Aproxima-se, a passos largos, a ofensiva israelita em Gaza. Os sinais são inequívocos, sendo que o mais importante de todos, desde há 15 dias, é a inabalável vontade e empenho nacional de Israel em acabar com o Hamas, e vingar os seus milhares de mortos. Netanyahu voltou a visitar a frente, o ministro da Defesa foi mais explícito, e tudo está preparado para este momento.
As incursões noturnas a Gaza estão a ter resultados, os ataques às chefias terroristas estão a decapitar o grupo, e o mapeamento dos pontos sensíveis, e o tipo de unidades que vão entrar já têm objetivos designados e locais marcados.
O Governo e as forças armadas israelitas não querem uma incursão relâmpago, que deixe metade do Hamas, e dos outros grupos terroristas, ainda ativo e com capacidades letais. Desta vez vai ser mais demorado, passo a passo, para eliminar, pelos próximos anos, essa ameaça.
Sabe-se, também, que a entrada em Gaza vai implicar um ataque em força no Sul do Líbano, contra o Hezbollah. Mantém-se o conflito da baixa intensidade, mas a batalha à séria está programada. O Hezbollah tem de sofrer um golpe duro e mortal, e no final será aumentada a zona tampão na fronteira. E a fonte que cria e alimenta o terror na região não escapará à pesada e longa mão israelita e americana.
Biden, por fim, também reaparece. A viagem à região sofreu um rude golpe político, ficando a meio, com o desastre do hospital, mas um discurso à Nação americana só se faz em momentos muito especiais, e quando a Casa Branca percebe que tem de demonstrar força, autoridade e controlo. É o som da guerra.
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