Aproveitei o fim de ano para viajar até ao Algarve ao volante do recém chegado Countryman. O Míni ganhou versatilidade sem perder a alma desportiva que o caracteriza. Uma agradável surpresa! O “feeling” de condução de um Míni está lá, a aparência jovem, a qualidade dos materiais e o interior moderno também.
É um carro com espírito familiar mas com alma de SUV. Está à venda com cinco motorizações à escolha: três a gasolina e duas Diesel, com potências que oscilam entre os 90 e os 184 CV de potência.
O One D (diesel) deixou de usar um motor do grupo PSA (Peugeot/Citroën) e utiliza um quatro cilindros BMW com EfficientDynamics.
O habitáculo é razoavelmente amplo e funcional. Atrás sentamo-nos em dois lugares individuais, em alternativa é possível optar por um banco corrido que transforma o “Country” no primeiro Mini de cinco lugares. Na mala cabem 350 litros, o mesmo, por exemplo, que um VW Golf. É importante referir que é possível guardar alguns objetos no fundo da bagageira, num fundo falso, e, prender a chapeleira aumentando ainda mais a capacidade de carga.
O Countryman é 40cm mais comprido que o Mini “convencional” (4,10 m) e 20cm maior que o Clubman. Tanto o Cooper S Countryman, como o Cooper D Countryman estão disponíveis, opcionalmente, com um sistema de tracção integral permanente denominado “Mini All4”.
A posição de condução é elevada e em estrada o “feeling” de condução não deixa dúvidas. Este carro consegue ser um familiar compacto, de qualquer forma, não nos deixa ficar mal quando enfrentamos uns estradões de terra batida ou subimos uns passeios.
Na viagem para o Algarve decidi sair na portagem de Grândola e seguir pela estrada nacional recordando o belo cozido de Canal Caveira, o café na mimosa, as curvas de São Marcos da Serra. Nunca consegui baixar dos sete litros ao cem. Afinal este “Country” ainda pesa 1.780 kg. O motor 1.6 do Cooper D com 122 CV de quatro cilindros em linha revelou-se muito agradável de conduzir, não é ruidoso e a caixa manual de seis velocidades está bem escalonada. Claro que na estrada nacional encontramos sempre uns condutores mais distraídos que não têm por hábito olhar para os espelhos retrovisores nas longas retas alentejanas. Como não gosto de arriscar e não tenho sete vidas, utilizo o binário de 270 Nm ás 1750 rotações para colocar uma mudança abaixo e ultrapassar sem arriscar.
No regresso a casa perdi o amor aos 20 euros da portagem e decidi viajar pela A2. A intenção era confirmar se os consumos baixavam ligeiramente. É um engano porque regressamos ligeiramente mais depressa e os consumos são idênticos, a velocidade média também é superior. O Countryman desenha muito bem todas as curvas, transmite-nos confiança.
O novo Mini é um carro de estilo, um automóvel para quem gosta de viver de uma forma descontraída e não liga a piropos como: “Olha um Mini gordo”!
O preço do Mini Countryman varia entre os 23.376 com o motor 1.6 a gasolina de 98 CV e os 37.486 do Cooper S ALL4 de 184 CV de potência. A versão que conduzi e vê nas fotos é um Cooper D com um bloco 1.6 diesel de 122 CV que custa 28.277 euros.