Os deputados aprovaram, com votos a favor do PSD, Chega e CDS-PP, e a abstenção de IL e PAN, a proposta de deliberação do presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, que dispõe, da direita para a esquerda, na primeira fila do hemiciclo, cinco deputados do Chega, um do CDS, dois da Iniciativa Liberal, oito do PSD, cinco do PS, dois do Livre e um do PCP.
Os três deputados únicos sentam-se na segunda fila, da direita para a esquerda, Inês Sousa Real (PAN), Filipe Sousa (Juntos Pelo Povo) e Mariana Mortágua (BE), sentada no lugar mais à esquerda da sala.
Esta disposição tem sido utilizada desde o início da atual legislatura mas não mereceu a concordância de todos os partidos, nomeadamente do Livre, que se tem manifestado contra em várias reuniões da conferência de líderes, argumentando dificuldades de comunicação entre deputados e um enquadramento inadequado.
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O Livre levou a votos uma proposta alternativa, que acabou chumbada, na qual propunha que o PSD abdicasse de um dos seus oito lugares na primeira fila, permitindo que os seus dois deputados da primeira fila fossem um pouco mais para a direita e assim se aproximassem mais dos da segunda e terceira filas.
Isabel Mendes Lopes, que acusou o PSD de “prepotência”, chegou mesmo a anunciar que o seu partido vai prescindir dos dois lugares que tem atualmente na primeira fila “até que o grupo do Livre tenha condições para trabalhar”.
Segundo a Lusa, a deputada acusou o presidente do parlamento de ter “adotado a proposta do PSD como sua” levando a uma “votação perfeitamente escusada”, algo contestado por José Pedro Aguiar-Branco que disse estar a respeitar as regras do Regimento da Assembleia da República, que obrigam a uma votação quando não é alcançado um consenso.
O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, defendeu que as suas condições de trabalho também não são ideais, argumentando que tem deputados separados por um dos corredores do hemiciclo e afirmou que o seu partido “não cedeu ao Livre onde o Livre queria ganhar à custa do PSD”.
Pelo Chega, o presidente da bancada Pedro Pinto, considerou que “mal vai o estado da democracia quando estão 230 alminhas a discutir lugares no plenário” ao invés de outros temas, e Paulo Núncio, do CDS-PP, classificou a questão como “ridícula” e desafiou o Livre a abdicar em definitivo dos lugares na primeira fila.
O deputado do PS Pedro Delgado Alves lamentou que pela primeira vez em 50 anos de democracia não tenha sido possível alcançar um consenso e acusou o PSD de intransigência e “inflexibilidade a rasar a arrogância”.
O socialista realçou que o PSD – partido que elegeu 89 deputados – terá oito lugares na fila da frente “ao contrário de todas as circunstâncias em que, mesmo com uma maioria absoluta em que tinha 140 deputados, ou mesmo com maioria absoluta do PS em que tinha 120 ou 121, sempre se sentaram apenas sete deputados da maior bancada parlamentar na fila da frente”.
À esquerda, também a líder parlamentar do PCP acusou os sociais-democratas de “total intransigência, com o Chega no bolso”.
No dia em que enviou para a CNN o vídeo no qual anunciava a candidatura a Belém, António José Seguro foi beber uma cerveja com quem o ajudou nas gravações, numa esplanada ao final da tarde. “Estes vão ser os últimos minutos de sossego que vou ter nos próximos tempos”, disse a quem o acompanhava, antes de se levantar para ir dar uma aula na Universidade Autónoma. Depois da apresentação formal da candidatura, no domingo, Seguro ainda teve de dar aulas segunda e terça. Só a seguir a isso iria definir o calendário de campanha e a estrutura que o acompanhará. Para já, tem contado apenas com o trabalho de voluntários. O assessor de imprensa, Ricardo Pires, tem auxiliado nestas semanas, fazendo trabalho pro bono, e o videógrafo que o tem acompanhado tem 18 anos e é o filho de uma amiga, que se ofereceu para ajudar.
Campanha de voluntários
Para já, não há nenhuma estrutura profissional e o que está pensado é uma campanha muito low cost. António José Seguro, que tem Maria de Belém Roseira entre os seus apoiantes, sabe bem o que pode custar uma campanha sem o apoio de partidos (Maria de Belém ficou abaixo dos 5% nas presidenciais de 2016 e, sem o limiar de votos que lhe daria direito a uma subvenção pública, teve de suportar sozinha prejuízos de mais de 400 mil euros). Mas a opção por um estilo mais frugal e muito baseado no voluntariado de quem o quer apoiar não tem que ver apenas com o receio de contrair dívidas. Há também aí uma mensagem política de alguém que, mesmo que venha a ter o apoio do PS, quer garantir uma certa distância do partido de que já foi líder.
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“Sou livre. Vivo sem amarras”, disse na apresentação da candidatura nas Caldas da Rainha, numa sala que, tendo um friso de socialistas que o apoiam (de João Soares a Alberto Martins, de Maria de Belém a Álvaro Beleza), foi o palco para afirmar o caráter apartidário do seu projeto. “Esta não é uma candidatura partidária, nem nunca será. É a casa de todos os democratas que, num momento difícil do nosso país, se unem para preservar o fundamental: o nosso património comum. O chão que nos permite viver em liberdade e em segurança, que permite a convivência digna entre seres humanos. A realização plena do ser humano e de todo o ser humano.” Mesmo que a Comissão Nacional do seu partido venha a aprovar o apoio, António José Seguro não quer ser visto como o candidato socialista. “Todos os democratas são bem-vindos. Aqui não há reserva do direito de admissão”, sublinhou na apresentação da sua candidatura.
