era crescentemente antagónico e, no verão de 1963 , eram transmitidos na televisão um grupo de cinco programas apresentados pelo Pe. João de Sousa sobre os perigos das Testemunhas de Jeová. Vária imprensa escrita publica fake news sobre os membros e as atividades desta religião, fomentando um ostracismo que duraria várias décadas, mesmo após o 25 de abril. As publicações da Sociedade Torre de Vigia são muitas vezes confiscadas durante o Estado Novo.
Em 1966 teve lugar um julgamento verdadeiramente histórico. O Tribunal Plenário Criminal de Lisboa levou a julgamento um grupo de membros das Testemunhas de Jeová da congregação (comunidade local) do Feijó, que no ano anterior tinham estado numa reunião que fora interrompida pela PIDE. Das setenta pessoas presentes nessa reunião, os dois líderes foram presos por quase cinco meses, tendo no final sido formada a acusação a quarenta e nove membros por “crime contra a segurança do Estado”. Acrescentava a acusação: “Constituem um movimento político, vindo de países diversos para fins de desobediência, agitação e subversão das massas populares e, designadamente dos mancebos em idade militar”. O jornal O Século afirmava que na sessão de julgamento, estariam mais de 5000 pessoas nas imediações do tribunal a acompanhar o julgamento.
Sem interrogatório ou defesa, todos foram condenados, entre quarenta e cinco dias e cinco meses e meio de prisão. Penas confirmadas pelo Supremo Tribunal, era decretado cumprimento da prisão ou o pagamento de multas. Contra o que as autoridades esperavam, na manhã do dia 18 de Maio de 1967, o grupo de condenados dirigiu-se a pé desde o Largo da Boa Hora até às Cadeias do Limoeiro e das Mónicas, sem escolta policial, a fim de se entregarem.
Só após o 25 de Abril de 1974 as Testemunhas de Jeová viveram um clima de liberdade religiosa. Com o estatuto de Religião Radicada, os membros desta religião dão hoje corpo a uma das maiores minorias religiosas em Portugal, exatamente com 100 anos de história, metade dela em clima de perseguição.
Hoje, em Portugal existe uma Filial das Testemunhas de Jeová, um Betel, em Alcabideche, onde se encontram centralizados os serviços da confissão. São cerca de setecentas congregações, um pouco por todo o país. As Testemunhas de Jeová agremiam hoje, pelo Censos de 2021, 63.609 membros, sendo que 36% residem na Área Metropolitana de Lisboa (22.845), contrariando uma visão tradicional que remetia o seu crescimento para regiões rurais.
Para além da presença já reconhecida na paisagem urbana, depois de terem mudado a forma de abordagem do porta-a-porta para uma posição mais passiva junto a pontos de passagem ou terminais de transportes, as Testemunhas de Jeová organizam regularmente grandes encontros internacionais.
No Congresso Internacional das Testemunhas de Jeová, entre 28 e 30 de junho de 2019, estiveram mais de 63.000 pessoas, ao mesmo tempo, no Estádio da Luz, em Lisboa, tendo sido convidados 5.300 delegados de 46 países, que se reuniram sob a égide do tema “O Amor Nunca Acaba”.
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.
A inteligência artificial está a consolidar-se como prioridade estratégica para as empresas. Segundo o Barómetro Internacional da Inovação 2025, elaborado pela consultora Ayming a partir de respostas de 1.200 líderes empresariais em 17 países, incluindo Portugal, 86% das empresas afirmam já ter um orçamento específico para investigação e desenvolvimento em IA.
A maioria dessas organizações aloca entre 6% e 10% do seu orçamento total de inovação à tecnologia — um sinal claro de que a IA está a ganhar espaço nas estratégias empresariais, com impacto direto em áreas como marketing, atendimento ao cliente, indústria e operações.
Daniel Alves, Head of Innovation & Research da E-goi – plataforma de automação de marketing omnichannel e inteligência artificial, vê esse movimento de perto. Para ele, a IA vem mudando como as marcas se organizam e tomam decisões: “A inteligência artificial deixou de ser uma aposta para virar ferramenta de trabalho. No marketing, vemos cada vez mais empresas usando IA para personalizar ações, automatizar tarefas e melhorar o desempenho das campanhas”, afirma Daniel.
