Visão
Podemos dizer que a Toyota mudou-se para Paris. Como prometido, a marca nipónica disponibilizou vários tipos de soluções de mobilidade para apoiar atletas e outros intervenientes nos Jogos Olímpicos. Uma grande frota de baixas emissões, que incluiu mais de 1100 automóveis 100% elétricos, 1000 híbridos e híbridos plug-in, e o aumento da frota parisiense de táxis Mirai (hidrogénio) de 1000 para 1500. Parte destes carros (150) são acessíveis para cadeira de rodas e, claro, que vão continuar disponíveis nos Jogos Paralímpicos. Competição onde os veículos criados para pessoas com mobilidade reduzida vão assumir, naturalmente, especial importância. Com destaque para o Accessible People Mover (APM), um veículo leve 100% elétrico desenvolvido pela Toyota Motor Europe e fabricado pela Toyota Caetano Portugal em Ovar. Foram produzidos 250 APM, veículos criados para facilitar o transporte de pessoas em cadeiras de rodas.

Mas há outros veículos especiais, mais ligeiros, com destaque para o Wheelchair E-puller, um rebocador elétrico para cadeiras de rodas. Um aparelho que foi criado para ser fácil de fixar à maioria das cadeiras de rodas, permitindo que o utilizador possa usar este aparelho rapidamente. A partir do momento que fica preso à cadeira de rodas, o Wheelchair E-puller funciona de forma similar a um triciclo elétrico, bastando usar o guiador para controlar o conjunto. O motor elétrico é do tipo hub, ou seja, está embutido na roda.

O C+Walk S e T podem ser descritos como trotinetes elétricas com três rodas. Na versão T, o utilizador vai de pé, enquanto a variante S inclui uma cadeira, uma ajuda extra para pessoa com dificuldades de locomoção.
O APM ‘made in Portugal’, a Wheelchair E-puller e os C+Walk são veículos do tipo last mile, criados para percursos relativamente curtos, de dezenas de metros a alguns quilómetros, que complementam outros meios de transportes. E prometem tornar bem mais fácil a vida dos atletas que vão entrar em competição nos Paralímpicos de Paris 2024, que vão decorrer entre amanhã, dia 28 de agosto, e 8 de setembro.

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A associação ambientalista Zero defendeu a proibição de voos noturnos no aeroporto de Lisboa, entre as 00h30 e as 05h00 a partir do verão de 2025. Em causa está a poluição sonora provocada pelas aeronaves durante este período. Em comunicado, a entidade refere que, nas últimas duas semanas, foram registadas no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, 115 voos acima do permitido.
Desde 2004 que está estabelecido o máximo de 91 movimentos aéreos semanais e 26 diários entre a 0h e as 06h. E, segundo a Zero, estes limites não estão a ser cumpridos. “Nas duas últimas semanas foram contados pela Zero no referido período, com base em informação pública disponibilizada pela ANA Aeroportos, 139 movimentos aéreos (mais 48 que o permitido) na semana compreendida entre 12 e 18 de agosto e 158 movimentos aéreos (mais 67) na semana decorrida entre os dias 19 e 25 do mesmo mês, violando os limites estabelecidos na legislação que abriu lugar a exceções em 2004”, lê-se.
“O último número conhecido quanto ao valor global das coimas aplicadas nestes casos é de apenas 52.400 euros em 2022, o que é desprezável face aos 206 milhões de euros em custos para a saúde pública que foram apurados em 2019 pelo Grupo de Trabalho da Assembleia da República no âmbito do Estudo e Avaliação do Tráfego Noturno do Aeroporto Humberto Delgado”, refere a Zero.
A associação quer, assim, que as autoridades apliquem as conclusões do grupo de Trabalho que analisou os voos noturnos no Aeroporto de Lisboa, “garantindo que, num primeiro passo, no verão de 2025 sejam totalmente proibidas as operações de aterragem e descolagem no Aeroporto Humberto Delgado no período entre a meia-noite e meia e as cinco da manhã”, sublinham.
De acordo com o contador da Zero, “os custos do não encerramento do Aeroporto Humberto Delgado estão já perto dos 10 mil milhões de euros desde 2015, ano em que a infraestrutura deveria ter sido encerrada.”
A viver em Miramar, a cinco minutos da praia da Aguda, em Arcozelo, Vila Nova de Gaia, o argentino Mauricio Ghiglione há muito se apaixonou por esta vila de pescadores. E basta estar com ele uns minutos à conversa na Rua do Mar – onde abriu, em junho, o Belos Aires Praia – para assistirmos aos acenos a quem que por ali passa. “Comecei a ter amor por esta zona, tenho uma ligação com o mar [Mauricio pratica surf]. A Aguda tem este ar típico e, ao mesmo tempo, um potencial enorme para o negócio”, garante. Assim que surgiu a oportunidade, não hesitou em trazer para aqui o seu restaurante Belos Aires, aberto no Porto vai para dez anos. “Muitos dos clientes já nos conheciam de lá e a ementa é igual”, diz o argentino.
