Visão
Podemos dizer que a segunda geração do 3008, lançado em 2016, representou um salto qualitativo no design e na tecnologia para a Peugeot. O restyling de 2021 manteve este SUV atualizado e popular. E, por isso mesmo, seria compreensível que a marca francesa apostasse na continuidade, fazendo mais uma atualização. Mas não. O novo 3008, disponível pela primeira vez em versão 100% elétrica, marca uma nova disrupção. A começar pelo formato: agora um SUV fastback, um estilo que tem estado muito em voga.
Agora sim, elétrico
A ideia de multienergias tem sido central na política da Peugeot e do grupo Stellantis onde a marca está incluída. De outro modo, os engenheiros da Stellantis têm desenvolvido plataformas que permitem construir carros com motores de combustão interna, híbridos e 100% elétricos. É o caso da nova plataforma STLA Medium, que o e-3008 estreia. Uma plataforma que traz várias novidades tecnológicas importantes para a Peugeot, a começar pelo facto de ter sido concebida sob o conceito “electric first”. Ou seja, ao contrário do habitual, esta plataforma foi desenvolvida para carros 100% elétricos, podendo ser adaptada para outros tipos de motorizações. Uma inversão das prioridades. O que se nota, por exemplo, na arquitetura tipo skate, com bateria de grandes dimensões entre os eixos. E no espaço interior desimpedido, sem túnel de transmissão a separar os lugares de trás, onde nem falta um alçapão generoso na mala. Ainda assim, não há frunk (mala frontal) e o espaço nos bancos de trás desilude um pouco. Não é que seja apertado, mas esperávamos um pouco mais considerando as dimensões exteriores. Talvez uma consequência do estilo fastback, em que a linha do tejadilho começa a cair depois da segunda fila de bancos, o que acaba por beneficiar a mala, com quase 590 litros de capacidade.

Por enquanto, o e-3008 está disponível com bateria de 73 kWh de capacidade útil e tração frontal, mas a Peugeot planeia disponibilizar uma versão com bateria de 98 kWh úteis lá para o início de 2025. A que se deverá seguir uma versão mais potente, com dois motores e tração integral.

Quanto à autonomia, os nossos testes apontam para um valor médio realista próximo dos 450 km, que soube para mais de 550 km em cidade e desce para cerca de 300 a 350 km em autoestrada. Autonomias generosas, mas, considerando a dimensão da bateria, a eficiência não é elevada. Uma vez mais, o peso faz-se sentir nos consumos, que, mesmo sem exageros, andam mais próximos dos 20 kWh do que dos 15 kWh aos 100 km.
O carregamento rápido atinge os 160 kW de pico e medimos uma média de 90 kW entre os 10 e os 80% por cento (36 minutos). O carregador interno (carregamento lento) de série é de 11 kW (8h dos 0 as 100%), sendo que o carregador de 22 kW (4h dos 0 aos 100%) está disponível como opcional. Valores bons, sem dúvida, para um carro com bateria de 400 volts.
i-Cockpit panorâmico
O pequeno volante ‘cortado’ na parte superior está longe de ser uma novidade para a marca. Mas nunca ficou tão bem enquadrado graças à subida do painel de instrumentos, que permite uma excelente visibilidade para a estrada e para a informação apresentada ao condutor. Independentemente da posição do volante e da altura de que vai ao volante. Este ecrã é uma parte do grande painel curvo de 21 polegadas, que parece flutuar sobre o tablier. Um efeito que resulta muito bem, sobretudo à noite graças à iluminação LED. Um painel que, do lado direito apresenta, o sistema de infoentretimento.

