Podem os smartphones ir ainda mais longe? O que fazer para um aparelho que quase se tornou numa extensão do nosso corpo ser ainda mais atrativo, mais rápido, mais eficiente? A resposta está nas câmaras.
As minúsculas lentes que hoje servem para tirar milhões de selfies todos os dias estão prontas para ter novas funcionalidades que vão revolucionar (!) o mundo dos smartphones.
Como é isso possível? Com o desenvolvimento de novos softwares e sensores que lhe vão ser acopladas. Por exemplo: apontar a câmara para um menu de restaurante num língua desconhecida e o smartphone traduzir para a sua língua; que seja a câmara a desbloquear o aparelho e não as habituais passwords ou impressões digitais.
Este futuro está mais próximo do que se imagina.
A Apple marcou a sua conferência de imprensa habitual, para 12 de setembro, sem dizer nada do que se vai passar no novíssimo Steve Jobs Theater, na nova sede em Cupertino, nos EUA. Mas se a marca da maçã nunca diz ao que é que vai, nos últimos anos os segredos começam a ser revelados mais cedo devido a fugas de informação (não esquecer que o iPhones não são fabricados pela própria Apple, mas por terceiros. E vários).
E o que tem este evento a ver com as câmaras? Tudo. O novo iPhone que a marca vai apresentar – poderá ser iPhone 8, iPhone Pro ou mesmo iPhone X – irá ter reconhecimento facial através de infira-vermelhos inseridos na câmara. Será assim que o utilizador irá desbloquear este novo iPhone.
Por seu lado, a coreana Samsung lançou recentemente o Galaxy Note 8 – e tentou fazer esquecer o desaire do Note 7 que teve de retirar do mercado devido à explosão de várias baterias – com uma câmara dupla traseira. Não é a primeira a fazê-lo, mas é a primeira a ter duas câmaras com estabilizador óptico integrado, o que quer dizer que as fotos não ficam tremidas.
“2018 será o ano em que as câmaras dos smartphones darão um salto de gigante em tecnologia”, referiu Philips-James Jacobowitz, gerente de uma empresa que faz componentes para telemóveis, ao The New York Times. O empresário diz que as novas câmaras serão a chave para termos aplicações mais seguras para a denominada realidade aumentada.
Aliás, dizem os sites da especialidade, que o novo sistema operativo da Apple a ser lançado no outono, o iOS 11, já suportará aplicações para a realidade aumentada. Isto quer dizer que, por exemplo, pode ir a uma loja de móveis, pôr a câmara em frente a uma mesa e vê-la de todos os ângulos. Uma ferramenta para facilitar as compras decorativas.