Samuel Biener, especialista da Meteored, um projeto sobre informação meteorológica a nível mundial, analisou os fenómenos meteorológicos extremos mais impactantes do ano em todo o mundo. Este top 10 foi transformado num resumo em vídeo, que mostra as imagens impressionantes destes fenómenos e que pode ver em baixo.

Para já, vamos ao top 10:

10º

As erupções vulcânias que ocorreram este ano na península de Reykjanes, na Islândia.

Os enormes incêndios florestais, que queimaram quase meio milhão de hectares na Califórnia, EUA.

A avalanche maciça que ocorreu em fevereiro em Sonamarg, Índia.

Os grandes nevões que caíram em Sestriere (Turim), Itália

As zonas desérticas de Marrocos, onde se formaram lagos temporários no passado outono devido a um extraordinário temporal de chuva.

As tempestades do final de maio em Asir, Arábia Saudita, que deixaram inúmeros relâmpagos nuvem-solo.

O “mar congelado” na Argentina – a baía de San Sebastián (Terra do Fogo), durante uma vaga de frio muito adversa.

A brutal tempestade de granizo que assolou Guangdong e Guangxi, na China, no final de abril.

O furacão “zombie” John, que causou estragos em Acapulco, México, e várias mortes.

A gota fria que atormentou Espanha no final de outubro. Além das inundações históricas e catastróficas, em magnitude e intensidade, morreram quase 230 pessoas, a maioria das quais na província de Valência, e foram registados quase 800 mm em apenas 24 horas.

Há de tudo um pouco nesta lista, desde notícias dadas em primeira mão, a movimentações no mercado dos carros elétricos, aos nossos afamados testes de grupo que colocam frente a frente os melhores gadgets das suas categorias, passando pelas tendências mais recentes do setor tecnológico (no País e no mundo). 

Veja (ou reveja) na galeria em cima os temas que captaram a atenção dos nossos leitores em 2024 e continue página abaixo se quiser ficar a saber mais sobre cada um deles (sem uma ordem específica de sucesso).

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Foi publicada já mais perto do final do ano, mas esta reportagem atraiu pessoas em número suficiente para figurar nesta lista. Aos poucos, Portugal está a tornar-se num local de referência para grandes projetos de avição, tecnologias espaciais e outras áreas adjacentes. 

Xpeng G9: O 100% elétrico chinês mais sofisticado do mercado (e que recupera 200 km em 5 minutos)

Palavras para quê? O título diz tudo – é ver para crer.

Palavras-chave:

Que grande airfryer! Foi o que exclamámos, mal retirámos esta máquina da caixa. De facto, os 7,2 litros de capacidade fazem toda a diferença para quem procura uma aifryer com um perfil mais familiar. Nesta máquina é fácil, por exemplo, assar um frango inteiro ou cozer um bolo de dimensões generosas. Outra vantagem do muito espaço é a maior facilidade em fazer circular o ar entre os alimentos. O que ajuda a acelerar o processo e a obter resultados mais uniformes. Um exemplo? Fritar batas nesta máquina resultou em batas estaladiças… todas, não apenas algumas. Fizemos um teste em simultâneo com outra airfryer (Xiaomi) com a mesma temperatura (200ºC), mas de capacidade inferior (4,5 litros), e a vantagem foi muito evidente. Estes resultados favoráveis ao modelo da Philips também serão consequência do sistema RapidAir, que cria um género de tornado de ar quente. Um efeito que é conseguido não só pela capacidade da ventoinha, mas, sobretudo, pelo design da base, que cria o remoinho de ar. Até se ouve alguns alimentos a movimentarem-se dentro da máquina.

A grande capacidade do tabuleiro até permite assar um frango completo

Controlo à distância

No painel frontal, além dos comandos habituais, para controlar a temperatura e o tempo, há seis botões de atalho para programas predefinidos: snacks à base de batata congelada, batatas fritas frescas, pernas de frango, peixe, muffins/bolos, costeletas, legumes e manter quente. Uma lista de programas que dá pistas sobre a polivalência deste aparelho, que é capaz de fazer muito mais do que fritar ou assar. Também grelha, coze, desidrata, torra, descongela, fermenta… Naturalmente, é possível adaptar os programas indicados. O que é facilitado pela app de acesso remoto, o HomeID, que ainda é rico em receitas e em dicas práticas – gostámos, particularmente, das instruções para limpar a airfryer.

Num teste feito durante a quadra natalícia, não puderam faltar as rabanadas

Grande demais para algumas casas

Uma das maiores vantagens desta máquina, a capacidade, também acaba por ser a maior desvantagem. Este é um aparelho grande, que ocupa um generoso espaço na bancada da cozinha, e que deve ser instalada numa área livre para garantir boa circulação de ar. Não é, portanto, fácil de arrumar. E não é o modelo adequado para quem quer cozinhar apenas para uma ou duas pessoas. Mas, mesmo considerando esta limitação, esta é nossa nova airfryer favorita. Nunca antes conseguimos resultados tão bons e tão rápidos num aparelho deste tipo, desde as já referidas batatas fritas estaladiças, passando por peixe bem grelhado, batatas assadas no ponto, frango com pele estaladiça e húmido por dentro… Nem faltaram as fatias douradas (rabanadas), até porque o teste decorreu durante o período do Natal. Para alguns utilizadores, esta airfryer até pode substituir o forno tradicional.