A interface gráfica tem um look moderno, que joga bem com o design do carro, e responde rapidamente aos nossos comandos. Uma vez mais, a Peugeot incluiu um painel tátil com botões digitais programáveis, que nos permite criar atalhos para as funcionalidades que mais usamos. Por exemplo, podemos ter um botão para iniciar uma chamada para um determinado contacto e outro para aceder diretamente ao Apple CarPlay. Por outro lado, a posição de alguns menus no ecrã dificulta o acesso. É o caso da temperatura do AC, que muitas vezes acabámos a controlar com o polegar. Aliás, o ecrã panorâmico, muito virado para o condutor, dificulta o controlo pelo passageiro. Felizmente, há reconhecimento de voz para controlar o infoentretimento e o e-3008 até vai suportar, através de uma atualização remota, o ChatGPT. O que deverá permitir ‘conversar’ sobre quase tudo com a IA.
Não há muitas aplicações, mas tudo o que importa está bem conseguido. Com a navegação com trânsito em tempo real, que considera a autonomia do veículo e os postos de carregamento disponíveis. Neste aspeto, há que sublinhar as capacidades da app de acesso remoto e da funcionalidade que permite planear viagens, incluindo carregamentos, diretamente no smartphone. E, claro, podemos sempre recorrer ao Android Auto e Apple CarPlay, sem ser necessário usar cabos.
Ao volante
Ficámos um pouco desiludidos quando acelerámos a fundo. Isto porque o e-3008 não tem aquela explosividade que associamos aos elétricos. A aceleração é progressiva e é difícil queimar borracha nos arranques. Considerando a potência e binário do motor, é provável que este arranque mais contido tenha sido uma opção da Peugeot, para melhorar a eficiência e evitar sustos. Embora a condução seja precisa e o rolamento da carroçaria praticamente inexistente, o peso elevado do e-3008 (mais de 2,1 toneladas) compromete ligeiramente o desempenho, tornando-o menos ágil e dinâmico do que alguns concorrentes diretos, como Renault Scenic E-Tech. O pedal de travão também exige algum hábito, já que no início do curso do pedal a travagem é apenas elétrica para potenciar a regeneração. Mas, para quem está habituado a elétricos, não é problemático. Aliás, até sentimos falta de uma opção de ainda maior regeneração. É possível alterar o nível de regeneração (travagem com o motor) através das patilhas ao volante, mas mesmo o nível máximo fica aquém do disponibilizado em outros carros elétricos.

Contudo, é possível que pelo menos parte desta sensação se deva aos bons níveis de conforto e insonorização. Isto porque levámos o e-3008 ao EcoRally de Proença-a-Nova e, para nossa surpresa, conquistámos o primeiro lugar na classificativa mais rápida. O que parece provar que o e-3008 é mais dinâmico do que aparenta. Nesta prova também se notou a vantagem das rodas grandes e da elevada altura ao solo, que facilitam a ultrapassagem de irregularidades.
Veredicto
Se procura um carro para sentir emoções fortes, o novo SUV da Peugeot não é a melhor solução. O e-3008, é essencialmente, um familiar, que privilegia o conforto e a tecnologia. Oferece uma condução segura, um interior sofisticado e, na nossa opinião, um dos melhores designs do mercado. Uma sofisticação que se traduz num preço elevado. E mais um carro que eleva a Peugeot, cada vez mais próxima das marcas premium.
Tome Nota
Peugeot e-3008 – Desde €46.150
Autonomia Muito bom
Infoentretenimento Muito bom
Comunicações Muito bom
Apoio à condução Bom
Características 157 kW (213 cv), 343 Nm ○ Acel. 0-100 km/h 8,7 segundos ○ Vel. Máx. 170 km/h ○ Bateria 77 kWh (73 kWh úteis), autonomia 525 km (WLTP) ○ Carregamento AC 11 kW e DC 160 kW, V2L (3,6 kW)
Desempenho: 4
Características: 4,5
Qualidade/preço: 4
Global: 4,3
Palavras-chave:
A organização dos Jogos Olímpicos de Paris e a World Triathlon decidiram adiar a prova individual masculina de triatlo das Olimpíadas, marcada para esta terça-feira. A decisão baseou-se nos níveis de poluição e má qualidade da água do rio parisiense, não adequada para a realização das provas.
