Os gimbal da DJI entram na sétima geração, com os Osmo Mobile 7 e Osmo Mobile 7P, que têm um novo e mais eficaz sistema de estabilização de três eixos e a funcionalidade de rastreio inteligente Active Track 7.0.
No modelo Osmo Mobile 7P, além do estabilizador mais poderoso de três eixos, há o Multifunctional Module, que permite monitorizar sujeitos e aplicar diferentes escolhas de iluminação e temperatura de cor. Este módulo adiciona ainda a capacidade de trabalhar áudio, uma vez que há um recetor de microfone e com a ligação USB Tipo-C conseguimos lidar com som de elevada qualidade, noticia o PetaPixel.
O Osmo Mobile 7 destaca-se por ser o mais leve, com um peso de 300 gramas, mais compacto e desenhado para ser de utilização simples. É compatível com o Multifunctional Mode, mas este tem de ser adquirido à parte. Este módulo é uma peça essencial para esta sétima geração, uma vez que permite manter o foco de forma precisa, mesmo em situações com multidões onde essa focagem pode ser desafiante. Em conjunção com a aplicação Mimo, a DJI descreve que a série Mobile 7 com o módulo pode tirar partido do ActiveTrack 7.0, a versão mais recente da sua tecnologia de rastreio.
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O DJI Osmo Mobile 7P tem um preço recomendado de 159 euros e o Mobile 7 custa 99 euros, estando disponíveis acessórios vendidos à parte, como o suporte magnético, o transmissor de microfone Mini e uma pega.
O presidente da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), Pedro Gaspar Portugal, ouvido esta quarta-feira numa audição parlamentar, explicou que os serviços irão enviar, nos próximos dias, um “bloco de 76 mil notificações de rejeição”, porque esses requerentes não responderam à notificação inicialmente enviada para agendar uma reunião.
Dos 446 mil processos pendentes de regularização associados às manifestações de interesse – um recurso jurídico que o atual governo eliminou e que permitia a regularização de imigrantes com visto de turismo desde que tivessem um ano de descontos e residência em Portugal – foram feitos 250 mil agendamentos, que corresponderam a 233 mil atendimentos, explicou o líder da AIMA.
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Agora, “o remanescente [entre os atendimentos e o número de processos pendentes] tem de ser visto porque houve impedimento de cumprir as notificações” por parte dos requerentes, disse Portugal Gaspar, citado pela Lusa.
Nesse sentido, os serviços deverão enviar um total de 213 mil notificações de rejeição, perante as quais “ainda pode o cidadão vir ao processo manifestar o seu interesse” em “audiência de interessados”, passando depois o caso para instrução. Muitas vezes a ausência de resposta está relacionada com mudanças de morada, saída do país ou regularização através de outros processos, que não o da manifestação de interesse.
Com os atendimentos, houve “pessoas que compareceram e que até tinham mandado de captura internacional”, verificando-se “situações completamente flagrantes” que contaram com o apoio das autoridades judiciais, explicou o responsável da AIMA.
Atualmente, estão em instrução 100 mil casos, para avaliação dos documentos e dos pedidos de regularização, com “133 mil a caminho”, disse Pedro Portugal Gaspar aos deputados da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias. É nesta fase que será possível verificar a documentação adequada, se os requerentes têm a ficha criminal limpa e se preenchem os requisitos exigidos.
No total, dos 446 mil processos pendentes já foram emitidos cerca de 10 mil cartões de títulos de residência, depois da instrução concluída.
No mundo empresarial, a capacidade de tomar decisões eficazes é um diferencial competitivo essencial. Com a crescente complexidade dos mercados, surge a necessidade de metodologias que integrem ciência, inovação e adaptabilidade. Nesse contexto, a VCW (Value Creation Wheel) tem vindo a destacar-se como um método revolucionário que, aliado à neurociência, proporciona uma abordagem diferenciada para a resolução de problemas, inovação e tomada de decisão em diversas áreas de negócio.
O que é a VCW?
