O presidente da câmara de Lisboa, Carlos Moedas comprometeu-se a agilizar o licenciamento urbanístico dos projetos imobiliários para tentar reverter a pressão dos preços que existe atualmente no mercado imobiliário da capital. Para os grandes promotores ou para os pequenos proprietários, o objetivo é que o procedimento “seja igual para todos” e que estes “possam saber online qual é o ponto da situação do seu processo urbanístico”, prometeu o autarca, convidado-estrela da convenção anual da Century 21 Ibéria que encheu recentemente o Altice Arena.
Lisboa, cidade do futuro era o tema e a jornalista da SIC, Clara de Sousa, convidada pela Century21 para assegurar a entrevista ao autarca, quis saber como conseguem os nacionais comprar uma casa no centro da cidade, que é cada vez mais uma cidade de sonho mas só para quem tem uma capacidade financeira robusta.
“O maior problema de Lisboa é dar segurança aos investidores e que o licenciamento urbanístico funcione. Porque aquilo que temos hoje é uma dificuldade enorme dos serviços municipais, que fazem o melhor que podem, mas têm que ser reorganizados. E é por isso que estou a trabalhar no urbanismo”, garantiu Carlos Moedas.
Fulcral para o futuro da cidade é também a questão da inovação por isso o autarca foi questionado sobre os ‘timings’ de lançamento da tão propalada “Fábrica de Unicórnios” que Carlos Moedas anunciou na Web Summit em 2021 e que prometeu lançar este ano no Hub Criativo do Beato. Mas o autarca não se comprometeu com datas, reiterando antes a necessidade urgente de se estabelecerem pontes de promoção com as start-ups tecnológicas. “É fundamental que exista em Lisboa um local onde se possa ajudar os jovens a passar as suas ideias para um produto específico e isso faz-se trazendo pessoas de fora que ajudem nessa caminhada”, sublinhou ainda.
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Falar de futuro é falar também de alterações climáticas e em contributos para reduzir, como um todo, a pegada ecológica da cidade. “Quando falamos de descarbonização, a minha medida concreta é o transporte gratuito para os mais novos e para os mais velhos. E passar todas as luzes da cidade para luzes LED, o que significa uma poupança de 80% de energia”, exemplificou o presidente da CML.
Outro projeto impactante para a eficiência ambiental da cidade assenta na boa gestão dos recursos hídricos da cidade. “Estamos a trabalhar com a EPAL num projeto extraordinário para reutilizar as águas residuais para a rega dos jardins municipais”, apontou ainda o responsável.
A Century21 reuniu mais de 3.000 consultores para este encontro anual onde durante dois dias se multiplicaram conferências, debates e muitos momentos de distinção dos melhores agentes da rede.
Recorde-se que nos primeiros nove meses de 2021, o volume de negócios mediados pela Century21 – que inclui transações partilhadas com outros operadores de mercado – subiu 40%, em comparação com o acumulado dos três trimestres do ano anterior, e atingiu cerca de 1,9 mil milhões de euros. No final do terceiro trimestre, a faturação acumulada da Century21 já superava os 51 milhões de euros o que traduz um aumento de 57% face a igual período do ano passado e uma subida de 4,5% em comparação com a faturação anual registada ao longo de todo o ano de 2020.