As origens de Cristóvão Carvalho estão alicerçadas em diversos pontos, não só do nosso país mas do mundo. Nasceu em Paris, a 25 de dezembro de 1972, para onde os pais tinham emigrado. Por diferentes motivos, diga-se. O pai, oriundo de Alcobaça, escolheu emigrar depois de ter cumprido serviço militar em Angola, como operador cripto. Os segredos que trouxe do Ultramar não lhe davam outra hipótese que não fosse ser, durante três anos, agente da PIDE. “Como era absolutamente contra o regime, decidiu rumar a França”, conta Cristóvão. O caso da mãe foi diferente. “Nasceu em Trancoso, numa família muito modesta”, conta o advogado, acrescentando que, tendo-se ficado pela quarta classe, e apesar de grande mestria nas artes da costura, “aos 19 anos, percebeu que a vida aqui não dava e rumou também a França”. Por lá se conhecem e “iniciam uma linda história de amor”, da qual nasceu Cristóvão, que não haveria, porém, de ficar por terras gaulesas por muito tempo. Com um ano, veio viver com os avós maternos, em Courelas, perto de Trancoso, distrito da Guarda. Lá viveu até aos 9 anos, sempre “à espera do carro preto dos pais que chegava no dia 1 de agosto”. Foi também por lá que nasceu o amor pelo Benfica, incentivado pelos relatos que ouvia na rádio ao lado do avô e pelos jogos Benfica-Sporting que fazia com os amigos no adro da Igreja, “sempre de luvas pretas”, porque o seu ídolo era João Alves, e invariavelmente do lado dos encarnados. “Se assim não fosse, não havia jogo, pois a bola era minha. Tinham sido os pais a trazê-la de França”, recorda.

O Secundário já foi feito em Alcobaça, depois de os pais terem regressado a Portugal para se estabelecerem em Aljubarrota. O Benfica, nessa altura, chegava pela televisão e as primeiras idas ao antigo Estádio da Luz só aconteceram quando Cristóvão foi tirar o curso de Direito na Universidade Lusíada, a mesma onde agora estuda a sua filha. “Como tínhamos pouco dinheiro, eu e uns amigos conhecíamos um porteiro que, às vezes, nos deixava entrar a meio da primeira parte. Se não, víamos só a segunda, quando abriam as portas”, recorda o homem que só veio a fazer-se sócio do clube do coração bastante mais tarde, quando um paquete da sociedade onde começou a trabalhar, a Consultan, lhe apresentou, há 20 anos, uma proposta, sabendo da sua paixão pelos encarnados. Um amor que só cresceu e que até o levou a cometer algumas loucuras, “como aquela vez que, depois de perdemos a final da Liga Europa contra o Sevilha, a frustração foi tanta que eu e os meus amigos nos esquecemos que tínhamos de apanhar o avião de regresso a Lisboa e tivemos de passar mais uma noite em Turim”.

Já aos comandos da sua sociedade, a CCA (Costa Carvalho Advogados), especializada em corporate, negócios, empresas, assessoria e governance, dedicou-se ainda mais ao Benfica, “sobretudo nos últimos dez anos, com intervenção em assembleias gerais e participação em discussões com outros benfiquistas.” Há cinco anos, nas últimas eleições ganhas por Luís Filipe Vieira, foi candidato a vice-presidente na lista de Rui Gomes da Silva. Em 2025, será a sua vez? É possível, até porque a recente mudança de estatutos, pela qual se bateu juntamente com vários dos seus apoiantes, já o permite, pois baixou para 15 o número de anos de sócio necessários para se poder concorrer à presidência. Antes, eram 25.

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Cristóvão Carvalho: “Em 12 anos, o Benfica tem de ganhar três títulos europeus”. O que defende o novo candidato a presidência do clube

Artigo publicado originalmente em março de 2025

O ex-presidente Biden sofre de um cancro na próstata, extraordinariamente agressivo, e nunca os seus médicos revelaram essa condição clínica. Resta saber se, ao menos, a terão comunicado ao próprio ou à esposa, ou se terá sido mais uma manobra de encobrimento envolvendo a Casa Branca, relativamente ao seu estado de saúde.

