Menos de um ano depois de entregarem o Governo ao PSD, os madeirenses voltaram às urnas para responder a uma pergunta simples: querem dar mais estabilidade e tempo ao Governo Regional? A resposta foi clara. Apesar da dispersão partidária, o apoio ao líder do Governo e ao seu partido foi inequívoco. Não há outra forma de o ler. Foi o que ele pediu, e foi o que o eleitorado deu.
Ao longo de décadas, os madeirenses têm mostrado que valorizam a estabilidade: legislaturas completas e Governos em pleno exercício. Voltaram a dizer, com clareza, quem querem no poder e por quanto tempo. Com este voto, puniram os partidos que derrubaram o Governo. Essa mensagem não ficará na Madeira — vai ecoar no continente.
A 18 de maio, os portugueses vão ser chamados a decidir: querem um Governo da AD, com Luís Montenegro, ou preferem outras soluções? A resposta deverá ser tão clara como a da Madeira. Hoje, os eleitores mostram pouca paciência para Governos frágeis, sem rumo ou solidez. Ainda mais num momento em que se adensam as nuvens vindas da Europa e dos Estados Unidos. Esse será o teste decisivo para o próximo Executivo.
A Europa enfrenta uma guerra às portas de Leste, e os EUA voltaram a ter um presidente imprevisível e hostil. Trump é duro com os seus — até com os filhos — e afável com tiranos. Está obrigado a sair a 20 de janeiro de 2029. Até lá, e tendo tudo isto em conta, é essencial que Portugal mantenha a estabilidade: com um Presidente atento, um Governo firme e um Parlamento ativo. Não é pedir muito!
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.