Vai ser estranho deixar de ver Jack Heuer apadrinhar os principais lançamentos da TAG Heuer, mas não se lhe pode pedir mais. Aos 81 anos, há muito que já poderia estar aposentado – mas nunca enjeitou esforços no sentido de corresponder a todas as solicitações mediáticas de que é alvo sempre que surge publicamente ao serviço da marca fundada pelos seu bisavô. Não raras foram as vezes em que passou um dia inteiro a dar entrevistas, de manhã à noite, e partilhar a sua sabedoria não só do ponto de vista relojoeiro mas também recordar os tempos épicos do desporto automóvel entre as décadas de 1960 e 1980. Finalmente, vai poder dedicar todo o seu tempo à família… na sequência de uma bem merecida reforma que até foi atrasada um ano de modo a que pudesse participar nas comemorações do 50º aniversário do ‘seu’ modelo Carrera ao longo de 2013.
Na verdade, Jack Heuer já não é dono da marca fundada por Edouard Heuer e que cresceu com o empenho dos seus antepassados e, sobretudo, dele próprio no período em que esteve à frente dela – depois de comprar as ações do tio em 1962, logo após a sua licenciatura em engenharia. É que no início da década de 80, e na sequência da enorme crise provocada pelo advento do quartzo que quase matou a indústria relojoeira suíça, foi forçado a vender a firma à TAG (Techniques d’Avant-Garde) e a marca tornou-se TAG Heuer, mudando posteriormente de mãos.
Atualmente integra o grupo LVMH (Louis Vuitton Moet Hennessy) pertença de Bernard Arnaut e Stéphane Linder é o atual CEO da marca após suceder a um frutuoso reinado de Jean-Christophe Babin, mas para os verdadeiros aficionados da marca Jack Heuer assumiu sempre um estatuto especial, representando a ponte para uma era de ouro que transformou a marca num mito graças à associação com os desportos motorizados. Foi ele um dos pioneiros do patrocínio desportivo e do conceito de embaixadores, tornando-se cronometrista oficial da Ferrari (antes da passagem para a McLaren) e colocando relógios no pulso de campeões como Niki Lauda ou Clay Regazzoni (na imagem em baixo) e tantos outros que se lhes seguiram…
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