Córdoba, 02 mai (Lusa) – O diretor da Casa Sefarad, em Córdoba, onde na sexta feira foram inscritos os nomes dos judeus queimados pela inquisição, diz à Lusa não esperar nada do trabalho da Aliança de Civilizações, uma das entidades promotoras de uma conferência sobre liberdade religiosa na cidade andaluza.
Em vésperas da conferência sobre “A Liberdade Religiosa nas Sociedades Democráticas”, a 3 e 4 de maio, que levará a Córdoba o alto representante das Nações Unidas para a Aliança de Civilizações, Jorge Sampaio, e o chefe da diplomacia espanhola, Miguel Angel Moratinos, no rosto de Sebastián de la Obra, diretor da Casa Sefarad, ainda se refletia a satisfação pelo ato promovido na sexta feira na Calle Judios.
Intitularam-no “Com Nome Próprio”, e acudiram à estreita rua da judiaria cordovesa pessoas vindas de “França, de Marrocos, do Brasil” e de várias cidades espanholas, para pintar e nomear uma lista de 169 nomes de judeus e mouriscos queimados em Córdova pela inquisição entre 1483 e 1731.