Caldas da Rainha Cidade onde reside foi a escolhidapara o anúnciodeste domingo: “Sou um candidato livre e sem amarras”
A ideia de que poderia ser candidato à Presidência da República não é nova. Pouco depois de perder o PS para António Costa numas primárias em 2014, já havia entre os seus apoiantes quem achasse que este dia podia chegar. Mas foi só quando Pedro Nuno Santos, numa entrevista à CNN em outubro, o pôs num lote de candidatos possíveis a Belém que António José Seguro começou a pensar a sério nessa possibilidade. Pedro Nuno viria, em novembro na CNN Summit, a assumir que foi “um erro” lançar o nome, mas Seguro começou a sua reflexão quando, logo após a ida do então secretário-geral socialista à CNN, teve de começar a preparar a entrevista que serviria para lançar o seu espaço de comentário naquele mesmo canal. Dez anos depois de se ter afastado da política, António José Seguro sentia que podia quebrar o silêncio que se impôs a si próprio depois de deixar de ser líder do PS. Os que, por esses dias, o contactaram a incentivá-lo ajudaram a cimentar essa ideia.
Primeiro, António José Seguro tinha, contudo, de perceber se poderia dar o passo. Começou por falar com a mulher, Margarida, e por perceber como é que o poderia fazer sem pôr em causa o compromisso que tinha com as duas universidades onde dá aulas. “Foi por isso que disse que anunciaria a decisão para o final da primavera, por causa do ano letivo”, explica à VISÃO uma fonte próxima.
Primeiro, a vindima
Para já, e depois de terminadas as avaliações aos alunos, António José Seguro não tem planos para deixar de se dedicar ao projeto de alojamento local e produção de vinho e azeite que tem em Penamacor, na propriedade que lhe foi deixada pelo pai, a Serra Pedreira. Há quem brinque com o facto de o vinho que produz se chamar Serra P, com o P de “Presidente”, mas na verdade o nome não é mais do que o produto de um acaso: Serra Pedreira já estava registado como marca e o “P” ficou como uma homenagem ao pai, Domingos Sanches Seguro. Até agora, os resultados operacionais destes projetos no interior têm sido sempre positivos.
A exploração vitivinícola é muito pequena (no ano passado produziu apenas seis mil garrafas e somente de vinho tinto), mas exige um acompanhamento próximo. Pelo menos uma vez por mês põe-se a caminho do distrito de Castelo Branco e quase todos os dias vai trocando mensagens e fotografias com quem trata da vinha, para acompanhar as pragas, a poda ou a monitorização da rega. Habitualmente, faz a vindima e coordena os trabalhos na adega em agosto e só depois parte, com a mulher e os dois filhos, para as férias em Porto Covo, em setembro, onde há muitos anos reserva este mês para fazer praia e estar com a família e os amigos de sempre.
“Day after” O candidato fotografado em Lisboa pela VISÃO nesta segunda-feira, um dia depois do anúncio oficial da candidatura
Até ver, não estão previstas mudanças de planos para estas rotinas, mesmo com as presidenciais a aquecer. E a proximidade ao mundo rural até já lhe deu vantagem. Na primeira ação de pré-campanha, uma visita à Feira Agrícola de Santarém, conseguiu surpreender quem lá estava, com os conhecimentos sobre as alfaias à venda. No final, e apesar de estar num distrito onde a AD e o Chega foram os mais votados nas legislativas, houve até uma jovem que fez questão de lhe dizer que foi graças a si que se interessou pela política. O momento foi aproveitado por Seguro para as redes sociais e encaixa bem na ideia de uma “adesão pelo coração” e não pelas opções partidárias que quer trazer para a campanha.
Quem está com Seguro garante que são muitos os socialistas e não socialistas que nas últimas semanas têm ligado e enviado mensagens de apoio. “Alguns dão a cara, outros só o voto”. João Soares foi um dos que deram a cara, muito antes de a candidatura ser oficializada. “É hoje indiscutivelmente o melhor colocado na esquerda, e no centro-esquerda, em termos de intenções de voto”, escreveu João Soares em fevereiro no Facebook, destacando a sua defesa dos “valores do socialismo democrático” e as “provas de seriedade inquestionável” que deu na sua vida política e cívica. Francisco Assis considerou-o “um fortíssimo candidato, não só à esquerda”, mas até no “centro-direita”. E Alberto Martins declarou-lhe apoio “pela sua idoneidade cívica, experiência política e integridade”. Álvaro Beleza disse mesmo que “ficaria muito surpreendido se a maioria do PS não entrasse nesta luta com ele”.
