Os Certificados do Tesouro Poupança Crescrimento (CTPC) foram anunciados no dia 26 de Outubro (em comunicado do Conselho de Ministros) e vão substituir os Certificados do Tesouro Poupança Mais, que estavam em vigor desde 2015. Os CTPC vão oferecer juros mais baixos mas durante mais 2 anos.
Os Certificados Poupança Mais davam juros de 2,25% na média dos 5 anos. Os Poupança Crescimento dão apenas 1,39% na média dos 7 anos.
É um produto de poupança bom?
Não é excelente nem extraordinário, sobretudo se os compararmos com a primeira “série”. Mas é melhor que os produtos dos bancos “clássicos”? Sim. Os Certificados Poupança Mais, com o bónus de 80% do que o PIB crescesse nos 4º e 5º anos vai permitir os juros chegarem aos 7% a quem subscreveu a primeira série. Eu ainda tive essa “sorte”.
Os juros dos Certificados Poupança Crescente
A quem aderir a partir de segunda-feira (dia 30 de Outubro), o prazo do investimento será por 7 anos começando nos 0,75% e terminando nos 2,25%.
Ano 1 – 0,75%
Ano 2 – 0,75%
Ano 3 – 1,05%
Ano 4 – 1,35%
Ano 5 – 1,65%
Ano 6 – 1,95%
Ano 7 – 2,25%
Há um bónus a partir do segundo ano de 40% do crescimento do PIB, mas limitado ao máximo de 1,2% a somar ao juro previsto para esse ano.
Feitas as contas, o máximo a que o juro pode chegar no último ano é 3,45% (2,25+1,20). Face ao que os bancos estão a dar, que é próximo de zero, é uma opção a considerar.
Para ficar com uma ideia dos valores envolvidos, se investir 10.000 euros, ao fim dos 7 anos receberá em juros 975 €. A este valor terá de acrescentar os tais 40% do crescimento do PIB durante 5 dos 7 anos e no final retirar os 28% de impostos sobre os juros.
O mínimo de investimento são mil euros e o máximo um milhão de euros e não pode mexer no dinheiro no primeiro ano. Os juros são recebidos na conta à ordem e não vai acumulando.
Quem tem os Certificados do Tesouro Poupança Mais (seja da primeira série, seja da segunda) mantém todas as condições até ao final dos 5 anos.
Se tem uma poupança, pequena – no mínimo 1.000 € – ou grande – até 1 milhão – pode considerar esta hipótese. Antes que o governo volte a baixar ainda mais este instrumento de poupança.