A justificar a manutenção da avaliação, a Fitch aponta o excedente orçamental em 2023 e o bom desempenho orçamental que estima que se vai manter, ainda que o contexto de “incerteza política” resultante das eleições dê origem a alguns “riscos descendentes”.

Esta foi a primeira vez este ano que a Fitch se pronunciou sobre o ‘rating’ da dívida pública portuguesa, depois de em 29 de setembro do ano passado ter subido a notação de Portugal de ‘BBB+’ para ‘A-‘, mantendo a perspetiva estável.

Em 01 de março, quando Portugal se preparava já para eleições antecipadas, a Standard & Poor’s subiu a notação da dívida soberana portuguesa de ‘BBB+’ para ‘A-‘ o que fez o ‘rating’ do país atingir o patamar ‘A’ em todas as principais agências.

LT // RBF

Segundo o IPMA, o epicentro localizou-se próximo de Raminho.

Hoje, registou-se um primeiro abalo naquela ilha, de 2,2 na escala de Richter, durante a madrugada, seguindo-se um de magnitude 2,9 ao final das manhã e outro de 3,8 às 17:40 locais.

Segundo o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), estes eventos inserem-se “na crise sismovulcânica em curso na ilha Terceira desde junho de 2022”.

De acordo com a escala de Richter, os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequenos (2,0-2,9), pequenos (3,0-3,9), ligeiros (4,0-4,9), moderados (5,0-5,9), fortes (6,0-6,9), grandes (7,0-7,9), importantes (8,0-8,9), excecionais (9,0-9,9) e extremos (quando superior a 10).

JME (APE) // MCL

Palavras-chave:

Em declarações à Lusa, Tiago Faria Lopes, presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC)explicou que a convocação desta assembleia dos profissionais aconteceu na sequência de um pedido de ajuda de Luís Rodrigues, presidente executivo da TAP, numa questão relacionada com as contratações externas.

“Avisamos Luís Rodrigues, que tinha excedido em muito as contratações externas fora do grupo”, disse Tiago Faria Lopes, explicando que a questão está relacionada com a retirada, pelo Governo da TAP S.A. da SGPS, mas mantendo a Portugalia na ‘holding’, o que levou a que as contratações externas gerassem uma “penalização no acordo de empresa” para proteger os pilotos da companhia.

Para evitar que a transportadora fosse penalizada, os pilotos concordaram em abdicar do aumento salarial de 2024, que passa para dezembro em vez de janeiro, situação que se repete em 2025. 

Os pilotos abdicaram ainda da majoração das horas noturnas e dos feriados, temporariamente, indicou.

Os pilotos hoje reunidos aprovaram estas alterações, mas numa votação muito renhida, tendo 51,7% dos votos a favor, 46,6% contra e uma abstenção de 1,7%.

Questionado sobre estes números, o presidente do SPAC reconheceu que a questão foi debatida “muito em cima da hora” e fez um “‘mea culpa'” neste sentido, considerando, no entanto, que, entretanto, os profissionais “ficaram esclarecidos”.

 

ALN // EA

“A transição energética vai acontecer de uma forma ou de outra, mas também vai acontecer por causa de outro fator, que é a questão cultural”, disse Alexandre Silveira numa entrevista à Agência France-Press (AFP) durante uma conferência sobre energia realizada em Houston, Texas, Estados Unidos.

“As novas gerações vão começar a rejeitar os combustíveis fósseis da mesma forma que rejeitaram a indústria do tabaco nos últimos vinte anos”, disse, comparando com a consciencialização dos efeitos nocivos do tabaco que ajudou a reduzir o seu consumo.

“É o que vai acontecer com o petróleo”, afirmou.

Os comentários de Silveira surgem numa altura em que o Brasil, membro dos países produtores de petróleo da OPEP+, também defende uma transição para as energias limpas.

Desde que regressou ao poder para um terceiro mandato em janeiro de 2023, o Presidente do Brasil, Lula da Silva, fez progressos sólidos na implementação da sua promessa de acabar com a desflorestação ilegal na Amazónia, que diminuiu para metade no ano passado em comparação com 2022.

Ao mesmo tempo que o executivo tem um discurso rumo às energias limpas, o Brasil, o maior produtor de petróleo da América Latina, também estabeleceu vários recordes mensais de produção de petróleo bruto no ano passado, nomeadamente em novembro, quando produziu quase 3,7 milhões de barris por dia.

