O Sealion 7 é o modelo tecnologicamente mais sofisticado lançado até agora pela BYD. Ora, como este fabricante chinês é muito conhecido, exatamente, pela capacidade tecnológica, as expectativas em redor do novo SUV da BYD eram elevadas. E, após um primeiro test drive na Alemanha, podemos desde já dizer que, de facto, o Sealion 7 representa mais um passo evolutivo da marca chinesa. É um carro cheio de tecnologia, espaço e, talvez o mais surpreendente, com um comportamento dinâmico satisfatório. Com preços que variam entre os €47.900 para a versão Confort e os €56.490 para a versão Excellence AWD, não se pode dizer que o Sealion 7 seja acessível. Mas tudo muda de figura quando comparamos este modelo com outros SUV desportivos com características similares.
Bateria faz parte da carroçaria
Durante a apresentação à imprensa, os responsáveis da BYD foram muito insistentes a sublinhar a resistência à torção da carroçaria do Sealion, anunciada como superior a 40.000 Newton metro/grau. Esta rigidez torcional resulta, em grande parte, de a bateria usar a arquitetura Cell-to-Body, em que a bateria está integrada na carroçaria. Ou seja, as células, criadas numa estrutura em favo para maior solidez, estão fixadas diretamente na carroçaria. Ao ponto de a superfície superior da bateria funcionar como o piso da cabine. O que significa que esta arquitetura também permite poupar no peso e no espaço (para um bateria LFP, reforce-se). Aliás, apesar de as baterias do Sealion 7 usarem a química LFP (Lítio Ferro Fosfato), conhecidas por terem menor densidade energética que as NMC (Níquel Manganês Cobalto), o Sealion está disponível com baterias de 82,5 e 91,3 kWh de capacidade. Valores muito expressivos. Isto significa que a BYD está a conseguir eliminar um dos únicos pontos fracos das baterias LFP, já que esta química conhecida por ser melhor em praticamente tudo o resto: durabilidade, segurança, tolerância à temperatura, custo e sustentabilidade (não utiliza níquel nem de cobalto).