Estabelecer conexão
Arranjar diariamente um bocadinho com o seu filho, seja à hora do almoço ou ao jantar. E criar momentos especiais a dois: a ver um jogo, uma série, a preparar o jantar ou a passear o cão. Estas pequenas conexões, ao serem frequentes, transmitem ao adolescente a certeza de que os seus pais gostam dele.

Conversar, conversar, conversar
Nos 7 passos para a parentalidade positiva, documento elaborado pela associação Agarrados à Net, aconselha-se os pais a ouvirem os seus filhos sem julgamentos, a fazerem perguntas que os façam pensar, não só no problema mas também na solução.

Procurar informação
Sempre existiu um fosso entre gerações, mas agora é ainda mais importante estar dentro do mundo dos adolescentes, na medida do possível. Para isso, há que estar informado acerca do universo em que se movem, dos seus interesses, da sua linguagem – a isso chama-se literacia digital ativa. Uma boa ideia é fazer-se amigo deles nas redes sociais, sem ser intrusivo.

Pôr limites
Não deixe o seu filho à deriva, que é o que acontece quando eles não têm normas para seguir. Especialmente no que toca ao uso de tecnologias, essas regras devem ser explícitas e permitir que o jovem tenha momentos offline bem determinados.

Mostrar que se preocupam
Esta talvez seja a dica mais difícil de pôr em prática, sem que os seus filhos considerem que está a ser intrusivo. É preciso ter tato para estar constantemente em cima, sem que eles se sintam sufocados por uma parentalidade intensa. 

Saber o que andam a ver online
Da mesma forma que devem passar tempo juntos offline, é importante que isso aconteça também no mundo virtual. Entre no quarto e respeitosamente faça parte, perguntando-lhe que jogos e aplicações mais gosta e de que se trata.

Conhecer os amigos
Saber com quem andam, dentro e fora do mundo online, é crucial para perceber quais são os seus interesses e modos de encarar a vida. Convide os amigos lá para casa, por exemplo, e veja quem são as pessoas com quem conversa online.

Acompanhar a vida escolar
Não perca uma reunião de pais, por muito maçadora que seja. Vá à escola falar com a diretora de turma, sempre que tiver dúvidas acerca do que se passa por lá. Aproveite os grupos de Whatsapp para tentar perceber a realidade escolar em que o seu filho está inserido.

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Palavras-chave:

Este artigo contém spoilers, não há volta a dar. Mesmo que revelemos aqui alguns pormenores da trama, nada belisca as quatro horas que a minissérie Adolescência, estreada a 13 de março, na Netflix, proporciona a quem se atira a ela. Passando por cima dos arrojados aspetos técnicos desencantados pelo realizador Philip Barantini – cada episódio é filmado num único plano sequência, como se de tempo real se tratasse –, centremo-nos no conteúdo avassalador, do princípio ao fim, e em todas as questões perturbantes que ele levanta em relação à parentalidade do século XXI, em permanente mescla com os ecrãs dos smartphones e computadores.

“Desculpa, filho, podia ter feito mais.” Normalmente, não se deveria revelar a frase final da série, bem o sabemos. Abre-se a exceção para, a partir do desespero deste pai, que se confronta com a certeza de que Jamie, de 13 anos, esfaqueou até à morte uma colega da escola, darmos início à discussão. Se o leitor não pertencer a esta onda global que se espantou com Adolescência (24,3 milhões de visualizações numa semana), deixamos desde já a garantia de que, apesar de ficar a conhecer em traços largos a história escrita por Stephen Graham (que também desempenha o papel de pai na série), em colaboração com o dramaturgo Jack Thore, nada o prepara para o desempenho magistral da meia dúzia de atores principais (o protagonista, Owen Cooper, é um estreante, de 15 anos, como é possível?).

Foto: Courtesy of Ben Blackall/ Netflix

A série tem o mérito de dar eco a algumas das questões fundamentais que atormentam os pais de hoje, como a dependência dos ecrãs, o ciberbullying, a masculinidade tóxica e a cultura incel (ver caixa O que dizem os “celibatários involuntários”).

Foi nessas feridas que Graham quis tocar, sem apontar dedos, depois de ler duas notícias acerca de mortes violentas envolvendo jovens do Reino Unido. “Somos todos responsáveis”, repetiu nas entrevistas que deu. Jack Thorne pediu, entretanto, que os episódios passassem nas escolas e no Parlamento: “É crucial, porque isto só tem tendência a piorar.”

Pelo menos o primeiro-ministro Keir Starmer enfiou a carapuça e, logo na semana da estreia, falou da série no hemiciclo britânico, assumindo que também a viu, com os seus filhos de 14 e 16 anos: “Em Adolescência sublinha-se a radicalização masculina e a violência sobre as raparigas.” Referiu-se a essas tendências como sendo algo “abominável” que deve ser “enfrentado”. Está agora prevista a aprovação do Online Safety Act, um conjunto de leis que protegem as pessoas no mundo virtual, para evitar o acesso dos jovens a conteúdo perigoso. Para já, critica-se que este pacote legislativo não atinja as tecnológicas responsáveis por admitir conteúdo radical nas suas plataformas.