O petróleo é “uma fonte de financiamento tanto para a educação como para a saúde”, disse Silveira, bem como uma “fonte muito importante de financiamento para a transição energética”.

O ministro brasileiro lembrou que grande parte do petróleo brasileiro é exportado – mais de 1,3 milhões de barris por dia até 2022 – e que essa procura vem mais do mercado mundial do que do mercado interno brasileiro.

“A procura pelo aumento da produção de petróleo não é interna”, frisou, acrescentando que “a transição é mais lenta do que deveria ser”.

A transição energética precisa de uma “governação global capaz de criar um diálogo mais justo e equitativo entre os países do Sul e os países desenvolvidos”, afirmou Silveira.

No início deste mês, um relatório do grupo de reflexão Carbon Tracker revelou que as principais empresas de petróleo e gás do mundo, incluindo a Petrobras, estavam a planear uma expansão dos combustíveis fósseis incompatível com a limitação do aquecimento global.

O Acordo Climático de Paris de 2015 tem como objetivo limitar o aumento da temperatura a 1,5°C.

No total, as energias renováveis no Brasil representam 47% da sua matriz energética, mais do triplo da média mundial de 15%, de acordo com dados do Governo brasileiro.

 

MIM // MLL

Palavras-chave:

“Estamos em boa forma”, declarou hoje, após o anúncio da nova data do voo tripulado, o vice-presidente do Programa de Tripulação Comercial da Boeing, Mark Nappi, numa videoconferência, assinalando que a companhia está a cumprir com sucesso todos os testes necessários para o lançamento da Starliner, num foguetão da United Launch Alliance, a partir de Cabo Canaveral, na Florida, Estados Unidos.

O lançamento será feito após ter sofrido sucessivos adiamentos, o último dos quais no ano passado devido a problemas técnicos.

Se a Boeing for bem-sucedida nesta missão de teste, que levará a bordo dois astronautas da agência espacial norte-americana (NASA), a companhia poderá enviar o primeiro voo comercial da Starliner à Estação Espacial Internacional até dezembro depois de obtidas as devidas certificações.

Neste contexto, a Boeing tornar-se-á no segundo fornecedor da NASA para voos tripulados e de carga para a EEI, depois da SpaceX, empresa do magnata Elon Musk.

A nave Starliner é reutilizável e tem capacidade para transportar sete pessoas, mas as missões tripuladas encomendadas pela NASA à Boeing preveem quatro ou cinco astronautas.

ER // JMR

“Se for estabelecido que são terroristas do regime de Kiev… todos devem ser encontrados e destruídos impiedosamente como terroristas. Incluindo os líderes do Estado que cometeram tal atrocidade”, afirmou na rede Telegram Medvedev, também número dois do Conselho de Segurança Nacional e conhecido pelas suas declarações radicais.

Pelo menos 40 pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas na noite de hoje num ataque de homens armados numa sala de concertos nos arredores de Moscovo, segundo o primeiro balanço das forças de segurança russas (FSB).

“O número preliminar do ataque terrorista no complexo Crocus (…) é neste momento de 40 mortos e mais de cem feridos”, disse o FSB, citado por agências russas.

A Presidência ucraniana e combatentes russos aliados de Kiev na guerra em curso contra as forças de Moscovo negaram qualquer envolvimento no tiroteio.

A Ucrânia “não tem absolutamente nada que ver” com o tiroteio em Moscovo, declarou um conselheiro da Presidência da República ucraniana, Mikhailo Podoliak, classificando o ataque como um “ato terrorista”.

Por sua vez, a legião Liberdade da Rússia, um grupo de combatentes russos anti-Kremlin sediado na Ucrânia, negou também qualquer participação no mortífero ataque armado na sala de concertos moscovita.

“Sublinhamos que a Legião não combate os civis russos”, declarou o grupo, que responsabilizou “o regime terrorista de [Vladimir] Putin”, Presidente russo.

A agência estatal russa RIA Novosti informou que pelo menos três homens irromperam pela sala de concertos e dispararam armas automáticas.

Vários outros meios de comunicação social russos relataram o tiroteio e que o local está em chamas, enquanto são retirados civis e unidades especiais da polícia acorrem ao local.

