A Guerrila juntou-se à Studio Globo para trazer o universo Horizon para o mundo Lego. No fundo, uma espécie de metáfora do jogo, já que este é um título que deve ser jogado a dois para ser aproveitado ao máximo.

Quem nunca teve oportunidade de jogar Horizon Zero Dawn ou Horizon Forbidden West é brindado, logo no início, com uma sinopse rápida que permite compreender o enredo e as personagens. E onde se começam logo a ver os traços de humor que se tornam uma imagem de marca de Adventures. O que, confessamos, foi um dos aspetos que mais gostámos do jogo. Foram várias as vezes que demos por nós a sorrir depois de mais uma piada disparada por uma personagem. Quer um exemplo? “Sabes que é mais difícil de contar quando não tens dedos…”.

Outro ponto claramente positivo é o quão fiel é a reprodução do mundo Horizon em Lego. O meio ambiente, as máquinas (vigias, pescoçudos, dentes de sabre, ruminantes, trovejantes e carapaças), as personagens e até os Caldeirões seguem os princípios e a estética que nos habituámos a encontrar no título ‘original’. O próprio enredo tem algumas semelhanças, embora numa versão mais ‘light’: assumimos o papel de Aloy, que, em conjunto com o seu grupo de amigos, vai embarcar numa missão para salvar o mundo ao mesmo tempo que vai descortinando segredos do próprio passado.

A dois é melhor

Lego Horizon Adventures é um título de ação e aventura com um ‘toquezinho’ de plataformas particularmente indicado para ser jogado em simultâneo por pais e filhos. É que consegue ser muito divertido de jogar e sentimos que a sua rentabilização máxima só chega quando se joga em parelha. Enquanto um jogador assume o papel de Aloy, o outro fica com uma das personagens secundárias, que varia consoante a evolução na narrativa. Ou seja, na fase inicial será Rost, mas depois mudará para Varl, Teersa e Erend. E cada um tem características próprias, como é o caso da arma – por exemplo, Aloy privilegia o arco, enquanto Varl tem uma lança e Erend um martelo. Nota importante, é possível desfrutar do modo cooperativo em formato local (dois comando na mesma consola) ou online (obriga a uma subscrição da PlayStation Plus no nosso caso de teste), embora, infelizmente, este não seja um título multiplaforma.

Enquanto os jogadores mais ‘veteranos’ poderão desejar uma maior complexidade a nível de combate (e da própria história), outros poderão ser cativados pelo lado divertido de, por exemplo, eliminar máquinas e membros de um culto com setas que incendeiam os oponentes quando são disparadas através de uma fogueira ou quando convocamos o Homem dos Cachorros para vir lançar umas bombas… Gostaríamos, porém, de uns ‘save points’ no meio das missões.

Como não podia deixar de ser num jogo Lego, a personalização é um ponto forte de Horizon Adventures. Assim, ao longo da narrativa vamos desbloqueando a capacidade de alterar a roupa, melhorar as armas e dar um toque pessoal à aldeia Coração de Mãe, construindo e alterando jardins, cercas, telhados, etc. Em suma, um título divertido de jogar e feito primordialmente a pensar nas crianças. Os mais velhos poderão achá-lo algo repetitivo e desejar maior complexidade. E, acima de tudo, deveria ser mais barato, já que a campanha não é particularmente longa.

Tome Nota
Lego Horizon Adventures | €69,99

Nota final: 4,1

Plataformas PS5 (testado), PC, Switch
Estúdio Studio Gobo, Guerrilla Games
Editora PlayStation Publishing LLC

Prós
+ Uau… Todas as máquinas podem ser replicadas em peças Lego na realidade
+ Este Rost está um verdadeiro humorista no papel de narrador
+ Esta sinopse inicial está no ponto: explica o passado e marca o tom do jogo

Contras
– Olha o bug: Aloy ficou presa numa construção. Tal como acontecia no título ‘original’

Vladimir Putin assinou esta terça-feira um decreto que alarga a possibilidade de utilização de armas nucleares. Publicado no portal de documentos legais das autoridades russas, o “documento de planeamento estratégico” tem por objetivo “melhorar a política estatal no domínio da dissuasão nuclear” ao incluir a “posição oficial sobre a dissuasão nuclear”, definir “os perigos e ameaças militares contra os quais se pode atuar com dissuasão nuclear” e garantir que a Rússia e os “seus aliados” tem uma resposta à “agressão” de “um potencial inimigo”.

No final de setembro, o Presidente russo já tinha alertado para a possibilidade de o país poder vir a recorrer a armas nucleares no caso de um “lançamento massivo” de ataques aéreos por parte da Ucrânia. Para além disso, Putin advertiu que o apoio de uma potência com armas atómicas – como os Estados Unidos – a um país sem armas nucleares – como a Ucrânia – seria considerado uma agressão “conjunta”.

