«Estamos abertos a acordos com os operadores de telecomunicações e produtores portugueses». Foi assim que respondeu Amanda Vidigal, responsável das relações com a imprensa da Neflix Brasil, quando perguntámos se o famoso serviço de streaming iria desenvolver parcerias locais. Mas a representante do Netflix, que demonstrou o serviço à Exame Informática, também foi clara a indicar «que não temos ainda qualquer acordo com empresas portuguesas».
Para Amanda Vidigal, «a Netflix vai entrar no mercado respeitando todas as leis locais, como sempre faz, e, como tal, não antecipa problemas com os operadores de telecomunicações». Recorde-se que o Netflix é um serviço de streaming de vídeo, que disponibiliza aos subscritores um grande número de séries e filmes com uma taxa mensal fixa. É, portanto, um serviço que vem concorrer com algumas propostas já disponíveis nos serviços de TV digitais.
Quanto e como?
O serviço vai oferecer três modelos de assinatura. Espera-se que os valores sejam semelhantes aos praticados em França, embora ainda não haja valores oficiais. No serviço mais económico (€7,99/mês em França) só é possível fazer streaming para um único aparelho e em qualidade de vídeo standard. Na modalidade intermédia até três dispositivos podem aceder em simultâneo com vídeo em alta definição (€8,99/mês). Finalmente, a versão mais cara (€11,99/mês) permite o acesso até quatro dispositivos e disponibiliza conteúdos em 4K.
O acesso é feito através de app, que está disponível para um grande número de plataformas (Smart TV, consolas, leitores de Blu-Ray, smartphones, Chromecast, smartphones e tablets), e os utilizadores podem cancelar o serviço a qualquer momento (não há período de permanência obrigatório).
Uma das componentes mais valorizadas na demonstração é a gestão de utilizadores, que permite que o Netflix apresente conteúdos em função das preferências e histórico de cada utilizador. A interface sugere conteúdos, como seja um novo episódio de uma série que o utilizador está a seguir, ou um filme que está em linha com o tipo de filmes que costumam ser visualizados nessa conta. Amanda Vidigal reforçou que o «algoritmo utilizado permite também surpreender o espectador com conteúdos novos, que não são necessariamente semelhantes aos que o utilizador costuma visualizar».
Esta gestão inclui o modo de criança, que além de apresentar uma interface mais ao gosto dos mais pequenos, apenas apresenta o conteúdo que é recomendado para crianças até aos 12 anos.