Se Biden pudesse ganhar um segundo mandato mandato, numa situação já tão penosa, os EUA teriam Kamala Harris como presidente. A idade e o estado de saúde do ex-presidente, somados às exigências do cargo, apressariam o desfecho infeliz dessa doença. A propósito, importa pôr fim ao mito de que um cancro, em idosos, é mais facilmente dominado e menos agressivo. Isso é falso.

O livro recentemente publicado nos EUA, Fight, da autoria de Jonathan Allen e Amie Parnes, dois jornalistas reputados, descreve o funcionamento da cúpula da Casa Branca no sentido de encobrir as fragilidades de saúde de Biden. Uma verdadeira farsa, uma hipocrisia política ao nível de Trump.

Biden enfrenta agora a luta da sua vida. É um homem determinado, tem uma família combativa e está, certamente, a seguir todos os protocolos médicos mais avançados para tentar controlar a situação. Tudo isto é uma tristeza que o Senhor não merecia.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Existe no horizonte a possibilidade de um futuro de ouro, com novo visto que não se vende ao quilate, mas que se poderia conquistar com o diploma certo. Um passaporte português para quem nos ajude a pensar o futuro, e não apenas a inflacionar o presente.

Transformámos os centros urbanos portugueses em postais turísticos habitados por fantasmas — não de gente que partiu desta para melhor, mas para o Barreiro, Alhandra e Seixal, que as rendas em Lisboa assustam mais do que almas penadas. Vendemos os centros históricos a retalho, os bairros ao metro quadrado, a identidade de um país ao desbarato e o passaporte ao branqueamento de capitais. O anterior visto gold ajudou a transformar os grandes centros urbanos em autênticos resorts, onde cada cliente nem precisava de pulseirinha para o all inclusive imobiliário. E se, agora, lhe déssemos uma nova vida, mas desta vez mais digna? Em vez de malas de dinheiro que rebentam com o orçamento mensal de quem tem de viver com muito pouco, a entrada podia faturar-se com boas ideias. Se é para trazer massa para o País, que seja também da cinzenta.

Antigamente, os turistas vinham pela sardinha, hoje, chegam pelo like no Instagram. Há um par de décadas, chuchavam a gordura dos dedos que pingava do pão, hoje, chupam palhinha de cocktail, em rooftops e sunsets. Somos a Flórida dos reformados do norte da Europa, a nova Cancún de “expats” e “criptodudes”, com tanto de conhecimento sobre mercados financeiros como sobre a história dos edifícios históricos que agora habitam. E atentem que vem aí nova fornada, que a bitcoin voltou a subir.

Se o visto gold ajudou a branquear máfias oligárquicas e empresários internacionais de currículo pouco recomendável, porque não oferecê-lo, agora, às grandes cabeças em fuga, quando a Europa desespera por inovação e boas ideias? Um Research Gold Visa, que o estrangeirismo ainda é necessário para aliciar forasteiros. Um passe dourado para quem tem grandes ideias e as quer pôr em prática. Engodo certo para cientistas, investigadores, empreendedores tecnológicos, grandes mentes em fuga da purga intelectual que está a assolar o nosso ex-aliado do outro lado do oceano.

Nos Estados Unidos, a nova vaga trumpiana apelida as universidades de inimigas da civilização ocidental e de ninhos de subversão. Há congressistas que acham que a ciência é uma conspiração globalista e acusam académicos de serem anti-cristãos — como se a ciência fosse um ato de fé — , lutam para despedir funcionários públicos, técnicos ambientais e climatologistas que se atravessem no caminho do carvão e do petróleo, entre muitos outros colecionáveis que fariam sucesso numa qualquer caderneta de cromos de estupidez. Por lá, sabemos ainda que os profissionais de saúde e toda a área da investigação médica correm perigo, quando o novo secretário da Saúde acredita que há químicos na água a trocar-nos os géneros e vacinas que provocam autismo. Aqui, na Europa, somos maioritariamente pelas vacinas, ainda que tenhamos consciência de que as únicas eficazes contra a ignorância sejam a ciência e o conhecimento. Bibliotecas esvaziadas, fundos cortados, vistos revogados. Estão a um pequeno passo de um novo Grande Salto em Frente, agora a Ocidente, que, tal como o original, terá seguramente um efeito contrário. Só falta começarem a matar todos os pardais, como o Grande Timoneiro chinês, convencidos de que assim terão maiores colheitas, deixando o país à sorte de fruta bichosa, numa espécie de fome intelectual. Um estado que desconfia da inteligência não pode ser grande amigo do seu futuro.

