O Sistema de Segurança Interna (SSI) decidiu elevar o nível de ameaça de atos terroristas de moderado para significativo. É preventivo, sublinhou o ministro da Administração Interna, que não deixou de lembrar que a Europa enfrenta agora duas guerras, sendo que a do Médio Oriente tem normalmente um perigoso efeito mimético e multiplicador.
Como numa das guerras ainda nem sequer começou a ofensiva terrestre, a Norte e Sul, com o quase certo envolvimento do Irão e dos Estados Unidos, as nossas ameaças à segurança poderão rapidamente passar para «elevado» ou «imediato», para não falar do nível «Z», que significa uma ameaça real e iminente.
Toda a Europa está alerta, com alguns países a sofrerem uma maior pressão, como a França e a Grã-Bretanha, mas o verdadeiro impacto só se conhecerá nos dias seguintes à entrada dos israelitas em Gaza e no Sul do Líbano. Esse será o momento em que as autoridades políticas e militares de todo o mundo percecionarão a real dimensão do conflito, e a sua escalada militar. E com Teerão ao barulho, tudo pode atingir um patamar imprevisível.
Tempos extraordinários, estes: uma pandemia que aterrorizou durante dois anos, e duas guerras em que as democracias não poderão ser derrotadas. Tudo de seguida. Mais alguma surpresa? Só falta chegar às armas de destruição maciça. Como as químicas, por exemplo, mais dispersas e difíceis de controlar.
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