Segundo o especialista, quem já incorpora IA nas suas estratégias de comunicação consegue ganhos visíveis em produtividade, retorno sobre investimento e eficiência operacional. “A IA ajuda a entregar a mensagem certa, pelo canal certo, na hora e dia mais adequados, para a pessoa certa — o que é essencial para que as empresas se destaquem no marketing”, complementa.
Na prática, o uso de IA no marketing digital passa pela criação de conteúdos automáticos, escolha de canais e horários ideais de envio com base em comportamento passado e até a antecipação de necessidades dos consumidores, graças a modelos preditivos. “A automação baseada em IA está transformando o marketing em algo mais estratégico, menos baseado em tentativa e erro, e mais ancorado em dados e contexto”, conclui Daniel.
Com o investimento em IA a ganhar tração e com a maioria das empresas portuguesas já a dedicar orçamento específico à tecnologia, a expectativa é que a inteligência artificial esteja cada vez mais presente nas operações do dia a dia. Para muitas marcas, o desafio deixa de ser “por onde começar” e passa a ser como escalar de forma estratégica, com impacto real na experiência do cliente e nos resultados de negócio.
Numa era de pós-verdades, manipulações, fake news e muitas mentiras estrategicamente espalhadas não há melhor e mais eficaz desmentido do que… a realidade. Escrevo sobre o surto de sarampo no Texas e outros estados norte-americanos, mas poderia abordar outros casos. Este é exemplar.
Em fevereiro anunciou-se a morte de uma criança, vítima de sarampo, em Lubbock, Texas. Antes disso só tinha havido uma morte por essa doença no país em 2015 (e, antes, em 2003). A erradicação do sarampo começava a ser, cada vez mais, uma miragem. As baixas taxas de vacinação foram a grande causa para o ressurgimento dessa doença, em particular nos EUA. Com mais de mil casos, atualmente, em vários estados, 2025 é já o pior ano de incidência do sarampo desde que, no ano 2000, o vírus foi considerado eliminado nos EUA. Agora, a tendência de vacinação de bebés está a aumentar consideravelmente.
A Sony lançou a ULT Field 5 e, tal como as antecessoras, só tem em vista um aspeto: animar as festas. E dada a portabilidade destas colunas, as festas podem acontecer a qualquer hora e em qualquer lugar. Essa é, a nosso ver, a principal qualidade desta coluna. Se é o anfitrião de uma festa, organizada com dias de antecedência ou improvisada na hora, e quer pôr conhecidos e desconhecidos a mexerem-se ao ritmo de música, a ULT Field 5 vai corresponder às expectativas. Talvez até faça um figurão aos olhos de alguns dos presentes, dependendo do grau de exigência e do estilo e gosto pessoal de cada um. Talvez até consiga criar uma certa inveja. Mas não se entusiasme demasiado.
Portabilidade e funcionalidades
A Sony ULT Field 5 estará disponível em preto e num branco baço. Com 32cm de comprimento e 14cm de altura, chama a atenção, onde quer que esteja. E os 3,3kg de peso são suficientes para impressionar quem a tentar mudar de local. Mas se a ideia é mesmo não deixar passar despercebida, não há como falhar graças ao DJ Control e Party Light.
A Sony ULT Field 5 pesa 3,3 kg
Com estas funções pode aplicar sons e efeitos sonoros à música em reprodução, bem como ajustar a iluminação da coluna para se adaptar ao ambiente (ou para criar o ambiente), mudando as cores e a velocidade de cintilação. Importa referir que convém ter instalada — em iOS ou Android — a aplicação Sony Sound Connect, de forma a usufruir do máximo de funcionalidades.
Newsletter
Quando dizemos “máximo de funcionalidades”, não queremos dizer que existam muitas. Na realidade, pouco mais há a acrescentar ao dito atrás. Em cima disso, temos à disposição um equalizador de 10 bandas (na app), o botão ULT para enfatizar os graves e a possibilidade de ligar mais uma coluna ULT Field 5 para activar o som estéreo. Aliás, pode ligar até 100 colunas compatíveis, sem recurso a qualquer aplicação, bastando adicionar colunas com o botão de hardware exclusivo. Considerando a X-Balanced Speaker Unit que equipa a ULT Field 5 e a sua promessa de graves profundos e nitidez vocal mesmo em níveis de volume elevados, parece que temos festa.