Crimes violentos

A história de Jamie não é verídica, mas baseia-se em casos verdadeiros que abalaram a consciência de Stephen Graham. “A ideia surgiu de um incidente em Liverpool, com uma rapariga, que foi esfaqueada até à morte por um rapaz. E eu pensei: porquê? Depois houve outra rapariga, no Sul de Londres, que também foi esfaqueada até à morte numa paragem de autocarro”, contou, numa entrevista ao Radio Times. A primeira foi Ava White, de 12 anos, morta por um rapaz de 14, em 2021, quando estava com um grupo de amigos, entre os 11 e os 15 anos, à conversa e a beber, à espera que as luzes de Natal se acendessem. O adolescente (que não pode ser identificado devido à sua idade) e dois amigos começaram a filmá-los e a dizer que iam partilhar o vídeo na rede social Snapchat.

Zangada com o facto de estarem a fazê-lo sem autorização, Ava insistiu para que apagassem a gravação e, como gozaram com ela, correu na direção dos três rapazes. Foi então que o adolescente a esfaqueou no pescoço, riu-se e fugiu, vê-se claramente nas imagens de uma câmara de CCTV. O rapaz foi considerado culpado de homicídio e condenado a prisão perpétua com uma pena mínima de 13 anos.

Na ferida “Em Adolescência sublinha-se a radicalização masculina e a violência sobre as raparigas”, comentou o primeiro-ministro britânico Keir Starmer Foto: Courtesy of Ben Blackall/ Netflix

Na já citada entrevista ao Radio Times, Graham refere-se a uma morte mais recente, a de Elianne Andam, de 15 anos, esfaqueada por um rapaz de 17, à porta de um centro comercial em Croydon, no Sul de Londres, em setembro. Nessa manhã, ele combinara encontrar-se com a ex-namorada, amiga de Elianne, para trocarem pertences. Como o rapaz não estava a querer devolver tudo à amiga, Elianne agarrou num dos sacos que teria um ursinho de peluche e acabou esfaqueada repetidamente. Foi condenado a prisão perpétua com uma pena mínima de 23 anos, uma vez que tinha levado uma faca para o local do crime.

Tal como na série, os criminosos estão identificados e a cumprir pena. Não se trata de saber quem fez, mas antes perceber qual a razão que os levou a crimes tão violentos.

À portuguesa

Em Portugal, também tivemos o caso de um jovem a justificar uma ideia de crime (que nunca chegaria a levar por diante) com uma desilusão amorosa. “Talvez fosse atirar cocktails Molotov e setas, esfaquear pessoas”, explicou João Real, durante o seu julgamento, em outubro de 2022, invocando como motivação para a matança que planeara fazer na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa uma depressão e o fim de uma relação platónica com uma rapariga.

Há apenas um mês, foi notícia um aluno de 13 anos do Agrupamento de Escolas D. Carlos I, em Sintra, que ameaçou colegas e professores com uma faca. Não houve feridos, mas provocou o pânico na sua escola. O miúdo, que vive numa instituição de acolhimento e seria vítima de bullying, entrou na cantina armado com uma faca, que atirou para um caixote do lixo antes de ter sido trancado na sala por funcionários e professores.

Cérebro Esta é a idade dos comportamentos impulsivos. O desenvolvimento do córtex pré-frontal só se atinge a partir dos 23 anos

Cinco meses antes, outro estudante de 12 anos, do 7.º ano da Básica 123 da Azambuja, no distrito de Lisboa, dirigiu-se para a escola com uma faca e um colete antibalas, que era do seu pai, segurança de profissão, e começou a agredir quem lhe apareceu à frente – esfaqueou seis colegas, entre os 11 anos e os 14, provocando-lhes cortes no tronco, nos braços e nas pernas. O rapaz também teria passado por um episódio de bullying.

Estas são apenas três histórias que mostram como, também por cá, a banalização da violência está a entrar escolas adentro. Muitas vezes, isso acontece no seguimento de episódios de bullying ou cyberbullying, que “não consubstanciam nenhum crime previsto no Código Penal”, lembra-se no relatório do Programa Escola Segura da PSP, do ano letivo 2023/24. Faça-se ao menos a ressalva de que se tratam de comportamentos “intoleráveis” e “com grande impacto na perceção do sentimento de segurança da comunidade escolar” que podem ser enquadrados nos crimes de ofensas à integridade física, injúrias e ameaças, difamação, devassa da vida privada, entre outros.

Não julgar a vítima

“A adolescência continua a ser o mesmo processo, muito mais do que uma simples transição. Implica especificidades muito próprias, alterações no desenvolvimento, aquisição de autonomia, identidade e pensamento abstrato”, descreve Hugo Castro Faria, 42 anos, pediatra, coordenador da Unidade de Medicina do Adolescente da CUF Descobertas. Mais: “Nessa fase, há uma enorme tendência para a experimentação. Têm de ganhar autonomia, readquirir hábitos e rotinas diferentes dos incutidos pelos seus pais. O problema é que são impulsivos e ainda não desenvolveram a capacidade de perceber totalmente as consequências a longo prazo.” Tudo piora quando o mundo está um lugar estranho e as redes sociais – os ecrãs em geral – modificam a forma como a adolescência é vivida.

