Se a lista de especificações deste monitor é-lhe familiar, isso acontece porque é, em larga medida, semelhante à do AOC Agon Pro AG456UCZD que testámos recentemente. Aliás, a LG percebeu há alguns anos que além de fornecer painéis de elevada qualidade para outros fabricantes, podia usar esses mesmos painéis em produtos próprios, mas dando-lhes uma abordagem ligeiramente diferente. E é neste contexto que o LG UltraGear 45GS95QE mostra – e muito bem – o que vale.

Um dos elementos que um produto extravagante tem de garantir é uma reação quase imediata das pessoas assim que o veem. E sim, este UltraGear foi tema de conversa recorrente no escritório. Depois do espanto – pelo tamanho, curvatura e qualidade de imagem –, também costuma vir o comentário ‘não é exagerado de mais?’. A nossa resposta costuma ser ‘depende de quem compra’. Este é, primeiro e acima de tudo, um monitor para os aficionados dos videojogos. É aí que a conjugação soberba entre elevada nitidez, cores vibrantes e precisas, contrastes apurados, um ecrã de curvatura acentuada e, não menos importante, o rácio de imagem de 21:9, faz muito mais sentido. Graças a todos estes fatores, as imagens reproduzidas tornam-se, de facto, envolventes e quase hipnotizantes.

LG UltraGear 45GS95QE

E isso será tão mais verdade dependendo dos jogos que preferir jogar – títulos na primeira pessoa ou simuladores são aqueles que mais beneficiam desta tipologia de ecrã, mas jogos de ação que apostam muito no meio ambiente envolvente também saem a ganhar. Além disso, se quiser a extravagância total, pode juntar outros monitores semelhantes para criar uma espécie de simulador profissional… Ainda para mais, sendo capaz de atingir uma fluidez visual assinalável, de 240 Hz, que faz tudo parecer instantâneo e que é importante em jogos de ritmo frenético e elevado, como são os títulos de tiros na primeira pessoa.

Naquelas que serão outras utilizações do dia-a-dia, destacamos o bom nível de recorte das imagens e dos textos mesmo considerando que, para este tamanho, a concentração de píxeis acaba por não ser a mais competitiva (e, ao contrário dos televisores, aqui temos o ecrã a curta distância dos olhos, pelo que o nível de nitidez pode ser importante para alguns utilizadores). Outro elemento a destacar na qualidade de imagem é a boa distribuição de luminosidade que garante. Este modelo usa uma tecnologia chamada Micro Lens Array, que na prática é uma camada de microlentes que ajuda a ‘espalhar’ o brilho gerado pelo OLED, o que garante brilho e consistência de cor independentemente do ponto para o qual olhamos no ecrã. E o acabamento antirreflexo torna a experiência visual menos cansativa.

Mas se do ponto de vista da imagem não existem grandes diferenças para o monitor AOC já referido, é nas outras implementações que a LG consegue, na nossa opinião, um trabalho mais otimizado.

LG UltraGear 45GS95QE: Arestas bem limadas

Este monitor da LG tem um design mais estoico, querendo isto dizer que tem menos apontamentos de gaming e um aspeto, no global, menos ‘agressivo’. Consideramos, aliás, visto de frente, o design muito elegante, com destaque para as margens finas em torno do ecrã e para o suporte de linhas retas e que não ocupa muito espaço na secretária. E apesar de ter um sistema de iluminação RGB traseiro – com finesse – também é possível tê-lo desligado.

É depois na implementação de software que nos parece que a LG leva vantagem. Por um lado gostamos do aspeto moderno dos menus e da resposta rápida aos nossos comandos. Além disso, o botão direcional é preciso nos movimentos, pelo que nunca nos enganamos nos controlos, ao contrário do que tipicamente acontece noutros monitores.

Existem funcionalidades específicas para a área do gaming – como perfis de cores definidos para tipologias de jogos, contador de fotogramas e mira de apoio, assim como suporte para os sistemas de sincronização da Nvidia e da AMD. Ainda nos jogos, mas já a pensar num público mais especializado, é também possível ter no mesmo ecrã duas fontes de vídeo diferentes (por exemplo, mostrar de um lado a consola de jogos e no outro uma aplicação de um computador) e há muitas opções automáticas para ‘proteger’ o painel OLED de potenciais ‘queimaduras’, o que é bem-vindo do ponto de vista da longevidade (algo que deve ser sempre acautelado em produtos de níveis de preço mais elevados).