Se o país que outrora foi farol da inovação parece ameaçar apagão científico, que se acene vigorosamente com alguma luz deste lado do Atlântico, para que estes novos refugiados intelectuais encontrem porto seguro neste bonito país à beira-mar plantado. Em troca, em vez de um apartamento de 500 mil euros em Alfama, aceitamos a criação de bolsas de investigação, a integração num centro científico ou até o lançamento de uma startup tecnológica com base em conhecimento avançado. E, se é para sonhar em grande, que se aponte para o interior: crie-se um centro de investigação de saúde e biotecnologia no coração do Alentejo, um novo vale de silício no nordeste transmontano — talvez o silêncio os ajude a pensar com maior clareza — , um novo departamento de sustentabilidade no Sabugal, onde se estuda o clima com vista para a serra.

Por esta razão, a União Europeia criou o programa “Choose Europe for Science”, e já sabemos: portugueses são finos a aproveitar fundos europeus, sendo que aqui não temos de cortar oliveiras a favor da concorrência ibérica. França e Alemanha não precisaram do tiro de partida para se lançarem nesta corrida ao novo ouro intelectual. Podem ter melhores universidades, infraestrutura e capital, mas até os reformados franceses e alemães sabem que nada bate o nosso clima, os nossos encantos naturais e gastronomia. Aqui, temos mar, rios, montanhas, o pãozinho quente e o pastel de nata logo pela manhã. Oferecemos trabalho em ambiente de férias, com possibilidade de copo com sombrinha depois do trabalho e pezinho na areia. Por cá, ainda encontram custo de vida em saldos, até para um dólar a desvalorizar, um ambiente de segurança raro para toda a família, que prometemos ajudar a integrar na sociedade portuguesa, onde as crianças podem brincar na rua e encontrar livros e diversidade nas bibliotecas.

Mas o País não é só cenário para histórias com final feliz. Hoje, Portugal é reconhecido como viveiro de talentos nas áreas de programação e engenharia informática, por exemplo. Os grandes tubarões tecnológicos sabem-no bem, e tanto os levam para fora como os instalam em aquários tecnológicos nacionais, que apelidam de tech hubs, e que lhes saem bem mais em conta. Será esta a colheita de sementes plantadas há quase 20 anos, sob a forma de pequenos computadores Magalhães, que chegaram às mãos de miúdos de todo o País? Talvez. Mas este é o momento de plantar novas oportunidades, até porque um país que insiste em envelhecer precisa desesperadamente de manter esta fornada de talento em solo nacional. Temos gente preparada, especializada, pronta a abraçar novos projetos que facilmente poderiam nascer dessa migração americana. E convém lembrar, em Portugal, a quase totalidade das pessoas abaixo dos 50 fala inglês — e apesar do nosso sol que faz inveja a toda a Europa, não falam só inglês de praia. Não é fácil encontrar outro país europeu com um sotaque tão aberto ao mundo e tão propício à internacionalização.

Que se estenda a iniciativa à outra metade da equação, grandes empresas e laboratórios, com medidas concretas que incentivem o investimento e a instalação em Portugal. Espreitem o exemplo da Irlanda. Criem programas de cofinanciamento, incentivos fiscais à investigação e desenvolvimento, com especial favorecimento a regiões com baixa densidade populacional. Que se encontre, também, flexibilidade para a burocracia e regime laboral nestes casos, com modelos de avaliação anuais que permitam separar o trigo do joio ou a inteligência artificial do chico-espertismo.

Ainda podemos ser um país onde o conhecimento é um bem público, e não um luxo reservado a quem o pode importar. Não precisamos de fortunas para comprar e desabitar ruas inteiras de Lisboa ou do Porto, precisamos de gente com conhecimento e ideias para fazer de Portugal um novo motor da inovação europeia. Sei que parece impossível, mas este é um daqueles momentos raros para o tornar possível. Com sorte, daqui a uns anos, um desses investigadores de português martelado ainda nos ajuda a resolver o problema da habitação. Como eles dizem, é uma win-win situation.

