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Quando falo da marca Opel recordo-me sempre de uma história que aconteceu comigo em Almodôvar, no Alentejo. Fui fazer uma reportagem com o Fernando Alvim e a Ana Lamy para a RDP – Radiodifusão Portuguesa. A emissão da amanhã da Antena 3 foi realizada a partir de uma associação de ocupação de tempos livres para jovens.
No dia anterior tinha sido convidado para uma conferência de imprensa de apresentação nacional da nova geração do comercial ligeiro Opel Combo. Foi a última vez que estive na fábrica da Azambuja. Era uma quinta-feira e tinha um quarto reservado numa residencial em Almodôvar. Peguei no Opel Combo rumo ao Sul. Acordei pela fresca, a nossa emissão começou às sete e a boa disposição do Alvim e da Lamy eram a garantia de um dia bem passado.
As coisas estavam a correr bem. Decidi estacionar o Opel Combo junto da praça central de Almodôvar. Chega um velhote alentejano ao volante de um Ford Capri (daqueles de ferro, com suspensão de molas que saltavam a toda velocidade em Arganil nos tempos áureos do Rali de Portugal) e embateu com violência na parte da frente do Combo. Deu uma pancada tão forte que eu até saltei dentro do carro. Pensei para os meus botões: “Já está, partiu esta m…. toda”! Esperava sair do carro e encontrar o pára-choques do Combo no chão. Enganei-me redondamente, o Combo não tinha um único arranhão. A partir desse dia comecei a respeitar a robustez da marca alemã.
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Opel Insignia Sports Tourer
Depois desta breve introdução, chegou a altura conduzir a Opel Insígnia Sports Tourer. Já tinha experimentado a berlina. Ficou a promessa e a expectativa de desfrutar de uma das carrinhas consensualmente mais bonitas da actualidade. A unidade em causa estava munida do motor 2.0 CDTi com 160 CV e 350 Nm de binário, o nível de equipamento era o topo de gama Cosmo, associado a uma eficaz caixa manual de seis velocidades. Fez em Janeiro um ano que o Insígnia sédan foi lançado. A carrinha chegou em Abril de 2009.
A estreia da station wagon Sports Tourer reforçou os atributos do modelo que foi eleito o “Carro Europeu do Ano 2009”. A carrinha Insignia Sports Tourer oferece um visual sofisticado e dinâmico que encontra correspondência num habitáculo amplo. Podem viajar desafogadamente até cinco adultos, disponibilizando uma capacidade de carga, cujo volume pode ascender a 1530 litros. A Opel Insígnia Sports Tourer tem a mesma distância entre eixos (2,74 m) do que o sédan, sendo mais comprido em 8 centímetros (4,91 m).
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Um ano após o início da comercialização da berlina a gama de motores parece-me equilibrada. Afinal de contas, a carrinha pesa duas toneladas e para garantir o prazer de condução que sentimos a bordo é necessário um motor com alguma potência e binário. A gama de motores a gasolina é ajustada. Senão reparem! Um motor 1.6 (180 CV), um 2.0 Turbo (220 CV) e o 2.8 Turbo V6 (280 CV).
O Opel Insígnia Sports Tourer mais acessível é precisamente o 1.6 Turbo com um preço a partir de 31.300 euros. Por mais 2.000 euros conseguimos comprar a unidade diesel equipada com o motor 2.0 CDTI de 130 CV (33.300 euros). Das opções diesel fazem ainda parte os motores “Common Rail” 2.0 CDTI de 160 CV (a versão que conduzi) que custa 38.450 euros. As novidades mais recentes são os motores ecoFLEX. As versões 2.0 CDTI ECOTEC debitam uma potência de 96 kW (130CV) e 118 kW (160 CV) com um consumo combinado anunciado de 5,3 litros e emissões de CO2 de 139 g/km.
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VISÃO
A outra novidade é o Insignia OPC com o motor 2.8 V6 Turbo (325 CV) e uns expressivos 435 Nm. É o modelo de produção da Opel mais potente de sempre e estou prontíssimo para lhe deitar a mão. A variante OPC está disponível nos formatos de carroçaria sédan e station wagon Sports Tourer.
A carrinha 2.0 CDTI de 160 CV que conduzi tinha algumas particularidades. Bancos forrados a couro de cor creme (um opcional que custa mais 1.000 euros), jantes de liga leve de 18 polegadas calçadas com uns eficazes pneus Bridgestone Potenza (as jantes são de série na configuração Cosmo), sistema de navegação (875 euros) e possuía o chassis com o sistema “FlexRide” com comando electrónico integrado da suspensão. Este sistema assegura uma maior capacidade de controlo superior (um opcional que vale 1.000 euros). O “FlexRide” é oferecido de série apenas com o motor 2.8 Turbo e permite que o condutor opte por um de três modos de condução – Standard, Tour (orientado para o conforto) ou Sport (mais dinâmico). Posso garantir que vale bem a pena carregar no botão Sport colocado na consola central. Com o “FlexRide” accionado e os pneus devidamente aquecidos, após alguns quilómetros de estrada, a Insignia Sports Tourer desenha as curvas mais apertadas com a máxima eficácia. O sistema FlexRide altera a configuração de várias funções que estão interligadas no capítulo da dinâmica do automóvel, como o amortecimento da suspensão, a assistência da direcção, a resposta do acelerador ou até mesmo a configuração dos faróis direccionais. Já tinha ficado agradavelmente surpreendido com o comportamento do motor 2.0 CDTI de 160 CV quando fiz uma viagem ao Alentejo ao volante da berlina. Desta vez nunca consegui baixar dos 8,5 litros para percorrer 100 quilómetros.
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A Opel oferece uma lista de equipamento de série muito interessante para esta carrinha. Logo a partir do nível Edition, incluem-se elementos como vidros eléctricos nas quatro portas, ar condicionado de controlo electrónico, fecho centralizado de todas as portas, sensor de luz para os faróis, faróis de nevoeiro, sistema de alta-fidelidade com rádio-leitor de CDs MP3 e sete altifalantes, volante forrado a couro (com regulação em altura e alcance), cruise control, computador de bordo, banco do condutor com regulação eléctrica em altura, banco traseiro rebatível 60/40, assistência ao arranque em subidas, travão de mão com comando eléctrico. Em matéria de segurança activa e passiva, todos os Insignia Sports Tourer possuem ESP, ABS, duplo airbag frontal, airbags laterais, airbags de cortina, cintos de segurança com tensores e limitadores de força, avisador da falta de colocação de cintos de segurança, encostos de cabeça activos e sistema Isofix para fixação de cadeiras de criança. Como em quase tudo na vida, nem tudo é perfeito. No caso do Opel Insignia Sports Tourer continuo a achar que existem botões em excesso na consola central que podem contribuir para distrair o condutor. De qualquer forma, também é verdade que os portugueses gostam de carros bem equipados e com muitos botões.
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