Dammartin-en-Goële, França, 9 jan – Luís Silva mora em Dammartin-en-Goële, a 40 quilómetros de Paris, onde decorre a operação policial para deter os dois suspeitos do atentado de quarta-feira e descreve, à Lusa, por telefone, que nunca viu “uma coisa destas” e que “nem sabe como contar”.
O filho de sete anos de Luís está na escola que “fica, mais ou menos, a 400, 500 metros, a duas ruas ou três” da gráfica onde estarão cercados os dois suspeitos de terem atacado na quarta-feira o jornal satírico Charlie Hebdo, matando 12 pessoas.
“Estou muito stressado porque tenho um filho de sete anos que está na escola. Sabe Deus, eu nem sei se posso ir à escola hoje à noite, não sei como isto vai acabar. Estamos todos nervosos para ver no que isto vai dar”, exprimiu, acrescentando que a diretora da escola lhe ligou, dizendo que “não deixam ir buscar os meninos” e que “está lá a polícia”.