No mundo desportivo de alta competição já há muito se percebeu que os melhores resultados não nascem através das cargas máximas nos treinos, nem do treinar sem parar.

Pelo contrário, a alta performance só surge quando se treina de forma inteligente, se fazem cargas sustentáveis, se come adequadamente, se dorme muito e se descansa entre treinos e antes das competições para, chegado o dia da prova, se atingir o potencial máximo. Aliás, os campeões não se notabilizam por treinar mais horas que os demais, antes por treinarem melhor e ter havido uma adequação sábia entre as suas aptidões inatas e as disciplinas desportivas escolhidas.

No mundo organizacional, infelizmente, este conhecimento ainda é raro. Ainda se acredita que para se atingirem os objetivos organizacionais, e se vencer a concorrência, é preciso trabalhar muito e descansar pouco, priorizando o trabalho acima das outras esferas da vida.

Com esta metodologia, apesar de se irem conseguindo atingir objectivos, há enormes custos humanos: burnout, rupturas familiares, absentismo e demissões. Ou seja, não estamos a ser eficientes, nem economicamente nem em termos da felicidade!

Na verdade, as organizações devem olhar para a evidência científica e fazer os devidos ajustes. A máxima performance organizacional vai ser obtida quando os recursos humanos não estiverem esgotados nem desmotivados. Quando a rotatividade for baixa. Quando o absentismo for residual. Quando a satisfação laboral for grande. E quando quem tiver maiores responsabilidades na organização estiver nas melhores condições para cumprir o seu papel: seja para tomar decisões importantes ou para fazer uso das suas capacidades criativas, analíticas e de foco. Essas pessoas precisam de ter, rotineiramente, noites bem dormidas, para recuperar corpo e mente, tempo de lazer, para fomentar a criatividade, e tempo de descanso, para desanuviar o stress das suas funções. Desgraçadamente, abundam os exemplos de práticas nos antípodas do que devia acontecer. Basta pensarmos nos gestores de topo, em directores de departamentos, em médicos e enfermeiros ou nos governantes (para nomear os mais óbvios). Tudo profissionais com privação crónica de sono, com stress constante e quase sem tempo de lazer e de descanso. O resultado é duplamente subótimo: porque se esgotam os indivíduos e porque operam em contínuo sub-rendimento.

Se queremos apostar na eficiência sustentável temos que perceber que a mente, tal como os campos agrícolas, também precisa de pousio e rejeitar as ideias peregrinas de que o sucesso se alcança quando pomos as equipas a trabalhar 80 horas por semana…

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Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Depois de, em 1984, David Lynch ter transformado em filme Dune, a obra de ficção científica de Frank Herbert (1920-1986) lançada em 1965, a história foi levada ao cinema em 2021 e 2024 por Denis Villeneuve. Um épico interplanetário em duas partes em que Timothée Chalamet dá vida ao jovem Paul Atreides, nascido numa sociedade feudal, onde várias casas nobres se digladiam para obter a especiaria melange. A preciosa substância, um alucinogénio que apenas existe no planeta Arrakis – também conhecido como Dune pela sua paisagem desértica habitada por gigantescos vermes –, é usada para prolongar a vida humana, confere maior vitalidade e consciência, e garante a quem a possuir poderes sobre-humanos.

Se esta era uma história difícil de adaptar ao cinema (o realizador Alejandro Jodorowsky tentou-o nos anos 1970 e a versão de Lynch, amada por muitos cinéfilos, é desprezada pelos puristas), Villeneuve teve o mérito de criar um modelo em termos de estética e narrativa que outros podem agora trabalhar, como escreve Noel Murray num artigo no New York Times. Talvez mais importante, continua, havia agora um grande público que nunca tinha lido os romances densos de Frank Herbert, mas que se interessava pela história e pelos personagens. Dune: Parte II, estreado em fevereiro passado, teve boas críticas e arrecadou, a nível mundial, 178,5 milhões de dólares.

Assim chegamos a Dune: Prophecy. A série da HBO é inspirada no livro Sisterhood of Dune (2012), escrito por Brian Herbert (filho de Frank Herbert) e Kevin J. Anderson. A ação passa-se dez mil anos antes dos filmes de Villeneuve, quando a ordem matriarcal secreta Bene Gesserit foi fundada pelas irmãs Harkonnen, Valya (Emily Watson) e Tula (Olivia Williams). Política, religião e poderes sobrenaturais, tudo serve para exercer influência junto das famílias nobres do Imperium e controlar o futuro da Humanidade. Terá a série o mesmo efeito dos filmes?