Autorizada a sua utilização no passado domingo pelo presidente norte-americano, os mísseis ATACMS de longo alcance, que a Ucrânia tem agora acesso, possuem um alcance máximo de várias centenas de quilómetros e vão permitir a Kiev atingir diversos locais de logística do exército russo, como os aeródromos.

De acordo com a imprensa norte-americana, que cita alguns funcionários anónimos dos EUA, inicialmente, os mísseis deveriam ser utilizados na região de Kursk, na fronteira com a Rússia, onde se encontram soldados norte-coreanos, destacados para apoiar as forças russas. Os mesmos funcionários revelaram ainda que foi a presença das tropas norte-coreanas que levou Washington a autorizar a utilização destes mísseis.

Borg Hoiby foi detido em Oslo, na segunda-feira à noite, por suspeita de ter tido “relações sexuais com uma pessoa inconsciente ou incapaz de resistir ao ato por outras razões”. As autoridades norueguesas não adiantaram quando a violação terá ocorrido e a queixa, segundo a advogado de defesa, foi apresentada pela polícia e não pela alegada vítima.

O enteado do príncipe herdeiro, que não tem qualquer título nem deveres reais, nega a acusação.

De acordo com as autoridades, havia “uma relação entre o suspeito e a vítima”.

Esta é a segunda vez, em três meses, que Borg Hoiby é detido. A primeira foi a 4 de agosto, na sequência de distúrbios em Oslo, mas saiu rapidamente em liberdade.

No mundo desportivo de alta competição já há muito se percebeu que os melhores resultados não nascem através das cargas máximas nos treinos, nem do treinar sem parar.

Pelo contrário, a alta performance só surge quando se treina de forma inteligente, se fazem cargas sustentáveis, se come adequadamente, se dorme muito e se descansa entre treinos e antes das competições para, chegado o dia da prova, se atingir o potencial máximo. Aliás, os campeões não se notabilizam por treinar mais horas que os demais, antes por treinarem melhor e ter havido uma adequação sábia entre as suas aptidões inatas e as disciplinas desportivas escolhidas.

No mundo organizacional, infelizmente, este conhecimento ainda é raro. Ainda se acredita que para se atingirem os objetivos organizacionais, e se vencer a concorrência, é preciso trabalhar muito e descansar pouco, priorizando o trabalho acima das outras esferas da vida.

Com esta metodologia, apesar de se irem conseguindo atingir objectivos, há enormes custos humanos: burnout, rupturas familiares, absentismo e demissões. Ou seja, não estamos a ser eficientes, nem economicamente nem em termos da felicidade!

Na verdade, as organizações devem olhar para a evidência científica e fazer os devidos ajustes. A máxima performance organizacional vai ser obtida quando os recursos humanos não estiverem esgotados nem desmotivados. Quando a rotatividade for baixa. Quando o absentismo for residual. Quando a satisfação laboral for grande. E quando quem tiver maiores responsabilidades na organização estiver nas melhores condições para cumprir o seu papel: seja para tomar decisões importantes ou para fazer uso das suas capacidades criativas, analíticas e de foco. Essas pessoas precisam de ter, rotineiramente, noites bem dormidas, para recuperar corpo e mente, tempo de lazer, para fomentar a criatividade, e tempo de descanso, para desanuviar o stress das suas funções. Desgraçadamente, abundam os exemplos de práticas nos antípodas do que devia acontecer. Basta pensarmos nos gestores de topo, em directores de departamentos, em médicos e enfermeiros ou nos governantes (para nomear os mais óbvios). Tudo profissionais com privação crónica de sono, com stress constante e quase sem tempo de lazer e de descanso. O resultado é duplamente subótimo: porque se esgotam os indivíduos e porque operam em contínuo sub-rendimento.

Se queremos apostar na eficiência sustentável temos que perceber que a mente, tal como os campos agrícolas, também precisa de pousio e rejeitar as ideias peregrinas de que o sucesso se alcança quando pomos as equipas a trabalhar 80 horas por semana…

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Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Depois de, em 1984, David Lynch ter transformado em filme Dune, a obra de ficção científica de Frank Herbert (1920-1986) lançada em 1965, a história foi levada ao cinema em 2021 e 2024 por Denis Villeneuve. Um épico interplanetário em duas partes em que Timothée Chalamet dá vida ao jovem Paul Atreides, nascido numa sociedade feudal, onde várias casas nobres se digladiam para obter a especiaria melange. A preciosa substância, um alucinogénio que apenas existe no planeta Arrakis – também conhecido como Dune pela sua paisagem desértica habitada por gigantescos vermes –, é usada para prolongar a vida humana, confere maior vitalidade e consciência, e garante a quem a possuir poderes sobre-humanos.

