Israel tem o Governo certo para os tempos que vive. Um “falcão” como primeiro-ministro, ladeado por dois generais na reserva – um deles ex-chefe das Forças de Defesa e provável novo PM em eleições antecipadas – compõem o atual governo israelita e o outro é o ministro da Defesa. Este gabinete de guerra, formado após os massacres de 7 de outubro, enfrenta um dilema: qual a dimensão da retaliação militar contra o Irão?
As sucessivas reuniões do gabinete de guerra evidenciam a necessidade de conciliar diferentes opções, incluindo as do atual comandante-chefe e dos responsáveis pelos serviços secretos. Vai ser à bruta ou cirúrgica?
A decisão final estará tomada, e a resposta é garantida. Do outro lado, as ameaças de retaliação “em segundos” vindas de Teerão intensificam-se. Será que os iranianos se esqueceram da distância de 1.500 quilómetros que os separa de Israel?
Apesar dos apelos à calma e contenção dirigidos a Telavive, a maioria dos aliados reconhece e até concorda, em circulo reservado, que o Irão necessita de levar uma lição militar séria, poderosa e inequívoca. Para isso bastam os israelitas.
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