Josh Begley é jornalista – e também ativista. Na sexta-feira passada, tornou-se também gestor de uma a app. Ou melhor, de uma app um pouco diferente das outras. Chama-se Metadata+, mas nem sempre teve esse nome, porque os serviços de revisão e análise da App Store impediram, durante ano e meio, o lançamento de apps que se dedicam a registar e relatar ataques de drones.
Por quatro vezes, Begley tentou estrear a app Drones+ na App Store – e por quatro vezes, a Apple lhe negou o intento. Numa das vezes, a “marca da maçã” justificou a recusa com o facto de a app de Josh Begley não ter utilidade nem audiência suficiente que justificasse o lançamento.
Perante a inflexibilidade da Apple, Josh recorreu a um estratagema que não será propriamente o mais transparente – e que põe em causa a política de seleção da App Store: pegou numa app sem qualquer funcionalidade, deu-lhe o nome de Ephemeral e apresentou candidatura à App Store. E foi aceite.
Pouco depois, mudou o nome da app para Metadata+ e começou a inserir notícias e relatos que dão conta dos ataques de drones que o exército norte-americano leva a cabo em vários pontos do mundo.
Entre a sexta-feira passada e o dia de hoje, a app Metadata+ conseguiu 9000 downloads, revela o El Pais.
Begley questiona se as razões que levaram a Apple a recusar consecutivamente a app Drones+ foram comerciais ou tiveram também motivos políticos, mas responde com os números de downloads que confirmam haver apetência por uma app que agrega informação sobre as diferentes missões de drones no mundo.
Atualmente, Begley está a trabalhar numa versão da Metadata+ para Android.
Além da Metadata, o jornalista americano é também autor dos sites Dronestream e Empire.is e tem uma conta de Twitter com temáticas similares que já conta com mais de 27.500 seguidores.