A VCW é uma metodologia desenvolvida para facilitar processos decisórios complexos por meio da criação de valor. Diferente dos métodos tradicionais, que muitas vezes seguem estruturas rígidas e limitadas, a VCW permite uma abordagem flexível e iterativa. Esse modelo é utilizado em organizações globais, startups e até mesmo em políticas públicas, promovendo soluções inovadoras e adaptáveis às diferentes realidades empresariais.
O grande diferencial da VCW está na sua capacidade de integrar múltiplas perspetivas e opiniões. O método baseia-se num processo contínuo de identificação, filtragem e implementação de critérios para selecionar as melhores ideias, garantindo que todas as partes envolvidas contribuam para a melhor solução possível.
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A conexão entre VCW e neurociência
A neurociência, que estuda o funcionamento do cérebro e os seus impactos na cognição e comportamento, tem desempenhado um papel fundamental no aprimoramento de metodologias de decisão. Ao compreender como o cérebro processa informações, reage a estímulos e lida com incertezas, é possível estruturar processos decisórios mais eficazes.
A integração da VCW com a neurociência permite minimizar vieses cognitivos, reduzir impactos emocionais negativos e aprimorar a clareza na análise de problemas. A VCW aplicada à neurociência possibilita uma melhor integração dos fatores que influenciam a decisão, otimizando a forma como os gestores interpretam dados e interagem com as diferentes partes interessadas.
Aplicação da VCW em diferentes áreas de negócio
A flexibilidade da VCW permite a sua aplicação numa ampla gama de setores. Algumas das áreas que se têm beneficiado com esta metodologia incluem:
Gestão Empresarial – Empresas utilizam a VCW para aprimorar a estratégia corporativa, otimizar processos e aumentar a eficiência operacional.
Inovação e Tecnologia – Startups e grandes corporações adotam o método para desenvolver novos produtos e serviços alinhados às necessidades do mercado.
Saúde e Ciências Médicas – Instituições médicas e farmacêuticas aplicam a VCW para melhorar tratamentos, diagnósticos e políticas de saúde pública.
Educação e Formação – Escolas e universidades utilizam a metodologia para modernizar currículos e adaptar-se às novas demandas de aprendizagem.
Sustentabilidade e Responsabilidade Social – Organizações não governamentais e empresas comprometidas com ESG (Environmental, Social, and Governance) encontram na VCW um modelo eficaz para gerar impacto positivo na sociedade.
Vantagens da VCW em relação a outras metodologias
Embora existam diversas abordagens para a tomada de decisão, a VCW destaca-se por algumas vantagens fundamentais:
Flexibilidade e adaptabilidade – Ao contrário de metodologias tradicionais, a VCW não impõe um caminho único, mas ajusta-se conforme as necessidades específicas de cada situação.
Participação ativa – Envolve stakeholders em todas as etapas, garantindo maior aceitação e implementação eficaz das soluções.
Redução de viés decisório – Com insights da neurociência, ajuda a evitar armadilhas cognitivas comuns, como a resistência à mudança e a aversão à perda. Tem um papel muito eficiente na mitigação de tendências enviesadas na resolução de problemas.
Inovação contínua – Ao ser iterativa, a VCW permite ajustes e melhorias constantes, acompanhando as mudanças no mercado.
Conclusão
A integração da VCW com a neurociência representa um avanço significativo na forma como decisões são tomadas em diversos setores. O seu potencial para gerar inovação, reduzir incertezas e otimizar recursos torna-a uma ferramenta indispensável para organizações que procuram crescer num ambiente competitivo e dinâmico. Ao adotar essa metodologia, empresas e instituições podem não apenas melhorar os seus processos decisórios, mas também criar soluções de maior impacto e valor para a sociedade como um todo.
A VCW – Value Creation Wheel (www.ValueCreationWheel.com), foi aplicada em vários projetos, bem como em várias empresas, desde start-ups até empresas da Fortune 500 (www.openVCW.com), para resolver os seus desafios diários.
A vida das pessoas com doenças raras está repleta de desafios. O desafio inerente ao diagnóstico é talvez o mais impactante, uma vez que sem diagnóstico não há tratamento e sem este não haverá a possibilidade de melhoria dos sintomas ou da qualidade de vida dos doentes, cuidadores e famílias.