Piscar de olho à esquerda
Apesar da coleção de nomes fortes da chamada ala direita do PS, a verdade é que António José Seguro está longe de entusiasmar todo o partido. Augusto Santos Silva e Mariana Vieira da Silva foram duríssimos a desclassificar as suas condições para ser Presidente e o silêncio de algumas figuras foi também bastante eloquente. A começar por José Luís Carneiro que, mesmo tendo sido no passado muito próximo de Seguro, desta vez é bastante salomónico no tema das presidenciais, escudando-se na deliberação da Comissão Nacional, aprovada no tempo de Pedro Nuno Santos, que atira para os órgãos do partido a decisão sobre o apoio a uma candidatura na área socialista.
Candidatos
Os três grandes
Luís Marques Mendes Advogado, político, comentador, 67 anos, nasceu em Fafe. Foi secretário de Estado e ministro de Cavaco Silva, deputado e presidente do PSD.
Henrique Gouveia e Melo Almirante da Armada na reserva, 64 anos, nasceu em Quelimane (Moçambique). Submarinista reconhecido na NATO, coordenou o programa de vacinação contra a Covid-19.
António José Seguro Professor convidado da Universidade Autónoma e do ISCSP, 63 anos, nasceu em Penamacor. Foi líder da JS, deputado, eurodeputado, ministro de António Guterres e secretário-geral do PS.
António José Seguro disse uma vez, numa entrevista ao DN, que não gostava de “ismos” e “istas”, por serem “abrasivos”. E, de facto, os que foram “seguristas” são já quase impossíveis de distinguir, depois de anos de costismo e de meses de pedronunismo. Quem está com Seguro não tem ilusões sobre o que diz ser “a desconfiança” de que é alvo por uma parte da esquerda, depois de ter feito acordos com Pedro Passos Coelho no tempo da Troika, por exemplo, em matéria de redução do IRC, e de ter anunciado a “abstenção violenta” a um Orçamento de austeridade do passismo. Mesmo assim, tem repetido aos mais próximos que “muita gente numa determinada esquerda vai ter surpresas agradáveis” com a sua candidatura. Para já, fez questão de pôr o “compromisso com a justiça social e os direitos humanos” e a questão de Gaza entre as suas “sete preocupações fundamentais”. E, sem pôr em causa a necessidade de uma maior “autonomia estratégica” em matéria de Defesa na Europa, recomendou “cautela” nos gastos com esta área. “Em 2023, o conjunto dos Estados da União Europeia e o Reino Unido gastaram em defesa três vezes mais do que a Rússia. Antes de gastarmos mais, devemos gastar melhor”, disse, usando uma argumentação que é habitualmente invocada por partidos à esquerda do PS.
Quem o conhece bem diz que o que Seguro teria gostado era de ser primeiro-ministro, “mas esse tempo passou”, e este parecia ser o momento para um regresso que, muitos dos seus mais próximos, entendiam ser a melhor forma de apresentar ao País uma candidatura alternativa à do almirante Gouveia e Melo, capaz de federar os moderados do centro-esquerda e do centro-direita, apresentando-se como “progressista” e não de esquerda. De resto, é nessa dicotomia que se quer apresentar nestas eleições: é o progressista contra os conservadores, Gouveia e Melo e Marques Mendes.
Trunfos contra o almirante
Para jogar no tabuleiro do almirante traz ainda uma cartada de peso. O apoio dos três ex-presidentes da Transparência Internacional, que casa bem com a imagem de “referência moral” que diz querer ser em Belém e com um discurso sobre “um país onde a política não se encontra separada da ética, nem a ética separada da política”. E, tal como Henrique Gouveia e Melo, repete a tese de que o Presidente “deve ser árbitro respeitado, não jogador”, mas junta-lhe uma rejeição do autoritarismo. “Sereno, e não distante ou autoritário. O Presidente deve centrar-se na magistratura de influência com causas, agenda própria e vigilância democrática.”
Se a ideia de honestidade pisca o olho ao eleitorado de Gouveia e Melo, em relação a Marques Mendes os trunfos são a proximidade programática com o centro-direita e a ideia de que se afastou da política quando podia ser divisivo, evitando “o ruído mediático”. O programa político que apresentou no discurso de lançamento da campanha poderia, de resto, ser subscrito por militantes do PS, mas também do PSD. “Esta é candidatura das mulheres e dos homens progressistas que pugnam por um país justo e de excelência. Onde o progresso económico anda de mãos dadas com a justiça social. Um país que aposta na igualdade de oportunidades para evitar que nascer pobre seja uma sentença. Um país onde o futuro não emigra.”
Descontração Seguro afirma que a sua não é, nem nunca será, uma candidatura partidária
Para que não haja dúvidas, António José Seguro critica a instabilidade dos miniciclos políticos, apesar de recuperar a tese dos cestos e dos ovos para defender que Presidente e Governo não devem ser do mesmo partido. E apresenta-se também como o anti-Marcelo. “Também quero deixar claro que o chumbo do Orçamento do Estado não implica automaticamente dissolução do Parlamento”, declarou, acrescentando que “Portugal precisa de mudar e muito, começando na forma como se faz política”.
