As nossas reservas de ouro valem agora 33 mil milhões de euros, colocando Portugal na 14.ª posição no ranking mundial, logo abaixo do Cazaquistão. Os ladrões da Casa de Papel precisariam de muito mais tempo para fazer evaporar tanto ouro.

As 382,5 toneladas de ouro estão guardadas principalmente no Banco de Portugal (na Casa de Papel) e em Inglaterra, sendo que, no nosso aliado britânico, está a parte mais significativa dos 74% das reservas internacionais portuguesas em ouro—uma posição de fazer inveja a muitos países.

Para melhor explicar: as reservas internacionais são ativos detidos pelo Banco de Portugal para garantir a estabilidade financeira do país e para intervir no mercado cambial, se necessário. Essas reservas podem ser compostas por ouro, moedas estrangeiras, títulos do Tesouro de países confiáveis e outros ativos líquidos.

Portugal aposta dois terços das suas reservas em ouro, enquanto outros países optam por uma maior diversificação. Por agora, ninguém conhece outro metal precioso que garanta tanta estabilidade e credibilidade internacional. Mas seremos assim tão ricos?

Não é para desiludir, mas, em teoria, e dividindo, cada português teria direito a cerca de 37 gramas de ouro—o equivalente a duas alianças, uma moeda de pouco mais de uma onça ou, ao câmbio atual, a cerca de 3.372 euros. É o que é! Claro que o rácio é muito mais elevado na Arábia Saudita, muito ouro para pouca população, mas Portugal está muito acima da China e da Índia nesse indicador.

Os Estados Unidos lideram a lista, com 8.133 toneladas, e sobre isso Trump ainda não se pronunciou.

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As 30 câmaras de videovigilância previstas para a zona lisboeta do Cais do Sodré começaram a ser instaladas esta terça-feira, segundo o presidente da Câmara de Lisboa, na apresentação do trabalho do executivo camarário nos últimos três meses.

“Hoje estamos a começar a montar as câmaras de videoproteção no Cais do Sodré, aquelas que são importantíssimas para a nossa segurança” e “uma velha reivindicação de muitos”, afirmou Carlos Moedas.

Atualmente, Lisboa dispõe de 34 câmaras de videovigilância na cidade – 27 no Bairro Alto desde 2014 e sete na zona do Miradouro de Santa Catarina -, de acordo com dados do município. Dados anteriores apontavam para um total de 33, mas foi acrescentada uma câmara de videovigilância no Bairro Alto.

Neste momento, está em curso a primeira fase do plano de aumento do sistema de videoproteção em Lisboa, em que se prevê um total de 99 câmaras de videovigilância em quatro locais, nomeadamente Cais do Sodré (30), Campo das Cebolas (32), Restauradores (17) e Ribeira das Naus (20), que deverão estar em funcionamento até ao final de agosto deste ano.

Segundo o município, a segunda fase deste plano inclui 117 câmaras de videovigilância “em 11 locais diferentes”, nomeadamente na Praça do Comércio, Cais das Colunas, Praça D. Pedro IV, Praça da Figueira, Rua Augusta, Rua do Ouro, Rua da Prata, Rua do Comércio, Rua dos Fanqueiros, Santa Apolónia – Rua Caminhos de Ferro e ainda Santa Apolónia – Avenida Infante D. Henrique.

“Isso não está nos planos do Governo”, disse esta terça-feira, em Faro, o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, durante uma visita à Universidade do Algarve.

O Conselho Nacional de Educação (CNE) recomendou que as provas finais do 9º ano deixassem de contar para a nota final dos alunos, segundo o jornal Público, que cita um parecer daquele organismo.

De acordo com o diário, o CNE defende a pertinência de “refletir” sobre a continuidade das provas finais do 9º ano de escolaridade, uma vez que os alunos são obrigados a prosseguir os estudos no ensino secundário.

Para Fernando Alexandre, as provas do 9.º ano são “uma preparação para os alunos do secundário”, e que estas provas “vão ser decisivas para a sua vida”.

“A mim parece-me muito positivo do ponto de vista da formação dos alunos”, disse o ministro da Educação, acrescentando que esses alunos já têm 15 anos, o que permite “fazer outro tipo também de avaliação das próprias aprendizagens dos alunos…”.

Na segunda-feira iniciaram-se provas ensaio do novo modelo de avaliação externa, realizadas em formato digital.

As provas são obrigatórias, mas cada escola pode definir se as notas destas contam ou não para a classificação final dos alunos.

