Eventualmente não se percebeu bem. Certamente que será um erro de análise. Obviamente que o Pacote do Governo não se assemelha em nada a uma sovietização da Habitação. É um exagero, uma extrapolação inadequada.
Seja como for, o Estado vai passar a ser o senhorio da Nação. Substitui-se ao mercado. Se é isso, e parece que é, então acabou de ser dado o primeiro grande passo para a reaparição, em Portugal, da União das Repúblicas Socialistas e Soviéticas.
O Estado é que manda. Ponto final. O Ministério da Habitação, e os seus institutos, passará a ser o Diretório do Imobiliário Nacional, que compra e vende, que constrói e arrenda, que é senhorio e inquilino, e que manda nas taxas dos bancos.
Ironicamente, e inversamente, este Pacote da Habitação também contém alguma da precipitação (para não dizer outra coisa) vista em Liz Truss, que disparou vários tiros, de uma só vez, e não acertou em nenhum balão. Certo, certo é que há uma revolução na habitação.
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