Por Fernando Correia de Oliveira
A clara ausência do domínio e da compreensão das leis da mecânica por parte dos chineses explica – segundo Gerhard Doderer, professor da Universidade Nova de Lisboa – “a grande estupefacção que engenhos europeus como relógios, caixas de música, órgãos e carrilhões provocaram entre eles” nos séculos XVI, XVII ou XVIII.
A superioridade científica dos ocidentais – exclusivamente representados na corte, em Beijing, por padres (e até determinada altura, apenas por jesuítas) – levou à decisão imperial de lhes conceder a direcção do chamado Tribunal das Matemáticas, até então sob direcção de quadros islamizados. Este departamento, crucial na administração do poder, interface entre os deuses no céu e o Imperador-deus, destinava-se a fazer os calendários, a prever os eclipses, a fabricar e manusear os instrumentos científicos necessários a essas missões.
Saiba mais aqui
Leia a primeira parte da história aqui e a segunda aqui