Se esta era uma história difícil de adaptar ao cinema (o realizador Alejandro Jodorowsky tentou-o nos anos 1970 e a versão de Lynch, amada por muitos cinéfilos, é desprezada pelos puristas), Villeneuve teve o mérito de criar um modelo em termos de estética e narrativa que outros podem agora trabalhar, como escreve Noel Murray num artigo no New York Times. Talvez mais importante, continua, havia agora um grande público que nunca tinha lido os romances densos de Frank Herbert, mas que se interessava pela história e pelos personagens. Dune: Parte II, estreado em fevereiro passado, teve boas críticas e arrecadou, a nível mundial, 178,5 milhões de dólares.

Assim chegamos a Dune: Prophecy. A série da HBO é inspirada no livro Sisterhood of Dune (2012), escrito por Brian Herbert (filho de Frank Herbert) e Kevin J. Anderson. A ação passa-se dez mil anos antes dos filmes de Villeneuve, quando a ordem matriarcal secreta Bene Gesserit foi fundada pelas irmãs Harkonnen, Valya (Emily Watson) e Tula (Olivia Williams). Política, religião e poderes sobrenaturais, tudo serve para exercer influência junto das famílias nobres do Imperium e controlar o futuro da Humanidade. Terá a série o mesmo efeito dos filmes?

Dune: Prophecy > estreia 18 nov, seg > 6 episódios, um por semana à seg

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Foi uma das surpresas da Web Summit: o anúncio de um novo LLM (Large Language Model) pelo primeiro-ministro. Um sistema de Inteligência Artificial (IA) tipo ChatGPT criado de raiz em Português.

Durante o anúncio, Luís Montenegro avançou com uma data para o lançamento: início de 2025. No entanto, de acordo com a Lusa, o grande modelo de linguagem, que foi batizado de Amália, só ficará finalizado em 2026. A informação foi avançada por Paulo Dimas, o diretor executivo (CEO) do Centro para a IA Responsável, que afirmou que se trata de um “projeto de 19 meses”.

Apesar desta diferença de datas, Paulo Dimas acaba por confirmar a informação do primeiro-ministro, já que uma primeira versão, beta, vai estar disponível “no primeiro trimestre” de 2025.

Na mesma entrevista à Lusa, Paulo Dimas salientou que este projeto assenta em princípios como a diversidade cultura e a proteção de dados. Ainda de acordo com este responsável, a Amália não vai ser desenvolvida ‘do zero’, mas sim baseada em trabalho já feito ao longo de anos por entidades como a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Nova, o Instituto Superior Técnico e a Unbabel. Paulo Dimas salienta que a equipa que vai trabalhar no desenvolvimento do LLM Amália “já tem muitos anos de experiência nesta área”.

O poder de computação necessário para treinar o novo modelo de IA português será fornecido pela Fundação para a Ciência e Tecnologia através de “um computador que está em Barcelona, mas que parte dele é português”.

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Quando a Cray Computing (uma empresa atualmente detida pela HP) anunciou, em 2019, o El Capitan, estimava um desempenho de 1.500 exaflops para este supercomputador. Agora que está terminado, o supercomputador passa a liderar a lista de supercomputadores da TOP500, com uma performance de 1.742 exaflops (na prática, 1,7 triliões de operações de ponto flutuante por segundo ou 1.742.000.000.000.000.000) – valor suficiente para torná-lo no mais poderoso supercomputador da atualidade.

O El Capitan é o terceiro computador a entrar na ‘exoscala’, ou seja, é capaz de realizar mais de um trilião de cálculos por segundo. Os outros dois supercomputadores que lideram a lista são o Frontier e o Aurora. Todas estas supermáquinas são alojadas em instituições de investigação norte-americanas: o Lawrence Livermore National Laboratory (El Capitan), o Oak Ridge National Laboratory (Frontier) e o Argonne National Laboratory (Aurora).

O novo líder da lista dos supercomputador tem 11 milhões de núcleos de processamento central (CPU) e gráfico (GPU) em processadores baseados em AMD EPYC de quarta geração. Cada processador tem 24 núcleos a operar nos 1,8 GHz e APU AMD Instinct M1300A. A eficiência energética é um ponto em atenção, com este supercomputador a conseguir 58,89 Gigaflops de processamento por watt.

O El Capitan vai ser usado para gerir a segurança e fiabilidade do arsenal nuclear dos EUA, assim como para outras tarefas relacionadas com a segurança nacional norte-americana. Está ainda previsto que o supercomputador venha a ser usado em investigações relacionadas com novos materiais e física energética.