A generosidade com que Carlos Fernandes vai buscar os turistas ao aeroporto de Lisboa é a mesma com que lhes marca mesa na sua marisqueira preferida, mandando preparar uma rica sapateira com antecedência. Tem duas casas remodeladas (T1 e T2) no alojamento local (AL), situadas no Bairro Alto. “Aos turistas explico que estão num dos pontos centrais da noite lisboeta, onde também encontram bons restaurantes tradicionais e que é um ótimo ponto de partida para conhecer a cidade a pé”, conta o fotógrafo especializado em casamentos e eventos no estrangeiro, há dois meses sem trabalho e sem previsão de retomar a atividade.

Por estes dias, o silêncio que toma conta deste bairro típico da capital só é interrompido pelo toque do sino da Igreja de São Roque. Nem turistas nem moradores, ninguém anda pelas ruas que até ao fim de fevereiro se enchiam de pessoas a falarem diversas línguas.
Agregados à plataforma de reservas Airbnb, os apartamentos têm uma taxa de ocupação que ronda os 80% (recebe mais norte-americanos, brasileiros e canadianos), com os preços da estada a oscilarem, por noite, entre €65 no inverno e €120 no verão. Carlos Fernandes, “superanfitrião” (“superhost”) na classificação do Airbnb, teve hóspedes até ao dia 15 de março e o verão estava já com metade dos dias reservados, mas os clientes foram cancelando.
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