O problema dos altos custos na construção já vem de trás mas tem piorado nos últimos anos, fruto da “tempestade perfeita” que se formou. Primeiro foi a pandemia e a consequente disrupção nas cadeias de produção e de distribuição, e mais recentemente a guerra na Ucrânia, a crise energética e a inflação. É pois uma questão complexa e que não se combate apenas com uma medida mas sim com o envolvimento de todos os players, estatais e privados e através de um conjunto de ações e estratégias. Falo não só de simplificar e acelerar os processos de licenciamento, atrair e reter mão-de-obra para o setor da construção, de inovar e ajustar o processo construtivo, mas também de um maior alinhamento entre o produto desenvolvido e as necessidades do cliente final
Já no final de 2019, o “Portuguese Investment Property Survey”, realizado pela Confidencial Imobiliário e a APPII, dava conta destas preocupações e desde aí que o tema da industrialização na construção tem vindo a ganhar cada vez mais força. De facto, temos assistido nos últimos anos a um aumento da construção off-site, que permite uma aquisição e aplicação mais barata e mais rápida, embora ainda pouco generalizada. Adicionalmente, a adoção de materiais alternativos para a construção em LSF (Light Steel Frame ou aço de liga leve), os painéis de CLT (Cross Laminated Timber, em português, madeira laminada cruzada) e os sistemas wood frame (construção com montantes e secções de madeira que em conjunto formam uma grelha) tornam o processo de construção mais rápido e ágil reduzindo os custos, além de serem mais sustentáveis.
Do ponto de vista da relação do promotor com o construtor, os modelos de contratação “Early Contractor Involvement (ECI)” com “Guaranteed Maximum Price (GMP) em regime de “Open Book” têm sido também uma tendência crescente, reduzindo assim os custos de construção e o preço final para o cliente. Refira-se que o modelo “Early Contractor Involvement” pressupõe o envolvimento do construtor no projeto ainda na fase de desenho do produto.
Contudo, é necessário fazer ainda mais e os mediadores Imobiliários têm aqui uma grande responsabilidade pois conhecem muito bem o mercado e as necessidades dos clientes. Do nosso ponto de vista, a nossa grande contribuição prende-se com a premissa “Tempo é Dinheiro”. Ou seja, acelerando a venda e construindo de forma assertiva, dá-se resposta direta às necessidades dos clientes e do mercado e assim aumenta a rentabilidade dos projetos, baixando o custo de cada projeto.
Com mais de 150 mil clientes compradores anualmente, a ERA Imobiliária, através do seu programa de parcerias Obra Nova ERA consegue identificar à priori quais as tipologias adequadas para cada mercado, os melhores layouts e as características mais procuradas em cada território. Sabemos quais os materiais e acabamentos mais valorizados pelo target de cada projeto evitando muitas vezes materiais mais caros e que nem sequer são essenciais. Esta abordagem prévia permite lançar projetos que são absorvidos mais rapidamente pelo mercado e a custos mais baixos. Esta é a forma de se construir mais e melhor.
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.