O desenho do painel inferior no interior ajuda a fazer o ar rodar, o que aumenta a eficácia do processo de assar e fritar a ar

Tome Nota
Airfryer Série 5000 XXL Connected – €199

philips.pt

Potência Muito bom
Capacidade Muito bom
Construção Muito bom
Conectividade Bom

Características Capacidade: 7,2 litros (1,4 kg) ○ 16 funções (fritar, cozer, grelhar, assar, desidratar, torrar, descongelar, reaquecer, fermentar…) ○ Potência: 2000 watts ○ Temperatura máxima: 200ºC ○ Conectividade: Wi-Fi, Bluetooth ○ 410x300x330 mm, 6,25 kG

Desempenho: 5
Características: 4,5
Qualidade/preço: 4

Global: 4,5

Palavras-chave:

Depois da estreia na China em outubro, a nova série de smartphones topo de gama da Oppo chegou a mais países, incluindo à Europa, marcando o regresso dos modelos Find X ao ‘velho continente’, dois anos após o lançamento do Find X5. No ringue dos topos de gama, nem sempre é fácil sair vitorioso do combate. Mas, com o Find X8 Pro, a Oppo quer fazer frente aos  ‘pesos pesados’ da Apple, Samsung e Google. Aqui todos os pormenores contam e se, no papel, o Find X8 Pro já apresenta argumentos convincentes, na prática, este smartphone consegue mostrar que está pronto para o combate e para consolidar o seu lugar entre os melhores. 

Olhos de falcão 

A fotografia é um dos grandes pontos de destaque, com a Oppo a manter a colaboração com a Hasselblad, numa parceria que, além do desenvolvimento das câmaras, passa também por um modo de retrato com estilos inspirados pela icónica fabricante sueca. O Find X8 Pro está equipado com uma configuração de quatro câmaras de 50 MP, ‘aconchegadas’ num módulo circular de dimensões generosas na traseira do smartphone, às quais se junta uma câmara frontal de 32 MP. 

Oppo Find X8 Pro: Câmaras vistas à lupa

  • Câmara principal – 50 MP – Sensor de 1/1,4”; abertura f/1,6; estabilização ótica de imagem; distância focal de 23 mm
  • Câmara ultra-grande angular – 50 MP – Sensor de 1/2,75”; abertura f/2,0
  • Câmara Telefoto Periscópio 3x – 50 MP – Sensor de 1/1,95”; abertura f/2,6; estabilização ótica de imagem; distância focal de 73 mm
  • Câmara Telefoto Periscópio 6x – 50 MP – Sensor 1/2,51”; abertura f/4,3; estabilização ótica de imagem; distância focal de 135 mm

Câmara frontal – 32 MP – Sensor de 1/2.74″, abertura de f/2.4; distância focal de 21 mm

Logo à partida há um detalhe que captou a nossa atenção: o Find X8 Pro conta com duas câmaras telefoto periscópicas que, segundo a marca, prometem capacidades de zoom avançadas, impulsionadas por algoritmos de Inteligência Artificial, e um desempenho superior em condições de iluminação reduzida. 

Outro dos pormenores está na lateral do smartphone: um Botão Rápido, ‘inspirado’ no Botão de Ação que podemos encontrar nas versões mais recentes do iPhone. Como o nome já deixa antever, este botão foi concebido para agilizar a fotografia, incluindo em modo instantâneo. Por exemplo, ao mantê-lo pressionado conseguimos ‘congelar’ a ação em cenas mais movimentadas, sendo possível captar uma série de imagens até sete fotogramas por segundo. Mas ao contrário do botão integrado nos smartphones da Apple, que permite uma maior personalização, as funcionalidades algo limitadas. 

Find X8 Pro

Mas como é que todas estas características se conjugam? Durante os nossos testes, as câmaras do Find X8 Pro permitiram obter muito bons resultados tanto em cenários mais amplamente iluminados, como em condições mais desafiantes. 

As imagens captadas contam com uma reprodução de cores mais natural, sem exageros na saturação dos tons. O mesmo equilíbrio também se aplica aos níveis de exposição e contraste. Destaca-se ainda a boa riqueza de pormenores, em particular nas fotografias com a câmara principal, preservando adequadamente detalhes nas zonas mais claras e escuras. 

Veja as imagens que captámos com o Find X8 Pro

As teleobjetivas periscópicas também fazem um bom trabalho a registar objetos e paisagens à distância, funcionando como uma espécie de ‘olhos de falcão’. Além do zoom ótico de 3x e 6x, há zoom digital até 120x. No entanto, quanto mais elevado for o zoom, mais evidente se torna o processamento de imagem com recurso a Inteligência Artificial. Até 30/40x, os resultados conseguem ser convincentes, mas, a partir daí, já vemos a IA a esforçar-se para tentar refinar os pormenores, o que acaba por dar um aspecto demasiado artificial às imagens. 

Deixamos ainda uma nota relativamente às competências do Find X8 Pro em vídeo. O smartphone permite gravar vídeos Dolby Vision HDR com uma resolução até 4K e a 60fps a partir de todas as câmaras, o que vai agradar certamente aos criadores de conteúdo e aspirantes a vloggers

Quiet Luxury 

Longe de combinações de cores arrojadas ou até de designs mais ‘fora da caixa’, a Oppo aposta num estilo clássico e elegante, que combina alumínio e vidro para um aspecto premium. O Find X8 Pro chega em duas cores: banco e preto. A primeira conta com um acabamento nacarado, o que confere a cada modelo um padrão único na traseira. Já a segunda, que experimentámos para este teste, dispõe de um acabamento mate e suave ao toque que faz um ótimo trabalho a esconder marcas de dedos. 