“Paris2024 e a World Triathlon reiteram que a sua prioridade é a saúde dos atletas. As análises feitas no Sena revelaram que os níveis da qualidade da água não dão suficientes garantias para permitir que o evento se realize”, pode ler-se nota numa emitidia pela organização. Também as sessões de treinos e familiarização do percurso, inicialmente marcadas para o passado domingo e segunda-feira, tinham sido cancelados.
Caso estejam reunidas as condições necessárias à realização da prova masculina, esta deverá ocorrer esta quarta feira, após a prova feminina, pelas 9h45 de manhã. A prova conta com a participação dos atletas portugueses Vasco Vilaça e Ricardo Batista.
Caso não se verifiquem melhorias na qualidade da água do rio, a prova de triatlo passa a duatlo, eliminando o segmento da natação.
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Palavras-chave:
Novos mercados, mais viagens, experiências únicas e de luxo são estas as tendências do turismo segundo um novo estudo elaborado pela McKinsey & Company, aliadas à necessidade de adaptação dos destinos turísticos às expectativas dos turistas. Através de um inquérito, administrado a cerca de cinco mil pessoas, o The state of tourism and hospitality 2024 analisou e identificou as cinco principais tendências do setor turístico e hoteleiro em 2024, realçando, sobretudo, que “viajar nunca esteve tão em voga”, pode ler-se através de um comunicado.
O novo estudo revelou que as viagens têm vindo a adquirir um cariz prioritário para os consumidores, com cerca de 66% dos inquiridos a referir que estão “mais interessados em viajar agora do que antes da Covid-19”. Uma tendência que se verifica em todas as faixas etárias, especialmente nos mais jovens. “A recuperação do turismo chegou com muita força, e à medida que viajantes de um maior número de mercados de origem se aventuram a explorar novas fronteiras e experiências únicas, criam-se novas oportunidades para as empresas do setor e para os destinos captarem novos ‘consumidores’ e adaptarem as suas estratégias a um panorama em constante mudança”, referiu Javier Caballero, representante da McKinsey & Company, na mesma nota.
Apesar de destinos como os Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, China e França permanecerem no Top de países com maior fluxo turístico do mundo – ao reunir 38% do gasto em turismo a nível global – tem existido um crescimento de novos mercados, sobretudo em regiões como a Europa de Leste e Sudeste Asiático – como Laos e Malásia.
Com base numa previsão realizada pela Organização de Turismo Mundial – que prevê que até 2030 o número de turistas suba para os 1 800 milhões – o relatório da McKinsey refere ainda que o futuro deste setor passa cada vez mais pela formação de trabalhadores, aplicação de tecnologia de forma a melhor gerir o fluxo turístico, preservação do património cultural e natural e outras áreas de ação fundamental. “Quer seja a investir em infraestrutura, a criar ofertas atrativas para os mercados emergentes, ou a promover destinos menos conhecidos com motivos de interesse únicos, a flexibilidade e a inovação serão chave para prosperar nesta nova era do turismo global”, refere o representante da McKinsey.
O turismo de experiências e de luxo
O turismo de experiências tem, nos últimos anos, ganho um novo destaque devido ao aumento da procura por “experiências diferenciadoras” por parte dos consumidores. “Esta tendência é mais relevante quanto mais jovem é o turista”, refere o estudo. Segundo o inquérito, à pergunta “estão disponíveis para um capricho” em experiências quando viajam, cerca de 52% dos inquiridos parte da Geração Z – pessoas nascidas entre 1995 e 2010 – responderam afirmativamente. Já 47% de “Millennials” – nascidos entre 1982 e 1994 – admitiram procurar estas experiências, e apenas 29% de “Baby Boomers” – nascidos entre 1945 e 1964 – se mostraram disponíveis para estes gastos.
Já o turismo de luxo, que tem redefinido o seu target, tem crescido nos últimos anos, sobretudo na Ásia – o seu principal mercado emissor. “Os viajantes de luxo não formam um grupo homogéneo, e muitos dos mitos tradicionais estão a mudar. A segmentação por idade, nacionalidade e património líquido revelam preferências em constante evolução. Muitos turistas ‘de luxo’ não são milionários, e a maioria tem menos de 60 anos”, explicou Caballero.