“O ciberbullying é uma dessas novas dimensões que tem um efeito devastador, pois os adultos não conseguem controlá-lo. Uma vez publicada, a agressão tem o potencial de chegar a todos os círculos e aquilo não termina. Nem em casa estão seguros”, explica o pediatra. Estar no quarto, atualmente, é igual a estar no meio da rua. Em qualquer parte do mundo.

No entanto, os pais não podem perder a capacidade de supervisionar os seus filhos, para terem a certeza de que não se encontram num buraco. E devem ensinar-lhes os limites até adquirirem maturidade, tendo em conta que não se desenvolvem todos à mesma velocidade.

Tiago Lapa, sociólogo, investigador no CIES-IUL e professor no ISCTE, realça ainda o facto de que, muitas vezes, “as vítimas de bullying se tornam agressores anónimos online, usando as redes como plataforma de vingança”.

Emojis Linguagem própria

E se lhe dissermos que estes símbolos têm significados muito diferentes daquilo que parecem?

COMPRIMIDO VERMELHO
Usa-se para assinalar uma pessoa “red-pilled”, ou seja que exibe pontos de vista misóginos. A ideia do comprimido vermelho (red pill, em inglês) é importada do filme Matrix e refere-se a um suposto despertar dos homens face à realidade que, na sua opinião, o feminismo impõe

DINAMITE
É um código para incel, acrónimo de “involuntary celibate” (celibatário involuntário), porque significa “comprimido vermelho explosivo”, ou seja, que essa pessoa tem crenças misóginas extremas

NÚMERO 100
Refere-se à “regra 80/20”, segundo a qual 80% das mulheres sentem-se atraídas por 20% dos homens. É usado para assinalar os incels, porque eles culpam as mulheres pela sua falta de êxito amoroso ou sexual

FEIJÕES
Pode estar ligado à cultura incel, possivelmente derivado do emoji da chávena de café, popular em plataformas como a Reddit para gozar com as mulheres. Os feijões lembram grãos de café

CORAÇÕES
Entre os mais novos, vermelho pode significar amor, roxo excitado, amarelo “estou interessado/estás interessado”, cor-de-rosa “estou interessado, mas não em sexo”, cor de laranja “vais ficar bem”

O envio de nudes [imagens do corpo nu] é um dos problemas graves, comuns nesta idade. Inês Marinho, hoje com 27 anos, sentiu na pele essa violência sexual quando tinha 21 e ainda está a recuperar do choque – vivendo para a sua associação Não Partilhes, que ajuda outras pessoas em situações idênticas à sua –, quando um namorado espalhou um vídeo íntimo seu pela internet, identificando-a.

Ainda era menor quando viu fotografias suas – algumas delas manipuladas para parecer que expunha partes do seu corpo – num grupo de Facebook chamado Rebarbados 2.0. Eram daí que lhe chegavam a maioria das mensagens a pedirem-lhe nudes, coisa a que nunca acedeu. Também nunca contou nada à família, a não ser quando o seu vídeo se tornou viral (ainda hoje circula em algumas plataformas). Nessa altura, juntou-se a um grupo de Whatsapp com outras raparigas na mesma condição de vítimas de agressão sexual. “Foi aí que tive a ideia de criar uma página de Instagram para sensibilizar as pessoas para não julgarem a vítima, mas o agressor. Passado um ano, criei a associação”, conta.

Na Não Partilhes dá-se apoio emocional e jurídico, acompanham-se as pessoas à esquadra quando fazem queixa, fala-se com os pais para que compreendam tudo aquilo por que os filhos estão a passar. Ao mesmo tempo, Inês Marinho faz sensibilização nas escolas, em casas de acolhimento, fala com professores, psicólogos, alunos. E participa em convenções internacionais para que haja efetiva alteração legislativa.

“Queremos que se torne um crime sexual e público. Hoje, trata-se de um crime contra a vida privada e não é autónomo, o que significa que o agressor pode vir a trabalhar, por exemplo, numa escola”, indigna-se esta jovem. Também defende que haja educação sexual digital e que esses ensinamentos se tornem transversais a toda a gente que lida com estes casos. E, claro, também reivindica a responsabilização das grandes empresas tecnológicas.

Aos miúdos das escolas a que vai diz-lhes, essencialmente, depois de perceber que quase todos conhecem alguém que partilhou uma imagem alheia, sem o seu consentimento: “Não somos uma manada. Não é por estar toda a gente a apontar o dedo que vamos fazê-lo também. Tanto é criminoso o amigo que partilha como quem o faz pela enésima vez.”

Inês apresentou várias denúncias policiais até hoje. Foram sempre arquivadas.