Find X8 Pro

Logo no primeiro contacto sentimos a qualidade da construção. A estrutura é sólida, com uma distribuição de peso equilibrada, sem tornar o smartphone demasiado volumoso ou desconfortável de utilizar. Apesar das grandes dimensões, o módulo de câmaras na traseira acaba por ser menos intrusivo do que esperávamos. Por outro lado, as laterais são um pouco escorregadias, o que o pode tornar mais propício a quedas nas mãos de quem é mais desastrado. 

Saltando para o ecrã, a Oppo equipou o Find X8 Pro com um painel AMOLED de 6,7 polegadas. As molduras finas em torno do painel e o rácio corpo/ecrã contribuem para uma visualização mais imersiva. A resolução, embora fique um pouco atrás da concorrência no segmento premium, é mais do que suficiente para uma experiência visual nítida. 

A ela junta-se uma taxa de atualização até 120 Hz, que assegura uma boa fluidez na navegação, e um brilho que é capaz de chegar aos 4500 nits em conteúdo HDR. Na reprodução de cor, o modo predefinido “Natural” traz-nos mais suavidade, mas sentimos que os tons precisam de um pouco mais de vitalidade. Motivo pelo qual o modo “Vívido” conquistou as nossas atenções, dando mais impacto ao conteúdo. Apreciamos também o nível de contraste e a forma como os tons mais escuros são reproduzidos. 

Todas estas características contribuem para uma muito boa experiência, seja para assistir a vídeos, navegar pelas redes sociais ou para jogar. A pensar em quem se preocupa com o conforto ocular, o ecrã, que tem certificação TÜV Rheinland Eye Comfort 4.0, usa tecnologia de escurecimento PWM de alta frequência, assim como escurecimento por corrente contínua. Além disso, a tecnologia Splash Touch permite usar o ecrã mesmo com as mãos molhadas, o que consideramos uma inclusão útil. 

Desempenho e autonomia

Se na geração anterior a Oppo tinha optado por um processador Snapdragon 8 Gen 3 da Qualcomm, desta vez, a escolha recaiu sobre o Dimensity 9400 da MediaTek, outro SoC de topo que, como mostram os resultados dos testes de benchmark, assegura uma boa performance. A ele junta-se o novo motor Trinity que, segundo a Oppo, permite otimizar recursos e acelerar o desempenho. 

Durante os nossos testes, o Find X8 Pro demonstrou uma capacidade de resposta muito rápida: as aplicações abrem num piscar de olhos e a transição entre elas é fluida. A par das tarefas do quotidiano, o smartphone deixa também uma boa impressão pela forma como lida com tarefas mais exigentes, incluindo em jogos como Genshin Impact, onde conseguimos jogar com tudo no ‘máximo’ sem registar grandes solavancos ou falhas na fluidez. Por outro lado, neste tipo de tarefas, o smartphone tem uma tendência para aquecer. 

Este modelo já conta com a mais recente versão do ColorOS. Embora se baseie no Android 15, a experiência tem várias presenças (visuais e até em algumas funcionalidades) com o iOS, o que pode ser um gosto adquirido para quem está habituado a uma versão mais ‘pura’ do sistema operativo da Google. 

Apesar da presença de algum bloatware, o ColorOS 15 é visualmente apelativo e proporciona uma experiência de utilização fluida. Seguindo as tendências do mundo tecnológico, há espaço para várias funcionalidades com IA. As ferramentas da AI Toolbox, que já tínhamos experimentado no Reno12 Pro, foram concebidas para impulsionar a produtividade, mas a falta de suporte à língua portuguesa continuam a afirmar-se como um ponto menos positivo. 

Já do lado da criatividade há novas ferramentas que vão além da remoção de elementos indesejados nas fotos. Entre elas contam-se opções para melhorar imagens e torná-las mais nítidas, para remover reflexos e para reajustar o foco em fotografias ‘tremidas’. Os resultados obtidos nem sempre são convincentes (pelo menos às primeiras tentativas), mas vemos potencial para melhorar em futuras atualizações. 

Por fim, e certamente não menos importante, a autonomia. A bateria do Find X8 Pro tem uma capacidade de 5910 mAh que, em testes de autonomia, conseguiu ultrapassar a marca das 17 horas. Já num cenário real e de utilização média conseguimos mantê-lo fora da corrente por um dia e meio, um valor que pode ser facilmente prolongado para dois dias com um consumo mais regrado.

O Find X8 Pro suporta carregamento rápido SUPERVOOC a 80 W, que permite carregar a bateria dos 0% aos 100% em menos de uma hora, assim como carregamento sem fios AirVOOC a 50 W. Note-se, porém, que o carregador não está incluído na caixa. Por isso, se quer tirar partido destas velocidades de carregamento precisa mesmo de comprar um carregador compatível separadamente. 