Esta é uma oportunidade única de retribuição poética. Se os EUA receberam Einstein, Arendt e Fritz Lang quando a Europa perdeu o juízo nos anos 30 e 40, este é o tempo certo para lhes devolver o favor. Portugal tem todo o gosto em dar passaporte a todas as grandes ideias que já não cabem no velho sonho americano. Prometemos um país de paz, ainda intacta, à espera de se descobrir por quem ainda acredita que pensar é o mais revolucionário de todos os investimentos.

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A Microsoft anunciou no arranque da conferência Build que assinou uma parceria com a xAI de Elon Musk para trazer os modelos Grok para a plataforma Azure, expandindo o acesso a modelos de Inteligência Artificial avançados. Com este acordo, a Microsoft aumenta o portefólio de sistemas de IA, enquanto a xAI beneficia de mais um canal de distribuição.

Os modelos Grok 3 e Grok 3 mini vão estar disponíveis na plataforma Azure AI Foundry, com funcionalidades para empresas, como acordos de entrega de serviço e a cobrança feita diretamente pela Microsoft. Os modelos Grok foram descritos por Musk como não tendo filtros e serem anti-woke, mas têm recebido críticas por ultrapassarem as fronteiras de aceitabilidade de respostas, respondendo a perguntas a que outros modelos recusam responder. Na Azure, no entanto, os modelos Grok vão ser controlados de forma mais rígida do que são noutras plataformas. A oferta da Microsoft inclui uma gestão melhorada, personalização e integração para uso seguro em contexto empresaria, conta o Interesting Engineering.

Com esta adição, a Microsoft reforça a posição de liderança da IA na cloud, com os utilizadores a terem disponíveis agora mais de 1900 modelos, incluindo sistemas da OpenAI, da Meta e da DeepSeek, faltando as soluções da Google e da Anthropic.

O responsável técnico da Microsoft, Kevin Scott, explica que “para tornar os agentes de IA verdadeiramente eficientes, precisamos de os conectar com tudo no mundo”.

Também na Build, a Microsoft contou que traz novas funcionalidades na linha 365 Copilot, com ferramentas como Researcher e Analyst, focados na análise aprofundada e na geração de conclusões. Os utilizadores vão poder gerar estratégias detalhadas com dados internos e externos.

Tem uma scooter elétrica (ou microcarro) da Silence? Então provavelmente saberá que esta marca espanhola projeta os veículos atribuindo à bateria o papel central. Aliás, para a Silence, o acumulador de energia é tão importante quanto o próprio veículo. De tal modo que a bateria é independente, amovível, e tem uma vida que pode ir muito além da scooter ou do carro que alimenta. O melhor exemplo é este acessório, um inversor que transforma a bateria usada nos veículos da Silence num autêntico powerbank de grande capacidade, capaz de alimentar uma pequena casa durante alguns dias.

As baterias Silence, usadas nas scooters da marca e no microcarro S04, são amovíveis e transportáveis. Transformam-se, automaticamente, num género de trollry quando são removidas dos veículos

Bateria de grande capacidade transportável

Todos os veículos atuais da Silence, onde se incluem as scooters e o microcarro S04, usam a mesma bateria com 5,6 kWh de capacidade, o que garante interoperabilidade e trocas fáceis. Umas das grandes vantagens desta bateria é que é amovível e transportável graças a um mecanismo engenhoso, que transforma a bateria num trolley (com pega extensível e rodas). Como mostrámos na nossa análise das scooters Silence S01 e Seat Mó (o modelo da Seat é, essencialmente, uma S01 com a marca Seat). Além disto, a bateria inclui carregador interno, o que significa que pode ser, por exemplo, transportada para casa ou para o local de trabalho e carregada facilmente numa qualquer tomada standard.

O que é um inversor?
Um inversor elétrico é um dispositivo que converte corrente contínua (CC ou, do ingês, DC) em corrente alternada (CA ou AC). É essencial, por exemplo, em sistemas solares, onde transforma a energia gerada pelos painéis (em CC) numa forma utilizável por eletrodomésticos e pela rede elétrica (em CA).
Existem também inversores portáteis, que permitem obter energia em corrente alternada a partir de baterias (corrente contínua), como as de carros ou powerbanks. São úteis, por exemplo, para alimentar aparelhos elétricos em locais sem acesso à rede elétrica. Os inversores muito comuns em caravanas e veículos de emergência. Alguns powerbanks de grande capacidade incluem inversores para poderem apresentar tomadas elétricas convencionais.