Uma realidade confirmada por vários estudos, entre os quais os do inquérito Rare Barometer, cujos resultados foram recentemente publicados no European Journal of Human Genetics, corroboram essa realidade. Este estudo reúne respostas de mais de 6.507 doentes de 41 países, abrangendo 1.675 doenças raras, destacando a extensa jornada até ao diagnóstico. Em média são necessários quase cinco anos para obter um diagnóstico, com variações que estão associadas a fatores demográficos e geográficos. De realçar que são as mulheres, população do norte e oeste da Europa e os doentes jovens aqueles que enfrentam tempos mais prolongados para serem diagnosticados.
A raridade das doenças é, muitas vezes, a justificação para estes atrasos. De facto, a complexidade das doenças raras, aliada à sua baixa prevalência, representa naturalmente um desafio significativo para todos os profissionais de saúde, aliado, em alguns casos, à inexistência de centros especializados e à falta de literacia generalizada no que diz respeito a estes temas. No entanto, é crítico garantir um contínuo compromisso para quem lida de perto com estes doentes e sabe que estes cinco anos até ao diagnóstico se traduzem em muitos sintomas, limitações, incerteza, isolamento social e sobrecarga familiar e financeira, além do impacto psicológico, o que torna essencial e urgente o combate a estes atrasos.
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Ao longo dos anos tem-se verificado uma evolução no acesso aos cuidados de saúde nesta área, onde tem havido uma aposta crescente ao nível da investigação científica. No entanto, existe ainda um longo percurso a percorrer. No que diz respeito ao aumento do número de tratamentos, a inovação é cada vez mais o caminho para dar resposta a estas doenças. Os avanços na genética, o potencial das terapêuticas direcionadas e uma medicina cada vez mais personalizada têm ajudado a colmatar necessidades por satisfazer destes doentes raros que, contas feitas, acabam por não ser tão raros assim. Os dados dão conta da existência de cerca de 350 milhões de pessoas, aproximadamente 4% da população mundial, impactadas por mais de 7.000 doenças raras já identificadas, um universo que impressiona pela sua dimensão e é revelador da importância da aposta nesta área.
Por outro lado, revela-se também essencial a divulgação de políticas públicas de apoio à necessidade de maximizar a visibilidade destas doenças, que sendo raras, têm necessidades de diagnóstico, acompanhamento adequado e tratamentos por satisfazer elevadas.
Todos estes são desafios possíveis de ultrapassar com uma aposta e um investimento crescentes no diagnóstico, educação, investigação e desenvolvimento, que se traduzem em mais e melhores cuidados para estes doentes, conscientes de que por detrás de cada número e de cada estatística há histórias humanas que exigem reconhecimento, compreensão e esperança, que nos devem inspirar e desafiar nesta luta contra a invisibilidade das doenças raras.
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.
Eram cerca de 9h00 em Lisboa, quando o ouro atingiu um novo máximo histórico de 2.946,59 dólares, depois de ter subido 0,28%, segundo dados da Bloomberg noticiados pela EFE. Os últimos máximos deste metal tinham sido atingidos em 11 de fevereiro, quando alcançou 2.942,68 dólares às primeiras horas da manhã.
No acumulado do ano, o ouro já subiu 12,27 por cento.
O ouro bateu novos recordes depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter sinalizado que está a considerar impor tarifas de 25% ou mais sobre os carros importados e novas tarifas sobre semicondutores e produtos farmacêuticos a partir de abril.
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Desde 2024, o ouro tem vindo a subir para máximos históricos por várias razões, segundo especialistas citados pela EFE, incluindo as expectativas de novos cortes nas taxas de juro, as compras de ouro pelos bancos centrais e as tensões geopolíticas e tarifárias.
O reator de fusão nuclear experimental WEST foi capaz de manter plasma – um estado de matéria conhecido por ser instável –, durante mais de 22 minutos, 1337 segundos no total, marcando um avanço importante no campo da fusão nuclear. O feito foi atingido num reator tokamak da Comissão de Energias Alternativas e Energia Atómica de França (CEA) e bate o recorde anterior conseguido no EAST, na China, há poucas semanas. O avanço demonstra que os cientistas estão a progredir no conhecimento de plasma e das tecnologias para o controlar.