Tome Nota
Oppo Find X8 Pro – 1299,99€
oppo.com/pt/

Benchmarks Antutu 2358411; CPU 392532; GPU 1202162; Memória 427656; UX 336061 • 3D Mark Wild Life Extreme 6476 (38,78 fps); Wild Life Stress Test 11876 ; Solar Bay 11593 • Geekbench CPU 2843 (single-core) / 8640 (multi-core) / GPU 21968 • PCMark Work 3.0 13880 • Autonomia 17h13

Construção Muito bom
Ecrã Muito Bom
Câmaras Muito bom
Autonomia Excelente

Características Ecrã AMOLED DE 6,78” (1264 × 2780; 120 Hz; 1600 – 4500 nits) • Processador MediaTek Dimensity 9400; GPU Immortalis G925 • RAM: 16 GB; Armaz. interno: 512 GB • Câmaras traseiras: 50 MP (principal); 2x 50 MP (teleobjetivas periscópicas); 50 MP (ultra-grande angular); Câmara frontal: 32 MP • Bateria: 5910 mAh • Bluetooth 5.4; Wi-Fi 7; USB-C • Android 15 (ColorOS 15) • IP68 /IP69 • 162,27 x 76,67 x 8,24 • 215 g 

Desempenho: 4,5
Características: 4,5
Qualidade/preço: 3,5

Global: 4,2

“A idade normal de acesso à pensão de velhice do regime geral de segurança social em 2026 […] é 66 anos e 9 meses”, lê-se na portaria do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social publicada esta segunda-feira em Diário da República e com produção de efeitos a 1 de janeiro. Este avanço corresponde a uma subida de dois meses face à idade normal de acesso à reforma a partir de janeiro de 2025.

Na prática isto significa que os trabalhadores que não estão abrangidos pelo regime das muito longas carreiras contributivas nem pelo regime de flexibilização da idade da reforma aplicável a quem aos 60 anos de idade completa 40 anos de descontos, terão uma penalização se optarem por reformar-se antes dos 66 anos e nove meses de idade.

A idade normal de acesso à pensão de velhice varia em função da esperança média de vida aos 65 anos de idade, indicador publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Foi com base nestes dados que a idade normal de acesso à reforma foi fixada nos 66 anos e sete meses em 2025 e que agora foi fixada nos 66 anos e nove meses para quem se reforme em 2026.

Penalizações

A portaria define ainda que quem se reforme antecipadamente em 2025 terá uma penalização, por via do fator de sustentabilidade, de 16,9%, a que se soma ainda um corte de 0,5% por cada mês de antecipação face à idade normal de acesso. Em 2024, o corte aplicado a reformas antecipadas foi de 15,8 por cento.

De fora das penalizações, de acordo com o sistema de pensões atualmente em vigor, ficam, no entanto, algumas situações específicas. É o caso das pessoas com 60 anos de idade mas 40 anos de carreira contributiva, sendo que nesta situação aplica-se a penalização de 0,5% por cada mês de antecipação. É também o caso dos abrangidos pelo regime das muito longas carreiras contributivas – trabalhadores com 60 ou mais anos de idade e 46 ou mais anos de descontos e que começaram a trabalhar antes dos 16 anos. Neste caso a reforma antecipada não implica qualquer penalização.

1. Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian

Se atendermos à fonética, CAM pode confundir-se com o anglo-saxónico “come”: venham, entrem. E esse foi o espírito que orientou a remodelação do Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian, que abriu portas em setembro após quatro anos de estaleiro. Se na sua missão museológica, o CAM teve uma ampliação expositiva de mais 900 metros quadrados (há expectativas altas sobre o que a sua programação fará com a ímpar coleção de arte contemporânea portuguesa da FG), na vertente arquitetónica e vivencial, o novo CAM conquistou os visitantes.

O renovado CAM e os novos jardins. Foto: Fernando Guerra

O novo jardim (a última parcela do antigo parque de Santa Gertrudes, comprada pela Gulbenkian em 2005) com as suas curvas, lago e árvores altas, onde os pássaros e abelhas já regressaram, convida ao passeio – e conduz deambulantemente ao trunfo arquitetónico da engawa. Criado por Kengo Kuma, este alpendre de inspiração japonesa com cem metros de comprimento e cerâmica portuguesa no telhado, é um porto de abrigo que ambiciona ser ligação entre exterior e interior, entre luz e sombra. Em poucos meses, tornou-se um pólo para afetos citadinos e turismo arquitetónico. R. Marquês de Fronteira, 2, Lisboa > seg, qua-sex e dom 10h-18h, sáb 10h-21h

2. Ramen Station

A qualidade do ramen a que os donos do Ajitama nos têm vindo a habituar está toda no Ramen Station: dos caldos que estão ao lume horas a fio aos noodles caseiros. Foto: DR

Desde este ano, e caso seja essa a nossa vontade, já podemos conjugar um ramen nosso em cada dia. Se é uma boa notícia para quem ama este prato de conforto japonês (ou de origem chinesa, a dúvida é eterna)? A resposta é “nim”, porque sim, a receita democratizou-se, a oferta instalou-se em cada esquina, mas não, porque proporcionalmente apareceram também muitos casos em que o ramen resulta apenas da junção de água a uns pozinhos ou a caldos feitos à pressa e massas industrializadas. Salvou-nos, na reta final de 2024, o aparecimento do Ramen Station, um filho mais novo e irreverente do já consagrado Ajitama, que já vai em dois apeadeiros. Com um look que nos faz imergir nas estações de comboio japonesas, o serviço quer-se rápido, eficaz e barato – não esquecer que o ramen é comida de rua, que se prova em pequenos espaços, ao balcão. A qualidade a que os donos do Ajitama nos têm vindo a habituar está toda lá: dos caldos que estão ao lume horas a fio, aos noodles caseiros, ao picante, ao molho de soja, nada falha. Tv. Vintém das Escolas, 1A, Benfica, Lisboa > seg-sex 12h-15h, 19h-22h, sáb-dom 12h-22h > Campo Pequeno, 12, Lisboa > seg-sex 12h-15h, 19h-22h, sáb-dom 12h-23h