Inversor de levar às costas

Quando vimos, pela primeira vez, o inversor protótipo da Silence, para adicionar tomadas elétricas standard (iguais às que temos em casa) à bateria, tratava-se de um módulo compacto, que encaixava por cima do ‘trolley’. Ora, infelizmente, a versão comercial é bem maior e pesada. Mas, a Silence encontrou uma solução para facilitar o transporte: o inversor está integrado numa mochila feita à medida.

Ou seja, podemos levar o inversor às costas e puxar a bateria com uma mão (não se esqueça que funciona como um trolley). Não é, propriamente, algo para uma criança fazer, mas o sistema é transportável q.b.. A grande dimensão e peso do inversor justiça-se pela potência e tecnologia: disponibiliza 3 kW de potência em contínuo e 6 kW de potência de pico.

Grande capacidade

Ao conjugamos a capacidade da bateria e a potência disponibilizada pelo inversor, percebemos que este conjunto é capaz de fornecer energia por muito tempo a aparelhos que usamos habitualmente. Por exemplo, um frigorífico com 300 litros de capacidade tem, em média, um consumo de 300 a 600 watts hora por dia (0,3 a 0,6 kWh), O que significa que os cerca de 5 kWh de capacidade útil da bateria permitem alimentar o frigorífico referido, sem restrições, por 8 a 16 horas.

Se usarmos este ‘powerbank’ para alimentar algumas lâmpadas LED, um mini-frigorífico e um pequeno televisor, podemos ter energia para alguns dias. Outra opção é usar este sistema como ‘gerador’ portátil para, por exemplo, dar energia a ferramentas elétricas numa obra numa zona sem eletricidade de rede. Ou para acampar, fazer um piquenique, alimentar uma cabana ‘off-grid’… São muitas as possibilidades.

Este acessório transforma as baterias Silence em powerbanks de alta capacidade e elevada potência, capazes de alimentar todo o tipo de aparelhos elétricos. Um extra muito valioso para quem já tem uma bateria Silence ou pensa adquirir um veículo desta marca

Para usar este sistema, basta ligar o Nomad Inverter à bateria, através de um cabo com uma ficha específica muito sólida. O inversor tem duas tomadas ‘schuko’ (as tomadas elétricas normais) e uma porta USB. Considerando a dimensão do aparelho, gostaríamos de ter mais tomadas e portas USB para carregamento de gadgets. Claro que tudo se pode resolver com extensões e tomadas múltiplas. Não há, propriamente, um indicador preciso do nível de carga, mas as baterias da Silence têm um anel luminoso que mostra o nível de carga aproximado (basta um toque na lateral da bateria). Importante: o inversor desliga-se quando o o nível de carga atinge os 5 a 10 porcento, de modo a proteger a bateria.

Usámos e abusámos deste inversor para uma série de experiências, incluindo alimentar um grelhador elétrico e umas luzes durante um piquenique, fornecer energia a três computadores portáteis e para usar uma rebarbadora e um berbequim.  Até alimentou luzes e um frigorífico numa pequena casa rural. Parece-nos que o preço deveria ser um pouco mais baixo, até porque já há powerbanks com mais saídas e bateria própria que custam pouco mais. Mas nenhum destes powerbanks disponibiliza uns expressivos 5 kWh de capacidade!

Para quem já tem veículos Silence e, como tal, uma bateria compatível, este acessório é uma proposta muito tentadora. No fundo, ganha um gerador portátil de 3 kW de potência real e 5 kWh de capacidade por bem menos de €1000.

Tome Nota
Polestar 2 Long Range – Desde €53.400

polestar.com/pt

Potência Muito bom
Portabilidade Satisfatório
Construção Muito bom
Saídas Satisfatório

Características Potência: 3000 watts (6000 watts pico) ○ Inversor de 48 volts DC para 230 Volts AC ○ Saídas: 2x tomadas Schuko (230 volts), USB 5 Volts ○ Peso: 6,8 kg ○ Dimensões (CxLxA): 45x20x8 cm (aproximado)

Desempenho: 4,5
Características: 4,5
Qualidade/preço: 4

Global: 4,3

A ferramenta genética de edição precisão CRISPR-Cas9 continua a ser utilizada por cientistas de todo o mundo em diversas experiências. Um caso recente vem da Alemanha, onde uma equipa universitária anuncia ter conseguido criar em laboratório uma aranha que produz teias vermelhas fluorescentes a partir de uma aranha doméstica comum.

