A UpHill acaba de obter a certificação do seu software como dispositivo médico classe Ila, um reconhecimento que poucas empresas na Europa receberam ainda. A distinção valida a fiabilidade e segurança da plataforma de orquestração e automação de cuidados de saúde desenvolvida pela tecnológica portuguesa e já implementada em mais de 40% das Unidades Locais de Saúde no nosso país.
Os dispositivos médicos são classificados em diferentes categorias, dependendo do risco associado ao seu uso e da sua complexidade. Por dispositivo médico entenda-se aparelhos, equipamentos ou produtos utilizados para diagnóstico, prevenção, monitorização ou tratamento de doenças e, no contexto atual da prestação de cuidados de saúde, também o software para processamento de dados é considerado um dispositivo médico.
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No caso da UpHill, o diretor executivo, Eduardo Freire Rodrigues, explica em comunicado que “o software que certificámos é de orquestração de cuidados de saúde, algo extremamente complexo que envolve automação de tarefas, suporte à decisão clínica e a coordenação de tarefas entre equipas, numa jornada de cuidados contínua e prolongada no tempo. Contrariamente a grande parte do software médico certificado na UE, que são soluções de telemonitorização que apenas recolhem dados e os processam, a UpHill não se contentou com o primeiro nível de certificação. Esta decisão contrasta, claramente, com a maioria das empresas que tendem a minorizar aquilo que fazem e optam pela certificação de classe I que é autoreportada, ou seja, dispensa o processo, longo e rigoroso, de auditoria a que nos submetemos, obrigatoriamente feito ao nível internacional, por entidades competentes nomeadas pela União Europeia”.
O processo de certificação decorreu ao longo dos últimos anos, com um investimento de meio milhão de euros da empresa e foi liderado por um conjunto de auditores internacionais independente.
A UpHill opera desde 2012, acumula mais de 12 milhões de euros em investimento e tem o seu software a ser usado em praticamente metade das unidades de saúde em Portugal, em áreas distintas como gestão de doenças crónicas, otimização de percursos cirúrgicos, coordenação de jornadas oncológicas ou mesmo a redefinição de fluxos das urgências.