Foi difícil e gratificante este gesto de escrever todas as semanas para a Visão. Preferia somente tocar, e tocar. Escrever é demasiado concreto. Tentei não o ser. Deixar sempre espaço para o outro, para quem lê. Todas as semanas me deixei surpreender por alguma coisa que quisesse dizer por escrito. Não somente na língua da música, mas também pela boca do papel.
Se as palavras, leva-as o vento, à música também. É do invisível que nascem os milagres e os mistérios. E é pela mão do invisível que espero continuar a ser levado.
FIM.