“Não podemos demitir-nos”

Tito de Morais, o mentor do site Miúdos Seguros na Net, está embasbacado com o espanto gerado em torno dos temas que a série expõe. Logo ele, que anda há anos a alertar os pais para os problemas derivados do excesso de tecnologia. Está ciente de que agora não é pelo tempo de exposição que se medem os perigos, embora já exista evidência científica suficiente para relacionar problemas de aquisição de linguagem e de concentração com demasiadas horas em frente aos ecrãs.

Desde 2021, criou, com a coach Cristiane Miranda, o projeto Agarrados à Net, para promoção do bem-estar digital, trabalhando essencialmente com os pais. Em sessões de duas horas, em escolas, câmaras, associações, falam das plataformas em que os filhos andam, que influencers seguem, que conteúdos são divulgados por essas personagens. “A maior parte das vezes, apercebemo-nos de que os pais estão a leste. Nem as plataformas conhecem, quanto mais saberem se os filhos lá andam. Dos influencers nunca ouviram falar, muito menos que ideias divulgam”, esclarece Cristiane.

Tito de Morais lembra que a tecnologia veio trazer um esforço adicional à parentalidade. “Há que começar a trabalhar em idades muito precoces. Se os pais se preocupam com quem os seus filhos saem à noite, também deveriam saber com quem estão na vida digital, que jogos preferem, com quem falam. Temos de arranjar tempo para isso e não podemos demitir-nos.” Os pais devem lá estar para eles, atentos a qualquer alteração do comportamento, sem julgamentos ou castigos.

Esta dupla de especialistas, porém, não concorda com a recomendação governamental de excluir os telemóveis das escolas, numa atitude que parece paradoxal com o que ensinam aos pais. No entanto, não duvidam de que deve haver uma diminuição de tempo de ecrã – quanto mais horas, mais probabilidades de se exporem a conteúdos impróprios. Mas pensam que o melhor caminho seria o da reeducação, em que se envolvesse os próprios alunos e os seus encarregados. E também eles lamentam que não haja penalizações graves contra as “Metas” desta vida, com legislação que seja efetiva.

O exemplo da Austrália

O psiquiatra Gustavo Jesus, diretor clínico do PIN Lisboa, Centro para as Perturbações do Desenvolvimento, acompanha muitos adolescentes nas suas consultas e está ciente da fase de risco em que se encontram. A culpa, está provado cientificamente, também é do cérebro que, do ponto de vista neurobiológico, ainda não está preparado para o embate de transformações por que passam os miúdos até chegarem a ser adultos. É por isso que os smartphones, as redes sociais, através do algoritmo, funcionam como recompensa imediata. “Dão uma sensação de alívio face ao aborrecimento e atenuam a ansiedade. Claro que isto é real apenas enquanto se está naquela atividade”, esclarece o especialista.

Perante estas evidências da Ciência, como poderia estar ele contra a proibição de telemóveis nas escolas? Gustavo Jesus salienta que a prevalência de depressão e ansiedade, especialmente até aos 21 anos, aumentou muito desde 2010, data do advento das redes sociais. “Existe claramente uma relação que observo na prática clínica. A ligação permanente ao stresse psicossocial é uma das principais razões para o aumento da taxa de depressão e ansiedade”, garante.

Padrões Muitas vezes, a violência acontece no seguimento de episódios de bullying; a vítima torna-se agressor

Para este especialista, ninguém com menos de 16 anos deveria ter acesso a um smartphone, pois com ele vem uma série de problemas. “As escolas serão as primeiras a agir para mitigar esta realidade. E os pais podiam pegar nisto e contaminar a sua casa com a mesma decisão.”

Há um ano, o governo australiano não recomendou que os telemóveis saíssem das escolas; proibiu-os totalmente dentro dos portões. Os primeiros resultados foram agora divulgados: 83% dos diretores e 75% dos professores relataram atividades nos intervalos mais positivas; 70% dos professores notaram um aumento do foco e interesse durante os tempos letivos. Além disso, houve um decréscimo de 57,3% nos incidentes relacionados com as redes sociais. Ao mesmo tempo, os estudantes australianos têm recebido formação acerca da segurança online e dos perigos de uma relação inapropriada com os dispositivos.

Universo hipersexualizado

Gustavo Jesus anda a pregar há muitos anos e nem foi por causa da história verídica de Inês, de 15 anos, e dos seus amigos de um colégio de elite na zona de Lisboa, contada por Francisco Salgueiro há cerca de década e meia. Para muitos pais da época, o livro O Fim da Inocência (que mais tarde Joaquim Leitão adaptou a filme) teve o mesmo impacto desta série – escancarar o desconhecimento que têm acerca das vidas reais dos adolescentes.

A personagem tinha uma existência totalmente paralela, em que nas constantes festas que frequentava, regadas a álcool e a drogas, a finalidade era ter sexo desprotegido, algumas vezes com pessoas mais velhas. “Tive muita gente a dizer-me que não acreditava naquela história e a pôr o filho de fora daquela realidade”, conta hoje, depois de também já ter escrito Sexo, Drogas e Selfies, baseado numa amálgama de episódios que foi sabendo.