Dune: Prophecy > estreia 18 nov, seg > 6 episódios, um por semana à seg

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Foi uma das surpresas da Web Summit: o anúncio de um novo LLM (Large Language Model) pelo primeiro-ministro. Um sistema de Inteligência Artificial (IA) tipo ChatGPT criado de raiz em Português.

Durante o anúncio, Luís Montenegro avançou com uma data para o lançamento: início de 2025. No entanto, de acordo com a Lusa, o grande modelo de linguagem, que foi batizado de Amália, só ficará finalizado em 2026. A informação foi avançada por Paulo Dimas, o diretor executivo (CEO) do Centro para a IA Responsável, que afirmou que se trata de um “projeto de 19 meses”.

Apesar desta diferença de datas, Paulo Dimas acaba por confirmar a informação do primeiro-ministro, já que uma primeira versão, beta, vai estar disponível “no primeiro trimestre” de 2025.

Na mesma entrevista à Lusa, Paulo Dimas salientou que este projeto assenta em princípios como a diversidade cultura e a proteção de dados. Ainda de acordo com este responsável, a Amália não vai ser desenvolvida ‘do zero’, mas sim baseada em trabalho já feito ao longo de anos por entidades como a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Nova, o Instituto Superior Técnico e a Unbabel. Paulo Dimas salienta que a equipa que vai trabalhar no desenvolvimento do LLM Amália “já tem muitos anos de experiência nesta área”.

O poder de computação necessário para treinar o novo modelo de IA português será fornecido pela Fundação para a Ciência e Tecnologia através de “um computador que está em Barcelona, mas que parte dele é português”.

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Quando a Cray Computing (uma empresa atualmente detida pela HP) anunciou, em 2019, o El Capitan, estimava um desempenho de 1.500 exaflops para este supercomputador. Agora que está terminado, o supercomputador passa a liderar a lista de supercomputadores da TOP500, com uma performance de 1.742 exaflops (na prática, 1,7 triliões de operações de ponto flutuante por segundo ou 1.742.000.000.000.000.000) – valor suficiente para torná-lo no mais poderoso supercomputador da atualidade.

O El Capitan é o terceiro computador a entrar na ‘exoscala’, ou seja, é capaz de realizar mais de um trilião de cálculos por segundo. Os outros dois supercomputadores que lideram a lista são o Frontier e o Aurora. Todas estas supermáquinas são alojadas em instituições de investigação norte-americanas: o Lawrence Livermore National Laboratory (El Capitan), o Oak Ridge National Laboratory (Frontier) e o Argonne National Laboratory (Aurora).

O novo líder da lista dos supercomputador tem 11 milhões de núcleos de processamento central (CPU) e gráfico (GPU) em processadores baseados em AMD EPYC de quarta geração. Cada processador tem 24 núcleos a operar nos 1,8 GHz e APU AMD Instinct M1300A. A eficiência energética é um ponto em atenção, com este supercomputador a conseguir 58,89 Gigaflops de processamento por watt.

O El Capitan vai ser usado para gerir a segurança e fiabilidade do arsenal nuclear dos EUA, assim como para outras tarefas relacionadas com a segurança nacional norte-americana. Está ainda previsto que o supercomputador venha a ser usado em investigações relacionadas com novos materiais e física energética.

A aplicação Bem Estar Digital tem uma nova funcionalidade que dá ao utilizador a possibilidade de definir alertas para quando passa demasiado tempo nas aplicações assinaladas pelo utilizador. A nova funcionalidade não bloqueia o acesso à aplicação em questão, mas apresenta de uma forma visual a indicação de que o tempo predeterminado foi excedido.

A nova funcionalidade chama-se Screen Time Reminders e é uma evolução do Mindful Nudge que já tinha surgido. Ao passar demasiado tempo nas aplicações escolhidas, o utilizador vê um alerta em forma de notificação no topo da página, na qual é quantificado o tempo passado e a lembrar que talvez seja melhor pousar o smartphone, explica o Android Authority.