HB (ANC) // PDF

Palavras-chave:

Desde que o Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou não excluir a possibilidade futura de enviar tropas ocidentais para lutar na Ucrânia, a tensão entre Paris e Moscovo aumentou, com provocações e ciberataques.

“Mentiras, instrumentalização, manipulação: o regime do Kremlin continua a sua corrida desenfreada”, disse Christophe Lemoine.

A França enfrenta uma guerra híbrida com a Rússia, desde 10 de março, quando cerca de 800 ‘sites’ institucionais de serviços públicos franceses foram alvo de um ataque de grandes proporções, com “fortes suspeitas” de que um grupo de piratas informáticos russos esteja envolvido, de acordo com as autoridades.

Os especialistas temem sobretudo que se trate de ensaios destinados a preparar ataques de maior envergadura, nomeadamente durante as eleições europeias de 09 de junho ou os Jogos Olímpicos de Paris, mas o Estado-Maior garantiu que estará “extremamente vigilante durante estes eventos”.

“Não nos deixaremos enganar nem intimidar”, afirmou Lemoine, no mesmo dia em o Presidente francês, Emmanuel Macron, e os líderes europeus se reuniram em Bruxelas para uma cimeira em grande parte dedicada ao apoio militar a Kiev.

O Departamento de Defesa e Segurança Nacional francês deve organizar no dia 29 de março uma reunião para “aumentar a sensibilização para as chamadas ameaças híbridas” por parte dos partidos políticos franceses candidatos às eleições europeias, tendo em conta os riscos de “ciberataques, manipulação de informação e interferência estrangeira”.

Para além dos ataques informáticos e da ameaça de guerra nuclear por parte do Presidente russo, Vladimir Putin, recentemente reeleito, os militares franceses notaram um aumento da agressividade russa nos últimos meses em interações com algumas das suas unidades.

“Estamos perante uma forma de agressão crescente, mas que se mantém sempre abaixo do limiar do conflito”, afirmou um oficial francês.

A 22 de fevereiro, o ministro das Forças Armadas, Sébastien Lecornu, revelou que um sistema de controlo de tráfego aéreo russo tinha “ameaçado abater aviões franceses no Mar Negro”, apesar de esta ser uma zona livre internacional.

De acordo com o Estado-Maior, tratava-se de um avião de vigilância Awacs em “missão de avaliação da situação”.

MICO // PDF

A Ucrânia “não tem absolutamente nada que ver” com o tiroteio em Moscovo, declarou um conselheiro da Presidência da República ucraniana, Mikhailo Podoliak, classificando o ataque como um “ato terrorista”.

“Sejamos claros, a Ucrânia não tem absolutamente nada que ver com esses acontecimentos”, garantiu na plataforma digital Telegram Podoliak, cujo país combate há mais de dois anos uma invasão russa.

Por sua vez, a legião Liberdade da Rússia, um grupo de combatentes russos anti-Kremlin sediado na Ucrânia, negou também qualquer envolvimento no mortífero ataque armado hoje ocorrido numa sala de concertos moscovita.

“Sublinhamos que a Legião não combate os civis russos”, declarou o grupo, que responsabilizou “o regime terrorista de [Vladimir] Putin”, Presidente russo.

ANC // PDF

A presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ), Endeusa Joaquim, manifestou “profunda preocupação” em relação à greve, considerando que “está a impactar não apenas os profissionais da educação, mas também as famílias e jovens” do país.

“Devemos reconhecer os constrangimentos significativos que esta paralisação das aulas tem causado aos pais e encarregados de educação, bem como às crianças e jovens que estão privados do acesso à educação, um direito essencial para o seu desenvolvimento”, apontou a líder do CNJ, em comunicado de imprensa.

“Neste sentido apelamos veementemente ao diálogo, ao consenso e à responsabilidade social tanto por parte do Governo quanto das centrais sindicais da educação. É fundamental que ambas as partes se comprometam a encontrar uma solução que ponha um fim imediato a esta greve e que permita o retorno das crianças, adolescentes e jovens às escolas”, acrescentou.

A greve geral dos professores teve início nas primeiras horas do dia 01 de março e paralisou todas as escolas do arquipélago, do ensino pré-escolar ao secundário, para exigir o aumento do salário base de 2.500 para 10 mil dobras, cerca de 100 para 400 euros, sendo este o único ponto ainda sem acordo, segundo o primeiro-ministro.