Enquanto não fica claro se haverá mais candidatos à esquerda, na campanha de Seguro aposta-se numa segunda volta e na ideia de uma “adesão natural” do campo mais à esquerda, contra Gouveia e Melo. Seguro não se sente obrigado a ganhar, mas parte para a corrida com a convicção de que estava obrigado a ser candidato. Uma coisa é certa: a decisão de ir a votos é irreversível. Está fora de questão abdicar para outro candidato e isso ficou claro quando Carlos César tentou, em vão, fazer um encontro entre Seguro e António Vitorino para discutirem as presidenciais.
Esta semana deve começar a fazer as primeiras reuniões para definir a sua estrutura de campanha mais operacional, mas também os nomes para a sua Comissão de Honra e mandatários. Só depois disso começará a pensar na volta que dará ao País ou nos cartazes e slogans da campanha, sendo que quem está com a candidatura lembra, com graça, que o nome Seguro já ajuda muito à criatividade, sobretudo no atual contexto político de grande incerteza. Antes disso, António José Seguro tem, porém, na agenda, outra obrigação: requisitar ao IVDP os selos para os rótulos do Serra P e começar o engarrafamento a tempo de deixar as cubas livres para a vindima que aí vem. Talvez esses trabalhos lhe possam servir de inspiração, numa campanha que há meses parece ter um vencedor anunciado, mesmo que os portugueses só vão às urnas em janeiro de 2026. Até ao lavar dos cestos é vindima. E, disso, Seguro sabe alguma coisa.
Cronologia política
O CV partidário do homem que diz que não vem da “política tradicional”
1990 António José Seguro chega à liderança da JS. Militante desde os 18 anos, inscreveu-se depois de Mário Soares ter sido derrotado por Sá Carneiro. Foi ativo na causa de Timor e na redução do serviço militar obrigatório. Fez campanha pelo preservativo, que admitiu não usar, em entrevista a O Independente.
1991 É eleito deputado e torna-se um dos mais próximos de António Guterres, chegando a secretário de Estado da Juventude em 1995.
1994 Deixou a liderança da JS, um ano antes de Pedro Passos Coelho deixar de ser líder da JSD. Foram adversários, mas estiveram juntos no Conselho Nacional de Juventude, que juntava todas as estruturas partidárias, sociais, católicas e sindicais dos jovens, onde Seguro foi presidente.
1999 Vai para o Parlamento Europeu. Um mandato que interromperia em 2001 para vir ser secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro Guterres.
2004 Lidera a bancada do PS na Assembleia da República.
2011 Depois de ter sido ministro-Adjunto de Guterres (2001), é eleito secretário-geral do PS, derrotando Francisco Assis na sucessão a Sócrates.
2014 O PS vence as europeias, com um dos melhores resultados de sempre, mas António Costa desafia a liderança de Seguro e vence-o numas primárias pela primeira (e única) vez abertas a não militantes do PS.
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O Rollout é o maior evento da FST (Fórmula Student Lisboa) e está marcado para hoje, 17h30, no Salão Nobre do campus Alameda do Instituto Superior Técnico. É neste evento que vai ser apresentado o novo protótipo de alta performance deste tipo especial de Fórmula, o FST14 desenvolvido durante este ano letivo pelos estudantes do Técnico, com o apoio da Vinci Energies Portugal e das marcas Actemium, Axians, Omexom e Sotécnica.
Este modelo tem modos de condução manual e autónoma e vai competir no verão nas provas FSPT (Portugal), FSS (Espanha) e FSG (Alemanha) nas categorias de veículo elétrico e veículo autónomo (EV e DV). A equipa, que foi criada em 2001, é hoje uma referência nacional neste segmento.
O comunicado de imprensa revela que o evento Rollout conta com a participação de Rogério Colaço, presidente do IST, de Nuno Lynce Silva, líder da equipa da FST Lisboa, e de Pedro Afonso, o CEO da Vinci Energies Portugal. Além da apresentação da engenharia do protótipo pelas equipas técnicas, o evento vai contar com a revelação e demonstração em estrada.
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O modelo desenvolvido para a época de 2024/25 registou os melhores resultados de sempre ao conquistar o primeiro lugar nas categorias EV e DV em Portugal, o segundo lugar em DV e o primeiro lugar nas provas de Design, SkiPad e Acceleration em Espanha. Na Alemanha, conquistou um histórico sétimo lugar entre 80 participantes na categoria EV.
Em 31 de dezembro de 2024 a população residente em Portugal foi estimada em 10.749,635 pessoas, mais 109.909 pessoas do que em 2023, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quarta-feira.
“O acréscimo populacional resultou de um saldo migratório de 143.641 pessoas (155.701 em 2023), que compensou o saldo natural negativo, de -33.732 (-32.596 em 2023)”, lê-se nas Estimativas da População Residente em Portugal 2024″.
Segundo o INE, estes resultados traduziram-se em taxas de crescimento efetivo, migratório e natural, de 1,03%, 1,34% e -0,32%, respetivamente (1,16%, 1,47% e -0,31%, respetivamente, em 2023).
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Em consequência do decréscimo da natalidade, o número médio de filhos por mulher em idade fértil diminuiu no ano passado para 1,40 filhos (1,44 em 2023).
O envelhecimento demográfico em Portugal continuou a acentuar-se, tendo em 2024 o índice de envelhecimento atingido o valor de 192,4 idosos por cada 100 jovens (188,1 em 2023).
