Neste passado fim de semana, tive mais uma vez orgulho e certeza no partido que ajudei a fundar.
Quando vivemos numa era marcada pelas fake news, negacionismos científicos e populismos, nós, os membros da Iniciativa Liberal, demos o exemplo de como lidar com esses casos em Democracia. Não é através do silenciamento de negacionistas e populistas que vamos defender a Democracia, a verdade, o avanço da globalização, a evolução dos costumes e sobretudo, a Liberdade. Devemos deixar que essas pessoas falem e desconstruir os seus argumentos. Demonstrar porque não estão certos e onde estão a falhar no seu raciocínio.
É nisto que a sociedade deve lembrar quando tentarem silenciar através da caneta. A ciência, os factos e a verdade sempre vencem, se os bons não se calarem.
É este o partido que tive esperança a fundar, que não se cala, que traz as discussões à mesa e que as finaliza com democracia, e acima de tudo, com racionalidade. Que votou contra cisões, negacionismos e conservadorismo, mas votou a favor da igualdade de todos os portugueses poderem ser eleitos presidentes, não existindo portugueses de primeira ou de segunda. Que demonstrou que a sustentabilidade é um valor liberal, que é falado desde Locke. E que lutaremos contra o populismo, quer de direita, quer de esquerda.
Deu-me ainda mais esperança ao ouvir um ativista cubano lembrar que a IL é o único partido português que está a lutar pelos direitos humanos em Cuba. E não lutamos apenas pelos direitos humanos em Cuba, mas na Venezuela, na Rússia, na China e onde quer que eles sejam violados.
De ouvir um imigrante brasileiro, que quer investir em Portugal, mas continua numa situação de ilegalidade por culpa da burocracia e ineficiência do Estado, nos lembrar que Portugal pode e deve ser um país de liberdade para todos que querem aqui procurar a sua felicidade e realização.
Deu-me orgulho na mensagem que estes membros deram para mim. E escrevo isto com lágrimas nos olhos. Que não interessa a minha família ter um background imigratório e de minoria religiosa, que não interessa o que eu seja ou o que eu queira, ninguém pode colocar em causa o quão português sou e a minha vontade de mudar Portugal. Que não importam todas as minhas diferenças minoritárias, que apesar de sermos todos diferentes, todos temos direitos iguais perante a lei e merecemos o mesmo tratamento em sociedade. E sobretudo, devemos tê-lo dentro da Constituição. Que eu posso dizer sem medos e nem receios, por mais raiva que dê a intolerantes e moralistas, que eu sou português e que sou liberal.
Eu acredito que a participação ativa num partido que se traduza em cargos não deve ser carreirista e nem longeva, que devemos alternar pessoas e trazer sempre novas ideias. Tenho a certeza que um dia deixarei de dar a cara pela IL e esta convenção demonstrou que o partido está bem encaminhado. Valeram a pena as dores, as discussões e o tempo investido nos últimos anos.
Valeu a pena. Somos liberais em toda a linha. Somos o futuro. Obrigado, liberais.
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