Foi com estrondo que Rubem Fonseca regressou ao romance, com O Seminarista, lançado no Brasil em 2009. Habituados à discrição do escritor, que raramente aparece em público e não concede entrevistas, jornalistas, críticos e leitores brasileiros não deixaram de se surpreender com um aparente renascimento. Durante alguns meses, Rubem Fonseca deu que falar. Mudou de editora, quebrando uma relação de mais de 20 anos com a Companhia das Letras. Na Agir, do grupo Ediouro, de par com este inédito, publicou dois livros antigos, iniciando a re-edição das suas obras. Além disso, não se coibiu de participar ativamente na promoção de O Seminarista. Com a ajuda do filho, José Fonseca, criou um vídeo no qual lê um excerto do primeiro capítulo. Na imprensa, publicou um texto sobre as vantagens dos e-books, já que os seus livros passaram a estar disponíveis nesse formato. Foi um regresso à matador, com o carregador bem cheio e o dedo colado ao gatilho. De tal forma que alguns disparos chegaram a Portugal, onde a sua obra também está em foco a partir desta rentrée. Com O Seminarista, a Sextante dá início à publicação regular dos romances e contos de Rubem Fonseca, que prosseguirá, em Fevereiro de 2011, com Bufo & Spallanzani (de 1986).
“Sou conhecido como o Especialista, contratado para serviços específicos. O Despachante diz quem é o freguês, me dá as coordenadas e eu faço o serviço. Antes de entrar no que interessa – Kirsten, Ziff, D.S., Sangue de Boi – eu vou contar como foram alguns dos meus serviços”. Lemos o primeiro parágrafo de O Seminarista e reconhecemos automaticamente o seu autor.
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