3. Jardins do Bombarda

Jardins do Bombarda, o novo espaço cultural nos jardins do desativado Hospital Miguel Bombarda, um iniciativa do Largo Residências. Foto: Luís Barra

Só para se ter uma ideia da diversidade de programas que desde junho acontecem neste novo espaço cultural ao ar livre, num destes domingos de dezembro houve feijoada partilhada (deliciosa!), feira de arte, inauguração do forno comunitário, danças ucranianas, sessão de DJ e vários workshops. Este é apenas um dia normal nos jardins do desativado Hospital Miguel Bombarda, que em tempos albergou doentes psiquiátricos, e ainda nem está tudo pronto. Depois de largar o Quartel do Largo do Cabeço de Bola, no final de 2023, o Largo Residências apressou-se a ocupar este espaço, que de outra forma estaria de portas fechadas à cidade, para dar largas aos seus projetos de “desenvolvimento local através de atividades culturais e da economia social e solidária que promovem a criação artística, o envolvimento e inclusão social, de maneira autosustentável”, conforme está descrito na missão da cooperativa. R. Gomes Freire, 161, Lisboa > ter-dom 10h-24h

4. Roupa em segunda mão

Comprar artigos em segunda mão entrou definitavamente nos nossos hábitos. E foram várias as lojas de roupa em segunda mão que abriram este ano em Lisboa, como a Anomaly, no 8 Marvila. Foto: Arlindo Camacho

Não há grandes dúvidas de que este é um ritual que entrou definitivamente nos hábitos de consumo. E foram várias as lojas de roupa em segunda mão que abriram neste ano em Lisboa, tão diversas quanto os guarda-roupas de cada um de nós, que se querem mais sustentáveis, poupando a carteira e o ambiente. À peça ou ao quilo, têm à venda roupa, calçado e acessórios, a preços bastante apetecíveis, e se bem escolhidos, ainda pode ter o bónus de ser único e original. Julie Nobrega e Anthony Bogas da Costa são os responsáveis, não por uma mas por três lojas do género: a Arquívos, Aq2 e a Third Thrift Store ficam a pouca distância umas das outras, entre a Rua de São Bento e a Rua de Santo Amaro. No 8 Marvila, há duas, a Anomaly de Joana Matos, com peças desde as décadas de 70 a 90 e marcas reconhecidas, e a Black Mamba, que também aposta no vintage. E na Baixa, ficam as lojas da Sons of the Silent Age, de Tiago Andrade e Bruno Lopes, pioneiros da “segunda mão”, em Lisboa. Outros exemplos? Podíamos dar, mas não cabem neste texto. Anomaly > 8 Marvila, Pç. David Leandro da Silva, 8, Lisboa > qui-dom 12h-20

5. Locke de Santa Joana

O restaurante Santa Joana, no hotel Locke de Santa Joana, trouxe de volta a Lisboa o chefe de cozinha Nuno Mendes. Foto: DR

Nascido das ruínas do antigo convento de Santa Joana, edifício do século XVII cravado entre o Marquês de Pombal e a Rua de Santa Marta, este hotel é diferente de tudo o que já existia na cidade. Pensado como um resort urbano, não é só para turistas, é para todos, sejam hóspedes ou não, e tem muito para explorar. São 370 unidades de alojamento, piscina, jardim, espaço de cowork, um grande pátio, onde todos se cruzam, e ainda há de abrir um museu com os achados arqueológicos encontrados. Os projetos gastronómicos são originais e únicos. O restaurante Santa Joana trouxe de volta a Lisboa o chefe de cozinha Nuno Mendes, no bar The Kissaten tem-se à disposição uma biblioteca de vinis e uma carta de whiskys, com a maior seleção desta bebida da cidade, enquanto no Spiritland, há residências musicais e cocktails. O Locke de Santa Joana marca a estreia em Portugal do grupo hoteleiro britânico Locke Hotels. R. Camilo Castelo Branco, 18, Lisboa > T. 21 155 5590

6. Teatro Variedades

A reabertura do Teatro Variedades, depois do Capitólio, veio trazer uma nova vida ao Parque Mayer. O ano de 2025 traz uma agenda recheada de teatro, música, cinema e espetáculos. Foto: José Frade

Houve um tempo em que o Parque Mayer era sinónimo de boémia, com as atrações do tiro ao alvo, matrecos, combates de boxe, restaurantes, cafés, teatros de revista e cinema. Depois tudo se eclipsou e, já neste século, veio a vontade de devolver este pedaço à cidade por parte da câmara municipal (só o Maria Vitória se mantinha em funcionamento). Recuperou-se o Capitólio e, em 2024, o Teatro Variedades (encerrado há 30 anos, reabriu a 5 de outubro, num fim de semana de festa). A programação procura privilegiar o teatro, acolhendo produções independentes, artistas e companhias que não dispõem de casa própria, e apostar em temporadas mais extensas, ao contrário do que acontece habitualmente nas principais salas de Lisboa. A agenda para 2025 já está desenhada. Parque Mayer, Av. da Liberdade, Lisboa

7. Bar Alimentar

João Magalhães Correia (dono do Tricky’s) abriu o Bar Alimentar, com uma ementa “italianizada”, como prefere chamar-lhe, fruto da sua experiência de oito anos em Itália. Foto: José Carlos Carvalho