De acordo com as estimativas, a idade mediana da população residente em Portugal passou de 47,1 anos em 2023 para 47,3 anos em 2024.
A marca líder nas trotinetes elétricas Segway acaba de anunciar a nova gama Ninebot E3. Esta gama de mobilidade urbana foi concebida para tornar as deslocações na cidade mais fáceis, seguras e elegantes, com design minimalista e futurista e tecnologia mais avançada.
A Segway destaca o design com equilíbrio entre estética e funcionalidade, com uma silhueta limpa e aerodinâmica inspirada na robótica. O acabamento prateado confere um ar leve e cuidado para quem quer desempenho sem abdicar do estilo. As suspensões dianteira e traseira, juntamente com pneus sem câmara de ar de dez polegadas asseguram uma condução confortável em todos os tipos de superfície.
No capítulo da tecnologia, a Segway realça o SegRide Stability System, que melhora a estabilidade durante a condução, mesmo em condições escorregadias e o motor com potência máxima de 800W que permite ultrapassar inclinações de até 18%.
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As Ninebot E3 vão estar disponíveis no modelo E3 Pro (até 55 km no modo Eco, até 15 km/h, ou até 40 km no modo Sport, até 25 km/h) e no modelo E3, até 45 km no modo Eco e até 30 km no modo Sport).
O modelo Pro chega a 13 de julho com preço recomendado de 499 euros e o modelo E3 chega a 23 de junho com preços desde 399 euros.
No passado, os maiores impérios mercantilistas espalhavam as suas amarras pelo mundo à custa de grandes travessias, canhões a mirar bombordo e algum escorbuto. Hoje, a conquista não se faz com caravelas, naus ou galeões, mas com uma nova rota: algoritmos bem treinados, bases de dados absolutas que dispensam cartógrafos, datacenters gigantes que, como adamastores futuristas, devoram a energia de cidades inteiras. Se antigamente a conquista se dava “contra os canhões”, hoje ela acontece em marcha silenciosa, entre linhas de código e contratos de privacidade que ninguém lê. O verdadeiro poder no mundo já não se traja de manto e coroa, nem jura fidelidade a qualquer brasão. Veste t-shirt e skinny jeans, e reina do alto dos seus servidores o destino de oito mil milhões de almas, que trata por utilizadores.
Esta nova forma de imperialismo não quer saber de fronteiras terrestres, águas territoriais ou espaço aéreo. Apoderou-se de um planeta inteiro, que mantém classificado, arquivado, mapeado, cada vez mais colonizado. Sabe o que te assustou ontem, onde estás a ler isto agora e o que vais querer jantar amanhã. Está a par dos teus projetos para daqui a cinco anos, do carro que vais escolher e até do teu maior arrependimento quando chegares aos sessenta. Se os antigos conquistadores colecionavam gente e território, estes arquivam desejos, medos, rotinas e impulsos, num mundo onde o clique vale mais do que o ouro das Américas e a atenção é mais cobiçada do que a mais rara das especiarias.
Os novos imperadores dizem-se “democráticos”, e é verdade que as consequências do seu domínio são democráticas: não fazem distinção entre operário fabril e engenheiro com mestrado. Primeiro, foram os trabalhadores de colarinho azul a serem colhidos pela foice do automatismo. Agora, a lâmina está novamente afiada para ceifar aqueles colarinhos mais imaculados. É a classe média dos engenheiros, juristas, médicos, professores, jornalistas e até programadores que, sem saberem, passaram anos a desenhar a sua própria obsolescência. Dario Amodei, antigo diretor de investigação da OpenAI e atual CEO da rival Anthropic, afirmou, recentemente, numa entrevista que a IA pode vir a eliminar metade de todos os empregos administrativos de nível inicial, no espaço de um a cinco anos. Alertou ainda que as empresas responsáveis pelo desenvolvimento destes modelos, bem como o governo dos EUA, deviam parar de atirar areia para os olhos sobre o que aí vem: a eliminação em massa de empregos nas áreas de tecnologia, finanças, direito, consultoria, entre muitas outras profissões de escritório. E, se nada é verdadeiramente original, nem os artistas mais imaginativos conseguiriam prever este cenário, com máquinas empanturradas de séculos de criações humanas, agora a regurgitar criatividade a uma velocidade obscena. O que levava anos a aprimorar é hoje cuspido em segundos por um algoritmo que nunca dorme, nunca sofre de bloqueios criativos e, apesar de impostor, não conhece a síndrome com o mesmo nome.
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Este domínio, tal como na sua versão mais ancestral, explora os recursos dos territórios ocupados. Além dos energéticos — sugados por datacenters instalados um pouco por todo o lado, como na América Latina, onde até a água potável é desperdiçada para refrigerar estes monstros mecânicos insaciáveis — usurpa e mastiga toda a propriedade intelectual do presente e do passado, toda a informação ou partilha feita por qualquer um de nós ao longo da vida, sem prestar contas a ninguém.
Nesta corrida contemporânea, cada vez mais acelerada, dificilmente alguém estará a salvo. A IA chega como promessa de recurso, mas, no processo, espalha redundâncias pelo mercado de trabalho. E não culpem os robôs por vos roubarem o emprego, porque são eles, os novos imperadores do consumo, os verdadeiros responsáveis por este furto universal cada vez mais anunciado.
