Temos pela frente um ano pleno de atos eleitorais. Por esta altura, estarão a ser finalizados os programas eleitorais dos diversos partidos políticos. Em teoria, é depois da leitura do que cada força política defende para cada área de intervenção que os eleitores decidem em quem votar. Seja qual for o programa de governo, há algo essencial: todos devem dar grande importância à educação.
Mais do que nunca, a educação é fundamental pois é crucial para a formação e desenvolvimento das sociedades. Uma população com uma educação robusta não só está mais preparada para os desafios do futuro, mas também tem uma maior capacidade para contribuir ativamente para o bem comum, fomentando cidadãos cívicos essenciais.
Acredito que todos os políticos sabem da importância deste setor e da necessidade de valorizar professores e toda a comunidade escolar.
Neste novo ano, é fulcral que os programas eleitorais reflitam, de forma mais assertiva, os desafios da educação. O mundo não para de mudar e a educação tem o dever de acompanhar o mundo, uma vez que também serve para o compreender. Vivemos num mundo em que a digitalização é central e o contributo da tecnologia já é uma realidade há muitos anos.
A tecnologia está para ficar e deve ser utilizada de forma sensata para ser útil às escolas e à sociedade, apoiando a melhoria da comunicação entre pais e escolas, promovendo a literacia digital de alunos e professores, e simplificando a vida dos professores.
Contudo, a realidade é que o país ainda não está inteiramente pronto para receber a tecnologia. Como se viu pela realidade na pandemia, nem todos têm os equipamentos certos para acompanhar o futuro da educação e ainda menos têm as competências para tirar partido deles.
Entre outros pontos, a educação precisa de ser tecnologicamente educada. Resta esperar que os programas eleitorais acompanhem esta necessidade premente.
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