Apesar do bom trabalho da LG, somos da opinião que podia (e devia) ter mais entradas multimédia e ligações USB e que, pragmaticamente, aqui pouco justifica os 100 euros extra cobrados pela marca relativamente ao modelo da AOC.

Dito isto, o Ultra Gear 45 é um monitor muito completo nas características e deve ser uma escolha de primeira linha para quem procura um monitor de elevadíssima qualidade e que eleva a experiência dos jogos a outro nível.

Tome Nota
LG UltraGear 45GS95QE | €1299,99
lg.com/pt

Cores Excelente
Brilho Muito bom
Menus Excelente
Ergonomia Muito bom

Características Ecrã OLED 44,5″, 3440x1440p, 21:9, 240 Hz, 275 nits (médio) • Curvatura: 800R • Espaço de cor: DCI-P3 98,5%, sRGB 127,5% • Brilho máximo 1000 cd/m2 • Contraste: 1.500.000:1 • 0,03 ms tempo resposta • Nvidia G-Sync, AMD FreeSync • Iluminação RGB • Inclinação: -1° a 15°; Rotação: ± 10°; Ajuste altura: até 120 mm • 2x USB-A (3.0), 1x USB-B (upstream), 1x DisplayPort (1.4), 2x HDMI (2.0), áudio 3,5 mm • 992,7×537,7×335,1 • 12,3 kg

Desempenho: 4,5
Características: 5
Qualidade/preço: 2,5

Global: 4

Bastaram dois jogos maus para que o que parecia um passeio no parque passasse a ser visto com desconfiança. O que os adeptos do Sporting mais temiam, ameaça tornar-se uma dura realidade, depois do ciclo virtuoso iniciado por Rúben Amorim ter sido abruptamente interrompido com duas derrotas duras em pleno Estádio de Alvalade. Naturalmente, muitos começam a duvidar que João Pereira tenha capacidade para dar sequência ao excelente trabalho do seu antecessor e que possa cair por terra o plano traçado pela Direção de Frederico Varandas. Sobretudo quando, do outro lado da Segunda Circular continuam a chegar sinais de que o eterno rival parece recuperado do mau início de temporada.

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Esta é a história da “malta do gangue do Algarve”, o grupo FP-27. Começaram por assaltar casas com preciosidades guardadas em cofres, mas trocar ouro por escudos demorava tempo. Era preciso arranjar dinheiro vivo de maneira mais fácil, ter notas na mão de imediato.

Estávamos no início da década de 1980, no tempo dos milhares de contos, do Bilhete de Identidade e do Diário Popular, quando o País foi aterrorizado com mais de vinte assaltos a bancos, casas de câmbio e hotéis. Um homem conhecido como O Doutor (Ivo Canelas) formou a quadrilha e Faustino Cavaco (João Estima), um carpinteiro a quem deram a alcunha de O Americano, tinha boa pontaria e precisava de dinheiro para cuidar da mulher e da filha pequena.

“Em 1985, a polícia conseguiu prender Faustino Cavaco, líder do mais perigoso bando de assaltantes de bancos. Mas não por muito tempo. Um ano depois, Faustino e o irmão Vítor, detido entretanto, fugiram da cadeia de Pinheiro da Cruz, matando três guardas prisionais. Meses mais tarde, voltam a ser encontrados. Faustino é condenado a 24,5 anos de prisão por seis homicídios, incluindo o de um comparsa que se queria entregar às autoridades. A soma aritmética dos 45 crimes de que era acusado dava-lhe 340 anos atrás das grades. Saiu da prisão em 1999 e é hoje dono de um restaurante no Algarve”, escrevia-se, em 2006, num artigo da VISÃO.

A série com realização de Ivo M. Ferreira (filme Cartas da Guerra, série Sul), que também assina o argumento em conjunto com Bruno Vieira Amaral e Hélder Beja, é livremente inspirada em factos reais e no livro Vida e Mortes de Faustino Cavaco, escrito na primeira pessoa por Faustino Cavaco, com a colaboração do jornalista Rogério Rodrigues, e publicado em 1988.

A série retrata não só os planos e os assaltos mas também a investigação criminal e os dias no cárcere, tudo isto a pouco tempo da entrada de Portugal na CEE.