Segundo o inquérito, os turistas de luxo procuram experiências que se adaptem aos seus interesses individuais – que incluam experiências culturais autênticas e uma maior ligação com os destinos que visitam – com 78% destes viajantes dispostos a pagar mais por experiências “diferenciadoras, personalizadas e exclusivas”. “As empresas de turismo centradas neste segmento devem melhorar as plataformas digitais e as aplicações móveis para oferecer uma experiência sem interrupções e personalizada. Isto inclui o uso de inteligência artificial para personalizar as recomendações e serviços, assim como implementar práticas sustentáveis que reduzam o impacto ambiental das viagens”, concluiu.
Enquanto na Venezuela o povo luta por uma Democracia, há, noutros pontos do planeta, sinais de que este tipo de regime ou é constantemente acarinhado ou, num ápice, pode definhar.
Mas, comecemos pela Venezuela: apesar de as sondagens apontarem para uma expressiva vitória do candidato da oposição, Edmundo Urrutia, no final foi Nicolás Maduro o vencedor com 51,2% dos votos. Um dos primeiros sinais de que alguém se enganou na contagem foi dados por Andrés Malamud, especialista em política sul-americana, à CNN/Portugal: “A informação oficial do governo faz mais de 100%, há 51% para Maduro, depois eles concedem 44% para o principal líder opositor e depois há vários líderes menores com 4,6% – a soma total do Conselho Nacional Eleitoral é superior a 100%”.
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É na Quinta da Barroca, em Armamar, que vai nascer o novo projeto de luxo do Douro. Concorrente direto de unidades como o Six Senses Douro Valley, o resort de 5 estrelas, focado no bem-estar, vai contar 70 quartos, piscinas, 50 villas privadas e um SPA, tudo isto rodeado por 26 hectares de vinha e pomares. E com uma deslumbrante vista para as serras do Marão, Alvão e Montemuro. Resultará de um investimento global na ordem dos €50 milhões e abrirá as portas ao público em 2027.
A propriedade, adquirida com recurso a capitais privados em 2024, é atualmente a casa de um hotel rural de 3 estrelas, que continua em funcionamento. “A Quinta da Barroca foi especificamente escolhida pelos seus atributos únicos e pela tranquilidade que a rodeia, que são essenciais para a experiência excecional que queremos oferecer aos nossos clientes”, revelam, em primeira mão, à EXAME, Lior Zach e George Vinter, os responsáveis do BOA Hotels. Um espaço onde a serenidade permite retiros de luxo que ajudem os hóspedes a recuperar energias.
Destinado a, “em primeiro lugar, portugueses e expatriados a viver em Portugal”, posiciona-se num segmento alto e quer fazer concorrência às melhores unidades do País. “Vai ser um destination resort”, garante Lior. “Estamos a competir com os melhores resorts e hotéis do País, e não apenas do Douro, neste segmento dos refúgios de SPA”, continua.
“Queremos chamar a nós pessoas que apreciam qualidade e uma experiência de hospitalidade sofisticada”, acrescenta George. A dupla israelita que fundou o BOA Hotels vive em Portugal há 5 anos, mas há mais de uma década que acumula experiência no setor da hotelaria. Desenvolveram os seus percursos profissionais em grupos como o Six Senses ou o Selina. Hoje, são empreendedores, e para além de Portugal já estão também com um pé na Grécia onde, em 2026, abrirão um boutique hotel & SPA de 28 quartos na ilha de Paros, em Lefke.

Isto significa que 2024 marca a consolidação da marca, que nasceu com o projeto hoteleiro do Porto, o Village by BOA. Num resumo muito simplista, uma unidade de aparthotel com serviços de luxo, totalmente integrado no ‘Bairro do Silva’, onde reconverteram 5 edifícios, preservando a estrutura e a memória de cada um deles.