A diferença está numa maior oferta de pescado que, aqui, pode ser saboreado com vista para o mar, seja nas duas esplanadas ou na sala interior aberta para a cozinha. Além do peixe do dia, como robalo, rodovalho ou sardinha (€19), comprado aos pescadores locais, servem todos os dias um couvert diferente, que tanto pode ser um ceviche de percebes como umas pataniscas de polvo (€2,50/pessoa).
As empanadas argentinas (espinafres, ricotta e nozes, carne, frango, mozzarella, manjericão e tomate, e de peixe, estas feitas a partir do reaproveitamento das cabeças e espinhas, €3,50 a unidade) que deram fama a Mauricio Ghiglione também se encontram no Belos Aires Praia, assim como o ossobuco estufado a baixa temperatura com polenta cremosa (€20), o macarrão cavatelli com ragu de novilho (€18) e os vários cortes de carne argentina, identificados em espanhol tal como a maioria da carta: ojo de bife, colita de cuadril, bife de chorizo (€22-€25). O brownie de chocolate com dulce de leche e merengue italiano (€7) continua a ser a sobremesa mais pedida.
Ao longo da tarde, servem Porto tónico (€7-€9), sangrias e vinho argentino a copo (a partir €5,50), que podem acompanhar-se com mollejas ao limão e mandioca frita, chouriço e morcela com pickles de cebola-roxa ou panqueca (mbeju) de mandioca. “Não é sazonal, é um restaurante para vir todo o ano”, reforça o chefe de cozinha argentino.

Belos Aires Praia > R. do Mar, 227, Arcozelo, Aguda, Vila Nova de Gaia > T. 96 234 0540 > seg, ter, qui-sáb 12h30-22h, dom 12h30-20h
Dias 6, 7 e 8 de Setembro, na Amora, Seixal, volta a erguer-se a festa de Abril, a Festa do Avante!. Ponto de encontro da juventude, onde estão presentes a música, a dança, a cultura, o desporto, a animação e alegria que tanta falta nos fazem, mas também as suas aspirações, preocupações, problemas, lutas e soluções.
A Festa do Avante! é esse espaço de luta, de debate, e de proposta no qual confirmamos que é possível outro caminho, um mundo novo, e ganhamos força e ânimo para as muitas lutas que temos para fazer frente à contradição entre as dificuldades da maioria e os lucros extraordinários de uns poucos, entre a negação dos direitos e sonhos da juventude e a opção do Governo PSD-CDS em favorecer os grandes grupos económicos.
Lutas pela resolução dos problemas mais imediatos e concretos, como a falta de investimento na escola pública, os entraves socioeconómicos no ensino superior, os baixos salários, a precariedade e os preços da habitação e para os quais a JCP e o PCP comportam soluções.
Mas também a luta pelo mundo novo, uma nova sociedade, o socialismo no qual dimensões como o desporto, a cultura e a própria emancipação da juventude são direitos inalienáveis.
As lutas e os sonhos dos mais jovens têm espaço privilegiado na festa: a Cidade da Juventude, espaço construído e dinamizado pela JCP, que este ano dá especial expressão ao combate a todas as formas de discriminações e pelo direito de cada um ser quem é.
É também um lugar para descansar depois de um concerto no Palco 25 de Abril e recuperar energias para o espectáculo seguinte no Palco Paz ou no 1º de Maio. É ponto de encontro antes de um roteiro pela Festa e o local a ir para tomar as melhores refeições vegetarianas. E para juntar amigos em torno do torneio da sueca e no fim desfrutar dos DJ sets de final da tarde e noite fora.
No ano em que comemoramos os 50 anos da Revolução de Abril é na Festa que, em Setembro, celebramos Abril, uma homenagem viva ao projecto transformador da Revolução e também reforçamos a nossa solidariedade com a luta de todos os povos do mundo pela paz, e onde exigiremos o fim do massacre, o fim do genocídio do povo Palestiniano, com um cessar fogo imediato e a constituição do Estado da Palestina.
Todos são bem-vindos à Festa e aqueles que depois, de conhecerem a terra dos sonhos, a Festa do Avante!, de ouvirem falar das lutas que de Norte a Sul e Ilhas, nos cinco continentes, os trabalhadores e o povos travam pelo efectivar de um mundo mais justo, Festa do Avante!, quiserem transformar o sonho em vida, venham à Cidade da Juventude e adiram à JCP, pois está nas nossas mãos o mundo novo.
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Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.
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A FinalSpark, uma empresa suíça de tecnologia, lançou um programa que permite a equipas de investigadores terem acesso, via cloud, a biocomputadores feitos a partir de células do cérebro humano. O acesso custa 500 dólares por mês (cerca de 450 euros ao câmbio atual) e, segundo a empresa, cada máquina tem uma duração máxima de até 100 dias. Findo esse prazo, os sistemas de IA que estiverem a ser treinados devem ser transferidos para novos biocomputadores.