Para fazer face às dificuldades de lidar com a genética das aranhas, a equipa de investigadores desenvolveu uma nova solução com base na CRISPR que contém a sequência do gene de uma proteína de seda vermelha fluorescente e injetou-a em ovos de aranha não fertilizados. Entre as dificuldades estão o facto de muitas aranhas serem canibais, com uma arquitetura genética diversa e complexa, o que faz com que a manipulação genética e o desenvolvimento das crias sejam desafiantes.

Para administrarem as microinjeções, as aranhas foram anestesiadas com dióxido de carbono, de modo que não se movessem durante o procedimento e, depois da recuperação, as fêmeas foram emparelhadas com machos da mesma espécie. As crias geradas estão a produzir teias vermelhas com a tal infusão da proteína. “Demonstrámos pela primeira vez em todo o mundo que a CRISPR-Cas9 pode ser usada para incorporar uma sequência desejada nas proteínas de seda das aranhas, assim permitindo a funcionalização destas fibras”, afirma Thomas Scheibel, o autor que liderou o estudo ao New Atlas.

As teias das aranhas são uma fibra natural impressionante com características como resistência, elasticidade, peso leve e biodegradabilidade e, com esta experiência, abrem-se portas para expandir o seu uso em mais materiais e na biotecnologia.

Além da cor invulgar, os cientistas também aproveitaram para experimentar um processo conhecido por CRISPR-KO, onde testou-se o efeito das modificações ao terem ‘silenciado’ um gene específico responsável pela formação dos olhos nas aranhas. Também este teste foi bem-sucedido pois, após a modificação, as aranhas nasceram sem olhos.


Em declarações à Rádio 4 da BBC, o líder do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Tom Fletcher, classifica a quantidade de ajuda que Israel está a permitir entrar em Gaza como “lamentável”, reiterando que a autorização de entrada de nove camiões de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, após 11 semanas de bloqueio, é “uma gota de água no oceano”.

Segundo o responsável, até agora, apenas cinco camiões de ajuda humanitária tiveram acesso ao enclave palestiniano, o que “é uma ajuda totalmente inadequada” para as necessidades da população.

Embora nenhuma ajuda humanitária tenha entrado no território palestiniano desde 2 de março, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou no domingo que ia autorizar a entrada de uma “quantidade básica de alimentos destinados à população, a fim de evitar o desenvolvimento da fome na Faixa de Gaza”.

As autoridades israelitas já tinham anunciado que tinham deixado passar camiões com alimentos para bebés, sem especificar quantos, mas, de acordo com Fletcher, essa ajuda está tecnicamente em Gaza, mas não chegou aos civis, já que se mantém “do outro lado da fronteira”.

“A quantidade limitada [de alimentos] agora autorizada a entrar em Gaza não substitui, evidentemente, o acesso sem entraves aos civis necessitados”, insistiu Tom Fletcher, lembrando que as Nações Unidas têm um plano para fornecer ajuda em grande escala no território palestiniano.

Na semana passada, a ONU explicou que tinha camiões carregados com 171 mil toneladas de alimentos à espera de serem autorizados a entrar.

Durante o cessar-fogo de 42 dias entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, no início do ano, 4.000 camiões de ajuda entraram no território todas as semanas, segundo a ONU.

Fletcher apelou ainda a Israel para que abra “pelo menos dois pontos de passagem para Gaza”, para que “simplifique e acelere os procedimentos e levante todas as quotas”, a fim de satisfazer todas as necessidades em termos de “alimentos, água, higiene, abrigo, saúde ou combustível”.

Tom Fletcher adiantou esperar que Israel deixe entrar hoje 100 camiões em Gaza.

“Será difícil”, admitiu, garantindo que, se houver permissão, esses camiões, serão carregados com comida para bebés.

A abertura agora dada pelo Governo de Telavive foi justificada por Netanyahu com o receio de que as imagens de fome dos palestinianos fizessem com que os aliados de Israel retirassem o apoio militar e diplomático ao país.