Para ativar a opção, basta aceder às definições de Bem Estar Digital e controlos parentais e escolher os lembretes, definido também as aplicações e o tempo que devem ser considerados.

Passaram 14 anos desde que se ouviram os primeiros rumores sobre os planos da Apple para desenvolver um televisor de marca própria – ainda no tempo do cofundador Steve Jobs. Planos esses que nunca avançaram, mas que, na prática, também nunca desapareceram por completo. Uma das biografias do fundador da Apple conta que havia planos para uma televisão “integrada” com a box Apple TV. Agora, Mark Gurman, jornalista da Bloomberg, avança que a marca “pode revisitar a ideia de fazer um televisor com a marca Apple”.

Gurman explica que os planos de criar um televisor não vão avançar se alguns dos outros aparelhos que a Apple também está (alegadamente) a preparar falharem. Um destes é essencialmente um iPad fixo na parede para controlar dispositivos inteligentes que o utilizador tenha em casa, à semelhança do que acontece com os Google Nest Hub. Esta solução da Apple vai usar um sistema operativo novo chamado homeOS, com a versão final do assistente pessoal Siri alimentado pela tecnologia Apple Intelligence. Também o analista Ming-Chi Kuo avançou há uns dias que a Apple estaria a desenvolver uma câmara doméstica IP (de Internet Protocol), igualmente com a nova Siri e com Apple Intelligence.

A estratégia da Apple parece passar por desenvolver mais aparelhos para casas inteligentes e inclui o HomePod, que Gurman explica ser um aparelho doméstico com o tamanho de dois iPhones colocados lado a lado, capaz de realizar videochamadas, navegar na web, com calendário e que permite outras tarefas. Por fim, há rumores de outro aparelho mais premium, controlado por um braço robótico que move o ecrã para ‘seguir’ o utilizador pela casa.

A viabilidade de um televisor Apple parece estar diretamente ligada com o sucesso de um ou mais destes produtos, embora nesta fase todos não passem ainda de rumores não confirmados.

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Se, como o autor deste artigo, passa horas diariamente em frente a um computador, então já se terá apercebido da importância da ergonomia. Além das regras que devemos seguir para mitigar problemas físicos como fadiga visual e dores musculares, é fundamental termos equipamento ergonómico. Com destaque para a cadeira. As consequências positivas de se usar uma boa cadeira são de tal modo evidentes que este é um investimento que vale mesmo a pena. E foi com esse pensamento que nos sentámos na FlexiSpot S12 Pro e usamo-la durante vários dias antes de escrevermos este texto.

A primeira coisa que salta à vista é a qualidade de construção. A S12 Pro é robusta e inspira confiança, com uma base sólida e materiais de alta qualidade. O design é moderno e elegante, com linhas limpas e um acabamento preto mate que se adapta a qualquer ambiente de trabalho. A montagem é relativamente simples e intuitiva, com instruções claras e todas as ferramentas necessárias incluídas na caixa.

Mas o que realmente interessa numa cadeira é o conforto e neste aspeto a S12 Pro não desilude. O assento, ajustável em altura e profundidade, é amplo, com um revestimento respirável que previne a acumulação de calor. Num primeiro contacto, pareceu-nos pouco almofadado, mas, a longo prazo, provou ser confortável. O encosto é alto, oferece um excelente suporte lombar, ajustável em altura, que se adapta bem à curvatura natural da coluna.

Botões para acerto do banco (em profundidade), bloqueio/desbloqueio do encosto e acerto da altura

Os apoios de braços 4D são um dos pontos fortes desta cadeira, permitindo ajustar a altura, largura, ângulo e profundidade para encontrar a posição ideal para os seus braços e ombros. O apoio de cabeça, ou melhor, do pescoço também é ajustável em altura, proporcionando um suporte confortável para o pescoço. Mas a altura máxima pode não ser suficiente para pessoas especialmente altas.

Veredicto

A S12 Pro oferece uma série de funcionalidades que a distinguem da concorrência. O mecanismo de inclinação sincronizada permite reclinar o assento e o encosto em simultâneo, mantendo um ângulo ergonómico entre as pernas e o tronco. A tensão da inclinação pode ser ajustada ao peso do utilizador, proporcionando uma experiência personalizada. Mas também é possível bloquear este movimento.