O objetivo derradeiro neste capítulo é obter o controlo sobre o plasma, enquanto se assegura que os componentes que lidam com o material suportam a radiação resultante do processo, sem o poluir e mantendo o bom funcionamento. O recorde será importante ainda para alimentar o ITER, um projeto de reator experimental a fusão nuclear baseado na tecnologia do Tokamak e permitindo gerar eletricidade isenta de emissões. Os cientistas da equipa WEST pretendem reforçar os esforços neste domínio e obter durações de plasma ainda mais prolongadas, num total combinado de várias horas, e sujeitar o material a temperaturas cada vez mais elevadas para se atingir a fusão.
O comunicado do CEA explica que são recebidos investigadores de todo o mundo que tiram partido das características do WEST para conduzir investigação, nomeadamente das capacidades supercondutoras e os componentes ativamente arrefecidos.
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A fusão nuclear usa menos recursos e menos combustível que a fissão nuclear, não produzindo vestígios radioativos de longa duração. Esta pode ser uma forma de obter energia limpa, com a comunidade a avaliar várias soluções e tecnologias nesta fase, rumo à descarbonização e a uma maior eficiência.
A xAI defende que o Grok-3 suplanta o GPT-4o da OpenAI, os modelos mais recentes Google Gemini e inclusive o DeepSeek-V3, além de incluir também capacidades de “raciocínio avançado”. Segundo a empresa, este novo modelo oferece “mais de dezes vezes” o poder de computação do modelo antecessor.
A capacidade de raciocínio destes modelos permite-lhes responder a questões mais complexas, ao ‘partir’ as instruções em tarefas mais pequenas e tentando validá-las antes de fornecer a resposta definitiva. A estratégia permite atingir resultados mais robustos e já é usada por outras empresas neste setor.
Segundo o The Verge, o Grok-3 vai estar disponível em modo Think, que mostra o raciocínio seguido pelo modelo na resposta aos pedidos dos utilizadores, e o Big Brain, para tarefas mais complexas e que requerem maior poder de computação. Em paralelo, surge também o Deep Search, um agente que é descrito como um “motor de busca de próxima geração”.
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Elon Musk descreve que o Grok-3 é um modelo que procura responder com verdade ao máximo, para endereçar as críticas de que os modelos anteriores espalhavam desinformação e tinham poucas limitações na geração de imagens, o que originava conteúdos ofensivos.
O Grok-3 vai estar disponível para os subscritores do X Premium Plan, com uma mensalidade de 40 dólares (numa segunda subida de preços desde dezembro). Há uma nova subscrição disponível, o SuperGrok, que custa 30 dólares mensais e oferece “as capacidades mais avançadas e acesso antecipado a novas funcionalidades”, embora não se saiba se este valor acresce ao da mensalidade regular.
Os portáteis sem portas de rede, mas com portas USB de alto desempenho, são cada vez mais comuns. Mas por vezes é mesmo necessário recorrer a uma ligação cablada, sobretudo quando se pretende acesso à rede de alto débito. Terá sido a pensar neste tipo de máquinas e utilizadores que a QNAP expandiu a gama de produtos com o lançamento dos adaptadores de rede da série QNA.
Estes adaptadores USB 4 Tipo-C permitem a ligação a redes 10 GbE em computadores Mac e Windows equipados com portas USB 4 ou Thunderbolt 3/4. Compactos e sem ventoinha, os adaptadores QNA são projetados para garantir uma conectividade de alta velocidade sem ruído, ideal para utilizadores que necessitam de transferir ficheiros grandes ou trabalhar em projetos colaborativos que exigem uma largura de banda significativa.
“Os adaptadores QNA USB 4 permitem que computadores sem portas de rede dedicadas se conectem a redes de alta velocidade”, afirmou Andy Chuang, gestor de produto da QNAP. “Os utilizadores podem desfrutar de transferências eficientes de ficheiros de grandes dimensões e fluxos de trabalho colaborativos 10GbE sem dificuldades de configuração”, acrescentou o responsável, de acordo com o comunicado de imprensa.