Há pouco mais de um ano escrevi aqui, antes das eleições legislativas de 2024, que os programas eleitorais dos partidos políticos portugueses com assento parlamentar eram, basicamente, omissos relativamente ao conceito felicidade. Em concreto, dos oito partidos presentes na Assembleia da República, quatro não faziam nenhuma referência à palavra felicidade, nem à ciência que a estuda e seus resultados (PS, BE, PCP, Chega); nos outros quatro, a palavra felicidade surgia, mas pouco (uma ou duas vezes em cada um dos programas eleitorais de AD, PAN, Livre e IL).

Volvido um ano, inesperadamente (apesar da fragmentação parlamentar), voltamos a eleições legislativas. Entende-se que os partidos não tenham sentido necessidade de fazer grandes alterações nos seus programas e, no que toca à explicitação da felicidade, o panorama não melhorou: no programa do PS, surge uma vez a palavra felicidade, mas não como desígnio político, apenas para referir que “o nosso país teve a felicidade de dar origem a seis empresas unicórnio”; no do Chega, surge também uma vez, apenas na frase “Defendemos a família porque esta é um projeto de felicidade impresso no coração dos homens e mulheres”; no da IL, do BE, da CDU e do JPP está completamente ausente; é apenas nos programas da AD, PAN e Livre que a felicidade aparece com mais substância, com a AD a querer “Colocar Portugal no top 10 do ranking de felicidade medido pelo World Happiness Report, do Active Ageing Index e Age Watch Index”, o PAN a querer “Construir uma ferramenta para medição do bem-estar e felicidade da população, com base em processos participativos, que permita aferir, em cada ano, o que é mais importante a nível nacional, distrital e concelhio” e o Livre a querer “Diversificar os indicadores de desenvolvimento nacional, passando a incluir na monitorização e avaliação das políticas e da ação governativa indicadores de desenvolvimento sustentável, como o PIB Verde ou a Poupança Genuína, dando prioridade aos aspetos mais diretamente ligados ao ambiente, qualidade de vida, felicidade, saúde e bem-estar e reforçando a necessidade da sua produção na informação do sistema estatístico nacional.”

O que defendo é que a explicitação da palavra felicidade no contexto político não é uma decisão vã. Com o arsenal estatístico, de literatura científica e de índices de progresso/desenvolvimento disponíveis, os agentes políticos podem, com segurança científica, recorrer a esses dados para fazer análises de custo-benefício e definir metas de política. Se um determinado partido político entender que a felicidade é o objetivo maior da sociedade, já tem como aferir rigorosamente se as suas políticas e a sua performance está a conduzir a nação a mais ou menos felicidade.

No caso de Portugal, a posição que ocupa no Ranking Mundial da Felicidade é modesta, ficando abaixo do que seria de esperar face ao nosso nível de PIBpc.

Se a AD, que ganhou as eleições, quiser cumprir o que disse no seu programa a este respeito e quiser ver Portugal no top 10 do World Happiness Report tem muitas ferramentas científicas para trilhar esse caminho, não se devendo fiar na intuição antiga de que basta pôr o PIB a crescer para a felicidade aumentar. A “engenharia” é mais complicada do que isso, mas não encontro objetivo mais nobre e mobilizador do que desenhar políticas para tornar Portugal um dos países mais felizes do mundo.

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Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Palavras-chave:

No final de 2024, a Hisense lançou o modelo C2 Ultra, que, na verdade, não difere muito desta versão mais acessível e com muito boa qualidade de imagem. Assim que tiramos este projetor da caixa, percebemos de imediato que estamos perante um produto robusto e de topo.

A verdade é que a Hisense tem vindo a evoluir significativamente no segmento dos projetores, e este Mini Projector Laser C2 é prova disso. Embora seja constituído maioritariamente por plástico, a qualidade de construção surpreende — tudo está bem montado e transmite confiança. Trata-se de um projetor compacto que permanece estável mesmo quando sofre um toque acidental, e não emite qualquer ruído ao ser movido ou ajustado. Além disso, não exige montagem: basta tirar da caixa e começar a projetar. Destaca-se ainda a base giratória, que facilita o posicionamento e permite rodar o projetor conforme as necessidades do momento.

Imagem de topo

A qualidade de imagem é, naturalmente, um dos aspetos mais importantes num projetor e, neste campo, o C2, com tecnologia de projeção a laser, garante uma experiência bastante satisfatória. Consegue projetar uma área até 300 polegadas, como se de uma verdadeira sala de cinema se tratasse, embora, para tal, necessite de estar sensivelmente a 8 metros da parede.