Para apaziguar consciências aflitas ou amansar a revolta de quem se prepara para perder décadas de estudo e especialização, acena-se com o Rendimento Básico Universal, uma ideia que até parte da esquerda (a par de muitos tecnocratas de Silicon Valley) quer experimentar, ingenuamente cúmplice deste novo paradigma de traços oligárquicos. A promessa de dinheiro sem contrapartidas, a transição para uma sociedade semiadormecida e satisfeitinha, naquele embalo de conforto medíocre. Com a distração deste possível subsídio global, faz-se a vontade aos novos donos do mundo: anestesia-se a ambição, grilhotina-se a progressão individual e o sonho de um dia poder ter um pouco mais. Nivela-se a vida de todos por baixo, roubando-lhes a possibilidade de qualquer futura conquista.
É claro que existe sempre quem desvalorize estas preocupações e tente convencer-nos de que é o preço habitual do “progresso”. Sam Altman, uma das figuras mais influentes desta nobreza digital dos novos modelos de linguagem, com o desprendimento anafado de quem vive numa torre de marfim, gosta de lembrar que os acendedores de lampiões do século XIX e XX também desapareceram com a chegada da eletricidade, colocando este novo paradigma no saco dos inúmeros “shit happens” da História. Esquece-se de explicar que as transições laborais faziam-se ao longo de décadas, deixando algum tempo para que as pessoas tivessem maior probabilidade de se ajustar. Se Edison popularizou a lâmpada elétrica em 1879, os últimos acendedores de lampiões em Portugal só desapareceram depois de 1940. Hoje, ao fim de décadas de incentivo estatal para que gerações inteiras adiassem a sua entrada no mercado de trabalho — entregando muitos dos seus anos produtivos ao estudo e à coleção de medalhas em forma de diplomas — é-nos pedido, já nos trinta ou quarenta, que aceitemos com leveza este sacrifício repentino de náufrago, quando a maré tecnológica que antes levava uma eternidade a oscilar agora muda em meses, deixando milhões encalhados na praia, a ver navios a passar.
Depois, tal como os padres jesuítas que emparelhavam a “descoberta” com o alcance da palavra de Deus, também este novo império não se contenta só com o domínio material. Há nele uma ambição assumidamente espiritual. Não é por acaso que Karen Hao começa o seu recente livro ‘Empire of AI’ com estas inconfidências de Altman, onde o fundador da OpenAI recorda uma máxima célebre — apesar de desconhecer a autoria, defesa conveniente para quem criou o ChatGPT: “Pessoas bem-sucedidas criam empresas. Pessoas ainda mais bem-sucedidas criam países. As pessoas mais bem-sucedidas criam religiões.” Segue-se outra reflexão reveladora: “Os fundadores mais bem-sucedidos não partem para criar empresas. Eles estão numa missão para criar algo mais parecido com uma religião, e a dada altura percebem que formar uma empresa é simplesmente a forma mais fácil de o fazer.” Está tudo aqui bem escarrapachado. Um novo clero, rodeado de discípulos em forma de fundos de investimento, na promessa de um futuro onde até a morte pode passar a ser facultativa, desde que haja dinheiro para esta assinatura mensal superexclusiva.
Steve Jobs nunca escondeu que via a Apple como uma missão quase espiritual, com a relação entre empresa e culto sempre presente no imaginário criado à sua volta. Mas, atualmente, em Silicon Valley, a fé é cada vez mais transumanista, promovida por nomes como Ray Kurzweil, profeta do upload da mente em computadores; Zoltan Istvan, que fez da fusão homem-máquina uma causa política; Bryan Johnson, quase a reencarnação perfeita da obra ‘O Retrato de Dorian Gray’, de Oscar Wilde; ou figuras como Elon Musk, que adorava chipar-nos a cabeça através da sua Neuralink, e Peter Thiel, um transumanista convicto, com um fraquinho pela vida para lá da morte biológica e uma convicção messiânica de que é possível reescrever o destino humano para sempre. A este clube de visionários junta-se a própria Google, com a Calico, um laboratório criado quase às escondidas e com um orçamento praticamente sem limites, cuja missão assumida é combater o envelhecimento e “resolver a morte”. Naquele reino tecnológico, gasta-se milhares de milhões na busca de terapias para retardar o envelhecimento, aposta-se na impressão de órgãos e numa nova alquimia de vida através da biotecnologia. Todos inscritos e devotos ao grande projeto de transcendência digital. Não se promete o caminho para o paraíso, mas sim o upload da consciência, a juventude eterna por edição genética e a derradeira salvação do “eu” digital, alojado num servidor. O céu deixa de ser metafísico, mas ainda se revela numa cloud. E aqui a entrada não se paga com ave-marias, mas com a carteira de uma elite pornograficamente rica. Nós, os restantes mortais, rezamos por migalhas de longevidade, assistindo de fora, nariz colado ao vidro, ao manjar eterno dos que se atrevem até a desafiar a morte.
Talvez se esqueçam que o que importa só importa porque pode acabar. É a inevitabilidade da morte que nos lembra a urgência de tudo, que nos belisca a preguiça para agir, fazer, escolher, valorizar. Existência sem validade tende a ser existência sem compromisso, e talvez seja isso que almejam, enquanto o resto do mundo continuará a expirar à sua volta, esquecido entre notificações e contratos de subscrição vitalícia.
