«Não temos planos para lançar mais nenhuma versão perpétua da Creative Suite. A Creative Cloud vai ser o nosso único foco de venda», afirmou o diretor de marketing da empresa, Scott Morris. A aposta da Adobe vai passar pela venda de planos de subscrição, onde o utilizador paga um valor fixo mensalmente para poder aceder ao software.
O anúncio foi feito durante a conferência Adobe Max onde também foi apresentada a nova geração de produtos, que ficaria conhecida como Creative Suite 7, caso se mantivesse o mesmo modelo. O novo Photoshop consegue corrigir fotos tremidas, o Illustrator pode ser usado em dispositivos táteis multitoque e o InDesign já suporta monitores com elevada resolução, como os ecrãs Retina da Apple. O novo conjunto passa a ser conhecido apenas por Creative Cloud ou CC.
Nesta fase, os utilizadores têm algumas escolhas disponíveis. O plano mais popular custa 50 dólares por mês, com fidelização de um ano, ou 75 dólares mensais, sem qualquer fidelização. Por outro lado, há descontos para os utilizadores que tenham adquirido licenças para a Creative Suite 6 ou anteriores. A Adobe preparou ainda subscrições para quem pretenda usar programas individualmente, onde os preços variam dos dez aos 20 dólares.
Desta forma, a empresa consegue assegurar um fluxo contínuo de receitas, em vez de estar a aguardar por lançamentos de produtos anuais ou ocasionais. Do lado do consumidor, a vantagem é que, pelo mesmo preço, consegue ter acesso às ferramentas mais atuais. Os próprios programadores podem ir lançando atualizações e melhorias que ficam logo disponíveis para os utilizadores.
O responsável de marketing da Adobe explicou ainda que a empresa não planeia aumentar os custos de subscrição, eliminando um receio que a comunidade pudesse ter e que fosse um motivo para não adotar a CC. O executivo refere ainda que, com este modelo, os utilizadores estão a descarregar muitas aplicações pela primeira vez, para experimentar. «As pessoas estão a fazer mais com a CC do que estavam a fazer com a CS», afirmou Morris.