Gostámos da forma como o encosto se adapta aos movimentos do utilizador para um suporte constante. Esta funcionalidade é particularmente útil para quem passa longas horas sentado, prevenindo a fadiga e as dores nas costas.

A FlexiSpot S12 Pro é uma excelente cadeira ergonómica, que oferece um conforto excecional. A qualidade de construção é de topo e o design moderno adapta-se a qualquer ambiente de trabalho. O preço habitual (€499), embora elevado, já se justifica pela qualidade e funcionalidades oferecidas. Mas o preço promocional, válido durante o teste, torna esta cadeira um excelente negócio.

Tome nota

FlexiSpot S12 Pro €499,99 (€279,99 em promoção)

Construção Muito bom
Instalação Bom
Ergonomia Muito bom
Design Muito bom

Características Altura: 103,5 a 112 cm ○ Assento: 49×51 cm ○ Altura apoio cabeça: 12 a 16 cm ○ inclinação do encosto: 90 a 135 graus ○ Peso suportado: 135

Desempenho: 5
Características: 5
Qualidade/preço: 4

Global: 4,7

A distância oferece-nos, para uma boa variedade de situações, uma (às vezes falsa) sensação de segurança. Exatamente quanta segurança (a percecionada, pelo menos) depende da ameaça. Se o perigo for na forma de piolhos – que nos desculpem os leitores a referência, mas a praga parece andar aí em força nas escolas – qualquer afastamento é suficiente porque este não é bicho que salte. Não havendo contacto entre cabeças ou objetos “contaminados”, não há contágio. Mas se estivermos a falar de outras “maleitas”, cada vez há menos distâncias seguras. São os desafios ou modas virais na Internet, que chegam a pôr em risco a vida dos jovens em busca de likes e outros sinais de aprovação que tais, são as posições incendiárias, extremadas, odiosas e sem base nem sentido que se espalham pela mesma via, são as doenças, estas no sentido literal, que não conhecem fronteiras, como bem aprendemos todos noutra vida, naquele início do que viria a ser uma pandemia. Esse é, aliás, um bom exemplo de como não há distância que chegue para evitar certos males. Não falamos do distanciamento de dois metros que nos marcou as relações durante tanto tempo, mas sim da origem da Covid. A China. Estava tão longe a China! Era um problema deles. Em qualquer coisa como três meses passou a ser nosso.

Vão longas as considerações para falar de outra catástrofe: a guerra.

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Joaquim Miranda Sarmento, ministro de Estado e das Finanças, publicou esta segunda-feira em Diário da República um despacho que fixa nos 1200 milhões de euros o valor máximo que o Estado vai ter para a garantia pública para ajudar os jovens a comprar casa. A nova medida tem por objetivo ajudar os jovens – entre os 18 e os 35 anos – a obterem um financiamento até 100% do valor de aquisição. Devem, no entanto, ser cumpridas algumas condições como, por exemplo, a garantia do Estado não poderá ultrapassar os 15% do valor da transação. A operacionalização desta medida deverá ficar concluída até ao final do ano.

Fica agora a faltar definir que parcela caberá aos 17 bancos que aderiram à garantia, anunciados por Margarida Balseiro Lopes, ministra da Juventude. Já foi pedido ao Banco de Portugal, por parte do Ministério das Finanças, dados relativos às quotas de cada uma das instituições de crédito na concessão de financiamento aos jovens elegíveis pela medida, de forma a distribuir o montante pelos bancos da melhor forma.

De acordo com o jornal Expresso, que avançou com a notícia, o valor fixado por Miranda Sarmento é referente aos próximos dois anos, 2025 e 2026. No entanto, o Executivo já assumiu que poderá ser pedido um reforço à Direção-Geral do Tesouro e Finanças, caso se verifique um acesso significativo por parte dos jovens e seja necessário mais capital para garantir que ninguém fica de fora da medida.

Os jovens até aos 35 anos têm ainda outros benefícios como a isenção do IMT e do Imposto do Selo na compra da primeira habitação. A isenção torna-se total para imóveis com um custo até ao 4.º escalão do imposto (316.772 euros) e parcial entre este valor e os 633.453 euros, refere o Jornal de Negócios. Intervalos que vão ser atualizados no próximo ano, de acordo com o Orçamento do Estado para 2025.