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Os adaptadores QNA oferecem velocidades de transferência até 10 Gbps, facilitando a gestão de backups de dados, transferências de ficheiros e edição de vídeo. São compatíveis com Windows, macOS e Linux, garantindo uma ligação de rede rápida e estável para uma variedade de utilizadores, desde profissionais a utilizadores domésticos. A instalação é simples: basta ligar o adaptador a uma porta USB 4 Tipo-C e configurar o controlador.
A série QNA USB 4 inclui atualmente os modelos QNA-UC10G1T (com porta NBASE-T 10GbE e controlador AQC113) e QNA-UC10G1SF (com porta SFP+ 10GbE e controlador AQC100S). Ambos os modelos incluem um cabo USB 4 de 1 metro. Estes aparelhos tem um custo anunciado de cerca de 280 euros.
A QNAP anunciou ainda o lançamento futuro de modelos de porta dupla: o QNA-UC10G2T (com duas portas NBASE-T 10GbE) e o QNA-UC10G2SF (com duas portas SFP+ 10GbE).
O primeiro Citroën C3 elétrico já tem, acreditamos, um lugar marcado na história. Isto porque consideramos tratar-se de um dos 100% elétricos mais importantes lançados até agora. A par de modelos como o Nissan Leaf, o Tesla Model 3, o Dacia Spring ou o Renault R5. Pela comparação já deve ter percebido que não estamos a referir-nos a aspetos como desempenho ou tecnologia. Mas sim pelo impacto que, por diferentes razões, os referidos modelos tiveram ou estão a ter no mercado.
O Citroën ë-C3 não chega como o 100% elétrico mais acessível. Esse lugar continua a pertencer ao Spring. Mas traz uma conjugação de habitabilidade, sofisticação, incluindo imagem de marca, e autonomia nunca vista neste segmento preço. Adiantando já a conclusão, o Citroën ë-C3 não se limite a cumprir com as expectativas. Supera-as.
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É tão confortável!
O ë-C3 apresenta um design compacto, mas com um toque de elegância e robustez. As linhas fluidas e a altura elevada inspirada nos SUV conferem-lhe uma presença marcante. O interior apresenta materiais convincentes e um design funcional. Um destaque especial para a suspensão Advanced Comfort, que garante uma condução suave e agradável, mesmo em pisos irregulares. É de elogiar a utilização deste sistema num carro de um segmento
O espaço a bordo e, sobretudo, o conforto surpreendem pela positiva
O que é reforçado pelo silêncio do motor elétrico, afinado para ser progressivo, pelos bons bancos confortáveis e pela ausência de ruídos parasitas – só mais uma prova que houve muita boa engenharia e inovação no desenvolvimento e fabrico deste ‘não-assim-tão-pequeno-carro’.
Há espaço q.b. para uma família de três ou quatro. Os bancos dianteiros oferecem bom apoio e regulação, enquanto os bancos traseiros acomodam dois adultos altos, sem que sintam os joelhos esmagados pelos bancos da frente ou as cabeças a roçar do teto. O banco do meio até permite um terceiro adulto, embora não seja recomendável. A bagageira tem capacidade para o uso diário e viagens ocasionais, mas não se pode designar por generosa. A capacidade pode ser enganadora porque há espaço em altura, mas não em profundidade.
Tecnológico q.b.
O painel de instrumentos digital, numa posição elevada, a que a Citroën chama, de forma enganadora, Head-Up Display, e o ecrã táctil de 10,25 polegadas fornecem informações claras e acesso fácil a diversas funcionalidades, como navegação, entretenimento e conectividade. Além disso, o carro conta com Apple CarPlay e Android Auto, com suporte para ligação sem fios, característica ainda ausente em carros de segmento superiores. E, claro, diversos sistemas de assistência à condução que se tornaram obrigatórios, como travagem automática para evitar choques frontais e alerta de transposição involuntária de faixa de rodagem – e, boa notícia, há um botão para desativar este alerta. É verdade que muitas das funcionalidades tecnológicas não estão disponíveis na versão de entrada (You), mas a versão intermédia (Plus, mais €2200) já tem uma lista extensa de equipamento de série, incluindo faróis LED, barras de tejadilho e a muito popular pintura ‘bi-tom’.
