No ano passado entraram em licenciamento cerca de 47.150 fogos, um crescimento de 20% face aos cerca de 39.430 fogos contabilizados no ano anterior. Os fogos em licenciamento em 2019 distribuem-se por cerca de 19.040 projetos, mais 12% do que os cerca de 17.040 registados em 2018.
Os dados resultam da base de dados Pipeline Imobiliário, apurado pela Confidencial Imobiliário com base nos pré-certificados energéticos emitidos pela ADENE, que cobre a totalidade do universo de novas obras em lançamento de promoção nova e reabilitação.
“A construção nova foi o tipo de obra de maior dinamismo, sendo responsável por 81% dos fogos lançados em 2019 num total de cerca de 38.215 unidades. As obras de reabilitação geraram uma carteira de cerca de 8.930 fogos, o equivalente aos restantes 19%. Em ambos os segmentos, a nota foi de crescimento face à atividade do ano passado, embora a carteira de construção nova tenha aumentado 21% e a da reabilitação 13%”, sublinha a Confidencial, na sua análise.
Em termos geográficos, a Área Metropolitana de Lisboa (AM Lisboa) continua a ser o principal destino da promoção residencial, concentrando 27% dos fogos em pipeline no país num total de aproximadamente 12.620 unidades. Foi, contudo, a Área Metropolitana do Porto (AM Porto), agora com uma quota de 19% da carteira nacional, a região onde o pipeline de habitação mais cresceu, aumentando 51% face a 2018 (+9% na AM Lisboa).
Na AM Porto contabiliza-se a entrada em licenciamento de cerca de 8.950 fogos em 2019. No Algarve, o pipeline anual estabeleceu-se em cerca de 4.000 fogos, ou seja, mais 15% do que em 2018. Nas restantes zonas, o pipeline residencial aumentou entre 15% e 20%, com carteiras a oscilar entre os 1.105 fogos do Alentejo e os 11.260 fogos da região Norte. No Algarve, o pipeline anual estabeleceu-se em cerca de 4.000 fogos, ou seja, mais 15% do que em 2018.
Na segmentação por concelho, verifica-se a existência de seis concelhos com ofertas superiores a 1.000 fogos. Desde logo, Lisboa e Porto, em patamares completamente distintos dos restantes mercados e que contabilizam, respetivamente, a submissão a licenciamento de 4.400 e 4.200 fogos em 2019. Tal reflete um crescimento de 5% na atividade em Lisboa e de 48% no Porto, dinâmicas que acabaram por colocar ambas as cidades com quotas iguais de 9% na carteira total do país. Ainda com mais de 1.000 fogos em pipeline incluem-se Gaia, Braga, Matosinhos e Cascais, com carteiras que variam entre os 1.000 e os 1.500 fogos.