Nesta fase, a empresa suíça conta com 34 pedidos feitos por universidades para aceder a estas máquinas, mas a FinalSpark adianta que, por agora, só nove organizações o podem fazer. A Universidade do Michigan, nos EUA, é uma das contempladas e vai poder investigar as reações a estímulos químicos e elétricos, bem como a forma como estas podem alterar a atividade dos organoides.
O método de treino destes biocomputadores é complexo e passa por dois modelos: um de recompensas positivas via dopamina e outra de estimulação elétrica pela negativa. Ao serem submetidos a este método, os organoides formam novos caminhos, tal como acontece com o cérebro humano, explica a Interesting Engineering.
A FinalSpark já ganhou reputação neste segmento ao ter lançado a Neuroplatform, uma plataforma especializada em bioprocessamento e que consegue usar cerca de 16 destes organoides para processamento de informação, um número assumidamente baixo.
Agora, a empresa suíça pretende que as máquinas sejam alugadas pelas instituições de investigação para explorarem novas formas de treino de algoritmos de Inteligência Artificial e quer aumentar a capacidade para produzir entre dois mil e três mil biocomputadores.
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Pavel Durov, fundador e diretor executivo da Telegram, foi detido, no fim de semana, à chegada a um aeroporto perto de Paris e continua em prisão preventiva, a aguardar uma acusação formal. De acordo com os meios de comunicação BFM TV e TF1, a plataforma Telegram é acusada de não ter moderação de conteúdos adequada e de falhar no controlo de atividades criminosas organizadas pelos utilizadores da plataforma.
A Telegram já reagiu oficialmente, tendo publicado um comunicado no seu canal na plataforma de mensagens instantâneas e na rede social X, e afirma que Durov “não tem nada a esconder” e que “é absurdo alegar que uma plataforma ou o seu dono são responsáveis pelos abusos [feitos] na plataforma”. “A Telegram cumpre a legislação da União Europeia, incluindo o Regulamento dos Mercados Digitais – a moderação está ao nível do padrão da indústria e a melhorar constantemente”, lê-se na comunicação citada pelo Engadget.
Segundo a BBC, as autoridades estão a investigar a forma como a app lida com mensagens e conteúdo relacionado com tráfico de droga, abuso sexual de menores e atividades fraudulentas.
A Telegram tem uma opção de comunicações encriptadas ponto-a-ponto (mas que não está ativada por definição) e conta com quase mil milhões de utilizadores ativos, organizados por grupos, alguns com dezenas de milhares de participantes, onde a informação e conteúdo são partilhados.
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Portugal acordou ontem de madrugada literalmente abalado por um sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter. Com o epicentro localizado no mar, a 58 quilómetros a oeste de Sines e a 16 mil metros de profundidade, o fenómeno ocorreu pelas 5h11m e foi sentido em Espanha e Marrocos.
Mais do que o susto sentido por milhares de portugueses, a ocorrência relembrou o País que este não é um tema que não pode ser esquecido, atendendo a que Portugal está situado numa zona com atividade sísmica. Basta olhar para o mapa de sismicidade do IPMA para confirmar que nas última semana foram registadas cerca de 40 sismos em terra ou no mar.
“O Sudoeste da crosta ibérica é uma zona bastante complexa. E o sismo de hoje [ontem] vem provar precisamente isso: que a complexidade de fraturas e de falhas com potencial sismogénico é muito grande”, diz Martim Chichorro, geólogo e professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Para este especialista a relevância deste sismo, que considera “relativamente insignificante” encontra-se nas lições que dele podemos retirar dele.
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O ex-presidente norte-americano Donald Trump anunciou a venda de um livro com as fotografias mais icónicas da carreira política. O “Save America” (Salve a América, na tradução para português) tem como capa a imagem da tentativa de assassinato que sofreu, tirada pelo fotógrafo Evan Vucci no passado dia 13 de julho em Butler, na Pensilvânia.
O livro já está disponível em pré-venda por 99 dólares (88,6 euros) ou 499 dólares (446,9 euros) se for autografado pelo ex-presidente. “Selecionei a dedo todas as fotografias, desde o meu tempo na Casa Branca até à nossa atual terceira campanha para Presidente dos Estados Unidos”, escreveu Trump nas redes sociais.
I have a FANTASTIC new Book coming out next week, “SAVE AMERICA.” I hand-selected every Photo, from my time in the White House, to our current third Campaign for President of the United States. A MUST HAVE on U.S. History, especially for America First Patriots – Get your copy now… pic.twitter.com/GSUJ9V015T
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) August 26, 2024
O livro estará oficialmente à venda no dia 3 de setembro, quando faltarão pouco mais de dois meses para as eleições presidenciais de 5 de novembro, nas quais o magnata enfrentará a vice-presidente Kamala Harris, a candidata democrata.
No resumo do livro, Trump afirma que este “oferece uma visão incomparável dos seus quatro anos como 45º presidente dos Estados Unidos e uma visão para o seu próximo mandato!”. A publicação está repleta de momentos icónicos da primeira administração Trump, desde cimeiras históricas com líderes mundiais até cenas espontâneas da Casa Branca.