André Ventura não precisa de muscular as suas intervenções para mostrar que tem força. Já a tem e não necessita de ser gritada. Um milhão de portugueses escolheu o Chega para o representar na AR, e esse imenso poder está reconhecido e assumido. Há um terceiro grande partido em Portugal que introduz grande baralhação no esquema dos dois únicos partidos alternativos.
Agora há três partidos fortes, e a vida política tem de se adaptar a essa realidade, que não surgiu inesperadamente. Os “pais” do Chega são os partidos fundadores da democracia, que se foram apagando e alheando da realidade. E por muito estranho que isso possa parecer, ou até difícil, é um imperativo democrático respeitar o voto desses portugueses. Isso já está a acontecer, mas lentamente.
André Ventura está onde queria. E chegará ao poder, um dia, tal como os partidos gémeos europeus e de outros continentes. Não é uma fatalidade. É apenas uma escolha eleitoral.
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