E o que pode fazer a Europa perante estes novos imperadores digitais, em franca expansão sem a necessidade de respeitar quaisquer tratados? Está nas nossas mãos recusar sermos apenas mais uma colónia de dados ou ratinhos de laboratório numa experiência americana (ou chinesa) de domínio universal. Não adianta tentar legislar o futuro com regras do passado. O caminho exige transparência absoluta a quem desenha algoritmos e uma recusa intransigente a que a privacidade dos cidadãos seja usada como moeda de troca. É urgente tornar a literacia digital num direito básico, ao nível da liberdade, da saúde e da escolaridade. Que se aplique uma nova TSU às empresas que substituem pessoas por robôs, que se taxe quem sacrifica milhões de empregos em nome da inteligência artificial, canalizando esse dinheiro para reformas ou requalificação em áreas onde as máquinas ainda demoram a chegar. Apoie-se e invista-se em consórcios público-privados, com modelos de linguagem europeus e projetos de código aberto, auditáveis por equipas independentes em cada fase do processo. Se há lição que a história nos ensina é que só os impérios que respeitam quem os habita sobrevivem durante mais tempo.
O verdadeiro perigo não está na fantasia de uma elite eternamente jovem, mas numa humanidade bem real, cada vez mais domesticada pelos ensinamentos do algoritmo, convencida de que a felicidade se instala como uma app e de que a ambição é só mais um bug a corrigir no próximo update. Os novos conquistadores já não trazem armaduras nem espadas, mas chegam prontos a nos f…ferir com termos de serviço. O império chegou disfarçado, mas a habilidade já é bem antiga: prometer o mundo, entregá-lo só a alguns e garantir que todos os outros não se lembrem de o pedir de volta.
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.
O mundo nunca foi simples, mas passa, hoje, por uma fase particularmente complexa, a nível nacional e internacional, com guerras e conflitos e as suas consequências humanas e repercussões económicas. Também localmente, existe um sem número de desafios.
Perante um mundo assim, em constante mudança o que é, ser líder em 2025?
Antes de mais, como sempre, é um posto de solidão. O líder deve saber rodear-se dos melhores recursos humanos e delegar algumas tarefas a vários escalões hierárquicos. Não há líder que possa ou deva fazer tudo sozinho. Mas, no fim de contas, a responsabilidade maior e a decisão final são do líder e é ele que, sozinho, deve escolher o melhor caminho para a organização e para as pessoas que dela dependem.
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Essa solidão pode e deve ser mitigada através do contacto com outros líderes. Cada empresa tem a sua filosofia, forma de atuar e os seus desafios próprios, mas um líder pode aprender com os seus pares e procurar a sua opinião. Afinal, é diferente discutir uma questão com um par, mesmo que a discussão interna, com as várias pessoas da organização que lidera, seja recomendável e essencial.
O líder em 2025 também sabe que lhe cabe ter a última palavra e que, por vezes, a sua decisão pode ser errada, totalmente ou parcialmente. Só quem decide, erra e só quem erra, aprende. O líder deve manter a sua resiliência e confiança, sabendo que os erros fazem parte da vida das organizações, mesmo que os anos de experiência permitam reduzir os erros.
Por fim, o líder em 2025 sabe que o mundo muda depressa e sem aviso. Cabe-lhe estudar a sua área ao máximo, tentar antecipar tendências e ter sempre uma mentalidade de adaptação ao que vier, seja o que for.
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A TCL apresenta a coluna Z100 Dolby Atmos FlexConnect, que oferece múltiplas opções de sistemas de cinema em casa, sem necessidade de cabos ou caixas HDMI e compatível com a nova geração de televisões Mini LED da TCL (C6K, C7K, C8K, C9K e X11K). A funcionalidade Dolby Atmos FlexConnect permite colocar as colunas m qualquer lugar da divisão e obter uma experiência sonora ajustada automaticamente à disposição do espaço e configuração dos equipamentos.
Com uma ligação direta às televisões TCL, a Z100 ajusta de forma inteligente o som reproduzido e pode ser usada em configurações com duas, três ou quatro colunas ao mesmo tempo, garantindo uma experiência imersiva. Dispensando a utilização de fios, podem ser colocadas de forma assimétrica ou a diferentes alturas, oferecendo uma liberdade de instalação sem precedentes e sem comprometer a qualidade de áudio.
Cristian da Silva, Digital Marketing Manager Ibérica na TCL, conta que “com este produto inovador, estamos a iniciar uma nova era para as experiências de áudio em casa, graças à nossa estreita colaboração com a Dolby. As nossas televisões já integram Dolby Vision e Dolby Atmos, as nossas barras de som também contam com Dolby Atmos e agora damos mais um passo em frente com o Dolby Atmos FlexConnect”. Já John Couling, vice-presidente sénior de Entretenimento da Dolby Laboratories, realça que “com o Dolby Atmos FlexConnect, os consumidores ganham ainda mais liberdade e flexibilidade na conceção dos seus sistemas de entretenimento doméstico, sem preocupações com o posicionamento ideal das colunas para alcançar uma experiência Dolby Atmos extraordinária”.