João Magalhães Correia já nos tinha dado o Tricky’s (o restaurante que caiu no goto dos lisboetas, com boa comida, vinhos naturais e uma banda sonora eclética), este ano abriu o Bar Alimentar com uma ementa “italianizada” (como prefere chamar-lhe, para não ferir a suscetibilidade dos puristas), fruto da sua experiência de oito anos em Itália. Não somos críticos gastronómicos, mas podemos escrever que a aposta está ganha: há noites em que o Bar Alimentar parece o lugar mais procurado da cidade (sala de 40 lugares cheia, mais os bancos do balcão), de volta de doses para partilhar de cannoli com bacalhau mantecato, cebola caramelizada, pistácio e aioli de alho assado, ou do brioche, molho guazzetto, mexilhões frescos e um toque de salicornia, por exemplo. Além de vinhos naturais de pequenos produtores, servem cocktails, elaborados pela equipa do (vizinho e sempre bom) Imprensa Cocktail Bar. R. Nova da Piedade, 62, Lisboa > ter-sáb 18h30-2h

1. Time Out Market e o regresso d’A Vida Portuguesa 

Após seis anos de obras (e de algumas polémicas), o Time Out Market abria em maio na ala sul da Estação de São Bento, dez anos depois de o projeto ter nascido em Lisboa e se ter espalhado pelo mundo. Os antigos armazéns da estação ferroviária foram reabilitados pelo arquiteto Eduardo Souto de Moura para acolher 13 restaurantes, desde a cozinha tradicional à de chefes com Estrela Michelin (o japonês Tokkotai foi o último a abrir em outubro), acrescentando-lhe uma torre de ferro e vidro à qual ninguém fica indiferente.  

Os chefes de cozinha que se instalaram no mercado na ala sul da Estação de São Bento

Se no cimo da torre, a 21 metros de altura, a Sala de Prova com vista para os Clérigos oferece mais de uma centena de referências de vinhos do Porto, do Douro e verdes, além de uma carta de petiscos de Luís Américo, no rés-do-chão encontra-se A Vida Portuguesa, um feliz regresso ao Porto (tinha fechado em 2020). Apesar de menor do que a anterior, a loja de Catarina Portas é o canto mais genuinamente português da cidade – dos têxteis à cerâmica, das bolachas aos sabonetes, tudo conta uma história do nosso país. Pç. de Almeida Garrett, Porto > seg-dom 10h-24h 

2. Tão Longe, Tão Perto   

Os bares de vinhos e as garrafeiras já eram uma tendência na cidade, mas até ao último verão não havia nenhum com vinho a sair de uma torneira. É isso mesmo, leu bem. Em Vila Nova de Gaia, com uma vista soberba para o rio Douro e o casario do Porto, o argentino Ariel Kogan e o casal de brasileiros Carlos e Ana Carolina Chaves dão a beber vinhos de baixa intervenção de pequenos produtores portugueses a partir de seis torneiras ligadas a barris. O processo “sustentável” reduz o descarte de embalagens – cada colheita é servida num jarro (a partir de €3,50) e pode ser levada para casa em garrafas reutilizáveis. Os vinhos vão mudando mas, por ora, podem saborear-se os dos produtores Saravá e Pormenor (Douro), Textura Wines (Dão), Aparte Aprt3 (Lisboa e Setúbal) e, uma novidade, a sidra da Humus. No interior ou num balcão exterior, acompanham-se com queijos Serra da Estrela e enchidos alentejanos. Tchim, tchim!  R. General Torres, 367, Vila Nova de Gaia > T. 91 412 4948 > qui-seg 17h-22h  

3. Mosteiro de Leça do Balio 

Há anos ao abandono, o mosteiro do século XIV ganhou nova vida desde junho, por altura do São João, quando reabriu requalificado por Siza Vieira. O arquiteto (Pritzker 1992) manteve a pedra original, deixando à vista as várias intervenções a que o edifício com vestígios românicos (residência de famílias após a extinção das ordens religiosas) foi sofrendo ao longo dos tempos.  Adquirido em 2016 pelo grupo Lionesa, proprietário da Livraria Lello, o Mosteiro de Leça do Balio é agora um polo cultural aberto a visitas livres e guiadas. A primeira exposição, Act the Thought, com pensamentos e frases de 20 personalidades, alerta para a desinformação como ameaça global (patente até junho de 2025). Inspirado no Caminho de Santiago, no qual o Mosteiro está inserido, Siza Vieira concebeu ainda uma escultura aberta de betão branco (400 m²) em homenagem aos peregrinos, a que chamou O Templo. A segunda fase da reabilitação do Mosteiro de Leça do Balio há de incluir um jardim de quatro hectares, projetado pelo arquiteto paisagista Sidónio Pardal.  R. do Mosteiro, Leça do Balio, Matosinhos > T. 91 650 2392 > seg-dom 10h-18h > visita ao mosteiro grátis, escultura de Siza Vieira €8, €4 (estudantes e mais de 65 anos), grátis (até 12 anos)  