Pais Mesmo em famílias estruturadas pode cair a maior nódoa. Estar atento ao mundo virtual dos adolescentes é o principal antídoto para a desgraça

Hoje, o autor de 52 anos vê que o universo juvenil está hipersexualizado, em videoclips, nos jogos, em filmes. “Basta estar atento às letras do funk brasileiro, que todos os miúdos ouvem desde cedo”, alerta. Nesse seguimento, nota que as miúdas se produzem imenso para ficarem “bombas sexuais” e que eles só querem ser “grandes machos”. Tudo isto, está-se mesmo a ver, resulta em grande frustração, porque os modelos que seguem não estão ao seu alcance.

Francisco continua a receber muitas mensagens de jovens a contarem-lhe segredos. E nota que o que mais cresce são as histórias de prostituição, sem que eles, com 16, 17 anos, tenham a noção de que é disso que se trata. “As meninas têm sugar daddies e eles mulheres mais velhas que lhes dão presentes, o que é mais subtil.” Esta realidade, que o assusta, e que vem no seguimento da banalização do sexo nos conteúdos que consomem, está completamente fora do radar dos pais. “Os miúdos não falam em casa, porque sentem que estão a falhar.”

Ver ou não ver com os filhos?

Tal como se questionou na altura se os livros de Francisco Salgueiro deveriam ser lidos pelos pares dos protagonistas, hoje paira a dúvida se a série Adolescência é para ser vista por miúdos.

Magda Gomes Dias, orientadora parental, depois de ouvir alguns dos seus seguidores, considera que essa decisão vai depender muito da maturidade dos filhos, mas também dos pais. “Há quem fique muito angustiado com a série, por isso, o melhor é verem primeiro e depois decidem se a partilham com os menores.”

No seu caso particular, ainda não concluiu se irá mostrá-la ao seu filho de 12 anos. “Prefiro abordar a temática pessoalmente, dada a complexidade deste tipo de realidade que ele ainda nem conhece”, justifica. Que seja projetada nas escolas, tal como pede o coautor da série, já lhe parece mais consensual, até porque tudo isto é novo também para os educadores.

Para aliviar a angústia saída do ecrã Netflix, Magda Dias lembra que esta fase da vida é super-rica, a das maiores descobertas, em que o impacto da educação mais se avalia. “É bonito assistir a esse processo de autoconhecimento.”

Medos O universo juvenil está hipersexualizado, em videoclips, nos jogos, em filmes… Com expectativas irreais e muita frustração

O adolescente incontrolável, aliás, foi sempre muito apetecível pela ficção, tal como recorda o sociólogo Tiago Lapa. Senão, que pensar do filme Rebelde sem Causa, protagonizado pelo mítico James Dean?

Essa rebeldia é típica da idade, mas muitas vezes retrata-se de forma exagerada e só se fala dos casos extremos e altamente mediatizados. Apesar de tudo, o investigador não nega a novidade de as redes sociais serem agora a principal ferramenta de expressão e risco, ligada 24 horas por dia. Mas serão elas causa ou consequência do mau bocado por que passam os adolescentes? “As tecnologias não provocam problemas de saúde mental, mas podem potenciá-los.” O estudo Olhar para além dos telemóveis para compreender o bem-estar dos jovens adultos portugueses, do ISCTE, determinou que o uso problemático de tecnologias está associado a índices de bem-estar mais baixos e a uma maior insatisfação com a vida, em particular com aspetos sociais e educativos.

O maior perigo, concorda este especialista, é elas serem um acesso não controlado a câmaras de discussão, em que o discurso radical é circular e em que não há espaço para o contraditório nem regulamentação da interação. Tudo isto entra de chofre num cérebro adolescente, que ainda não desenvolveu as ferramentas para o pensamento crítico.

No entanto, deixemos aqui uma mensagem positiva, nas palavras de Tiago Lapa, depois de sentirmos cá dentro a desesperança da família Miller: “Nem todos os adolescentes estão na mesma situação de vulnerabilidade perante conteúdos perigosos.” Agarrem-se a isto – podemos sempre fazer mais.

Números

Mais crimes na escola

O Programa Escola Segura da PSP só registou um ligeiro decréscimo das situações de bullying

2 956 ocorrências de cariz criminal
Em que foram contabilizados 3 441 crimes, o que representa um aumento de 10,6%, comparando com o ano letivo anterior

1 346 crimes de ofensas corporais
Representaram quase metade dos crimes registados, tendo crescido 8,6%, em relação ao ano letivo anterior

946 injúrias e ameaças
Este crime surgiu em segundo lugar nas ocorrências criminais, tendo crescido 14,2% face ao ano letivo anterior

39 Armas detetadas
Foram detetadas 5 armas de fogo, 30 armas brancas e 4 armas de outros tipos, mais 11,4% do que no ano anterior

134 situações relacionadas com “bullying”*
Comparando com o ano letivo anterior, foram registadas menos 5 ocorrências

30 situações relacionadas com “cyberbullying”*
Comparando com o ano letivo anterior, foram registadas menos 9 ocorrências

(*) Não consubstancia nenhum crime previsto no Código Penal, mas pode ser enquadrado nos crimes de ofensas à integridade física, injúrias e ameaças, difamação, devassa da vida privada, entre outros.

