Eu, se fosse americano, e tivesse de escolher entre Trump e o Pateta, votaria garantidamente no Pateta. No «Público», o João Miguel Tavares punha a cruzinha no Rato Mickey. Percebo o boneco. O Rato é infinitamente mais esperto do que o Pateta, mas qualquer um dos dois possui um QI e um QE a milhares de léguas de Donald, que não pode ser confundido com o Pato.
Acho, repetindo, que todos os europeus, e de outros continentes, deveriam poder votar nas eleições americanas. E não era pedir muito, ou algo de extraordinário. A América mexe conosco. Em todos os domínios. E um presidente ou um Congresso (sendo este o mais importante) instável, inesperado, radical e autista pode levar-nos ao limite. Não fosse a entrada dos EUA na II Guerra Mundial, e a ajuda militar inesgotável que forneceu à Grã-Bretanha e a Estaline, e a nossa Europa seria outra, seguramente. Ou a Ucrânia já estaria nas mãos de Putin, há muito tempo.
O fantasma do Pateta reside por estes dias em Chicago, na Convenção Democrata, onde estão presentes todos os grandes do partido. Curioso, apesar de tudo. Nos primeiros dias de Kamala, quando Biden anunciou que desistia, não foram muitos os pesos-pesados que deram a bênção à vice-presidente. Esperaram para ver as sondagens, e os rios de dinheiro, e agora todos querem falar nesta poderosa plataforma mediática e eleitoral. Não há quem falhe, de Hillary a Ocasio, de Biden a Obama e Clinton.
A dupla K-W está lançada, já tem como garantidos 225 grandes eleitores (se é que alguém pode garantir alguma coisa!) mas Trump não largará facilmente a sua última oportunidade de chegar à Casa Branca. Porque daqui a oito anos, ou quatro, já poderá estar na nebulosa companhia do senhor Alzheimer.
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