4. Bar Fiasco 

As paredes em tons de vermelho e os néons chamam a atenção a quem passa pelo Bonfim. O Fiasco é muito mais do que um bar aonde se vai beber uma cerveja, um cocktail ou um copo de vinho, e dar dois dedos de conversa. É também uma loja de discos com muitos vinis – novos e usados, desde jazz a eletrónica, hip hop, pop ou indie, dispostos em várias prateleiras – da editora 8mm Records, do italiano Luca Massolin; um restaurante de cozinha do mundo (o Urraca, com curadoria do Mafalda’s) e uma galeria de arte (a Branda), na cave, que promove o trabalho de jovens artistas. “O nome Fiasco é um statement, uma ironia, de que é bom não te levares demasiado a sério”, explicava-nos em março, aquando da abertura, Pedro Segurado, um dos sócios deste lugar que nada tem que ver com o significado da palavra. Bem pelo contrário. Com DJ às sextas e aos sábados a partir das 20h, é um bar para todas as horas e públicos que veio romper com o mainstream – a seleção musical pode ouvir-se no Spotify. Av. Rodrigues de Freitas, 133, Porto > T. 92 591 0842 > ter-sáb 12h-24h  

5. Palacete Severo 

O restaurante Éon ocupa uma das salas recuperadas do Palacete Severo

Dentre os (inúmeros) hotéis que abrem todos os anos na cidade, há alguns que marcam pela diferença. É o caso do Palacete Severo, projeto que renovou a casa onde viveu o arquiteto, engenheiro, escritor e arqueólogo Ricardo Severo (1869-1940) com a mulher, Francisca Dumont, mandada construir em 1920. Além de ser um boutique hotel, trouxe ainda de volta ao Porto a cozinha de Tiago Bonito (esteve seis anos na Casa da Calçada Relais & Chateaux, onde chefiava o restaurante Largo do Paço, em Amarante). Natural de Carapinheira, Montemor-o-Velho, o chefe assume agora o Bistrô Severo (à carta), num bonito pátio interior, e o Éon (menu de degustação), ambos de cozinha portuguesa. Rodeado por um jardim centenário, o Palacete Severo foi recuperado à luz da contemporaneidade, sem lhe retirar a História – vejam-se as madeiras, os vitrais, os tetos de gesso ou os lambris recuperados. A decoração de interiores de Paulo Lobo segue a mesma narrativa, desde as áreas comuns aos 21 quartos que se prolongam para um edifício novo nas traseiras. R. Ricardo Severo, 21, Porto > T. 22 967 7000 > Bistrô Severo > seg-dom 7h30-10h30, 12h30-15h, 19h30-22h30 > Éon > qui-dom 19h-21h > quartos desde €350 

6. Restaurantes do mundo 

O kimbap, um prato da cozinha coreana

O Porto (tal como o País) é cada vez mais uma aldeia global. Na cidade, multiplicam-se os restaurantes de diferentes latitudes, a levarem em viagem as nossas papilas gustativas. No Hoje, Kimbap, no Bonfim, o casal coreano Yi Ryounj Jung e Don Wan Choo serve o tradicional kimbap (arroz cozido enrolado em algas secas, com porco frito, carne bovina, queijo, legumes ou atum). Em Cedofeita, o bistrot Nani (“avó”, em arménio) tem dado a provar a região do Cáucaso, Arménia e Geórgia, num menu (sem peixe) para comer à mão, de que são exemplo o khachapuri, um pão em forma de barco que se mergulha em queijos derretidos da Geórgia e em ovo cru, e o khinkali, uma versão georgiana de dumpling. Desde as últimas semanas deste ano que o Out of Lunch Kitchen serve o Japão em plena Rua da Restauração e, na Boavista, o novo Calico promete levar-nos até à Índia, ao Brasil e ao Médio Oriente. Sabores do mundo cada vez mais perto. Hoje, Kimbap, R. do Bonfim, 107 > Nani Bistrot, R. da Torrinha, 86A > Out of Lunch Kitchen, R. da Restauração, 313 > Calico, R. da Meditação, 70, Porto 

7. Piano para todos 

Quem teve a sorte de viajar por cidades europeias, provavelmente já se cruzou com um piano público à disposição de quem nele queira tocar, seja um pianista amador ou um aspirante a Mozart ou Chopin. Sim, eles existem nas estações de metro Manchester Piccadilly (em Londres), Glasglow Center (na Escócia) ou na Gare d’Austerlitz (em Paris). No Porto, desde abril passado, muitos têm sido aqueles que já abrandaram o ritmo só para ouvir tocar quem se senta no piano público no piso -1 da estação de metro da Trindade, uma iniciativa da empresa Critical Software. A escolha não foi aleatória: trata-se da estação que acolhe o maior fluxo de pessoas de toda a rede da Metro do Porto (mais de 100 mil pessoas por dia). “Este piano é para ti. Senta-te, sente o teu ritmo, dá-lhe vida, mostra-o ao mundo”, pode ler-se num painel vermelho. E eles e elas sentam-se, sem vergonha nem medo de desafinar. Tocam de tudo, desde Ornatos Violeta a Miles Davis ou Haydn. Entre viagens, as pessoas estacam, aplaudem e prosseguem o dia com outro ânimo. “As estações são espaços por onde passa muita gente, de todas as idades e estratos sociais. Queríamos tocar a fundo em toda a comunidade”, justificava na altura à VISÃO João Carreira, CEO e cofundador desta tecnológica, que já tinha disponibilizado um piano na estação de Entrecampos, em Lisboa. Coimbra, a cidade-sede da Critical Software, deverá ser a próxima a receber este instrumento à disposição de todos. Haja música. Estação da Trindade, Porto > seg-dom 6h-1h  

O final do ano traz o peso peculiar do “quase” – esse conceito tão encantador quanto implacável. Quando recordamos os projetos que quase alcançámos e os objetivos que ficaram perto da concretização, o “quase” ganha peso porque toca diretamente naquilo que mais valorizamos – o esforço, o desejo e a expectativa.