Ouvido na Comissão parlamentar de Agricultura e Pescas, o ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, fez o balanço da gripe das aves em Portugal, dando conto de nove focos ativos da doença e pedindo o “o máximo cuidado” por parte dos produtores domésticos para evitar contacto entre aves domésticas e selvagens para impedir maior propagação.

O governante apelou ainda a quem tem aves que não as deixe estar ao ar livre.

No final de janeiro, foi confirmada a gripe das aves numa capoeira doméstica e em aves do Parque Urbano D. Carlos I, no concelho de Caldas da Rainha, em Leiria.

Mais de 840 focos de gripe das aves foram detetados na Europa, entre outubro de 2024 e janeiro de 2025, sobretudo na Hungria e em Itália.

A gripe das aves já afetou mais de 60 espécies de mamíferos em oito anos, incluindo cães, gatos, leões e porcos. A transmissão do vírus para humanos acontece raramente, tendo sido reportados casos esporádicos em todo o mundo. Contudo, quando ocorre, a infeção pode levar a um quadro clínico grave.

As medidas de controlo contra a gripe das aves incluem a inspeção dos locais onde a doença foi detetada, a remoção dos animais afetados e a limpeza e desinfeção, bem como a restrição da movimentação e a vigilância das explorações de aves existentes nas zonas de restrição (num raio de até 10 quilómetros em redor do foco detetado na capoeira doméstica).

Olá, o meu o nome é Paulo Moita de Macedo, sou o CEO da Caixa Geral de Depósitos e quero dar-lhe as boas-vidas ao nosso espaço em metaverso.” É assim que somos recebidos no Metacircle, o novo ambiente virtual da Caixa Geral Depósitos (CGD), com uma mensagem de saudação daquele que é o 1º CEO virtual da banca.

Este espaço virtual e tridimensional foi desenvolvido pela NTT DATA, desafiada pela CGD a desenvolver uma experiência de recrutamento diferenciadora e uma forma inovadora, e interativa de dar a conhecer o banco.

O banco abre, assim, as portas do metaverso a clientes particulares e empresas que são convidados a explorar várias esferas da CGD, nomeadamente, serviços bancários, iniciativas de sustentabilidade e oportunidades de carreira, mas também a história da mais antiga instituição financeira portuguesa e a coleção de arte da Culturgeste.


ANÁLISE

  • Inovação e diferenciação. Com o Metacircle a CGD destacou-se da concorrência;
  • Posicionamento de vanguarda. Este investimento representa um compromisso claro e contínuo da CGD com a inovação;
  • Trata-se de um novo ponto de contacto da marca, que oferece uma experiência única e interativa, acessível e conveniente.

Acessível por computador, smartphone e óculos de realidade virtual, ligados à aplicação Spatial, o Metacircle inspira-se no conceito “The Beginning of Things”, para demonstrar o espírito de evolução do banco e convidar clientes e novos talentos a fazer parte dessa transformação.

Com este novo ponto de contacto, a CGD passou a ser o primeiro banco português a desenvolver um metaverso aberto a clientes e não clientes e a posicionar o seu CEO como figura central de toda a experiência virtual.


CONTEÚDO PATROCINADO POR NTT DATA

A hipertensão arterial pulmonar é uma doença cardiopulmonar rara, grave e de rápida progressão, que pode levar à morte dos doentes, em média, seis a sete anos após o diagnóstico. “Falamos de uma doença com uma esperança média de vida de seis a sete anos, que são vividos em sofrimento, e que tem um impacto na produtividade de pessoas, na sua maioria, em idade laboral, que deixam de conseguir trabalhar. É crucial haver uma maior aposta em estratégias de diagnóstico precoce, mas também uma melhor resposta para o tratamento destes doentes, muitas vezes esquecidos”, explica Cátia Rodrigues, presidente da Associação Portuguesa de Hipertensão Pulmonar (APHP).

Embora possa afetar pessoas de todas as faixas etárias, estima-se que mais de 90% das pessoas diagnosticadas tenham menos de 60 anos. Os sintomas incluem cansaço extremo, falta de ar, dor no peito, tonturas constantes e desmaios. A hipertensão arterial pulmonar é uma doença que tem maioritariamente consequências ao nível do coração, acabando por vezes em situações de falência cardíaca que levam à morte do doente.

“A hipertensão arterial pulmonar é uma sentença para os afetados. Além de ser uma doença sem cura, afeta significativamente a rotina do doente, que deixa de conseguir praticar desporto, realizar tarefas domésticas básicas, ter uma vida íntima com o seu parceiro ou até de brincar com os seus filhos. O impacto, infelizmente, não fica por aqui, uma vez que a maioria dos doentes têm também dificuldades na vida profissional, como incapacidade de trabalhar ou de manter um emprego a tempo inteiro”, acrescenta ainda Cátia Rodrigues.