Fonte: Relatório do Programa Escola Segura relativo ao ano letivo 2023-2024

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A democracia já estava em retrocesso no mundo há alguns anos, mas o processo acelerou-se com o regresso de Donald Trump ao poder, nos EUA. Ao escolher aliar-se com os autocratas e outros líderes que manifestam um cada vez maior desprezo pela democracia, o Presidente da nação mais poderosa do planeta acaba por usar o seu exemplo e influência como uma espécie de autorização para que outros sigam os seus passos. Sempre com o mesmo método: tomar o controlo das instituições independentes de referência, manipulação sistemática da opinião pública ‒ com recurso frequente à mentira ou a narrativas distorcidas ‒, desrespeito pelas leis, assalto ao poder judiciário, um ataque cerrado à imprensa livre e independente, cortes de apoio às universidades e instituições científicas e a criação de uma clique empresarial, com pulsões monopolistas, que beneficia da sua ligação ao poder.

O efeito de contágio é evidente, desde que Donald Trump anunciou ao mundo que, na sua administração, tudo o que esteja relacionado com os direitos humanos, os princípios do Estado de direito, e defesa da igualdade e da liberdade, deixou de ser prioritário para a política dos EUA. E, quando a manutenção do poder ou a conquista de maior domínio territorial ou económico é que passa a ser importante, não admira que outros autocratas se sintam encorajados a fazerem o que lhes apetece – sem receio, sequer, de receberem alguma reprimenda. Com Trump, a América deixou de usar a retórica de ser a líder do mundo livre e passou a assumir-se, de forma descarada, como instigadora do poder autocrático. Com um efeito de cascata evidente: os autocratas perdem ainda mais a vergonha e avançam contra os opositores sem receios.

Na União Europeia, tem sido evidente a forma como Viktor Orbán endurece agora as suas posições em relação ao conflito na Ucrânia, preferindo o alinhamento com Trump e Putin. O líder húngaro já não esconde o seu desacordo com as posições dos restantes europeus. E se no passado acabou por não usar o seu direito de veto, em troca de alguns milhões de euros de fundos estruturais, cresce agora a preocupação de que, num momento crítico, decida usar essa “arma” e paralisar decisões importantes, que só podem ser tomadas por unanimidade de todos os membros.

O exemplo autocrático de Trump tem servido de combustível para a corrida autoritária de Benjamin Netanyahu em Israel. Acossado, há muito, por problemas judiciais, o primeiro-ministro israelita decidiu agora radicalizar ainda mais as suas posições. E dispara para vários lados (muitas vezes, infelizmente, de forma mais literal): já não esconde os seus planos para a anexação de Gaza, ao arrepio de todo o direito internacional, e está em intensas movimentações para aniquilar a independência do poder judicial.

Na Turquia, outro homem-forte, Recep Tayyip Erdogan, aproveitou o atual caos internacional para procurar perpetuar o seu partido no poder. Depois de anos e anos a ganhar o controlo do Estado turco, dos tribunais às universidades, passando por uma revisão da Constituição e sucessivas purgas de opositores, Erdogan levou agora o descaramento até ao ponto mais alto: impedir, através de diversas artimanhas, que o presidente da Câmara de Istambul, e seu principal adversário, possa sequer apresentar-se às próximas eleições presidenciais.

Na Hungria, em Israel e na Turquia, milhares de pessoas têm saído para as ruas a manifestarem-se contra as derivas autoritárias. Mas os seus gritos e apelos são recebidos com cada vez maior indiferença num mundo em que, pela primeira vez em duas décadas, as autocracias são já mais numerosas do que as democracias (91 contra 88), segundo as contas do Instituto V-Dem. A parte do planeta que os deveria apoiar e defender, como a Europa, está apenas preocupada, neste momento, em ganhar tempo para se conseguir rearmar e à espera que Trump saia de cena daqui a quatro anos. O problema é se, entretanto, ficamos mesmo sem tempo para ainda conseguir salvar o que resta da democracia.

O grau de amadorismo e de irresponsabilidade em que mergulhou a administração Trump ficou bem ilustrado na maneira como, de forma inédita, um jornalista foi informado dos planos de guerra dos EUA no Iémen, ao ser adicionado a um chat na aplicação de mensagens Signal. O que este caso demonstra é que, se não podemos confiar na liderança de Trump, temos aqui um excelente motivo para confiarmos no jornalismo sério e ético: depois de confirmar que estava num grupo em que se partilhava informação secreta, relacionada com a segurança nacional, o próprio jornalista, Jeffrey Goldberg, editor da revista The Atlantic, tomou a decisão de sair da conversa. O jornalismo tem regras!

