Uma pandemia inesperada, avassaladora e global veio impor-nos novos ritmos de vida enquanto empresas, enquanto famílias, enquanto sociedade. Sendo hoje imperativo que o máximo de pessoas permaneça em casa, num esforço duplo de gerir a evolução do surto de Covid-19 e manter a atividade económica o mais normalizada possível, o teletrabalho passou a ser a regra. Sabemos que é uma medida temporária, mas por tempo indeterminado.
Na JLL, por exemplo, pedimos a muitos dos nossos 300 colaboradores que passassem a trabalhar de casa, em permanência, mais de uma semana antes de ser decretado o Estado de Emergência. Antecipámo-nos, numa altura em que não havia ainda muita informação sobre a evolução do surto em Portugal.
E porque temos esta visão, o trabalho remoto não foi uma completa novidade. Como parte deste modelo de abordagem que coloca a experiência humana no centro, em 2019 lançámos o projeto de dar a possibilidade aos colaboradores de trabalharem remotamente um dia por semana, com 40% das pessoas a aderirem. Nesse sentido, já tínhamos a tecnologia que nos permite assegurar o bom funcionamento deste modelo, incluindo a possibilidade de nos ligarmos em rede através de ligação remota; fazer calls através do Microsoft Teams; fazer webinars através do Webex, entre outros.
No entanto, é extraordinário o momento que vivemos. Foi novidade para todos este regime em que estamos os 300 em simultâneo a trabalhar à distância, a maioria a partir das suas casas, confinados 7 dias por semana, 24 horas por dia. E com mais variáveis diferentes do dia-a-dia normal, como ter também os filhos em casa, sem a possibilidade de irem à escola, e todas as tarefas inerentes à gestão normal da casa. Sem dúvida que estes fatores influenciam a eficiência e produtividade que normalmente está associada ao trabalho remoto.
Como é que podemos então responder a este desafio que decorre de uma circunstância tão inesperada e que não sabemos até quando durará? Acredito que a chave é apostar em iniciativas, ações e ferramentas que cultivem a proximidade de toda a equipa, que deve estar “remotamente mais unida que nunca”.
Destaco, por exemplo, algumas iniciativas que nos têm ajudado a manter todos a par das novidades da JLL Portugal: é o caso das comunicações diárias feitas pelo nosso CEO e pela direção de Recursos Humanos, e das townhalls semanais com a participação de diferentes interlocutores da empresa.
Por outro lado, este contexto é uma excelente oportunidade para investir em formação online: temos uma plataforma com webinars que toca temas tão diversos como pensamento estratégico, definição de objetivos pessoais e de equipa ou formas de trabalhar com maior eficácia.
No entanto, é preciso ainda manter os nossos colaboradores motivados, sobretudo num momento tão atípico como este. É muito importante fomentar o espírito de equipa em iniciativas mais informais e até lúdicas. No nosso caso, temos uma página de Facebook para colaboradores onde promovemos aulas de culinária ou de fitness dinamizadas por alguns colegas.
Um último eixo, que diz respeito à saúde e bem-estar: estamos a fazer um acompanhamento diário às equipas, tentando perceber como se sentem em termos físicos e psicológicos e procurando assegurar que têm acesso a toda a informação e apoio de que precisam. Queremos assegurar, com este acompanhamento próximo e persistente dos nossos colaboradores que, agora, mais do que nunca, o equilíbrio entre a esfera profissional e pessoal está assegurado, e que as pessoas se sentem motivadas a dar o seu melhor mesmo neste cenário pandémico.
O trabalho pode ser remoto, mas estamos mais próximos que sempre.