Um estudo nacional realizado pela GfK Portugal, uma empresa multinacional de estudos de mercado, e agora divulgado pela APHP, revela que cerca de 90% dos portugueses nunca ouviram falar da doença.

Os dados do estudo, resultantes de 801 entrevistas realizadas entre 22 e 29 de novembro de 2024, indicam que, após terem conhecimento do que é a doença e das suas consequências, os portugueses não têm dúvidas acerca do elevado impacto da doença na qualidade de vida, sendo que 87% consideram que a vida pessoal seria a componente mais afetada, sobretudo devido à possibilidade de dependência de terceiros para realizar as tarefas básicas.

Pedro Passos Coelho disse esta terça-feira em tribunal que, em maio de 2014, sugeriu ao então banqueiro Ricardo Salgado que negociasse com os credores do Grupo Espírito Santo (GES) uma “falência ordenada” desta entidade. A recomendação foi dada depois de Ricardo Salgado ter solicitado que o Estado implementasse um programa de apoio ao GES.

“Essa reunião traduzia o pedido do Dr. Ricardo Salgado de ver o Governo, não direi impor, mas dar orientações à Caixa Geral de Depósitos e, eventualmente se isso fosse necessário, dar algum aporte positivo sobre um plano de reestruturação junto de outros bancos […] para um programa de apoio financeiro ao Grupo Espírito Santo”, afirmou Pedro Passos Coelho, ao testemunhar no julgamento do processo principal do colapso do BES/GES, em Lisboa.

Além de apoio financeiro, a administração do BES pretenderia que fosse possível fazer “uma troca de ativos”, de modo a gerir aqueles que poderiam “estar a pressionar a saúde financeira do grupo”.

“A minha reação foi muito prática: transmiti que esse plano não tinha qualquer viabilidade”, frisou.

Neste contexto, o então primeiro-ministro deu “uma sugestão no sentido de evitar a falência desordenada do GES”, propondo a Ricardo Salgado que reunisse “os seus credores mais relevantes” e negociasse “com eles uma falência ordenada”.

Pedro Passos Coelho recordou ainda que, em abril de 2014, tivera já uma primeira reunião com o ex-presidente do BES, na qual este mostrara “desconforto com a forma como o governador do Banco de Portugal lidava com o BES”.

“Era sabido que o Banco de Portugal estava empenhado em garantir uma substituição da administração do BES, não ajudar à confusão entre a situação que era razoavelmente conhecida do Grupo Espírito Santo e a do próprio banco”, acrescentou.

O processo conta atualmente com 18 arguidos, incluindo o ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, de 80 anos e diagnosticado com a doença de Alzheimer.

Hoje, a defesa do ex-banqueiro lamentou durante o julgamento não poder, dada a situação clínica, conferenciar com o seu cliente para melhor exercer o contraditório sobre o sucedido nas duas reuniões relatadas por Pedro Passos Coelho. Adriano Squilacce alegou que tal se traduz numa “violação das garantias de defesa” do arguido.

Atualmente, vivemos numa era em que a digitalização assume um papel cada vez mais central nas nossas vidas. O teletrabalho, o ensino à distância, as compras online e a comunicação digital tornaram-se práticas quotidianas, resultando numa exposição significativa de informações e atividades na internet. Neste contexto, a segurança online reveste-se de uma importância crescente. O Dia da Internet Segura, assinalado a 11 de fevereiro, surge como um lembrete fundamental da necessidade de proteger os nossos dados, identidades e privacidade online, deve ser uma prioridade para todos nós.

O número de burlas e ataques online, como phishing, ransomware e roubo de identidade, tem vindo a aumentar de forma alarmante. De acordo com estudos recentes, milhões de pessoas são vítimas de fraudes na internet todos os anos. É altamente provável que já tenha recebido emails ou mensagens SMS fraudulentas, nas quais os atacantes se fazem passar por entidades como os “CTT”, a “Alfândega” ou empresas de transporte, alegando a necessidade de pagamento para a receção de uma encomenda. Também são comuns mensagens fraudulentas em nome de instituições bancárias, solicitando a confirmação de uma transação, ou supostas notificações do Estado relativas a multas, acompanhadas de referências para pagamento.