E temos. Da mesma forma que temos festivais de música ao vivo com milhares de fãs a pularem e dançarem ao ritmo de canções com um som muito inferior ao que o artista idealizou e editou em disco. E não há mal nenhum nisso. Muitas vezes, é o espírito de festa que conta.
A autonomia chega? E pode esta ULT Field 5 ir ao ‘banho’?
Sobretudo se pudermos sempre carregar esse espírito e talvez por isso a Sony faça questão de sublinhar, com um destaque considerável, que a ULT Field 5 vem com uma alça a tiracolo incluída. Junte-se a isso as 25 horas de autonomia da bateria e a classificação IP67, que significa que a água (incluindo a água do mar) e o pó não serão um problema, e temos a receita perfeita para uma festa de arromba, seja na praia, ou no deserto.
Em resumo, a Sony ULT Field não é para amantes de música, muito menos para os mais puristas do som, que sabem e gostam de apreciar a sua música no conforto, sobriedade e solidão da sua sala de estar. É para quem gosta da dinâmica de grupos em ambientes festivos onde é mais importante ter um som qualquer a bombar do que estar a ouvir música.
*Texto: Marco Oliveira
Tome Nota Sony ULT Field 5 – €299,99 Site: sony.pt
Som MuitoBom Portabilidade Satisfatório Autonomia Bom Construção Muito bom
Características 2 Tweeter 46 mm, 1 woofer 79×107 mm ○ IP67 ○ Bluetooth 5.3, LDAC ○ Autonomia anunciada: 25h ○ Compatível com iOS e Android ○ Dimensões: 320x144x125 mm ○ Peso: 3,3 kg
O Presidente norte-americano aceitou a proposta feita pela presidente da Comissão Europeia, por telefone, para alargar as conversações até 9 de julho no sentido de se alcançar um acordo comercial.
“Ela perguntou-me se poderíamos adiar [o prazo para o acordo] de 1 de junho para 9 de julho. Concordei e, segundo ela, teremos reuniões em breve para ver se conseguimos chegar a uma solução”, explicou Trump durante uma conferência de imprensa na Base Aérea de Andrews, onde aterrou hoje vindo do seu campo de golfe em Bedminister, Nova Jérsia, antes de seguir para a Casa Branca.
“A UE e os EUA partilham a relação comercial mais importante e estreita do mundo. A Europa está disponível para avançar nas conversações com rapidez e na tomada de decisões”, tinha dito anteriormente a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen através das redes sociais.
Newsletter
“Para alcançar um bom acordo, precisamos tempo até ao dia 09 de julho”, acrescentou a responsável.
Trump qualificou de “boa” a conversa hoje mantida com von der Leyen, a qual acontece dois dias depois do chefe de Estado norte-americano ter ameaçado impor às importações da União Europeia um agravamento de 50% por não haver avanços nas conversações desde que tinha imposto em abril uma trégua de 90 dias sobre a aplicação das denominadas tarifas recíprocas.
Também Ursula von der Leyen tinha considerado “uma boa conversa” anteriormente, numa mensagem nas redes sociais.
“A UE e os EUA partilham a relação comercial mais importante e estreita do mundo. A Europa está disponível para avançar nas conversações com rapidez e na tomada de decisões”, disse a presidente da Comissão Europeia.
Desde a chegada ao poder, Trump tem adotado várias medidas tarifárias contra os seus parceiros comerciais, algumas das quais foram suspensas, incluindo uma tarifa base de 10% aplicável a todos os parceiros comerciais dos EUA.
No caso da UE, esta tarifa de 10% poderá aumentar para 20% quando a atual pausa dos EUA expirar, em 9 de julho. No entanto, na passada sexta-feira, o Presidente dos EUA ameaçou impor uma tarifa direta de 50% à União Europeia a partir de 1 de junho porque as negociações comerciais com a UE “não estão a dar frutos”, segundo Trump.
No mesmo dia, o Comissário Europeu do Comércio, Maros Sefcovic, falou por telefone com o seu homólogo norte-americano, Jamieson Greer, após o que afirmou que o comércio entre a União Europeia e os EUA deveria ser regido por “respeito mútuo, não por ameaças” e reiterou a determinação da UE em defender os seus interesses.