Isto não é uma previsão, muito menos um palpite, nem sequer uma aposta. No entanto, ponderando tudo o que não é explicado nas televisões, com mais de 40% do eleitorado já tendo votado e assumindo que dos 244 milhões de eleitores poderá haver uma taxa de participação de 67%, como em 2020 — ou seja, 165 milhões — então já existe um presidente americano eleito para os próximos quatro anos, mas ainda não sabemos quem será.
Pouco mudou nos últimos dez dias, com milhares de sondagens que só confundem, e sempre com a impressão de que tudo está empatado na votação nacional e nos estados que decidem o Colégio Eleitoral. Contudo, há um alerta que vem dos melhores modelos matemáticos, agora com o auxílio da IA: a vitória para a Casa Branca pode estar bem distante de um suposto empate.
Ao dia de hoje, em que já não há eleitores indecisos, Donald Trump seria o 47.º presidente dos Estados Unidos, com 312 dos 538 membros do Colégio Eleitoral. Nos estados que influenciam o resultado final, Arizona, Nevada, Geórgia e Carolina do Norte inclinam-se para a coluna dos republicanos e resta saber o que acontecerá no Wisconsin e na Pensilvânia, sendo que este último também está a pender para Trump.
Cheira a Trump na Europa, e não é agradável. Se os europeus pudessem escolher, já teriam colocado Kamala Harris na Casa Branca. O ex-presidente, que pode vir a ser o presidente eleito, está consciente disto e não perderá a oportunidade de se vingar, no melhor do seu estilo. Só não incomodará a nova líder do Partido Conservador britânico, Kemi Badenoch, que quer ser uma Thatcher desta geração, orgulhosa de pertencer à nova direita conservadora britânica.
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