O Americano > RTP1 e RTP Play > Estreia 2 dez, seg 21h > 8 episódios, um novo à seg

Ingredientes (serve 2 pessoas, 1h15 minutos) 

Base de creme pasteleiro de chocolate 

200 ml de leite gordo 

125 ml de natas frescas 

60 g de açúcar 

20 g de farinha 

10 g de amido de milho 

4 gemas 

175 g de chocolate negro 

25 g de cacau em pó 

Para o merengue 

6 claras à temperatura ambiente 

40 g açúcar 

Preparação 

1. Pré-aquecer o forno a 170 °C. 

2. Pincelar um ramequim (taça de suflê) com manteiga amolecida do centro para fora e levar ao congelador 5 minutos. Repetir o processo e peneirar com açúcar e cacau em pó. Retirar o excesso e limpar as bordas exteriores. 

3. Para o creme pasteleiro, derreter o chocolate em banho-maria. Retirar do lume e deixar arrefecer. 

4. Colocar o leite, as natas e o cacau em pó num tacho e deixar ferver devagar. Numa taça, bater levemente as gemas de ovo com o açúcar até obter uma cor pálida. Juntar a farinha e o amido de milho e mexer até ficar homogéneo. 

Verter o leite com cacau ainda quente sobre o preparado das gemas e voltar a colocar o tacho em lume médio. 

5. Ferver lentamente, mexendo continuamente até engrossar. Retirar do lume e juntar o chocolate derretido. Verter o creme pasteleiro para uma taça e levar ao frigorífico 30 minutos. 

Para Henrique Sá Pessoa, ser chefe de cozinha é um poder, o poder de dar prazer aos outros através da comida. O livro Pela Boca (Casa das Letras, 144 págs., €21,90) vai ao encontro dessa ideia, propondo receitas acessíveis “para impressionar e marcar pontos com a cara-metade, ou potencial cara-metade”, escreve na introdução. As receitas estão arrumadas em 12 menus temáticos: Noite Quente de Verão, Jantar de Gala, Encontro Tinder, Menu Netflix…. Cada menu tem três receitas e alguns cocktais da autoria de Fernão Gonçalves, com uma sugestão de vinho de Gonçalo Patraquim. Doze convidados falam sobre a sua relação com a comida, numa conversa com Fernando Alvim (que assina os textos), e sugerem um música.

Viva, bom-dia

Nos anos 90 do século passado, a presença de jornalistas portugueses em Timor-Leste era proibida pelo regime de Suharto. O massacre do cemitério de Santa Cruz ocorreu em 1991, mas uma boa parte do mundo só despertou para a causa timorense quando a Academia Sueca anunciou que o Nobel da Paz desse ano ia ser atribuído a José Ramos Horta e Ximenes Belo, líder da resistência católica e bispo de Díli, respetivamente. “Era fundamental conhecer o que se passava em Díli, num momento crucial para o futuro dos timorenses. Tarefa difícil e arriscada, valia a pena tentar trazer, na edição seguinte, notícias frescas e não censuradas pelas autoridades indonésias”, escrevíamos, na Linha direta, secção que se mantém até hoje (!) e que tem como objetivo revelar um pouco dos bastidores de cada edição da VISÃO. 

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Palavras-chave:

António Costa começou bem a sua Presidência do Conselho Europeu com uma visita a Kiev, onde Zelensky aposta tudo numa decisão praticamente impossível de concretizar na NATO, mesmo que Biden a aceitasse. O novo presidente do Conselho Europeu reafirmou o compromisso da Europa com a Ucrânia, e o simbolismo deste seu primeiro dia nas novas funções sublinha a necessidade de manter um apoio forte e sustentável aos ucranianos.

O gesto de António Costa ocorre num momento de significativas mudanças políticas em alguns países da NATO e da União Europeia, como a vitória de Trump e a viragem à direita na Roménia, que antecipa um cenário semelhante na Alemanha. A União enfrentará anos muito turbulentos e agitados, mas o ex-primeiro-ministro está habituado a lidar com crises. Serão mais umas tantas.

Costa está ansioso por conhecer Trump, nesta sua nova capacidade, o que será fantástico para se ver como funcionarão polos opostos: um calmo e o outro impulsivo, um coerente e o outro errático, um moderado e o outro radical. Sabe-se lá, até pode ser uma amizade para a vida.

Trump regressará a 20 de Janeiro de 2025, com o seu estilo ainda mais refinado, mais agressivo e preparado para marcar a História, mesmo que pelos piores motivos. É importante lembrar que Kiev, para Trump, foi uma grande dor de cabeça – o famoso caso do quid pro quo – durante o seu primeiro mandato, e poderá ser ainda mais problemático nesta nova investida.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.