Na Quinta da Barroca, a filosofia será praticamente a mesma. “Melhorando a infraestrutura existente, bem como os serviços, vamos conseguir criar um destino de bem-estar sofisticado, que vai responder à crescente procura por este tipo de Turismo, e que vai permitir aos nossos hóspedes uma experiência verdadeiramente memorável”, revelam, entusiasmados, os empresários.
Nesse sentido, acrescentam que vão usar sobretudo produtos locais e converter a agricultura existente para biológico enquanto respeitam a herança da propriedade. “Já estamos a trabalhar com o município de Armamar e com organizações agrícolas da região, como o Pomar D’Ouro e a Associação de Fruticultores do Concelho de Armamar”, por forma a conseguir contribuir também para o desenvolvimento da comunidade envolvente.
O projeto de arquitetura do resort será assinado pelo ateliê FAT – Future Architecture Thinking, ficando o design de interiores, novamente, a cargo do Bacana Studio. Os responsáveis do BOA Hotels contam começar a reconverter o projeto já no final deste ano, para que seja possível cumprir o prazo de abertura em 2027. A dupla acredita que será possível chegar ao break-even deste projeto num prazo de cinco a seis anos, admite à EXAME.
Para o novo resort de 5 estrelas, o grupo conta ainda criar 100 novos postos de trabalho, com George a sublinhar que “será dada prioridade à comunidade local”, em termos de recrutamento, mas notando que, à semelhança do que têm feito desde que começaram a atividade, vão “contratar as melhores pessoas para cada posição”. Questionados sobre se, nesta altura, não é ambicioso conseguir um número tão elevado de recursos humanos – a escassez de trabalhadores na área é uma realidade em todo o País – os responsáveis relativizam, notando que “o recrutamento é um desafio em qualquer lugar do mundo”.
Prima Facie, o título original, é uma expressão jurídica em latim que significa À Primeira Vista, nome com que esta peça, primeiro monólogo de Margarida Vila-Nova, se apresenta em Portugal. “O projeto começou há dois anos quando uma amiga psicóloga me falou deste texto de Suzie Miller e me desafiou a ir vê-lo a Londres”, conta a atriz, que veste a pele de Teresa, uma jovem de uma família da classe trabalhadora que se tornou uma advogada de defesa de sucesso.
Ganhar está-lhe no sangue, até que a vida lhe prega uma partida. Na posição de vítima de agressão numa relação, vê-se confrontada com a dúvida sobre a denúncia, numa inversão de papéis que dá corpo à história encenada por Tiago Guedes, que também se estreia na direção de um monólogo. “O texto é escrito por uma mulher, a personagem tem de ser interpretada por uma mulher, achei importante convocar um homem para a encenação”, afirma Margarida Vila-Nova.
Numa espécie de tribunal invertido, o espectador vê-se no lugar dos juízes, sob uma “luz belíssima” criada por Nuno Maia, que constrói todos os ambientes de cada cena, descreve a atriz, e acompanhado pela música da Carincur, “de uma subtileza e de uma delicadeza enormes, que ajuda a contar a história”.

Tiago Guedes leu o texto premiado e estreado em 2019 no Griffin Theatre, em Sydney, e percebeu o impacto que tem tido pelo mundo fora, mas o que o entusiasmou neste trabalho foi a possibilidade de trazer à discussão a Justiça. “Precisamos de lhe dar a atenção devida, de a modernizar e de a olhar com uma nova perspetiva”, defende. Por outro lado, “a violência dentro das relações fez-me querer muito mexer nisto”, justifica.
Em cima do palco, Margarida Vila-Nova desafia o público “a questionar-se sobre estes temas”, diz, acrescentando: “O teatro e as artes, de uma maneira geral, podem ter esse poder de inquietar, consciencializar e fazer despertar para alguns temas que possam estar abafados ou camuflados.”
À Primeira Vista > Teatro Maria Matos > Av. Frei Miguel Contreiras, 52, Lisboa > até 10 ago, qui-sáb 21h > €20