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Cada coluna Z100 oferece uma potência máxima de 170W (1.1.1) e integra quatro altifalantes de alta-fidelidade, incluindo um canal orientado verticalmente a 15º para uma reprodução otimizada do som em altura. Com a calibração automática inteligente do Dolby Atmos FlexConnect, a Z100 identifica automaticamente a sua posição e ajusta o campo sonoro de forma ideal, explica o comunicado de imprensa.
A estrutura compacta e sem fios elimina a desorganização visual, proporcionando uma acústica de nível profissional. O poderoso sistema de áudio integra dois altifalantes frontais, um altifalante vertical inclinado e um subwoofer, para som surround tridimensional.
A TCL Z100 chega a França no início de julho e deve chegar aos restantes mercados europeus, incluindo Portugal, até ao final do ano.
Olhando para os dados do consumo de energia na Europa e nos EUA, podemos constatar que, neste milénio, temos tido um consumo relativamente estável, em que o grande desafio foi a chamada transição energética para fontes mais limpas. Se este desafio continua a ser grande, parece-nos que está a ficar ainda maior, porque tudo indica que estamos num ponto de mudança e, depois de 25 anos de níveis de consumo energético estável, os próximos anos devem trazer um aumento das necessidades energéticas, com este setor a atravessar uma das maiores transformações da sua história. A reindustrialização do Ocidente, a explosão da inteligência artificial, as tensões geopolíticas e a urgência climática estão a convergir num ponto crítico. A questão já não é se vamos mudar, mas como vamos mudar, crescer e com que rapidez. A resposta passa, inevitavelmente, por visão e investimento estratégico.
A reindustrialização exige energia, tão limpa quanto possível, abundante e fiável. A Europa e os Estados Unidos estão a tentar recuperar a sua capacidade industrial, apostando em tecnologias verdes e produção local, onde a própria energia atómica deverá ter um papel a desempenhar, como abordarei mais à frente. Mas esta ambição só será viável se for acompanhada por uma infraestrutura energética à altura. Eletrificar a indústria e os transportes, produzir baterias, hidrogénio verde ou semicondutores exige volumes colossais de eletricidade, e não qualquer eletricidade: tem de ser limpa, estável e acessível. Sem isso, a reindustrialização será apenas um desejo impossível de concretizar.
A Inteligência Artificial, IA, aparece como um novo motor da procura energética, estando a transformar tudo, da medicina à logística, mas também a consumir energia a um ritmo alarmante. Os centros de dados que alimentam a IA já rivalizam com cidades inteiras em consumo elétrico, existindo tecnológicas a investir parte substancial dos seus recursos em contratos de fornecimento de energia para os próximos anos. E este parece ainda ser apenas o início de uma longa caminhada.
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Também a geopolítica aparece, especialmente nos anos mais recentes, como um fator decisivo
para estas alterações. A guerra na Ucrânia e as tensões no Médio Oriente mostraram que a energia é, acima de tudo, uma questão de soberania, tendo a Europa aprendido da pior forma o custo da dependência energética. Atualmente, a corrida por minerais críticos e por novas rotas de abastecimento está a redesenhar o mapa geopolítico, pois quem controlar a energia e os recursos que a tornam possível, controlará o futuro.
Depois de décadas a substituir meios mais poluentes por fontes mais limpas, parece ter chegado o momento de repensar o nuclear, numa fase em que não se trata apenas de substituir, mas de crescer. Numa altura em que à transição se junta maiores necessidades de produção, renováveis e nuclear podem ter que formar uma aliança e conviver por mais uns tempos, pois vamos provavelmente precisar de ambas. As renováveis são essenciais para descarbonizar, enquanto a nuclear oferece estabilidade e baixa emissão. Países como França, Japão e Canadá já perceberam isso e mais países europeus estão a analisar o tema com pragmatismo e ambição.
Para além do tema da produção, é igualmente essencial falar sobre as infraestruturas. A transição energética exige redes elétricas modernas, interconectadas e inteligentes. Há que levar em conta que grandes fontes de produção de energia, estão normalmente longe dos locais onde são consumidas e, outro exemplo, temos hoje nas grandes cidades que gerir milhares/milhões de pequenos produtores renováveis “contra” milhares/milhões de pequenos consumidores. No dia em que tivermos todos veículos elétricos, o que aconteceria à rede se todos resolvermos carregar ao mesmo tempo? Sem investimento em transporte e armazenamento de energia, bem como nas chamadas Smart Grid, mesmo as melhores fontes renováveis ficarão subaproveitadas, bem como podemos ter de forma mais recorrente episódios, de diferentes proporções, como o apagão que vivemos recentemente. A Europa precisa de corredores energéticos transnacionais, baterias de larga escala e digitalização da rede. É um investimento invisível, mas absolutamente vital.
Em jeito de conclusão, diria que o investimento no setor energético é fundamental e tem mesmo que acontecer, sob pena de nos tornarmos cada vez menos competitivos. Vão certamente existir investimentos em produção, mas também na construção das redes e na digitalização dessa rede, pelo que existem oportunidades em que devemos apostar agora para colher os seus dividendos no futuro.
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