Vivemos numa sociedade que distorce a vitória, associando sucesso e prazer a aplausos e reconhecimento imediato. Estamos tão habituados a valorizar o tangível e o material, que o valor emocional das nossas conquistas passa despercebido. Tornamo-nos obcecados pelo “conseguir”, como se a verdadeira vitória estivesse apenas no fim do caminho. A diferença entre o “quase” e o “consegui” pode ser mínima, mas o impacto emocional é profundo. A nossa mente, condicionada a alcançar resultados absolutos, vê o “quase” como fracasso. Se estivermos atentos, a vida ensina-nos que o verdadeiro valor não está no fim, mas no percurso – na coragem de tentar, na persistência e nas lições que aprendemos ao longo do caminho.

Na maioria dos “quase”, há vitórias silenciosas que não vemos, mas que nos transformam profundamente.

O nosso cérebro está programado para resultados concretos. Quando traçamos objetivos, ativamos o sistema de recompensa, que nos dá pequenas doses de dopamina – o químico da felicidade – sempre que sentimos progresso. Mas, quando falhamos ou paramos a meio, o cérebro regista isso como um fracasso, o que pode desencadear stress e uma sensação de insatisfação crónica.

O que fazer com o peso do quase?

  1. Quem disse que “quase” é falhar? “Quase” é aprender, crescer e ajustar. Cada tentativa traz ferramentas que ajudam a construir algo maior no futuro.
  2. Ajuste as expectativas. Não se defina por números ou metas inalcançáveis. Pergunte-se: O que este objetivo realmente representa para mim? Ele está alinhado com os meus valores e possibilidades atuais?
  3. O caminho não é uma linha reta. O simples facto de tentar já é uma conquista. O progresso não é linear e cada passo merece ser reconhecido.
  4. Seja mais gentil nas promessas. Em vez de resoluções baseadas no que deve fazer, crie metas alinhadas com o que lhe traz bem-estar. Comprometa-se com mais tempo, mais descanso e mais espaço para se encontrar.

O valor do quase é o que nos humaniza. É no processo, nos ajustes e nas tentativas que encontramos o nosso verdadeiro crescimento. Não precisamos de um ano novo para começar de novo – precisamos apenas da coragem para nos aceitar como somos, com tudo o que fizemos e o que ficou por fazer.

Que o próximo ano seja menos sobre fazer tudo e mais sobre ser mais.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Sundar Pichai e alguns líderes da Google apresentaram-se na última reunião de estratégia da empresa do ano, realizada a 18 de dezembro. Os executivos quiseram preparar os trabalhadores para o que aí vem em 2025, alertando que a fasquia está elevada e que se espera muito escrutínio das autoridades em diversas frentes.

“Julgo que 2025 vai ser crítico. Penso que é verdadeiramente importante internalizarmos a urgência deste momento e precisamos de nos movimentar rapidamente enquanto empresa. A fasquia está elevada. São momentos de disrupção. Em 2025, temos de estar focados em desbloquear os benefícios desta tecnologia e resolver problemas reais dos utilizadores”, afirmou Pichai referindo-se à Inteligência Artificial.

O diretor da empresa não deixou de fora o aspeto da regulação e do escrutínio a que a empresa deve estar sujeita em 2025. “Não ignoro que estamos a ser escrutinados em todo o mundo. Vem com o nosso tamanho e sucesso. É parte de uma tendência maior onde as tecnológicas estão a impactar a sociedade em escala. Assim, mais que nunca, ao passar este momento, temos de nos assegurar de que não nos distraímos”, cita a CNBC que teve acesso a uma gravação de áudio da reunião.

Com a OpenAI na liderança do segmento da IA, e a anunciar a intenção de lançar um motor de busca próprio, tal como outras empresas do setor, a Google está a ver os rivais a aproximarem-se do seu negócio basilar. A gigante está a desenvolver o Gemini e a tentar criar novas vias de negócio por aí. A aplicação do Gemini deve chegar a 500 milhões de utilizadores nos próximos seis meses, colocando-se numa lista de 15 apps da marca a atingir este volume. “Escalar o Gemini no lado do consumidor vai ser o nosso grande foco no próximo ano”, definiu Pichai. “Espero alguns avanços e recuos. Julgo que seremos topo de gama. Historicamente, não temos de ser sempre os primeiros a chegar, mas temos de executar bem e ser verdadeiramente o melhor produto na classe”.

Ao responder a perguntas colocadas pelos funcionários, Demis Hassabis, da DeepMind, explicou que as equipas estão a “carregar” a app Gemini e que os próprios produtos baseados no algoritmo vão evoluir massivamente no próximo ano ou dois, descrevendo depois uma visão de um assistente universal que pode operar em “qualquer domínio, qualquer modalidade ou qualquer dispositivo”. O executivo também respondeu que a empresa não planeia cobrar mensalidades próximas dos 200 dólares, como alguns rivais, pelo acesso a produtos de IA.

O responsável da Google Labs, Josh Woodward, também esteve em palco para demonstrar algumas das novidades em que as equipas estão a trabalhar, como um assistente para criar código, uma ferramenta para tirar anotações, uma extensão para Chrome para realizar múltiplas tarefas.