2023 foi um ano especialmente duro para quem quer acreditar no amor. Como se não bastasse a separação do casal-sensação Bárbara Branco e José Condessa, ainda fomos confrontados com o fim do idílio entre Belém e São Bento. António Costa pediu a demissão e Marcelo Rebelo de Sousa aceitou prontamente. Como se já estivesse de olho no galã Vítor Silva Costa, como a Bárbara Branco. É uma pena. Um casal que parecia dar-se tão bem. Ainda me lembro deles, nos primeiros tempos de namoro, felizes, em Paris, partilhando um guarda-chuva para se abrigarem da intempérie. Ou beijando-se lascivamente na barragem de Castelo de Bode. Ah, não, esses eram a Bárbara e o Condessa, estava a fazer confusão. Enquanto os dois jovens actores negam que tenha havido qualquer traição, no caso de António Costa o ex-primeiro foi o primeiro a assumir a existência de “casos e casinhos”. A relação estava muito desgastada e aconteceu o que tipicamente sucede com casais desta idade: ele começou a implicar com as amigas com quem ela saía, em especial com a amiga que nunca mais saía lá de casa, aquela excêntrica do piercing que passeava os cães de pijama… Depois veio a fase das cirurgias estéticas que, como se sabe, são viciantes, uma pessoa pensa que vai só repuxar umas peles e substituir um ministro, e quando dá por si já fez quatro remodelações e já não dá para salvar a face. Já tínhamos visto muitos divórcios motivados por relacionamentos com a secretária, foi refrescante ver um provocado pelo chefe de gabinete. No que toca a relações extraconjugais no emprego, passámos do padrão “funcionária mal remunerada que é assediada pelo seu superior hierárquico” para “colaborador informal muito abastado que deixa o chefe de calças na mão”. Mas atenção que Marcelo também tem culpas no cartório, no que toca ao falhanço deste enlace: foram anos e anos de casamento sem nunca mencionar que tinha umas gémeas no Brasil. Os homens são todos iguais.
Tirando aqueles que são “diferenciados”, como se diz agora no futebol. Roger Schmidt, o alemão que disse “quem ama o futebol ama o Benfica”, levou as águias ao título, e constatou, meses mais tarde, que quem ama o Benfica pode não amar o seu treinador de futebol, já que viu serem-lhe arremessadas garrafas pelos próprios adeptos, em casa. Isto em princípio configura violência doméstica. No futebol os votos de casamento são um pouco diferentes: “Prometo amar-te na saúde e desrespeitar-te na doença, porque fico cego se empatarmos com o Farense.” Do outro lado do mundo, Ronaldo foi apresentado no Al-Nassr, lembrando-nos de que quem ama o futebol ama o dinheiro, e aqui ao lado, em Espanha, João Félix oficializou o fim do namoro com Margarida Corceiro. Desde esse anúncio, a performance desportiva de Félix melhorou substancialmente. Já se desconfia inclusive de que Magui Corceiro possa estar envolvida com vários titulares do Porto. O futebol feminino continua a crescer a olhos vistos e teve, finalmente, honras de primeira página, graças a um beijo forçado por um homem.
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