A segunda edição do Ninja Challenge já tem um vencedor conhecido: Tiago Nunes foi o único dos 650 concorrentes que conseguiu superar os quatro desafios propostos pelo concurso organizado pela startup portuense Jscrambler e garantiu assim o prémio de três mil euros correspondente ao primeiro lugar.
Durante o concurso, Tiago Nunes, um profissional que se dedica à engenharia de software, alcançou uma pontuação de 9829 pontos – um valor que superou largamente a pontuação do segundo lugar, atribuído a Pedro Amaro, com 6062 pontos, e do terceiro lugar, Miguel Ramalho, com 6028 pontos. Os detentores do segundo e terceiro lugares são estudantes de Informática e Computação da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Vão receber prémios de 2000€ e 1000€, respetivamente.
A cerimónia de prémios deverá acontecer dentro de duas semanas. O concurso foi levado a cabo em parceria com a Claranet e teve o apoio da iniciativa ScaleUp Porto, da Câmara Municipal do Porto.
«A temática da cultura ninja aliada a desafios de programação fez do Ninja Challenge uma experiência aliciante. Foram umas horas bem passadas em que aprofundei conhecimentos sobre funcionalidades mais obscuras da linguagem usada (JavaScript). Espero participar em mais iniciativas destas no futuro», refere Tiago Nunes, no comunicado divulgado pela Jscrambler.
Além da resolução de quatro desafios em nove dias, a pontuação tinha como fatores condicionantes o tempo de execução e as pontuações obtidas por cada resposta. Num dos exercícios era suposto encontrar uma chave em forma de algoritmo para abrir um baú.
«Além deste desafio, os participantes tiveram ainda de simplificar códigos, proteger informação e fazer com que uma mensagem chegasse ao destino, sem cair nas inúmeras armadilhas preparadas pelo concurso», descreve o comunicado da Jscrambler.
Para a startup portuense, o concurso serve também de montra para o potencial da plataforma Jscrambler, que disponibiliza ferramenta que protegem códigos e algoritmos de ciberataques ou cópias não autorizadas.
Em comunicado, Pedro Fortuna, diretor de tecnologias da Jscrambler, concluiu que o esforço aplicado no evento compensou: «Há cinco anos, quando fizemos a primeira edição, não havia nem de perto a concorrência de eventos deste tipo (CTFs, Hackathons) que existe hoje. Mesmo assim conseguimos superar em 30% o número de inscritos, o que demonstra o interesse que existe à volta desta linguagem de programação em Portugal».