Veja imagens abaixo:

A resolução 4K e a taxa de atualização máxima de 240 Hz dizem muito sobre o que esperar, mas este projetor não se fica por aqui. Com cores vivas (2.000 lúmens) e uma nitidez excecional, houve momentos em que quase nos esquecemos de que estávamos a ver uma projeção, e não um televisor — embora, claro, um bom televisor continue a oferecer uma qualidade de imagem superior. Ainda assim, ao visualizar conteúdos de natureza, documentários sobre animais ou filmes com cenas mais escuras, a experiência foi sempre convincente e agradável.

Os pretos não atingem a profundidade de um painel OLED, mas também não se tornam acinzentados, o que é um ponto positivo. Entre os vários modos de imagem disponíveis, destacamos o modo Filmmaker, que proporciona uma tonalidade mais natural e uma sensação cinematográfica verdadeiramente imersiva.

Que som é este?

A qualidade sonora deste projetor é surpreendente e ficámos totalmente convencidos. Os altifalantes incorporados são da autoria da JBL, marca conceituada no segmento do áudio, o que ajuda a explicar a qualidade sonora. Com o volume no máximo não existe praticamente qualquer tipo de distorção do som, mas o mais impactante é que mesmo com o volume a meio gás já conseguimos uma envolvência sonora na divisão em que estamos muito boa, ainda para mais tendo em conta que estamos a falar de um projetor. Os graves são fortes e, por vezes, até nos questionamos se não existe algum elemento externo que garanta esta excelente qualidade sonora.

Focagem automática e… cuidado com os olhos

A facilidade e eficácia da focagem são também aspetos que merecem destaque. O foco automático ajusta sempre a imagem de acordo com a área disponível para projeção e, nas definições, é possível ativar a opção que permite o reajuste automático do foco sempre que o projetor é movido ou tocado acidentalmente.

Outro ponto relevante é a proteção ocular automática: quando o projetor deteta que alguém passa à frente, o feixe de luz laser reduz automaticamente a intensidade, aumentando a segurança para os nossos olhos. Por fim, existe ainda uma opção de otimização inteligente por IA, que promete ajustar a qualidade da imagem consoante o conteúdo reproduzido. No entanto, na nossa experiência, as diferenças com esta funcionalidade ativada foram pouco significativas.

O sistema operativo Vidaa permite uma navegação fluída e intuitiva, com menus bem organizados que facilitam o acesso a conteúdos, aplicações e às definições. Entre as funcionalidades disponíveis, destaca-se a possibilidade de espelhar o ecrã do smartphone no projetor de forma simples e eficaz. O comando remoto é bastante responsivo e sensível ao toque, proporcionando uma experiência de utilização muito confortável. Conta ainda com retroiluminação, o que é especialmente útil quando estamos a ver um filme no escuro, permitindo operar o dispositivo sem dificuldade.

Para maior conveniência, inclui botões de acesso direto a aplicações populares como Netflix, Amazon Prime Video, Disney+ e YouTube. Um dos destaques é o botão idêntico ao do volume, que permite ajustar facilmente a intensidade do brilho — uma funcionalidade prática que se adapta a diferentes ambientes de visualização

Embora o preço seja elevado e não esteja ao alcance de todos, revela-se equilibrado face às características que disponibiliza e à realidade do mercado

Tome Nota
Hisense Mini Projector Laser C2 – €2199,99
Site: hisense.pt

Configuração Excelente
Imagem Muito Bom
Som Muito Bom
Conectividade Muito bom

Características Diagonal de 65” a 300” (1.7 a 8 metros da parede) ○ Resolução: 3840×2160 p, 240 Hz ○ Contraste 1700: 1 ○ Brilho: 2000 lúmenes ○ Fonte de Laser tricolor: azul+verde+vermelho, Vida útil: 25.000 horas ○ VIDAA U7.6 ○ Entradas: HDMI ARC, HDMI (2.1), 2x USB 3.0, Ethernet, jack 3,5 mm ○ Bluetooth 5.3, Wi-Fi 6e GHz ○ Áudio: 2 x 10W ○ Consumo: 180 watts ○ 247 x 247 x 286 mm ○ 5,3 kg

Desempenho: 4,5
Características: 4,5
Qualidade/preço: 3,5

Global: 4,2