As paredes divisórias em vidro têm sido um elemento cada vez mais utilizado em construções e reabilitações. Quer pela sua versatilidade, quer pelo caráter modernista que projetam nos ambientes, elas podem responder a usos completamente polivalentes e distintos, convencendo e solucionando várias condicionantes arquitetónicas presentes em muitos exercícios.
O seu brilho, resistência, fácil limpeza, higiene, transparência e enorme capacidade de responder a diversos formatos são algumas das características que definem estas divisórias, que transportam consigo grandes benefícios na sua utilização.
Assim, antes de ser um elemento que possa ser considerado e definido como uma moda ou tendência, é, acima de tudo, algo que responde e ajuda à passagem de luz natural, nomeadamente em espaços com dimensões reduzidas ou limitados pela quantidade de janelas.
Em escritórios, curiosamente, tem sido uma boa estratégia, permitindo que todos os espaços recebam luz natural. Assim, para além de atribuir um caráter amplo e leve ao ambiente, atribui também um aspeto confortável e acolhedor, resultando numa imagem open-space.
No âmbito da reabilitação, em Portugal, também temos vários exercícios onde trabalhamos com áreas bastante reduzidas e condicionadas em termos de espaço. Neste sentido, a utilização destas divisórias é uma mais valia e responde de uma forma super viável. Por um lado, tem a capacidade de definir e organizar vários ambientes, coletivos a privados e, numa outra perspetiva, permite a passagem de luz entre diferentes divisórias.
A privacidade visual de cada espaço pode, posteriormente, ser trabalhada de diversas formas, desde o uso de cortinados, blackouts ou até mesmo vidros inteligentes.
O mesmo exercício tem sido cada vez mais usado em quartos de hotéis, em que as casas de banho, dos respetivos quartos, contam com este tipo de divisória.
A intenção passa também por ampliar o espaço e o vidro possui essa característica de provocar a sensação de transparência que, por sua vez, fornece a sensação de continuidade. Outra mais valia é melhorar a comunicação entre os seus hóspedes.
É curioso: identifico sempre este tipo de layout como um registo nórdico, mas a verdade é que ultimamente cada vez o utilizo mais nos meus projetos e o resultado tem-me agradado imenso. Obviamente que pormenores como uma caixilharia mais minimalista conferem sempre um ar mais elegante e sofisticado, no entanto acabam também por encarecer o produto. Ainda assim, é um pormenor que vale a pena e que faz diferença.
Bem, desta forma despeço-me, desejando um Santo Natal e umas óptimas entradas. Até 2020!