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A Canon tem duas novas câmaras: a PowerShot V1 e a EOS 50 V. A utilização da letra ‘V’ nos nomes destes modelos é indicador da aposta que a marca quer fazer na área do vídeo. É aqui que, segundo Pilar Sanz-Morchon, especialista de produtos de fotografia da Canon para Portugal e Espanha, estão as “oportunidades de crescimento” para a marca.

“A geração Z [das pessoas nascidas entre 1990 e 2010] está a descobrir todos os benefícios de ter uma câmara compacta premium em comparação com os smartphones. E isto para nós é uma oportunidade muito boa”, disse durante uma apresentação antecipada dos novos produtos que a Exame Informática acompanhou. Esta análise, associada ao crescimento da chamada “economia dos criadores digitais”, cria a oportunidade certa para a tecnológica japonesa anunciar novos produtos focados na gravação de vídeo.

Um dos dois novos modelos a chegar ao mercado português é a Canon PowerShot V1. Esta é uma câmara compacta (374 gramas), equipada com um sensor CMOS Type 1,4”, capaz de gravar vídeos a 4K a 30 fotogramas por segundo “sem limites” [numa referência à boa capacidade de dissipação térmica do sistema], a 4K a 60 fps durante duas horas (com corte de 64% da área horizontal) ou em câmara lenta (120 fps) em Full HD.

Esta câmara está equipada com uma objetiva fixa com uma distância focal de 16-50 mm e um intervalo de abertura de f/2.8-4.5. Na fotografia estão garantidas imagens de 22 megapíxeis, havendo suporte para a tecnologia de focagem Dual Pixel CMOS II, com deteção automática de pessoas e animais.

A PowerShot V1 é uma espécie de solução ‘chave na mão’ para quem pretende boa qualidade de imagem e facilidade de utilização, sem complicações – há suporte para ligações Bluetooth, Wi-Fi, USB e até pode ser usada como webcam ou câmara para transmissões da internet (livestreaming).

A Canon PowerShot V1 chega às lojas portuguesas em abril e tem um preço recomendado de 1059,99 euros.

Pensar na evolução

Já a EOS R50V é posicionada para utilizadores que procuram uma câmara que seja fácil de usar na gravação de vídeo, mas permita ao mesmo tempo margem de evolução. Este modelo suporta objetivas intermutáveis e tem um conjunto de outras características mais indicadas para uma utilização avançada.

Por exemplo, a EOS R50V equipa uma sapata inteligente que permite a ligação de acessórios (como microfones) na parte superior da câmara. Suporta também nativamente a gravação de vídeos na vertical (tendo inclusive uma ligação de rosca, na vertical e horizontal, para tripés) e o disco de opções principal é inteiramente dedicado à gravação de vídeo. Se dúvidas houvesse, o botão de gravação localizado na parte frontal da câmara reforça o perfil videográfico deste modelo. A possibilidade de gravação no perfil Canon Log3 e o suporte para gravação em 4:2:2 10-bit, para uma otimização de cor em pós-produção, são outros destaques.

A Canon EOS R50 V está equipada com um sensor APS-C de 24 megapíxeis, suporta a gravação de conteúdos 4K a 60 fotogramas por segundo durante duas horas consecutivas e de 4K a 30 fps com sobreamostragem de 6K para alcançar um maior detalhe. Também tem o sistema de focagem Dual Pixel CMOS II.

Este modelo estará à venda em duas modalidades: apenas o corpo por 819 euros; e câmara mais objetiva por 1059,99 euros. A Canon EOS R50 V chega ao mercado também em abril.

A União Europeia (UE) está a preparar-se para casos de emergência – por causas naturais, como incêndios ou inundações, ou humanas, como acidentes ou conflitos -, mas só em julho, quando se começa a debater o próximo orçamento plurianual, avançará com uma estimativa de valor. Até lá, a Comissão Europeia sugere que um cidadão “bem preparado” deve ter em casa reservas de emergência, incluindo água e comida enlatada, suficientes para pelo menos três dias.

Bruxelas quer ainda integrar aulas de preparação nos currículos escolares e introduzir um Dia Europeu da Preparação, referindo que a chave é prever e antecipar as crises.

As recomendações para os cidadãos para casos de emergência incluem um armazenamento básico de água e conservas para um mínimo de três dias, lanterna, rádio e pilhas, bem como uma bolsa de primeiros socorros.

O executivo comunitário anunciou em comunicado que quer ainda desenvolver critérios mínimos de preparação para os serviços essenciais, tais como hospitais, escolas, transportes e telecomunicações, melhorar a constituição de reservas de equipamentos e materiais críticos, melhorar a adaptação às alterações climáticas e a disponibilidade de recursos naturais essenciais, como a água.

A estratégia de constituição de reservas da UE tem ainda como objetivo garantir o acesso a recursos críticos em todo o bloco, como material de emergência e de resposta a catástrofes, equipamento médico, matérias-primas críticas e equipamento energético e ainda produtos agroalimentares e água.

A Comissão quer ainda reforçar a cooperação civil e militar, prevendo a realização regular de exercícios de preparação à escala da UE, reunindo as forças armadas, a proteção civil, a polícia, segurança, profissionais de saúde e bombeiros.