A líder da maior plataforma juvenil são-tomense apelou “à sensatez, à compreensão mútua e à vontade de encontrar uma solução rápida e eficaz para esta situação”, sublinhando a necessidade de, juntos, se superar “este impasse” e garantir que as crianças e jovens retornem às aulas.

Por seu turno, Sokheyna Santiago liderou hoje uma equipa da Associação dos Estudantes do Liceu Nacional (AELN) que pediu esclarecimento ao primeiro-ministro, Patrice Trovoada, para saber “qual é a solução que o Governo tem para travar essa greve”.

Segundo a estudante, o chefe do Governo reafirmou que não será possível aumentar o salário de base dos professores, mas prometeu reunir-se com os sindicatos na próxima semana.

“Por enquanto a greve continua”, disse Santiago.

A presidente da AELN disse que também se reuniu com os sindicatos dos professores que “disseram que os motivos da greve não é apenas o aumento salarial, mas também a qualidade do ensino”.

Diante do impasse, sem fim à vista, a representantes dos alunos apelou aos sindicatos e ao Governo que “sentem à mesa, resolvam os problemas e que regressem às aulas porque os prejudicados são os alunos, principalmente os que têm exame no final do ano e depois têm que entrar para a universidade”.

“Nós não estamos a defender nem o Governo nem os professores. Estamos aqui para reivindicar os direitos dos nossos colegas, que é o Direito à Educação, porque quem está a ser prejudicado somos nós. A última coisa que queremos apelar é que tanto o Governo como as centrais sindicais sentem à mesa e resolvam o problema”, insistiu.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro são-tomense advertiu os professores que “três semanas é demasiado” e pediu o fim da greve.

“A questão do salário de base de 10 mil dobras, não é possível”, insistiu o primeiro-ministro, referindo que o salário base do primeiro-ministro é 9.700 dobras e cerca de 7 mil dobras para os ministros.

No entanto, Patrice Trovoada assegurou que os subsídios de natal e de férias que serão pagos a partir deste ano permitirão um aumento de rendimento dos professores do pré-escolar, primeiro ciclo do básico e ensino secundário, entre 15,9% a quase 40%, sem incluir a regularização das carreiras, numa altura em que a inflação se situa em 16%.

 

JYAF // MLL

 

“O secretário-geral condena nos termos mais fortes os ataques em grande escala com mísseis e drones perpetrados hoje pela Federação Russa contra cidades e vilas ucranianas por todo o país, incluindo contra infraestruturas civis, energéticas e outras infraestruturas críticas”, indicou o vice-porta-voz de Guterres, Farhan Haq, em comunicado.

De acordo com a nota, os ataques terão “matado e ferido muitos civis e causado grandes danos”, incluindo à Central Hidroelétrica de Dnipro, na região de Zaporijia, deixando mais de um milhão de ucranianos sem acesso a eletricidade e água em Kharkiv, Kryvyi Rih e Zaporijia.

“O secretário-geral está consternado com a contínua matança e destruição e sublinha mais uma vez que os ataques contra civis e infraestruturas civis violam o direito humanitário internacional. São inaceitáveis e devem acabar imediatamente”, concluiu.

Horas antes, também a coordenadora humanitária da ONU para a Ucrânia condenou os ataques russos de hoje que deixaram várias cidades sem água e eletricidade, admitindo estar indignada pela magnitude das violações ao direito humanitário internacional.

“Estou indignada com a magnitude dos ataques das forças armadas russas às infraestruturas energéticas de toda a Ucrânia”, afirmou Denise Brown, num comunicado hoje divulgado.

A Rússia lançou esta madrugada um dos maiores ataques aéreos contra o território ucraniano desde o início da guerra, causando pelo menos cinco mortos e danificando infraestruturas críticas.

Kiev pediu fornecimentos de emergência à Roménia, Eslováquia e Polónia enquanto decorre a reparação das infraestruturas danificadas pelos ataques russos.

A Ucrânia, que foi invadida pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022, depende da ajuda do Ocidente em armamento para fazer frente às tropas russas.

Kiev lançou uma contraofensiva no verão com resultados modestos, que atribuiu ao atraso na chegada de armamento, e tem criticado as hesitações de alguns países no envio de armas.

Moscovo respondeu à contraofensiva com um aumento dos ataques contra a Ucrânia nos últimos meses.

 

MYMM (PNG) // PDF