Um Olheiro experimentado como eu tem de estar preparado para assistir a tudo. Mas há coisas que vão para lá do razoável. Veja o que se passou, no último, domingo, na Turquia, num jogo entre o Trabzonspor e o Fenerbahçe, a contar para a fase final do campeonato local.
Há pouco mais de duas semanas, quando as duas equipas se encontraram pela primeira vez, o marfinense Zokora, do Trabzonspor, acusou o turco Emre de racismo. Alegou que o adversário lhe dirigiu insultos e exigiu que o seu próprio clube agisse judicialmente.
Acontece que, no último domingo, os dois clubes voltaram a encontrar-se. E Zokora aproveitou para o que pareceu, nitidamente, um acerto de contas. Brutal, como se pode, ver nas imagens e impune, já que mereceu da parte do árbitro apenas um cartão amarelo.
Não sei se Emre é, ou não, racista. Ele jura que não. Tal como fez nas três vezes em que, quando representava o Newcastle, de Inglaterra, viu arquivadas outras tantas acusações idênticas contra si. O que eu sei é que, se tinha razão, Zokora pode tê-la perdido com o pontapé que desferiu nas partes íntimas do adversário.