O sumo em pó Kool-Aid, uma invenção de 1927, é quase uma personagem desta comédia, de tantas vezes que se fala dele. Em causa está o desejo do CEO dos Continental Studios (Bryan Cranston), de fazer um blockbuster sobre o fenómeno de vendas. Ao ser promovido a diretor-executivo do estúdio, Matt Remick (Seth Rogen) mete-se numa verdadeira alhada. Quando Martin Scorsese surge com a ideia de realizar um filme sobre o massacre de Jonestown, assassinatos seguidos de um suicídio coletivo (beberam Kool-Aid com cianeto), em 1978, na selva da Guiana, tudo parecia bater certo. Mas este executivo de Hollywood é melhor a fazer inimigos do que a fazer filmes.

A dupla criativa Seth Rogen e Evan Goldberg, amigos e colaboradores desde a juventude no Canadá – juntos já assinaram os filmes Superbad, Pineapple Express, This Is the End e The Interview – estima que 80% a 85% do que se passa em The Studio é real.

Martin Scorsese (à direita) entrou no elenco de The Studio, fazendo dele próprio

Na verdade, nem Rogen nem Goldberg conheciam Martin Scorsese. Talvez já o tivessem cumprimentado numa festa, mas arriscaram e enviaram-lhe o guião e o cineasta-ator-personagem tornou-se crucial para desenvolver The Studio. A série dividida em dez episódios foi filmada com uma única câmara em vez de ter vários ângulos em simultâneo. Queriam ter cenas longas e contínuas para criar tensão e culminar em caos. “É como a Nouvelle Vague francesa”, descreveu Scorsese.

Olivia Wilde e Seth Rogen, ela no papel de si mesma, ele em personagem, como diretor-executivo de um estúdio de cinema

A mais-valia do projeto, escrito pelos dois em conjunto com Peter Huyck, Alex Gregory e Frida Perez, foi a de recrutarem um elenco de estrelas, que interpretam as versões mais caóticas ou desprezíveis de si mesmas. Martin Scorsese soluça, o realizador Ron Howard fica furioso, Ted Sarandos, diretor-executivo da Netflix, aventura-se em território inimigo na Apple. Mas há mais, atores e atrizes como Anthony Mackie, Adam Scott, Zack Snyder, Zoë Kravitz, Charlize Theron, Olivia Wilde, Sarah Polley e Steve Buscemi podem aparecer em modo de colapso total ou a expulsar Matt de uma festa.

The Studio > Apple TV+ > Estreia 26 mar, qua (dois episódios) > dez episódios, um por semana

Uma aeronave de instrução caiu esta quarta-feira, no Aeródromo de Cerval, em Vila Nova de Cerveira, em Viana do Castelo. O alerta foi dado pelas 13h14 desta tarde.

Na nave seguiam dois ocupantes, aluno e examinador, que estão ainda a ser “avaliados”, desconhecendo-se o tipo de ferimentos, indicou uma fonte do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Minho à agência Lusa.

O diretor do aeródromo explicou à SIC Notícias que o acidente ocorreu na sequência de uma aterragem abortada. “[A aeronave] entrou em perda e caiu em cima das árvores”, referiu.

O aeródromo está encerrado.

O Campeonato de Portugal de Novas Energias – PRIO está de regresso. A caravana dos automóveis elétricos vai rumar a Monfortinho, junto à fronteira com Espanha, onde a prova terá início nesta sexta-feira, com cerimónia de partida agendada para as 16h00 nas Termas de Monfortinho. E será nesta zona fronteiriça que vão decorrer as primeiras especiais de classificação.

No sábado, dia 29 de março, a segunda etapa parte novamente das Termas de Monfortinho pelas 7h15 e deverá finalizar às 10h30, em Vila Velha de Ródão. A terceira etapa, também no dia 29, partirá às 11h00 de Vila Velha de Ródão para terminar, às 13h30, no MOMSteel, com pontos de passagem significativos em Rosmaninhal, Vila Velha de Rodão e Mação. Depois do almoço é tempo para o arranque da quarta etapa que terá passagem na Carby Alfragide, entre as 17h30 e as 18h30. A chegada a Oeiras está prevista para as 18h35, na Câmara Municipal de Oeiras. 

Segundo a organização, “o último dia de competição será marcado por uma Street Stage, com duas passagens, disputada na Marginal de Oeiras, com início às 10h35 e final na estação de serviço PRIO em Santo Amaro, seguindo-se, de imediato, a cerimónia do pódio”.

Exame Informática vai competir

A Exame Informática voltará a marcar presença no Campeonato de Portugal de Novas Energias – PRIO. A equipa PRIO – Exame Informática – PEUGEOT contará com duas duplas, Sérgio Magno e Ana Joaquim, ao volante de um Peugeot e-3008, e João Paulo Martinho e Pedro Brito, ao volante de um Peugeot e-208.

Peugeot e-208 na Street Stage em Oeiras em 2024