Estes esquemas são cada vez mais sofisticados e, para os evitar, é essencial adotar uma postura de vigilância e desconfiança. Deve verificar sempre o remetente da mensagem, tendo em conta que os atacantes conseguem, em alguns casos, manipular o nome exibido. Assim, ao receber uma SMS com remetentes como “CTT” ou o nome do seu banco, é fundamental validar o conteúdo da mensagem e prestar especial atenção ao domínio ou endereço incluído. Idealmente, deve evitar clicar em qualquer link presente em mensagens suspeitas. Caso contrário, poderá ser reencaminhado para uma página que replica fielmente o site legítimo, o que torna ainda mais crucial confirmar se o domínio é autêntico. Em caso de dúvida, uma pesquisa rápida no Google pode ajudar a verificar a veracidade da informação e do domínio/endereço. O mesmo princípio aplica-se a chamadas telefónicas: deve desconfiar sempre da origem do contacto e procurar validar a identidade do interlocutor antes de fornecer qualquer informação sensível.

Um dos erros mais comuns e inseguros na utilização da internet é a reutilização de palavras-passe fracas. Muitos utilizadores recorrem à mesma palavra-passe, ou a pequenas variações desta, em múltiplos sites e serviços. O principal risco associado a esta prática reside no facto de que, caso um desses sites ou serviços seja comprometido, os atacantes poderão obter a palavra-passe e utilizá-la para aceder a todas as outras contas onde tenha sido reutilizada.

Para mitigar este risco, é essencial utilizar uma palavra-passe complexa e única para cada plataforma, recorrendo, sempre que possível, a um gestor de palavras-passe para armazená-las de forma segura. Além disso, é altamente recomendável ativar a autenticação multi-factor (MFA) sempre que disponível, uma vez que esta medida adiciona uma camada extra de segurança, dificultando o acesso indevido às contas, mesmo que a palavra-passe seja comprometida.

Para garantir uma presença digital mais segura, é fundamental adotar boas práticas de cibersegurança:

  1. Utilizar palavras-passe fortes e únicas – Criar combinações robustas e utilizar gestores de palavras-passe para facilitar a sua gestão.
  2. Ativar a autenticação multi-factor (MFA) – Implementar esta camada adicional de segurança reduz significativamente o risco de acesso indevido às contas, mesmo em caso de comprometimento da palavra-passe.
  3. Evitar guardar palavras-passe nos browsers – Dispositivos comprometidos por software malicioso como “infostealers” podem permitir que atacantes acedam a todas as credenciais guardadas nos browsers.
  4. Adotar uma postura de vigilância e desconfiança – Evitar fornecer dados pessoais em websites, aplicações ou serviços sem garantir a sua legitimidade e necessidade.
  5. Evitar descarregar/instalar software de fontes desconhecidas – A instalação de programas de fontes desconhecidas pode ser o suficiente para comprometer o seu dispositivo, e poderá levar ao roubo dos seus dados e credenciais.
  6. Ter atenção ao phishing – Verificar sempre a autenticidade de emails, mensagens e chamadas suspeitas antes de clicar em links ou descarregar ficheiros.
  7. Manter o software atualizado – Assegurar que o sistema operativo e todas as aplicações estão sempre atualizados com as mais recentes correções de segurança, prevenindo a exploração de vulnerabilidades.

A alemã Helsing e a francesa Mistral formaram uma aliança destinada a desenvolver sistemas “para a defesa da Europa”. O anúncio foi feito durante a conferência de Inteligência Artificial em Paris e junta as duas empresas que estão no topo do setor no ‘velho continente’.

A Helsing foi fundada em 2021, está avaliada em cinco mil milhões de euros, tem sede na Alemanha e foca-se no desenvolvimento de software para armas, veículos e estratégia militares, com os seus sistemas a serem usados em simulações de batalha, em jatos e drones na Ucrânia. Já a Mistral é considerada a concorrente europeia à OpenAI, está avaliada em 5,8 mil milhões de euros e opera no setor da IA.

Os dois parceiros vão focar-se em modelos VLA, de vision-language-action, um setor emergente na IA onde se misturam perceções visuais com entendimento de linguagem e respostas para robótica, detalha o The Next Web. Os modelos devem ser integrados nas plataformas de defesa e suportar melhor os processos de tomada de decisão, de perceção do ambiente e comunicação com os operadores.

O acordo surge num contexto geopolítico de incerteza, com os EUA liderados por Trump e a China a aumentarem capacidades neste setor. No mês passado, a Comissão Europeia alocou mil milhões de euros para projetos de Investigação e Desenvolvimento de defesa, com o investimento privado a aumentar também. Grande parte destes fundos estão destinados a sistemas de IA, com a Helsing, por exemplo, a ter captado 450 milhões de euros em junho do ano passado.

Gundbert Scherf, cofundador da Helsing, explica que “a Europa tem de definir a sua força como ator geopolítico e a liderança na IA é fundamental para essa força e para a segurança e prosperidade futuras da Europa”.