Os sistemas Apple CarPlay (na imagem) e Android Auto sem fios são suportados
Voltando à versão base, a mais acessível, a falta ecrã central é, em parte, compensado pela Smartphone Station onde se encaixa o smartphone, que pode, na prática, funcionar como computador de bordo e fonte de entretenimento. Uma solução prática e eficiente. O acesso remoto para controlo de carregamento também é de série, através da app MyCitroën. Na versão de topo (Max) esta app também permite controlar a climatização à distância.
A app de acesso remoto com controlo de climatização e o carregador sem fios para smartphone são de série na versão Plus
Os botões físicos, incluindo os botões e sticks no volante, descomplicam a utilização. Aliás, sentimos que este é sempre um carro simples de utilizar, o que ajuda a reforçar a tal experiência de tranquilidade que sentimos a bordo. Mas há dois detalhes que nos irritaram: a chave tradicional para ligar o carro, mesmo na versão de topo, que nos remete para os anos 90 do século passado; e a falta de indicação de autonomia no painel de instrumentos (só é mostrada a percentagem da bateria).
Autonomia dá para ‘ir à terra’?
A Citroën optou por uma bateria de fosfato de ferro-lítio (LFP) de 43,7 kWh para o ë-C3. Uma química que oferece um bom compromisso entre durabilidade, custo e segurança, dispensando metais raros mais dispendiosos. A bateria garante uma autonomia de até 320 km (ciclo WLTP), permitindo uma condução despreocupada em ambientes urbanos e suburbanos. Uma autonomia que também é q.b. para viagens longas ocasionais. Até porque suporta carregamento rápido em corrente contínua até 100 kW, permitindo recuperar 60% (dos 20% aos 80%) da carga em menos de meia hora. Ainda assim, como medimos uma autonomia real em autoestrada de cerca de 200 a 240 km, as viagens acima dos 300 km vão ser penalizadas por tempos de carregamento relevantes. Para carregamento doméstico, o carro utiliza um carregador de 7 kW, que leva cerca de 7 horas para uma carga completa.
Estes pequenos apontamentos coloridos podem ser trocados para personalizar o aspeto do carro
O motor elétrico ë-C3 entrega 113 cavalos de potência e 125 Nm de binário. Valores que estão entre os mais baixos do mercado. O carro acelera de 0 a 100 km/h em 11 segundos, mas a resposta imediata do motor elétrico proporciona uma sensação de maior agilidade no trânsito. A tração dianteira garante boa estabilidade e controle em diversas condições de condução.
Veredicto
Este é um carro que fazia falta no mercado. A conjugação entre as características e o preço faz com que o ë-C3 seja a solução de mobilidade que muitas famílias procuravam. A autonomia e a funcionalidade oferecidas adequam-se perfeitamente à realidade diária de muitos portugueses e, como referimos, o ë-C3 vai surpreender muita gente em aspetos como design, espaço interior, conforto, tecnologia e agilidade. Continua a ser mais caro que a as versões com motor a combustão, mas a diferença de custo inicial é facilmente compensada pelas poupanças acumuladas ao fim de alguns anos de utilização. E ficamos a aguardar a chegada da versão com bateria menor, que deverá democratizar ainda mais o acesso à mobilidade elétrica.
Autonomia Satisfatório Infoentretenimento Bom Comunicações Bom Apoio à condução Bom
Características Potência e binário 83 kW (113 cv), 120 Nm ○ Acel. 0-100 km/h: 11,5 s ○ Vel. máx. 135 km/h ○ Bateria: 45 kWh (44 kWh usáveis) ○ Autonomia WLTP 320 km ○ Potência de carregamento: 7,4 kW em AC e 100 kW em DC (10-80%: 32 min) ○ 1,813×1,568×4,015 m (LxAxC)