No primeiro semestre deste ano, o valor médio dos imóveis transacionados na rede Century 21 Portugal situou-se nos 161 371 euros, um aumento de 3% face à média de 157 264 euros registados no mesmo período do ano passado.
Esta subida, em contexto de pandemia, superou todas as expetativas do grupo imobiliário que faturou neste período 31 milhões de euros, um acréscimo de 64% face aos cerca de 19 milhões de euros reportados no período homólogo de 2020. Já o volume de negócios em que a rede esteve envolvida – considerando também a partilha de transações com outros operadores – superou os 1.134 milhões de euros e revela um aumento de 42% em comparação com os quase 800 milhões de euros registados no primeiro semestre de 2020.
“Os resultados dos primeiros seis meses de 2021 superaram todas as expectativas que tínhamos estimado para este período incerto e os valores de faturação foram os melhores de sempre”, congratulou-se Ricardo Sousa, CEO da Century 21 Portugal, salientando que também reflete o regresso da clientela estrangeira cujas operações tinham ficado em suspenso durante o último ano. mas que agora já voltaram aos níveis pré-pandémicos.
“Quando começou a pandemia existia uma ideia preconcebida no nosso mercado de que os preços das casas iriam baixar mas isso não aconteceu. Os preços mantiveram-se estáveis e até subiram ligeiramente”, realçou o responsável à Visão, referindo que “a pandemia reforçou ainda mais o sentido de propriedade dos portugueses mas de uma forma positiva”.
“Positiva” porque é assegurada pela banca de uma forma controlada, justifica ainda. “A liquidez que existe no mercado e as baixas taxas de juro são os fatores mais relevantes para que tudo esteja a funcionar bem. Mas é um financiamento consciente, saudável” , realça Ricardo Sousa, dando como exemplo a média da taxa de esforço das famílias que adquirem casas na rede Century que se situa nos 34%.
Os confinamentos prolongados tiveram ainda outro efeito. Muitos outros portugueses aperceberam-se agora que as suas casas não estão preparadas para ser mais do que dormitórios e gostariam de ter uma habitação mais multifuncional adequada à nova normalidade. Mas não têm poder de compra.
“O último estudo realizado pela Century 21 Portugal revela que 45% dos portugueses quer trocar de casa, contudo, 29% admite não ter condições económicas para o fazer. Mas atualmente, os promotores e investidores imobiliários estão mais atentos a esta problemática e à oportunidade para construir e promover soluções de habitação acessível, o que irá criar uma nova dinâmica no mercado”, adianta o responsável, acrescentando que a breve prazo, “já em 2022, 2023, irão surgir novos projetos na Área Metropolitana de Lisboa que irão reforçar a oferta de imóveis”.
Esta oferta nova reforçada, que inclui também casas de tipologias mais pequenas, irá provocar um efeito multiplicador também no mercado de usados, garante Ricardo Sousa, e exemplifica falando do mercado senior: “Há muitos proprietários mais velhos que vão poder transitar para estes apartamentos e poderão assim libertar-se dos imóveis onde vivem e que claramente estão sobredimensionados pois são de tipologias T3 e T4”.
No estudo semestral agora apresentado apurou-se ainda que as tipologias de imóveis mais procuradas pelas famílias portuguesas continuam a ser os T2 e T3, tendo a rede imobiliária realizado 7.008 transações de venda, o que representa um aumento de 38% face às 5.065 transações efetuadas no primeiro semestre do ano anterior.
183 casas vendidas a estrangeiros por mês
Apesar da pandemia, entre janeiro e junho deste ano foram efetuadas 1.102 transações com clientes internacionais dentro da rede Century 21 Portugal, uma média de 183 por mês. Este resultado revela “um aumento exponencial de 55% relativamente às 709 concretizadas no período homólogo do ano anterior”, diz o relatório da Century21.
O peso das transações do segmento internacional representou já 16% do volume de todas as operações da rede imobiliária, “o que traduz a retoma dos negócios que envolvem clientes de outras geografias”.
“Embora este indicador também reflita o efeito de suspensão das decisões dos investidores estrangeiros no mercado imobiliário nacional, durante o ano passado, dado que em 2020 este foi o segmento de mercado que sofreu o maior impacto negativo face ao contexto pandémico, a realidade é que o peso das transações internacionais nos primeiros seis meses deste ano superou mesmo os 14% registados em 2019, antes da pandemia”, salienta-se no estudo.
Outro aspeto a salientar neste primeiro semestre de 2021 é a alteração do perfil do cliente internacional. Pela primeira vez, os Estados Unidos da América foram a nacionalidade dominante, seguidos pela França, Brasil e Reino Unido.
“Muitos dos negócios suspensos em 2020 estão agora a ser concretizados, o que explica este crescimento tão acentuado do segmento internacional. Surpreendente é o crescimento da procura por parte dos clientes norte americanos, que se justifica pela popularidade que o nosso país está a ganhar nos EUA enquanto destino turístico”, realçou ainda Ricardo Sousa, CEO da Century 21 Portugal.
Neste primeiro semestre, a Century 21 Portugal abriu mais 15 agências em todo o País. Atualmente, a marca conta com 174 unidades em operação suportadas por uma equipa de mais de 3105 consultores imobiliários.